"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 03, 2012

BRASIL REAL CAMUFLADO PELO FALSO brasil maravilha "PUTÊNCIA" FRENÉTICO E EXTRAORDINÁRIO II : Pibizinho sem graça

O país continua crescendo pouco.
Pior que isso, não exibe perspectiva confiável de que irá recuperar o ímpeto mais à frente.


São anos de desacertos que cobram agora seu preço:
vão desde opções equivocadas de política econômica à irresponsabilidade exibida pela gestão petista para eleger Dilma Rousseff.


Na sexta-feira, o ( IBGE ) divulgou o resultado do segundo trimestre.
O país avançou 0,4% na comparação com os três primeiros meses do ano, quando o crescimento - agora revisto - fora de apenas 0,1%. Há dois anos, o Brasil patina sem sair do lugar. As curvas, todas elas, apontam para baixo


A taxa de crescimento acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,2%.
Para todos os efeitos, é esta, portanto, a velocidade na qual a economia brasileira roda hoje.
É interessante observar como este indicador se comportou nos últimos tempos.
As conclusões são reveladoras.

Seu ápice coincide - surpresa! - justamente com o período da eleição de Dilma.

No terceiro trimestre de 2010, o país acumulava 7,6% de crescimento em 12 meses.
Desde então, sistematicamente o indicador desceu ladeira abaixo até chegar ao 1,2% atual - vale registrar que há apenas um ano estava em 4,9%.

O que isso significa?
Significa, muito claramente, o quanto a gestão petista acelerou artificialmente o país para criar um clima de euforia e eleger a presidente.
Resta claro que a exaustão cobrou seu preço e o motor fundiu:
o paradeiro atual é, evidentemente, fruto da irresponsabilidade eleitoreira do PT.

Nos 18 primeiros meses da gestão Dilma, o país cresceu apenas 2%, mostrou ( O Globo. )
A presidente coleciona uma série nada invejável de recordes.
O PIB teve o pior semestre desde 2009, com alta de apenas 0,6%. São quatro trimestres crescendo abaixo de 1%, patamar considerado mínimo para o país decolar.

Trata-se do "mais longo ciclo de baixo crescimento desde o Plano Real", na síntese da ( Folha de S.Paulo.)

Se o passado não brilha, o futuro apresenta-se igualmente opaco. O investimento na expansão da capacidade produtiva do país é cadente.
Há quatro trimestres o indicador cai:

desta vez, o recuo foi de 0,7% frente ao primeiro trimestre e de 3,7% sobre igual período de 2011.

Em proporção do PIB, a taxa de investimento desceu a 17,9%, quando se sabe que o Brasil precisa investir, no mínimo, 25% - não custa lembrar que na China a parcela é de 45% e na Índia, 34%. Parte importante deste mau resultado deve-se ao frustrante desempenho das empresas estatais, que não conseguem executar o que o Orçamento da União prevê.

Um dos componentes mais fracos da economia hoje é a indústria, que caiu 2,5% no trimestre em relação aos três primeiros meses do ano.

O setor, que já respondeu por cerca de um terço da nossa economia, agora se encolheu à dimensão que tinha antes da era JK:
a participação da indústria da transformação no PIB retrocedeu a 12,8%, menor índice já registrado pelo IBGE, segundo o Valor Econômico setor externo é outra decepção.

Como a demanda ainda está aquecida, à base de estímulos oficiais ao consumo, e a indústria fraqueja, o mercado é atendido por importações, que cresceram 1,9% no trimestre. Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras não conseguem abrir espaço no mercado internacional, enquanto produtos em que o país se saía bem - como minério de ferro, açúcar e café - vêem seus preços cair.

Só isso retirou 0,7 ponto percentual do PIB no trimestre.


Por um longo tempo, Lula, Dilma, Guido Mantega e os porta-vozes oficiais disseram que o país era uma ilha isolada do tsunami econômico que assola o mundo.
Nunca foi.
Agora, dizem que a culpa pelos maus resultados do PIB é do exterior.
Em parte.
As condições internas de produção no país estão piorando a olhos vistos.


