"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 02, 2010

PESQUISA? NADA! CAMUFLADA E LETAL É A URNA!

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Opinião de Camuflados :
Não me incomodo com pesquisas de intenções de voto, nunca me incomodei, pois nunca tive dúvidas que são manipuladas, o que me incomoda e me assustam são as urnas eletrônicas, elas sim, mudam o nosso destino.

E para a eleição presidencial de 2010 sob o "comando" deste governo aparelhado como está, e com golpistas em todos os níveis é preocupante.

Temos um presidente parlapatão, megalomaníaco, que se "detectar" que poderá ter seus "projetos" ameaçados de não terem sequência, será capaz de usar os mais baixos artifícios para a perpetuação de poder, eu não tenho nenhuma dúvida.

Há uma máxima em informática que diz que quando um sistema depende exclusivamente da palavra de quem o controla, ele é intrinsecamente inseguro

Só o TSE garante que as urnas brasileiras são 100% seguras, mais ninguém.
Qualquer pessoa que conhece algo sobre informática sabe que tudo é uma questão de como as coisas foram programadas.
Uma simples linha de programação muda o destino de uma eleição.

Nosso TRE já mostrou que não é confiável, tem brutal dificuldade de simplesmente aplicar a legislação eleitoral sobre todos, só aplica em vereadores e deputados, e pára por ai.

O resultado da urna eletrônica controlada da forma atual é tão verdadeiro quanto o papai noel. Não tem como auditar sua veracidade.

Já está na hora de o Brasil rediscutir a segurança do voto eletrônico, sob pena de estarmos praticando um arremedo de democracia
onde o eleitor jamais saberá em quem votou e a oposição jamais terá condições de conferir votos.

Petição Online Auditoria Independente do Software nas Urnas Eletrônicas

STJ/INFRAERO E A CAIXA PRETA

caixotoy da 
caixa preta
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO -
A Polícia Federal (PF) avalia que o conjunto de provas da Operação Caixa Preta - investigação que aponta superfaturamento de R$ 991,8 milhões em obras de reformas e ampliações em dez aeroportos, contratadas entre 2003 e 2006 - poderia ser muito mais "robusto" se a Justiça não tivesse ordenado a suspensão das diligências de buscas em endereços de empreiteiras e escritórios da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), alvos do inquérito.

No relatório final da operação, documento de 188 páginas, a PF anota que o embargo atingiu etapa vital da missão que mirava documentos contábeis e arquivos de mídia. 

O impedimento foi decretado liminarmente em 2 de outubro pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acolheu pedido de uma construtora em medida cautelar preparatória de recurso especial apresentado à Corte.

A varredura havia sido autorizada pela 12ª Vara Federal de Brasília, mas caiu no STJ. 
"Vazamento de informações sigilosas, aliado à suspensão da medida cautelar de buscas, trouxe incalculáveis prejuízos ao que poderia ser ainda descoberto a respeito do conluio montado entre empreiteiras, altos funcionários da Infraero, projetistas e fiscais, num dos maiores casos já investigados sobre desvio de verbas públicas da história do País", advertem os delegados César Leandro Hübner e Felipe Alcântara de Barros Leal, que conduzem a Caixa Preta.

Mas apesar da limitação imposta judicialmente, a PF acredita ter reunido indícios suficientes da ligação da cúpula da Infraero no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) com empreiteiros.
A corporação indiciou 52 investigados. 

Os delegados revelam desapontamento:
"Se houve indiciamento em outros artigos, por que a busca foi suspensa?
Ficamos sem resposta."

MERCADO EM ALERTA

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Vicente Nunes
O mercado financeiro acendeu o sinal de alerta em relação à inflação.
Ainda que a grande maioria dos analistas não veja o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se distanciando muito do centro da meta de 4,5% perseguidos pelo Banco Central, está se formando o consenso de que a taxa final deste ano ficará mais próxima de 5%.
 
Há pouco mais de um mês, o quadro era o oposto:
o grosso dos especialistas via o índice oscilando entre 4,2% e 4,3%, ou seja, abaixo do objetivo fixado pelo governo.    
A mudança nas projeções ocorreu depois de os economistas recalcularem as estimativas para o IPCA de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa esperada praticamente dobrou, atingindo até 0,71%, índice que, quando anualizado, aponta para inflação de quase 9% — o dobro da meta oficial.
E mais:
com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses ficará acima de 4,5%, fato que não se via desde junho de 2009, quando cravou 4,80%.
 
O problema, assinalou o economista-chefe do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, é que os reajustes pontuais estão vindo acompanhados de aumentos em grupos de preços mais dependentes do aumento da renda e do aquecimento da economia.
 
Por isso, o mercado acompanhará com lupa os núcleos da inflação, medidas que descontam altas atípicas de preços e de algumas tarifas públicas.
 
