"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 23, 2013

PARA REGISTRO E POSTERIDADE ! AOS CRÉDULOS E NÉSCIOS ÚTEIS DO "DE(s)CÊNIO" DOS FARSANTES E FALSÁRIOS : O outro lado (PARTE I)

E, se em vez de insistirmos na comparação entre os governos petistas e os do PSDB dos últimos 20 anos, fizéssemos uma análise mais abrangente, com as comparações da performance brasileira nos últimos dez anos com a própria performance dos governos ao longo da nossa História e, além disso, com as demais economias do mundo, inclusive dos países emergentes?

O professor titular de Economia Internacional da UFRJ Reinaldo Gonçalves se propôs a se distanciar da polarização PT-PSDB para analisar a economia brasileira e os avanços sociais nos dez anos de governos petistas, e encontrou quadro bastante desolador, distante da propaganda oficial, a que deu o título "Brasil negativado, Brasil invertebrado: legado de dois governos do PT".

A"negatividade" é informada por inúmeros indicadores de desempenho da economia brasileira que abarcam o país, o governo, as empresas e as famílias.
O "invertebramento" envolve a estrutura econômica, o processo social, as relações políticas e os arranjos institucionais.

Essa trajetória é marcada, segundo Gonçalves, na dimensão econômica, por fraco desempenho;
crescente vulnerabilidade externa estrutural;
transformações estruturais que fragilizam e implicam volta ao passado;
e ausência de mudanças ou de reformas que sejam eixos estruturantes do desenvolvimento de longo prazo.

Na avaliação do crescimento da renda durante os governos do PT, o professor classifica de "fraco desempenho pelo padrão histórico brasileiro e pelo atual padrão internacional".

A taxa secular de crescimento médio real do PIB brasileiro no período republicano é 4,5%, e a taxa mediana é 4,7%. No governo Lula, a taxa obtida é 4%, enquanto as estimativas e projeções do FMI para o governo Dilma informam taxa de 2,8%.

O resultado é claramente negativo: 
no ranking dos presidentes do país, Lula está na 19ª posição, e Dilma tem desempenho ainda pior (24ª), em um conjunto de 30 presidentes com mandatos superiores a um ano. Resultados que não são compensados pelo fato de o governo Fernando Henrique estar em 27ª posição, com o crescimento médio de 2,3%.

O Brasil negativado dos governos do PT também é evidente quando se observam os padrões atuais de desempenho da economia mundial, ressalta Gonçalves. Durante os governos petistas, a taxa média anual de crescimento do PIB (considerando as estimativas e projeções do FMI para os dois últimos anos do governo Dilma) é 3,6%.

No período 2003-2014, a estimativa é que a economia mundial cresça à taxa média anual de 3,8%; no caso dos países em desenvolvimento, essa taxa deverá ser de 6,4%.

Portanto, salienta Gonçalves, o Brasil negativado é evidente quando se constatam não somente essas diferenças como dois outros fatos: 
em seis dos 12 anos do período 2003-14, a taxa de crescimento da economia brasileira é menor do que a taxa média mundial; e, em todos os anos, a taxa de crescimento do PIB brasileiro é menor do que a média dos países em desenvolvimento.

O Brasil negativado também é evidente quando se compara o crescimento do PIB brasileiro durante os governos petistas com a média simples e a mediana das taxas de crescimento dos 186 países que são membros do FMI e que representam um painel muito representativo da economia mundial.

A taxa média durante os governos Lula e Dilma (3,6%) é menor que a média simples (4,6%) e a mediana (4,4%) das taxas de crescimento dos 186 países. A taxa de crescimento brasileiro é menor que a média simples e a mediana da economia mundial em dez e sete anos dos 12 anos, respectivamente.

O fraco crescimento da economia brasileira durante os governos petistas está diretamente associado às baixas taxas de investimento, ressalta Gonçalves. A taxa média de investimento do Brasil no período 2003-14 é 18,8% enquanto a média e a mediana mundial (painel do FMI) são 23,9% e 22,5%, respectivamente.