Se fossem apenas as condições externas que estivessem ruins, o Brasil não estaria crescendo tão abaixo de todos os países de porte e perfil similares aos seus.
Entre os emergentes, decepcionamos; entre os Bric, somos os piores.


Entre 35 países que já divulgaram o resultado de seu PIB no segundo trimestre, perdemos para todos os latino-americanos e ocupamos, na lista geral, apenas a 23ª posição, mostrou a
( Austin Rating.)


No ano passado, o Brasil cresceu decepcionantes 2,7%.
Foi considerado um "pibinho". Neste ano, mantido o ritmo atual, não ultrapassará 1,6%, conforme
( levantamento ) do Banco Central divulgado nesta manhã.


Há muita gente competente achando que a economia brasileira não superará 1,3% em 2012.
Que nome dar a isso?
Pibizinho?


Alguns meses atrás, um banco estrangeiro, o Credit Suisse, previu que o Brasil só cresceria 1,5% neste ano. Mantega, o ministro das lentes cor-de-rosa, estrilou.
Ficou bravo e disse que aquilo era "piada".
Deve estar agora rezando para que a pilhéria dos franceses se concretize, para que a palhaçada que comanda não fique ainda mais sem graça.

Há muito tempo, o governo do PT vem insistindo numa receita carcomida:
o incentivo despudorado ao consumo.
O motor do desenvolvimento sustentado, porém, foi negligenciado: os investimentos continuam em marcha lenta.

O rol de ações para sair do atoleiro é conhecido, com ações que melhorem a infraestrutura produtiva, desonerem a produção e alavanquem o investimento privado.


Só recentemente, depois de muita derrapagem, a gestão Dilma deu-se conta de que estava trilhando a estrada errada. Algumas correções foram feitas, principalmente por meio da opção pela privatização da infraestrutura viária.

Ainda vai demorar muito, contudo, para que o país retome um caminho seguro rumo a um futuro mais próspero.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Pibizinho sem graça

POBRE BRASIL ! ESSÊNCIAS DE REPÚBLICA TORPE : MÁFIAS/VELHACARIAS/VAGABUNDAGENS...

A cada ano, o Ministério da Saúde gasta milhões em campanhas de incentivo à doação de sangue. Boa parte dessas doações é industrializada fora do País e retorna como hemoderivados, medicamentos essenciais no tratamento de hemofílicos.

A matéria-prima desse processo é o plasma sanguíneo, um insumo tão cobiçado que um litro chega a custar US$ 120 no mercado internacional – tanto quanto um barril de petróleo.

O Ministério da Saúde esconde em um depósito no Distrito Federal um carregamento de 55 mil bolsas de plasma humano, avaliado em US$ 1,6 milhão, mas cuja validade está vencida há pelo menos cinco anos.

O segredo, que pode causar estragos às pretensões políticas dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa e José Gomes Temporão, além do atual ministro, Alexandre Padilha, está trancado a 50 graus negativos numa câmara frigorífica vigiada por seguranças armados.

Essa espécie de "túmulo do sangue", como funcionários do ministério chamam o local, é apenas o fio de um novelo que está sendo deslindado em diferentes investigações pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União.

Os processos, obtidos com exclusividade por ISTOÉ, atestam desvios recorrentes na produção e estocagem do plasma coletado e lançam suspeitas sobre a existência de uma nova modalidade de máfia dos vampiros, com conexões até na França.


Os lotes vencidos foram coletados em 41 hemocentros e bancos de sangue de diversos Estados em 2003 e 2004, justamente o ano em que estourou o escândalo do comércio ilegal de hemoderivados, desbaratado pela Polícia Federal na Operação Vampiro.

Então ministro, Costa chegou a ser indiciado por suspeita de participação no esquema.


Em março de 2010, foi absolvido pela Justiça e conseguiu ser eleito senador.
Agora, apenas dois anos depois, está dedicado a virar prefeito do Recife, numa estratégia para chegar ao governo de Pernambuco em 2014.