“Essa é a inflação mais limpa, que dá um quadro mais claro do que realmente está acontecendo.
Veremos se os reajustes pontuais tenderão a se esgotar até o início de março ou vão persistir”, frisou. 
Confira :  

PACTO PARA MANTER A "CAMUFLAGEM"

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Lucinda Pinto, da Agência Estado  
- SÃO PAULO -
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, propôs a uma plateia de empresários durante o seminário "Brasil: Preparado para Crescer", que ocorre em São Paulo, um pacto pela sustentabilidade do crescimento da economia para que o País atravesse o ano eleitoral sem "perturbações".
 
O ministro conclamou os empresários a "não aceitarem as provocações nem caírem no canto da sereia" que devem surgir durante a campanha e podem sugerir riscos que na verdade não existem. "Não há riscos para o Brasil, todos devemos exigir a manutenção dos fundamentos.

O que queremos é que o Brasil continue crescendo", disse. Mantega acrescentou que os avanços conquistados no Brasil devem ser preservados e por isso "é preciso blindar a economia".
(...)
A parte do governo nesse pacto, segundo Mantega, é manter o compromisso com a estabilidade fiscal e monetária.
"O governo não vai mudar o seu comportamento porque é ano eleitoral", afirmou o ministro, endossando que a meta de inflação de 2010 será cumprida.
"Se houver problema de inflação, os juros vão subir", disse.
Em seguida, emendou:
"espero que não precise, né Meirelles?". Nesse momento, o ministro dirigiu-se ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que também participa do evento.
Do lado fiscal, Mantega reafirmou o compromisso de cumprir a meta de superávit primário de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Queremos continuar reduzindo a relação dívida/PIB e se for preciso seguraremos despesas e gastos de consumo."

IPC-S DE 7 CAPITAIS 6 = +

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SÃO PAULO, 2 de fevereiro de 2010 -
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) referente ao período finalizado em 31 de janeiro registrou acréscimo em 6 das 7 capitais pesquisadas, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV).  

De acordo com a pesquisa, apenas no Rio de Janeiro o índice decresceu, ao passar de 0,99% na semana encerrada em 22 de janeiro, para 0,91% na última apuração.

Já em Belo Horizonte (de 0,83%, para 1,01%), Brasília (de 0,45% para 0,73%), Porto Alegre (de 0,28% para 0,76%), Recife (de 0,92% para 1,12%), Salvador (de 0,94% para 1,07%) e São Paulo (de 1,43% para 1,75%) o índice avançou.
O IPC-S geral registrou variação de 1,29% na apuração, ante 1,10% na semana anterior.

(CSU - Agência IN)

R$ 111,2 BILHÕES - SISTEMA FINANCEIRO

 
SÃO PAULO, 2 de fevereiro de 2010 -
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) abriu credor em torno de R$ 111 bilhões e o Banco Central (BC) deve atuar para equilibrar o mercado.  
 
Há entrada de R$ 111,2 bilhões no caixa dos bancos do leilão informal (go-around) realizado ontem pelo BC e mais R$ 5,1 bilhões de operações do Tesouro e governo. A previsão para pagamento de tributos federais é de R$ 700 milhões. 
 
No mercado à vista, as primeiras ofertas de recursos de juros indicam taxa anual de 8,65%, ou 0,59% de taxa efetiva.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)

MANTEGA : POSSÍVEL ALTA DOS JUROS

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Portal Terra
DA REDAÇÃO -
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acenou com a possibilidade de um aumento na taxa básica de juros se houver aumento na inflação nos próximos meses. A declaração foi dada nesta terça-feira durante um seminário com empresários ligados ao Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. 

- O governo não vai mudar seu compromisso de cumprir as metas de inflação e sua responsabilidade fiscal e monetária. Se houver problema de inflação, vamos ter de subir juros. Não vamos deixar de seguir nossas metas fiscais - disse o ministro.

Mantega também se mostrou preocupado com as implicações que as disputas políticas em um ano que define qual será o próximo presidente da República podem gerar. 

- O ano eleitoral pode trazer alguma perturbação para a economia. É preciso que fiquemos atentos para que não haja uma perturbação já que nós atravessamos uma situação muito boa - afirmou. 

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também participa do seminário e deve falar aos empresários ainda na manhã desta terça.

INDÚSTRIA NACIONAL - 0,3% EM 12/09

producao-industrial
SÃO PAULO, 2 de fevereiro de 2010 -
A produção industrial brasileira teve retração de 0,3% em dezembro de 2009, na comparação com o mês anterior, segundo informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Este é o segundo resultado negativo seguido, levando a uma perda de 1,2% entre outubro e dezembro do ano passado.

Dentre os ramos que recuaram, a contribuição mais importante veio de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-12,2%). 
Em seguida, vieram veículos automotores (-1,2%), alimentos (-1,0%), têxtil (-4,0%) e outros equipamentos de transportes (-4,2%).
 
No acumulado de 2009, ante 2008, o setor industrial reportou seu maior recuo (-7,4%) desde 1990 (-8,9%). 
O primeiro semestre apontou perda mais acentuada (-13,4%) que o segundo (-1,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior, por conta principalmente da aceleração da atividade industrial no último trimestre (5,8%).
 
