"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 06, 2014

CRUCIAL ! Como a delação de Costa impacta a corrida eleitoral

As quatro últimas semanas antes do primeiro turno da eleição presidencial devem ser ainda mais movimentadas depois que Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, firmou um acordo de delação premiada. Conforme revelou VEJA nesta semana, ele citou os políticos beneficiados pelo esquema de corrupção na estatal em depoimento à Polícia Federal.

 A investigação sobre o escândalo da Petrobras pode alterar o panorama justamente quando a campanha entrava no momento de consolidação dos Em acordos de delação premiada, o depoente se compromete a não omitir qualquer informação relevante de que dispuser. E precisa sustentar as acusações que faz. Disso depende o abatimento da pena a que ele será submetido.

Evidentemente, os políticos citados nominalmente por Costa como beneficiários do esquema devem ser os mais afetados: 

isso inclui o presidente da Câmara, 
Henrique Eduardo Alves (PMDB), que disputa o governo do Rio Grande do Norte.

Mas a crise se coloca, sobretudo, no caminho da reeleição da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Paulo Roberto Costa foi nomeado para o cargo na Petrobras por Lula, em 2004, e ficou no cargo até 2012 – já no governo atual, portanto. Além disso, o tesoureiro do PT, João Vaccari, é citado pelo ex-diretor como uma das pessoas que captaram dinheiro no esquema. Praticamente todos os citados no escândalo são aliados da presidente.

A revelação de detalhes sobre os desvios em escala industrial pode atingir a popularidade de Dilma. Eles são a confirmação de que a crise na Petrobras não é fruto de acidente ou deslize, mas resultado de uma política consciente de loteamento de cargos-chave da administração da companhia.

Como Paulo Roberto Costa também mencionou o nome do ex-governador Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência morto em 13 de agosto, entre os envolvidos no esquema, a campanha de Marina Silva pode ser afetada. No mínimo, a candidata do PSB deve ficar impossibilitada de explorar o caso eleitoralmente.

Ao tucano Aécio Neves, o episódio se desenha como uma oportunidade – talvez a última – de reagir nas pesquisas de intenção de voto. 
É nisso que os tucanos apostam agora.

Já na manhã deste sábado, os três candidatos demonstraram como pretendem lidar com o caso. Aécio Neves divulgou um vídeo em que chama o episódio de ‘mensalão 2’.
Dilma adotou um discurso cauteloso:
 "Eu gostarei de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas condições e te asseguro que tomarei as providências cabíveis", disse a candidata. Marina Silva tratou de se desvincular do episódio e deve deixar que o partido responda os questionamentos sobre o escândalo.

O professor João Paulo Peixoto, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, acredita que o PSDB pode se beneficiar das revelações. O caso, segundo ele, dá uma última esperança a Aécio de se consolidar como a alternativa mais viável que o PT e chegar ao segundo turno.

 "Eu tendo a acreditar que o PSDB vai crescer com a transformação das outras candidaturas em alvo", diz Peixoto. Entretanto, o professor avalia que ainda é cedo para avaliar se Aécio Neves pode ultrapassar uma de suas adversárias na corrida presidencial.

As últimas pesquisas mostram que Dilma Rousseff tem pouco mais de um terço do eleitorado. É aproximadamente o potencial de votos mínimo do PT em eleições presidenciais: 
são os petistas históricos, 
lulistas convictos e beneficiados pelo Bolsa Família – que dificilmente mudariam seu voto. Por isso, o eleitorado de Marina Silva se apresenta como o campo prioritário para as ofensivas de Aécio.

Nos próximos dias, portanto, conforme novos detalhes do escândalo surgirem e as informações se consolidarem na cabeça do eleitor, a turbulenta eleição de 2014 pode sofrer novas guinadas. "A instabilidade do quadro político brasileiro é evidente", diz o professor da UnB.votos.

Veja.com

EIS A 'NOVA POLÍTICA'! MARINA A DONA IMACULADA : 'Não queremos ver o Eduardo morrer duas vezes', citação do nome de Campos seria só “ilação”…

Em campanha em Brumado, cidade baiana a 555 quilômetros ao sul de Salvador, Marina Silva classificou de “ilação” a citação ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 13 de agosto, no depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.

Segundo Marina, “o fato de haver um investimento da Petrobras em Pernambuco não dá o direito, a quem quer que seja, de colocar Campos na lista dos que cometeram irregularidades” na estatal. “Todo o Brasil aguarda as investigações dos desmandos da Petrobras, que estão ameaçando o futuro da empresa e do pré-sal”, disse Marina. Para ela, o governo deve explicar a má governança na Petrobras, “levando a empresa que foi sempre exitosa e respeitada dentro e fora do Brasil a quase uma total falência.”

Marina ainda ironizou os recentes ataques de Dilma Rousseff (PT), presidente da República e candidata à reeleição, que critica a suposta falta de prioridade que Marina dá à exploração de petróleo. “Quem está ameaçando o pré-sal não somos nós. Vamos manter a exploração no pré-sal e usar os recursos para a saúde e educação. Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras.”