O ex-ministro terá de explicar aos promotores por que abandonou as 55 mil bolsas de sangue no depósito do ministério. Naquele momento, havia duas empresas responsáveis pelo beneficiamento do plasma:
a suíça Octapharma e a francesa LFB (Laboratoire Français Du Fractionnement et des Biotechnologies S/A).

Citadas no inquérito da Operação Vampiro, nenhuma delas se encarregou dos lotes.


À ISTOÉ, Costa admitiu que sabia do carregamento estocado e impetrou recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região "a fim de dar aproveitamento ao produto." O recurso, segundo ele, foi negado sob o argumento de que sua liberação poderia implicar grave prejuízo ao erário.

O hoje senador diz que não acompanhou os desdobramentos do caso.

Antes de deixar o cargo em 2005, Costa criou a Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) e mandou fazer nova licitação, engavetada nas gestões-tampão dos peemedebistas Saraiva Felipe e Agenor Álvares e retomada apenas no final de 2007, por José Gomes Temporão.

A licitação lançada por Temporão foi vencida pela francesa LFB e o contrato previa o fornecimento de hemoderivados e a transferência da tecnologia de fracionamento do plasma para a Hemobrás, estatal criada por Costa em 2004 e que até hoje não saiu do papel.

"Contratamos a empresa numa licitação transparente", afirma Temporão, que diz desconhecer o carregamento de plasma vencido.

Em ofício encaminhado ao MP sobre o caso, o coordenador-geral de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, alega que, quando a LFB foi contratada, o plasma estocado em Brasília “já se encontrava vencido, não sendo viável a sua utilização e recolhimento no escopo do objeto do contrato”. Genovez se referia ao uso na produção dos chamados fatores 8 e 9 para o tratamento de hemofílicos.

Como são mais sensíveis, esses produtos devem ser aproveitados com o plasma mais fresco. Entretanto, mesmo vencido esse prazo, ainda seria possível processá-lo para a obtenção de imunoglobulina e albumina, de uso cirúrgico.

O Ministério da Saúde garante que negociou com a LFB um aditivo contratual, que só seria assinado em 2009. Mas, com a demora, o que restava do material também perdeu a validade. Estranhamente, a LFB disse à ISTOÉ que “desconhece o assunto”.

No documento enviado ao MP, Guilherme Genovez informa que o descarte do material sofreu impedimentos sanitários nos anos seguintes e voltou a ser debatido em 2011, já na gestão do ministro Alexandre Padilha. Mas acrescenta que não há ainda cronograma nem método para o descarte.

Ao ser questionado pela reportagem, Padilha informou por meio da assessoria de imprensa que já está com edital pronto para escolher em 30 dias a empresa que fará o descarte do material.

O problema com os hemoderivados não se restringe ao caso do depósito em Brasília. ISTOÉ obteve com exclusividade cópia de um relatório de auditoria feita por técnicos do Ministério da Saúde nas instalações da LFB, em Lille e Lês Ulis, Paris. Os técnicos ouviram dos dirigentes da empresa explicações controversas e relataram uma série de irregularidades.

O documento está na mesa de Padilha desde maio.

Uma das mais graves denúncias diz respeito a uma carga de mais de meia tonelada de produtos intermediários de hemoderivados que foi estocada, sem uso. O procedimento nem sequer foi notificado ao governo brasileiro. São 673 quilos de produtos semiacabados com prazo de validade expirado cujo destino não foi informado ao Ministério da Saúde, como prevê o contrato entre o governo e a LFB.

Outro lote ainda maior, com quase 1,2 tonelada de princípio ativo para a produção de hemoderivados, também se encontrava estocado, em regime de quarentena e prazo de validade próximo de expirar.

Uma terceira carga de 1,5 tonelada foi totalmente perdida por desvios de qualidade durante o processo produtivo.