Em todos os anos de governo petista, a taxa de investimento é menor que a média e a mediana do mundo. No painel de 170 países o Brasil ocupa a 126ª posição, média para o período 2003-14.
(Amanhã, o social)

Merval Pereira

UM ANEXO AVULSO DA CARTILHA(de(s)cênio) DOS FARSANTES E FALSÁRIA(QUEBRA 1,99) - MAIOR ROMBO MENSAL DESDE 1947 ! US$ 11,4 bilhões.

 
Mau desempenho da balança comercial e aumento das remessas de lucros das empresas estrangeiras provocam rombo de US$ 11,4 bilhões nas operações com o exterior em janeiro. 

É o valor mensal mais alto dos últimos 66 anos
A crise mundial bateu forte nas contas externas brasileiras em janeiro. O país amargou no mês passado um deficit de US$ 11,4 bilhões nas chamadas transações correntes, que registram o resultado das operações comerciais e de serviços com o exterior. 

É o maior rombo mensal desde 1947, quando os dados começaram a ser computados, provocado basicamente por dois fatores: 
o mau desempenho da balança comercial e um volume recorde de remessas de lucros das empresas estrangeiras instaladas no país para compensar prejuízos nas matrizes.

Pressionadas pelos maus resultados no exterior, devido à recessão na Europa e ao fraco ritmo da atividade econômica nos Estados Unidos, as multinacionais enviaram US$ 2,1 bilhões às suas sedes, no mês passado, mais que o dobro dos US$ 981 milhões contabilizados um ano atrás. Tamanha sangria não era vista desde janeiro de 2008. 

A crise também já havia afetado fortemente a balança comercial, que teve deficit de US$ 4,03 bilhões, devido ao enfraquecimento dos mercados e à queda das exportações.

O pior foi que, desta vez, o saldo negativo não foi coberto pela entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED), sempre apontada pelo Banco Central como um movimento que afasta o risco de um desequilíbrio maior no balanço de pagamentos. 

O total aplicado por investidores estrangeiros em projetos produtivos no país somou apenas U$ 3,7 bilhões, uma queda de 31,5% em relação aos US$ 5,4 bilhões que ingressaram em janeiro de 2012. 

O valor foi o mais baixo desde maio do ano passado.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, a alta das remessas não deve causar preocupação. "Os valores oscilam mês a mês e respondem ao estoque de IED, que vem aumentando. É natural que esse fluxo seja crescente a médio prazo", avaliou. 

Segundo ele, as contas externas ainda deverão apresentar um deficit elevado em fevereiro, ao redor de US$ 5,7 bilhões. 

O ingresso de IED também não deverá ser expressivo. Até o último dia 20, o fluxo estava em US$ 2,2 bilhões e, pelas estimativas da autoridade monetária, não deverá passar de US$ 3,5 bilhões até o fim do mês. Uma melhora virá somente em março, com o início do embarque da safra agrícola.

Correio Braziliense

Yoani e os gorilas

A passagem de Yoani Sánchez pelo Brasil me deixou apreensivo sobre o futuro deste país. 

Agente da CIA, do governo de Havana ou apenas uma mulher em busca de liberdade? Seja quem for, de Fidel ao papa, defendo como sagrado o legítimo direito ao protesto, à vaia, à discordância e à liberdade de expressão. Mas as claques organizadas, melhor dizendo, cooptadas, para calar a dissidente cubana a todo custo protagonizaram um espetáculo vexaminoso, deprimente, beirando a estupidez.

Não fosse a segurança escalada para protegê-la, temo que a viagem ao Brasil teria sido a última da vida de Yoani.

Em um debate na tevê houve até quem defendesse como “democrática” a truculência da turba. Yoani que arrumasse uma tropa capaz de gritar mais do que aquela, argumentou. Ora, em tese, a democracia ainda é o mais civilizado dos sistemas políticos até hoje experimentados, justamente por garantir a liberdade de expressão a todos os cidadãos, faça esse cidadão parte da maioria ou de uma minoria. Briga-se com palavras, argumentos, ideias.

