"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 14, 2010

UM VIDAÇO DE PRIMEIRO MUNDO. UM CALOTE ELEITORAL.UM "REPRESENTANTE DO POVO SOFRIDO" EMBUSTEIRO ASQUEROSO E ÉBRIO.


Memorial do Fome Zero (foto: André Pessoa)

Concebido pelo presidente Lula, o Programa Fome Zero nasceu em 3 de fevereiro de 2003 num palanque armado na única praça de Guaribas, interior do Piauí.

Morreu dois anos depois sem ter saído do berço, mas nunca teve sepultamento cristão. Ninguém providenciou o velório, o atestado de óbito não foi expedido.

Só existe a certidão de batismo, assinada pelo governador Wellington Dias e por quatro ministros que, na grande festa promovida há sete anos e meio, enxergaram no recém-nascido a cara do Brasil-Maravilha inventado pelo maior goverrnante de todos os tempos.

Depois da discurseira do governador, depois do falatório dos ministros Ciro Gomes (Integração Nacional), Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social), José Graziano (Segurança Alimentar) e Olívio Dutra (Cidades), os quase 5 mil habitantes souberam como seria, no máximo até dezembro de 2006, a vida de quem tivera a sorte de vir ao mundo no lugarejo promovido por Lula a Capital do Fome Zero.

Um vidaço de Primeiro Mundo.

A cidade seria premiada com médicos, um hospital, postos de saúde, uma farmácia, escolas, esgoto, água, luz, telefone, calçamento, um hotel, uma estrada asfaltada de 53 quilômetros, um programa de fortalecimento da agricultura familiar, outro de capacitação profissional.

Quem não ganhasse dinheiro no campo prosperaria na cidade como artesão ou costureira.

Uma empresa do governo, Emgerpi, cuidaria exclusivamente do mundaréu de canteiros de obras.

E administraria com especial carinho p Memorial do Fome Zero, colosso arquitetônico destinado a eternizar a lembrança do dia em que tudo mudou.

Direto ao ponto :

Os restos mortais do Fome Zero se espalham pela cidade onde nasceu

Carmelita Rocha (foto: André Pessoa)

POIS É, COM O (P)ARTIDO (T)ORPE O QUE ERA CONSTRUIR VIROU CONTRATO,MENTIR/INFLAR, ROUBO/ERRO, CUMPLICIDADE/" NÃO SABIA".TUDO EMBROMAÇÃO!

Daniela Lima e Graciliano Rocha/ Folha

Minha Casa, Minha Vida tem problemas em Estados

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, minimizou o fato de apenas 1,2% das unidades contratadas pelo Minha Casa, Minha Vida para quem ganha até três salários mínimos - faixa que concentra 90% do deficit habitacional do país- terem sido concluídas até agora.

Para Dilma, o foco não deveria ser na conclusão dos imóveis, mas nos índices de contratação. “Estamos dando um show porque tem mais de 500 mil [unidades] contratadas, quando se dizia que não conseguiríamos 200 mil”, afirmou a petista.

A avaliação de Dilma, porém, contrasta com a de especialistas. Paulo Simão, presidente da CBIC [Câmara Brasileira da Indústria da Construção], parceira da Caixa na execução do programa, disse que os índices de contratação em alguns Estados sãoum desastre”.

O Ceará, por exemplo, só perde para o Amapá. Mandamos o nosso pessoal para lá hoje, para saber por que os índices estão tão ruins” .

Na faixa de renda de zero a três salários mínimos, em dez Estados o índice de contratações está em menos de 40% da meta.

No Amapá, a meta é de 4.589 imóveis, mas apenas 15 haviam sido contratados, o equivalente a 0,3%.

Ontem a Folha mostrou que Caixa Econômica Federal omitiu dados referentes à conclusão dos imóveis, segundo a faixa de renda a que se destinam.

Os números obtidos pelo jornal constavam de balanço referente ao dia 30 de junho, divulgado apenas a parceiros do programa.

Questionada sobre a omissão dos dados pela Caixa, Dilma respondeu:

Aí você pergunta para a Caixa. Não tenho a menor condição de responder. Se não mostrou, está errado porque a Caixa tem um dos melhores desempenhos dos últimos anos em matéria de habitação”, disse.

O objetivo do programa é contratar 1 milhão de imóveis até o fim deste ano -até o fim de junho, 520.943 imóveis haviam sido contratados.