Surpreendeu os técnicos o fato de a LFB usar na produção do fator 9 (aquele para o tratamento de hemofílicos) lotes de 2,8 mil litros num equipamento com capacidade máxima de 2,2 mil litros, “implicando com isso a perda de aproximadamente um lote de produto acabado para cada quatro descongelamentos de plasma”.

Os técnicos do ministério calcularam o descarte de plasma em aproximadamente 30%, quase o dobro do limite de 15%.

Além dos descartes irregulares, a auditoria atestou divergências entre o rendimento do plasma declarado pela LFB e o apurado pelos técnicos, em alguns casos de até 50% a menos.
O ministério diz que solicitou à empresa indenização dos produtos e ameaçou com multas e sanções.

Para o procurador do TCU Marinus Marsico, as informações colhidas pela auditoria do Ministério da Saúde são “extremamente graves”. Na sexta-feira 31, ele entrou com pedido de investigação complementar na corte, no qual também alerta sobre a assinatura pelo governo de aditivos suspeitos aos contratos com a LFB.

Segundo o procurador, pode ter havido burla à lei de licitações e até a “execução concomitante de dois contratos com objetos iguais”, a fim de ocultar alguma irregularidade ou pagamento em duplicidade.

A “irregularidade” a que Marinus se refere, embora não expressamente, teria a ver com suspeitas de existência de um mercado negro de plasma, que se aproveita da falta de controle governamental.

Por ora, não há provas desse comércio ilegal. Indícios claros aparecem em trecho do relatório da auditoria, no qual técnicos questionam o desaparecimento de princípios ativos de hemoderivados.


Na reunião que discutiu a auditoria, a desconfiança era tanta que o diretor de qualidade da LFB, Robert Vedeguer, precisou defender a honra de seus funcionários.

“Eu gostaria de convencer o Ministério da Saúde da honestidade dos técnicos da LFB”, disse. Por meio da assessoria de imprensa, a LFB garantiu que “não há possibilidade de uso irregular ou desvio de destinação do plasma enviado à França”.

As suspeitas de desvio de plasma para o mercado negro estão sendo investigadas pelo promotor de Justiça do Distrito Federal, Moacyr Rey Filho. As pistas foram dadas pelo médico Crescêncio Antunes da Silveira Neto, ex-secretário de Gestão Participativa do Ministério da Saúde e ex-conselheiro da Hemobrás, na gestão Temporão.

Em depoimento, Antunes disse que "suspeita que os desvios ocorram em vários Estados e em número maior no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia".

Para sustentar sua tese, ele apresentou planilha com registros de descarte exagerado do Hemocentro de Brasília.


Seja como for, só uma apuração aprofundada poderá determinar se todo esse desperdício de sangue é o sintoma mais evidente da existência de uma nova máfia no setor ou apenas resultado do descaso e da incompetência.


Claudio Dantas Sequeira Isto é
Como o governo deixou estragar 55 mil bolsas de sangue

Mercado reduz previsão de crescimento da economia NO brasil maravilha DO BUFÃO E GERENTONA "ELEITA" PARA O CONTINUÍSMO "SEGUIR MUDANDO".

Na primeira pesquisa Focus após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2012, o mercado financeiro reduziu pela quinta semana consecutiva a previsão de crescimento da economia brasileira, que caiu de 1,73% para 1,64%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Para 2013, a aposta se manteve em 4,50%, acima dos 4,40% verificados há quatro semanas.

A projeção para o setor industrial em 2012 piorou novamente, de um resultado negativo de 1,55% para uma retração de 1,78%. Para 2013, economistas preveem ritmo maior, com avanço industrial de 4,50%, projeção que se manteve. Um mês antes, a pesquisa apontava estimativa de queda de 0,69% neste ano e alta de 4,40% no próximo ano.

Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 35,25% em 2012 e em 34% em 2013. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,40% e 34% do PIB para cada um dos dois anos.

Inflação

O mercado financeiro fez um ajuste marginal na projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013, que passou de 5,50% para 5,51%. Há um mês, estava em 5,50%.
A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,64% para 5,65%, conforme a projeção suavizada para o IPCA.

