"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 10, 2014

O Partido da Bocarra

O PT já foi o 'partido da boquinha'. Mas o assalto aos cofres públicos perpetrado desde que chegou ao poder o transformou no partido da boca grande, que morde tudo o que vê 

Alguns anos atrás, o PT foi chamado de "partido da boquinha". 
Isso faz muito tempo, quando os petistas ainda não haviam tomado de assalto o governo federal. Com tudo o que aconteceu desde a ascensão de Lula e sob beneplácito de Dilma, a sigla merece nova alcunha:
 é o partido da bocarra, da boca grande que morde e embolsa o que vê pela frente.

A crônica brasileira já celebrizou o mensalão, tido, até agora, como o maior escândalo de corrupção da nossa história política. Mas o esquema de corrupção julgado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal está se revelando troco perto do que começa a ser revelado do roubo institucionalizado pelo PT na Petrobras.

Vamos às ordens de grandeza: 
enquanto o mensalão movimentou, segundo o Ministério Público, não mais que R$ 150 milhões, a predação da estatal pode ter atingido R$ 10 bilhões. 
Ou seja, estamos tratando de escândalo cujas proporções são dezenas de vezes maiores. Em comum, está o principal beneficiário: 
o PT, partido da candidata-presidente.

Ontem vieram à tona gravações de depoimentos de Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, sobre como funcionava o esquema de desvio de dinheiro na empresa. Dos contratos fechados pela área que ele comandava, 2% iam para o PT, recolhidos diretamente pelo atual tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto.

Tomando-se por base apenas os contratos fechados durante a gestão de PR Costa, que coincide com o período em que Dilma, primeiro, presidiu o conselho de administração da companhia e, depois, a República, são R$ 2,3 bilhões que podem ter irrigado os cofres do partido do governo ao longo de oito anos.

É tanto dinheiro que a melhor providência é compará-lo com o que seria possível construir se o recurso fosse corretamente aplicado em benefício da sociedade, de modo a dimensionar o custo que a corrupção petista impõe aos brasileiros.

Com o dinheiro que Costa informa ter roubado da Petrobras para o PT, daria para pôr 300 mil crianças em creches - daquelas que Dilma prometeu fazer 6 mil e entregou menos de 400 - ou erguer escolas para 1,3 milhão de jovens. Este foi o "relevante serviço prestado" pelo ex-diretor aos brasileiros, pela qual foi cumprimentado ao renunciar ao cargo...

Em sua propaganda política, a candidata-presidente tem dito que propôs um monte de projetos de lei para combater a corrupção. A maior parte deles, contudo, já tramita no Congresso sem jamais ter despertado o empenho do Palácio do Planalto pela sua aprovação, como mostrou O Estado de S.Paulo na semana passada.

É bem mais simples pôr fim aos descalabros e ao mar de escândalos que tem os petistas como seus principais artífices. Basta, no segundo turno da eleição presidencial, que acontece em 26 de outubro, votar para tirar Dilma Rousseff e o PT do poder.

ITV

‘Não há segredo de Justiça’, reage juiz da Lava Jato


O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações criminais da Lava Jato, informou nos autos da Operação Lava Jato que não há segredo de Justiça na ação penal em que foram interrogados o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef, na última quarta feira, 8.

A informação consta do despacho de Moro em que autoriza o compartilhamento de provas com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobrás (CPMIPetro).


Alvo de ataques do PT, que o acusa de ter dado divulgação aos relatos de Costa e Youssef – nos quais ambos revelaram repasses de 3% para o partido do governo sobre valor de contratos de diretorias da Petrobrás –, o juiz Moro esclareceu que já no despacho em que recebeu a denúncia contra os dois delatores e outros acusados deixou expresso que o processo tramita “sem segredo de Justiça, em vista dos mandamentos constitucionais da publicidade dos processos e das decisões judiciais”.

Advogados de réus na ação em que Costa e Youssef prestaram depoimento acreditam que o PT e o governo confundiram a divulgação dos relatos de ambos com as delações premiadas – o ex-diretor da Petrobrás já concluiu a sucessão de depoimentos nos termos do acordo de delação; o doleiro está depondo desde quinta feira, 2.