A retração foi generalizada, com todas as categorias de uso e 23 dos 27 setores mostrando queda na produção. "Os resultados acumulados em 2009 refletem em grande parte as perdas no nível de investimento, influenciadas pela deterioração da confiança dos agentes econômicos, e a redução brusca da demanda internacional", reitera o IBGE. 
 
Na mesma base de comparação, as quedas mais expressivas vieram de máquinas e equipamentos (-18,5%), veículos automotores (-12,4%), metalurgia básica (-17,5%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-25,5%).

Ainda na comparação entre o acumulado de 2009 e o de 2008, por categoria de uso, a queda mais intensa concentrou-se no setor de bens de capital (-17,4%),
seguido por bens intermediários (-8,8%). As categorias de bens de consumo, tanto duráveis (-6,4%) quanto semi e não duráveis (-1,6%), fecharam o ano com quedas menos intensas que a média.
(CSU - Agência IN)

QUEM QUER DINHEIRO? O BC PRECISA (II)

SÃO PAULO,
2 de fevereiro de 2010 - O Banco Central (BC) tomou recursos no mercado aberto por um dia útil a uma taxa de 8,66% ao ano. A autoridade monetária recolheu R$ 108,430 bilhões do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
 
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)

( No dia 27/01, o BC tomou recursos no mercado a quantia de R$57,471 bilhões)

A BARATA DE KAFKA

Que a minha solidão me sirva de companhia,
que eu tenha coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir, como se
estivesse plena de tudo".
Clarice Lispector

 Existe uma parábola de Kafka:

Certa manhã ele acordou e descobriu que era uma barata.
Deve ser um sonho, ele deve ter acordado dentro de um sonho. 
E não era apenas isto, a barata estava de pernas para o ar, e ele conseguia ver aquelas pernas se movendo no ar, e ele não conseguia se virar para posição certa, ele estava de costas.

E você pode imaginar... a miséria do homem, a agonia e a náusea.
E ele tentava arduamente, mas parece que não havia jeito de se virar.
Uma grande barata ocupando toda a cama.
O homem moderno tem ainda mais medo.

Quem sabe no que você vai tropeçar quando mergulhar em si?
Pesadelos, monstros... Quem sabe o que está lá dentro? Por que abrir a caixa de Pandora?

Mantenha-a firmemente fechada e sente-se em cima. Isto é o que todo mundo está fazendo.
E, sob certo sentido, o medo está certo – mas somente sob certo sentido.

No começo você encontrará baratas, rinocerontes, répteis e todo tipo de coisas horríveis – porque estas são as coisas que você esteve reprimindo em si mesmo, estas são as coisas que você não permitiu.

Você reprimiu a raiva, o ciúme, a possessividade, o ódio.
Você reprimiu a violência e o assassinato. Todas estas coisas estão ali.
Esta é a barata que está dentro de você.
A violência tornou-se uma perna, a possessividade tornou-se outra e o ciúme uma outra mais...

Quando mergulhar dentro de si, você terá que encarar tudo isto. Naturalmente, esta não é a história toda.

Se você puder encarar a barata, se você puder ir cada vez mais fundo, sem qualquer medo, e observar tudo o que estiver acontecendo, e lembrando-se que ‘eu sou apenas um observador, uma testemunha a tudo isto.

Eu não posso ser a barata porque eu posso ver...’ o que você consegue ver não é você.

O QUE ESTÁ POR TRÁS


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Moacyr Góes
Pode ter certeza, quando ouvir a ladainha de que os movimentos sociais e organizações de classe devem participar de decisões a respeito da comunicação e produção cultural visando torná-las mais democráticas, o dono dessa voz estará querendo aparelhar a democracia e extinguir o direito dos indivíduos. 
Toda essa estratégia vem embalada em frases de cunho democrático.

Mas que, na verdade, não ousa dizer seu verdadeiro nome: controle político de opinião, cerceamento da liberdade e aniquilamento da oposição. 
E sabemos onde isso vai dar, no controle da sociedade pelo Estado.

Uma olhada para o passado pode esclarecer aquilo que embala essa voz. Em 1917, na Rússia, a revolução soviética patrocinou, no campo das artes, um amplo desenvolvimento das linguagens.

Impulsionados pelo vento da “liberdade” e crentes na construção de um novo homem, um número considerável de artistas se engajou na tarefa de levar a experimentação artística a níveis nunca alcançados.
Desse esforço nasceram obras extraordinárias que determinaram referências absorvidas pelo teatro, dança, cinema, artes plásticas, poesia etc e tal.

Mas o que era doce durou pouco e logo as trevas passaram a dominar a vida. 
Era liberdade demais e o enquadramento das forças de produção, o controle do mercado até sua extinção e seu inevitável braço político, a ditadura, mostraram seus dentes. 
Resultado: 
censura, assassinatos, suicídios e estagnação.

Em nome de quê? 

Do povo, do novo homem, da igualdade. Esse é um exemplo histórico das ideias totalitárias travestidas de participação popular. Agora, basta uma olhada para a Venezuela e outros países latinos. 

É bom não subestimarmos a serpente enquanto ela está no ovo, pois depois que ela nasce só a tragédia nos aguarda.
(”O Dia” - 31/01/2010)