Há quatro semanas, estava em 5,58%.

A projeção para 2012 subiu pela oitava semana consecutiva, passando agora de 5,19% para 5,20%.

Há quatro semanas, estava em 5,00%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA no cenário de médio prazo se manteve em 5,20% em 2012 e em 5,50% em 2013.

Há um mês, o grupo apostava em alta de 5,05% e 5,50% para cada ano, respectivamente.

Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em agosto teve ligeira alta, de 0,37% para 0,38%, acima do 0,32% previsto há um mês.

Para setembro, a previsão passou de 0,40% para 0,41%, ante 0,40% há quatro semanas.

A pesquisa trouxe ligeira alteração nas previsões do mercado para a inflação nas médias das estimativas. De acordo com o levantamento, a média das apostas para o IPCA em 2012 subiu de 5,19% para 5,20%. Para 2013, a média passou de 5,53% para 5,54%.
Para 2014, foi mantida em 5,24%.

Meta Selic

Na primeira pesquisa Focus divulgada após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a mediana das estimativas para o patamar da taxa Selic no final de 2012 seguiu em 7,25% pela quarta semana consecutiva, abaixo da taxa atual de 7,50%.

Segundo a pesquisa, os juros ficam nesse patamar até março de 2013.


Sobem para 7,50% em abril e são mantidos nesse porcentual nas reuniões de maio em julho, mesmas previsões do levantamento da semana passada.

As projeções a partir de agosto do próximo ano mudaram.
A previsão para a Selic no oitavo mês de 2013 caiu de 7,88% para 7,75%.
Para outubro, recuou de 8,13% para 8,00%.

Para novembro, no sentido contrário, subiu de 8,25% para 8,50%.
Para janeiro de 2014, avançou de 8,25% para 8,50%.

A mediana das estimativas para a Selic no Top 5 médio prazo ficou em 7% para dezembro de 2012 e caiu de 8,88% para 8,50% para o fim de 2013.

A pesquisa mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio neste ano em 8,47% pela quarta semana consecutiva. Para 2013, foi mantida a previsão de Selic média de 7,63% pela segunda semana.

Quatro pesquisas antes, analistas esperavam juro médio de 8,47% em 2012 e de 7,72% no ano que vem.


Preços

As projeções para os IGPs em 2012 voltaram a subir. A aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano avançou de 8,16% para 8,17%, a décima elevação seguida.

Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 7,85% para 8,03%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 7,24% para o IGP-DI e de 7,12% para o IGP-M.

Para 2013, a estimativa de alta para o IGP-DI subiu de 5,00% para 5,01%.
Para o IGP-M, a expectativa manteve-se em 5% pela 18ª semana.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 passou de 4,32% para 4,38%.
Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,31% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo.

Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe subiu de 4,71% para 4,80%, valor idêntico ao estimado há um mês. Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - em 2012 em 3,50% pela sexta semana.

Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados manteve-se em 4,30%, ante 4,50% quatro semanas antes.

Câmbio

A projeção para a taxa de câmbio no final de 2012 e de 2013 se mantém em R$ 2,00 pela quarta semana seguida. Para o fim de setembro, as expectativas são de um dólar pouco acima desse patamar, em R$ 2,02.

Na mesma pesquisa, o mercado financeiro manteve a previsão de taxa média de câmbio em 2012 em R$ 1,94. Para 2013, a projeção subiu de R$ 1,99 para R$ 2,00. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,94 em 2012 e em R$ 1,97 no próximo ano.

A mediana das projeções dos analistas do Top 5 médio prazo passou de R$ 2,04 para R$ 2,06 no fim de 2012 e se manteve em R$ 2,10 no fim de 2013.

Transações correntes

O mercado financeiro elevou a previsão de déficit em transações correntes em 2012 de US$ 58,71 bilhões para US$ 58,80 bilhões. Há um mês, estava em US$ 59,63 bilhões.
Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas ficou em US$ 70 bilhões pela quinta semana.