As delações estão sob guarda do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), porque elas contêm informações sobre suposto esquema de propinas para deputados e senadores – parlamentares detêm foro privilegiado perante o Supremo.

Os depoimentos de Costa e Youssef à Justiça Federal nada tem com a delação premiada. Eles são réus em um processo sobre corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobrás, nas obras da refinaria Abreu e Lima. A prisão preventiva dos dois foi decretada em março de 2014. Processos com réus presos têm prazo limitado para terminar – caso contrário, a Justiça tem que soltar os acusados.

Os interrogatórios do ex-diretor e do doleiro foram marcados dia 19 de setembro.

Na quarta feira, 8, quando foram encerrados os depoimentos de Costa e de Youssef, vários advogados que compareceram à audiência revelaram os trechos mais importantes dos depoimentos à imprensa, na saída do Fórum Federal, em Curitiba.

O juiz Sérgio Moro argumenta, ainda, que o caso envolve “supostos crimes contra a administração pública, tornando imperativa a transparência, única forma de garantir o escrutínio público sobre a gestão da coisa pública e sobre a integridade da Justiça”.

“Assim, os depoimentos prestados na última audiência na ação penal pública não foram ‘vazados’ por esta Corte de Justiça ou por quem quer que seja”, reagiu Moro. “A sua divulgação, ainda que pela imprensa, é um consectário normal do interesse público e do princípio da publicidade dos atos processuais em uma ação penal na qual não foi imposto segredo de justiça.”

Nesse mesmo despacho, o magistrado autorizou, ainda, a Polícia Federal, como por ela requerido, a utilização dos depoimentos (de Costa e de Youssef) para instrução de outras investigações conexas à Lava Jato, “não havendo qualquer motivo para restringir o seu emprego para esta ação penal”.

Ele autorizou, também, a Petrobrás, “que é a vítima dos supostos crimes narrados neste feito”, a utilizar os depoimentos como prova emprestada para sua apurações internas.

Por Fausto Macedo, Mateus Coutinho e Ricardo Brandt
Estadão

Em vídeo, FHC afirma que QUE O CACHACEIRO VIGARISTA mentiu

Em vídeo postado nesta sexta-feira, 10, em sua página oficial no Facebook, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso diz que o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva mentiu quando o acusou de criticar os nordestinos. "O PT fica querendo fazer demagogia, querendo nos jogar contra o povo, dizendo que o PSDB fez isso ou aquilo, que eu disse isso ou aquilo, o Lula mentiu, eu não falei de Nordeste ou de nordestinos, nada disso", disse.

Na postagem, Fernando Henrique disse lamentar que a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, "tenha embarcado nessa, não é verdade". E disse: "O povo não é bobo, o povo sabe que quem fez o Plano Real fomos nós, quando fui ministro da Fazenda, que melhorou a vida de todo mundo, dos pobres, do trabalhador."Nas críticas à gestão petista, o ex-presidente tucano disse que é com o receituário do PSDB que se combate a pobreza "e não deixando a inflação voltar e depois aconselhando o povo a não comer carne, a comer tomate, a comer frango, ovo". E continuou: "Não é deste jeito que se resolve a pobreza. Nós, do PSDB, sim, fizemos o que dissemos e deu certo."
O vídeo é mais um capítulo do embate que os dois ex-presidentes da República estão travando com mais frequência neste segundo turno, em prol de seus candidatos, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

ELEIÇÕES 2014 - BRASIL REAL SEM O MARQUETINGUE DOS VIGARISTAS : Economia brasileira está 'quase derretendo', diz Armínio Fraga


Responsável por assessorar o programa econômico de Aécio Neves (PSDB), o economista Armínio Fraga disse nesta sexta-feira, 10, que faria um alinhamento "suave" da política fiscal em um período de dois a três anos. Segundo ele, há "muita gordura para cortar", o que permitira a manutenção dos programas sociais. Na lista do que pode ser eliminado estão subsídios setoriais concedidos pela administração Dilma Rousseff.