Agora, estupefato mesmo fiquei ao testemunhar gente que eu considerava civilizada — apesar das divergências políticas — aplaudir como “democrática” a selvageria dos brucutus que silenciaram à força a visitante. Se batem palmas para eles, imagino que, por analogia, devem achar igualmente “democrática” a perseguição aos judeus protagonizadas por Hitler, eleito nas urnas e que contava com uma maioria milhões de vezes maior a ovacioná-lo enquanto calava, caçava e exterminava judeus. Sabemos bem no que deu essa “democracia”.

Falo de Hitler, mas poderia simplesmente citar a ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro. Sim, não há paraíso — e Cuba está longe disso — que justifique a extinção das liberdades individuais. Se, no planeta inteiro, grande parte dos políticos não estivesse empenhada apenas em defender os próprios interesses, já teria percebido que o melhor dos mundos está em construir uma sociedade menos desigual, mais fraterna, justa, solidária.

Que garanta dignidade, educação, saúde e moradia a cada um dos seus cidadãos. Isso deveria ser cláusula pétrea na Declaração Universal dos Direitos Humanos. O governante que não cumprisse a determinação seria levado a um tribunal internacional e submetido a processo de impeachment

Aí, sim, teria fim essa farsa,
essa demagogia barata,
vergonhosa,
de quem faz política em cima da miséria alheia.

Plácido Fernandes Vieira

minha casa minha vida NO brasil maravilha DOS FARSANTES E UMA GERENTONA FALSÁRIA(QUEBRA 1,99), VIRA PESADELO PARA INVESTIDORES EUROPEUS.

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Concebido para realizar o sonho de milhões de brasileiros, o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) tornou-se um pesadelo para muitos investidores europeus. 
A violenta retração do mercado imobiliário em países como Espanha, Itália, Portugal e até Inglaterra, consequência da crise econômica que o continente atravessa, provocou um movimento de migração de construtoras, incorporadoras e fundos de investimento para o Brasil.

Lançado num momento de forte depressão econômica na Europa, o Minha Casa, Minha Vida, com cifras grandiosas para construir milhões de moradias populares num curto espaço de tempo, parecia bastante sedutor para essas companhias, que cruzaram o Atlântico em busca de alta rentabilidade, o que compensaria a ociosidade da demanda europeia.

Os empresários europeus atuaram basicamente em duas frentes:
constituindo subsidiárias no País ou associando-se a empresas locais.


Ao se instalarem em terras brasileiras, porém, a realidade para muitos deles foi bem distinta da que motivou a vinda para o Brasil. A principal reclamação é que a burocracia para a aprovação de projetos resultou em atrasos para a assinatura dos contratos, execução das obras e recuperação do capital investido, tornando muitos empreendimentos inviáveis, segundo os empresários.

‘Nunca mais’. "Eu não quero participar do Minha Casa, Minha Vida nunca mais", sentenciou Sílvio Bezerra, presidente da Ecocil, a maior construtora e incorporadora do Rio Grande do Norte. A decisão de não investir mais no programa foi tomada em conjunto com o sócio inglês, o fundo de investimentos Salamanca Capital, que detém atualmente 65% da companhia. A gestão da companhia é compartilhada com os empresários brasileiros, que a fundaram há 64 anos.

A empresa tem um único projeto no Minha Casa, Minha Vida, para consumidores com renda de seis a 10 salários mínimos em Natal, que demorou um ano e meio para ter a análise de risco aprovada, de acordo com o executivo. "A Caixa pediu até identidade e CPF do dono da empresa na Inglaterra", relatou Bezerra.

Segundo ele, em função desse atraso, dos R$ 12 milhões investidos com capital próprio, a Caixa só reembolsou R$ 1,5 milhão até agora. Esse atraso, de acordo com Marcelo Freitas, diretor financeiro da empresa, jogou por terra a análise de risco feita na tomada de decisão dos investidores, quando a projeção de investimentos com recursos próprios seria de menos de 5%. 


 "É um banho de água fria muito grande. Os investidores estrangeiros têm um nível de sofisticação incrível e cálculos bem precisos que não comportam esse tipo de situação", afirmou o executivo. 

Karla Mendes, especial para O Estado