Na mesma pesquisa, economistas elevaram a estimativa de superávit comercial em 2012, de US$ 18,00 bilhões para US$ 18,04 bilhões, e mantiveram a projeção para 2013 em US$ 15 bilhões.

Há quatro semanas, as previsões eram de US$ 17,6 bilhões e US$ 13,7 bilhões, respectivamente.

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, ficaram em US$ 55 bilhões em 2012 pela 10ª semana.

Para 2013, subiram de US$ 59,00 bilhões para US$ 59,01 bilhões, ante US$ 60 bilhões quatro semanas antes.

Eduardo Cucolo, da Agência Estado

Uma geração de crianças sem escola


Números são frios. Nem sempre conseguem transmitir a carga emotiva que carregam. A assertiva vale para dados divulgados pelo Unicef na semana passada.

Segundo levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância realizado em 25 países (incluído o Brasil), 139 milhões de crianças com idade para cursar o ensino fundamental estavam fora da escola em 2009. A cifra, abstrata, não traduz a dramaticidade do fato.

Concretizadas, as estatísticas mostram a carga de horror que escondem.
Trata-se de sete Austrálias.
Ou 3,5 Argentinas.
Ou 1,5 Alemanha.

É uma multidão de infantes condenados à ignorância, à pobreza, à perpetuação da miséria.
São os excluídos da escola, que se mostra incapaz não só de lhes garantir o acesso e a aprendizagem, mas também de retê-los no sistema.

O Brasil, embora tenha melhorado consideravelmente os indicadores, não está bem na foto. Apesar do esforço de mais de três décadas que assegurou a matrícula de 97% dos meninos e meninas com idade entre 7 e 14 anos, tem contingente de 3,7 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos longe de cadernos e livros.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, confirmados pelo Censo de 2010.

Vem, pois, em boa hora, o relatório Todas as Crianças na Escola em 2015.
Elaborado pelo Unicef em parceria com a Campanha pelo Direito à Educação, o estudo levanta as causas da exclusão, analisa políticas existentes e apresenta estratégias aptas a responder ao desafio.

O ficar à margem do sistema não se deve a um fator, mas à combinação de vários.

Entre eles, a necessidade de a criança trabalhar para ajudar a família, o despreparo do professor, a má qualidade do material didático, a inadequação dos currículos, a falta de atração da escola. Impõe-se, para superá-los, esforço conjunto de sociedade e governo nos três níveis de poder.

Municípios, estados e União precisam se aliar — independentemente de partido ou coloração política — para pôr fim à vergonha que afasta o país do sonho sempre adiado de apagar o analfabetismo (total e funcional) do território nacional.

Os 5.564 municípios brasileiros escolhem prefeitos em outubro. Alguns se candidatam à reeleição. Outros, ao primeiro mandato. É importante que a sociedade organizada participe ativamente do processo, examine a plataforma dos postulantes, promova debates sobre o assunto e, posteriormente, cobre resultados.

Parafraseando Clemenceau, a educação é importante demais para ser deixada nas mãos dos governantes — sem a implacável fiscalização dos cidadãos.

Correio Braziliense

Mensalão pode provocar revolução processual


Depois de quatro semanas de sessões, consolida-se cada vez mais a impressão de que o Supremo Tribunal Federal (STF) será generoso na distribuição de condenações dos réus que respondem a Ação Penal 470, conhecida pelo apelido que lhe deu o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB:
mensalão.

Basta uma leitura superficial nas seções de cartas dos jornais, comentários na internet e artigos para constatar que a linha em curso adotada pelos ministros do STF está satisfazendo a população.

A mesma sociedade que aceitou passivamente a absolvição dos mensaleiros pela Câmara dos Deputados, agora aplaude as condenações.


O julgamento na Câmara foi eminentemente político; no Supremo, ao contrário do que sugeriam os advogados dos réus da AP 470, eles estão recebendo um tratamento técnico. Nos autos, há elementos de sobra para absolvições e para condenações.