Na avaliação de Fraga, a economia brasileira está "quase derretendo", com um crescimento próximo de zero. Em participação por vídeo em seminário realizado em Washington, o economista criticou intervenções do governo para controlar preços administrados e a taxa de câmbio, defendeu aproximação com os Estados Unidos e distanciamento dos governos bolivarianos, defendeu maior abertura do País ao exterior e propôs critérios mais estritos para concessão de empréstimos subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"Nós vimos esse filme antes. Essas coisas funcionam por algum tempo, mas depois voltam para assombrá-lo", afirmou, em relação às intervenções governamentais na economia para controlar preços e câmbio.

Fraga afirmou que o País enfrenta dificuldades para mobilizar capital para investimentos, o que atribuiu ao excesso de dirigismo e ao abandono do modelo de agências regulatórias implantado na gestão de Fernando Henrique Cardoso. "O resultado é que o investimento agregado continua a cair, apesar de um grande número de programas e subsídios do governo. O fato básico é que o investimento está em 16,5% do PIB, o mais baixo patamar em um longo período."

Ex-presidente do Banco Central, Fraga refutou o argumento do governo de que o Brasil sofre os efeitos dos ventos adversos da economia global. O ritmo de expansão do País tem ficado em dois pontos percentuais abaixo do registrado na América Latina, mesmo quando são incluídos Argentina e Venezuela, afirmou. E no mundo, há economias crescendo a zero e outras a 7%. "E nós estamos em zero." Apesar de ter recuado, o preço das commodities continua elevado, em patamar superior ao registrado há seis anos, completou.

O índice de inflação -que está em 6,75% ao ano- não reflete a situação real, ressaltou, em razão da contenção de preços administrados. "O governo está segurando alguns preços, incluindo o preço de combustíveis, o que é um crime ambiental." O indicador também é afetado pela "pesada intervenção" para evitar que a moeda se deprecie em relação ao dólar e encareça o preço dos produtos importados, observou.

Em sua avaliação, a política oficial para combater a inflação é "esquizofrênica". Enquanto o Banco Central aperta a política monetária com a elevação dos juros, o Tesouro e os bancos oficiais injetam recursos na economia, em uma tentativa de estimular a produção. 

Fraga disse que fazia sentido ter uma política anticíclica em 2009, mas foi um erro estendê-la. "Temos políticas fiscais expansionistas e nosso déficit fiscal está crescendo. Há muito a ser feito para colocar a casa em ordem."

O papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será revisto em um eventual governo tucano, afirmou Fraga. O economista defendeu critérios mais estritos e transparentes para concessão de empréstimos subsidiados pela instituição. Fraga ressaltou que o Tesouro transferiu o equivalente a 10% do PIB ao BNDES para financiar créditos subsidiados, muitos dos quais foram para empresas que não precisavam do benefício, como a Petrobras e grandes companhias privadas.

A injeção de recursos do banco estatal foi uma forma de tentar estimular a economia e setores industriais, mas o esforço fracassou, opinou Fraga. Segundo ele, isso fica evidente na queda de 16% para 13% da participação da indústria na composição do PIB. Segundo ele, os empréstimos do BNDES foram a munição da qual o governo lançou mão por ter sido incapaz de impulsionar a economia com baixa taxa de juros, construção de infraestrutura e sistema tributário "decente".

"O BNDES tem um papel importante a desempenhar em infraestrutura e outras áreas, mas deve haver critérios estritos", disse Armínio, defendendo que os recursos estejam especificados no Orçamento. "Deve haver critérios estritos, claros e transparentes, que possam ser analisados e avaliados. Nada disse ocorre hoje."


CLAUDIA TREVISAN, CORRESPONDENTE - O ESTADO DE S. PAULO

brasil maravilha para VELHACOS : Confirma-se a ‘organização criminosa’ na Petrobras


Do mensalão, o escândalo guarda a semelhança do desvio de dinheiro público para financiar políticos. Mas, pela amplitude e cifras envolvidas, este caso deve ser maior

O termo “organização criminosa" foi usado formalmente a primeira vez, para designar um esquema de corrupção com o envolvimento de representantes do PT e legendas aliadas, pelo procurador-geral da República Antonio Fernando Souza, no texto da denúncia do mensalão ao Supremo Tribunal Federal. Sete anos depois, a denúncia seria confirmada por sentenças condenatórias no STF.