O candidato a vice-presidência na chapa de Marina, Beto Albuquerque, também defendeu Campos das acusações. “Repudio as ilações e a vilania que estão tentando fazer contra Eduardo Campos depois que ele morreu. Quando ele estava vivo, não tinham coragem de enfrentá-lo. Agora, começam a levantar acusações, como se ele pudesse se defender.”

Por meio de comunicado, a assessoria do PSB afirmou que não se manifestará sobre a menção a Campos no depoimento do ex-diretor da Petrobras. Dentro do partido, a avaliação é a de que Paulo Roberto Costa não apresentou provas concretas contra o ex-governador de Pernambuco. “Apenas jogaram no ar o nome de uma pessoa que já morreu, é um absurdo”, comentou um auxiliar.


PASSOU DA HORA DE ACABAR COM A ORGIA/CANALHICE/PATIFARIA/TRAFICÂNCIA CRIADA PELO CACHACEIRO VELHACO JUNTO COM A DESAVERGONHADA E SEUS SEGUAZES . O "ZÓI DA CARA" : Negociata permitiu que Cerveró morasse em imóvel de R$ 7,5 mi


Documentos revelam a nebulosa história da compra de um apartamento de 7,5 milhões de reais em que Nestor Cerveró morou durante cinco anos

O ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró tem se revelado um especialista em omissões. Em 2006, apresentou ao conselho de administração da empresa um resumo referente à compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, sem as cláusulas que beneficiavam a Astra Oil, a sócia belga no negócio. No mesmo período em que se arrastaram a bilionária compra e o posterior litígio entre a Petrobras e sua sócia, Cerveró trabalhou também para não dar transparência a outra transação — desta vez imobiliária.

VEJA teve acesso a documentos que detalham a compra de um apartamento avaliado hoje em 7,5 milhões de reais na Zona Sul do Rio de Janeiro. Trata-se do local onde Cerveró e sua mulher moraram durante os últimos cinco anos. Não foi um negócio usual de aquisição de um imóvel. A transação envolveu a abertura de uma empresa offshore no Uruguai, o uso de um laranja para representá-la no Brasil e a criação de uma sede-fantasma em uma cidade litorânea do Rio de Janeiro. Todo esse aparato para a compra do apartamento ocorreu quase simultaneamente a uma série de gastos milionários da estatal com a transação de Pasadena e a contratação de escritórios de advocacia.

Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet, no iPhone ou nas bancas.

MAIS IMPORTANTE QUE ELEIÇÕES ! DELAÇÃO : "25 deputados federais, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP)".

O PPS, partido de oposição ao governo, quer tornar público os nomes de todos os políticos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de propina de contratos da empresa.

O depoimento de Costa incluiu uma longa lista com mais de 60 políticos, entre senadores, deputados federais, governadores e até mesmo o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), os líderes do Congresso e o ex-governador Eduardo Campos entre os que recebiam uma comissão de 3% sobre contratos fechados pela estatal. Os nomes foram divulgados neste sábado (6) pela revista "Veja".



Contudo, 
papéis obtidos pela Folha mostram que a lista de políticos tem no total 12 senadores e 49 deputados federais. O jornal não teve acesso ao documento que cita os nomes dos parlamentares.


O líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PPS-PR), disse em nota que vai solicitar uma reunião de emergência da CPI mista da Petrobras para tratar do assunto.

Bueno diz no texto que a intenção do partido é solicitar a cópia de todos os depoimentos prestados por Costa a delegados da Polícia Federal e procuradores da República. Para ele, a CPI mista tem a obrigação de investigar as denúncia e ouvir os citados pelo delator.

"Primeiro precisamos saber quais parlamentares realmente estão envolvidos no esquema. Feito isso, os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado deverão instalar processos para apurar cada caso, dando espaço para a defesa e punindo caso necessário. O país precisa de uma resposta forte do Congresso Nacional", diz a nota.

O deputado destacou que o colegiado já aprovou a convocação do delator, mas reforçará na próxima semana a necessidade imediata de sua presença no Congresso.

"Vivemos um momento importante na República. Os fatos estão vindo à luz do dia e precisam urgentemente ser esclarecidos para que não caia no esquecimento e o PT não consiga desviar a atenção da sociedade brasileira com suas propagandas mentirosas.

Precisamos de todas as informações sobre as denúncias feitas por Paulo Roberto Costa para que possamos indicar rapidamente os caminhos para que o MPF e a justiça estabeleçam os devidos processos legais contra todos os envolvidos", informa o texto.

PARA REGISTRO ! Petrobras: A lista dos políticos delatados por Paulo Roberto Costa

A edição da revista Veja que começou a circular traz o nome dos seguintes políticos envolvidos com negócios sujos da Petrobras:



Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, PMDB


João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT

Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, PMDB

Renan Calheiros, presidente do Senado, PMDB

Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP

Romero Jucá, senador do PMDB

Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT

João Pizzolatti, deputado federal do PT

Mario Negromonte, ex-ministro das Cidades, PP

Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, PMDB

Roseana Sarney, governadora do Maranhão, PMDB

Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, PSB - morto no mês passado em um acidente aéreo

Na época em que era diretor da Petrobras Paulo Roberto conversava frequentemente com o então presidente Lula, segundo contou à Polícia Federal.

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