Há cinco meses, a expressão voltou a aparecer em documento oficial, desta vez num ofício do delegado da Polícia Federal Cairo Costa Duarte ao juiz federal do Paraná Sérgio Moro, do processo Lava-Jato, em que estão implicados o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ao investigar a compra esquisita da refinaria de Pasadena e outras denúncias em torno da Petrobras, o delegado pediu ao juiz acesso a documentos obtidos pela Lava-Jato, para facilitar seu trabalho de levantamento de uma “organização criminosa” na estatal.

Pois trechos divulgados dos depoimentos de Paulo Roberto e Youssef, sob o regime de delação premiada, confirmam a existência da tal organização, eles próprios dois de seus elos-chave — Costa, arrecadador de propinas junto a empreiteiras; Youssef, branqueador do dinheiro, por meio de firmas fantasmas e operações fajutas.

Relata Costa que PT, PMDB e PP eram os beneficiários da enxurrada de dinheiro “por fora” gerada por comissões sobre contratos bilionários superfaturados. Quase todos assinados com empreiteiras envolvidas com o projeto da refinaria Abreu e Lima, orçada em US$ 1,8 bilhão e que sairá por dez vezes mais. Obra convenientemente administrada pela diretoria de Abastecimento da estatal, ocupada de 2004 a 2012 por Paulo Roberto. Segundo Youssef, Paulo Roberto Costa, funcionário de carreira da estatal, foi nomeado para o cargo depois de pressão dos partidos sobre o presidente Lula. Ele cedeu e o esquema foi montado.

Mas, diz Paulo Roberto, outras diretorias também atuavam no paralelo: a de Serviços, de Jorge Renato Duque, indicado pelo PT; Nestor Cerveró, já conhecido, e Jorge Zelada, da diretoria Internacional, e também José Eduardo Dutra, ex-presidente da empresa, ex-senador sergipano pelo PT. Até a subsidiária Transpetro, de Sérgio Machado, ligado ao PMDB, consta das denúncias. Também não falta nos depoimentos o indefectível João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.

Pelas cifras envolvidas — apenas Costa tinha US$ 23 milhões seus na Suíça — e dimensão do esquema, o caso deve ser maior que o mensalão petista, de Marcos Valério, José Dirceu, entre outros.


“Paulinho”, como Lula chamava Paulo Roberto Costa, assumiu o cargo de diretor em 2004. Seis anos depois, “recursos não contabilizados” tirados da Petrobras já teriam financiado campanhas de petistas e aliados. Talvez, entre várias, a da própria Dilma.

Editorial O Globo

NO brasil DO CACHACEIRO VAGABUNDO/VIGARISTA/VELHACO E SUA TESTA DE FERRO DESAVERGONHADA... Corrupção e Petróleo(PETROLÃO/MENSALÃO 2) : Já está disponível o depoimento em áudio do ex-diretor da Petrobras

Já está disponível o depoimento em áudio do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, no qual o ex-diretor implica alguns partidos políticos – PT, PP e PMDB- no recebimento de propinas dos contratos da Petrobras. Segundo o ex-diretor da Petrobras, “todos os contratos da Petrobras pagavam 3% de propina para partidos políticos da coligação do governo”.

Clique aqui para escutar o áudio da acusação que o ex-diretor faz sobre o uso politico da Petrobras pelos partidos da coligação do governo. Isso é um episódio triste na história da companhia e do Brasil. Corrupção sempre existiu, mas quando é algo que parece ser orquestrado por lideranças partidárias causa indignação.

O ex-diretor é muito claro e faz acusações muito sérias a partidos da coligação do governo. É claro que isso é uma acusação, um depoimento. A justiça terá que fazer toda a investigação e coletar as provas, algo que não será difícil dado que tanto o ex-diretor quanto o operador, o doleiro Alberto Youssef, assinaram com a justiça um acordo de delação premiada.

Ao que parece, infelizmente, estamos novamente assistindo um episódio semelhante à formação de quadrilha que deu origem ao mensalão, processo que foi julgado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil. Isso pode, mas não necessariamente, ser o início de uma crise institucional pela gravidade das denúncias (que ainda precisam ser comprovadas). Mais este é um grave problema para o atual governo.