Mas fica evidente que na Câmara dos Deputados foi feito um acordo entre os partidos atingidos para cortar a cabeça apenas dos deputados José Dirceu (PT), acusado de montar e chefiar o suposto esquema do mensalão, e Roberto Jefferson, o delator do fato.


Na realidade, houve uma terceira cassação de mandato, quase nunca lembrada, a do presidente do PP, Pedro Corrêa, acusado de negociar a captação de R$ 3 milhões e de ajudar a montar o esquema para o uso de uma corretora na distribuição do dinheiro.

Mas nem isso basta para livrar a responsabilidade da Câmara e de seus dirigentes diante da profusão de crimes que se vê agora na televisão, seja ao vivo, na sessão da tarde, seja no horário nobre das emissoras.


A desfaçatez da Câmara dos Deputados salta aos olhos, mas é preciso que todas as salvaguardas democráticas, escritas em 1988, sejam rigorosamente respeitadas. O país sairá maior desse que já é o maior - e de maior audiência - julgamento da história do Supremo Tribunal Federal.

A atenção de todos deve ser redobrada, pois decisões que estão sendo tomadas agora no Supremo terão implicações ainda por muitos anos, em todas as instâncias de todos os tribunais do país.


Há vários fatores a serem avaliados.
O mensalão é o primeiro julgamento do Supremo com esse tipo de pressão.
Os votos foram técnicos, de ambos os lados, tanto no que se refere à defesa quanto à acusação.

Mas emergiram elementos novos, que terão desdobramentos inevitáveis, como é o caso das provas colhidas sem o elemento contraditório, como as de CPI, e a dispensa da exigência do ato de ofício para caracterizar o crime de corrupção.


O julgamento do mensalão é importante e terá consequências inovadoras em todos os tribunais. Pelo andar da carruagem, pode-se dizer que há uma verdadeira revolução processual em curso, a ser digerida pelos juízes, advogados, promotores e escolas de direito.

Pode-se mesmo dizer que as transformações indicadas nos votos do Supremo podem revelar questões como a flexibilização da inocência presumida e a interpretação desenhada para o "domínio de fato" - o réu não precisaria se locupletar dos recursos do mensalão para ser considerado culpado, uma vez que tinha conhecimento do que acontecia.


Mas, sobretudo, num momento em que o país se prepara para eleger em outubro novos dirigentes municipais, é um sinal claro e preciso de que o país está mudando, já não aceita o cinismo do "rouba mas faz" consagrado há tempos pelo ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros.

Os votos dos ministros são verdadeiros manuais de advertência aos candidatos às eleições de outubro. Quem for eleito assumirá o cargo sabendo exatamente até onde pode ir, por exemplo, ao contratar uma agência de publicidade, como fez o deputado João Paulo Cunha (PT).

O Caixa 2, tese central da defesa do mensalão, nem sequer foi analisada pelos ministros do Supremo. Mas cuidado, continua sendo crime eleitoral, assim como a compra de votos.

A lavagem de dinheiro, outra praga da política nacional, também pode ser refreada, quando o ministro Joaquim Barbosa concluir o voto que começou a proferir na última quinta.

O relator já começou a leitura do voto dando indícios de que irá condenar os ex-dirigentes de banco Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane pelo que chamou de empréstimos fictícios para beneficiar o PT.


Valor Econômico

BRASIL REAL CAMUFLADO PELO FALSO brasil maravilha "PUTÊNCIA" FRENÉTICO E EXTRAORDINÁRIO

A economia brasileira cresceu apenas 0,4% no segundo trimestre, mas essa foi apenas a segunda pior notícia embutida nas contas nacionais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mais preocupante refere-se tanto ao futuro quanto ao passado recente.

Entre abril e junho, o investimento em máquinas, equipamentos e obras foi 0,7% menor que nos três meses anteriores e 3,7% inferior ao realizado no mesmo trimestre de 2011. A fraca expansão do Produto Interno Bruto (PIB) pertence ao passado.

Já o baixo investimento compromete o futuro, porque limita o potencial de crescimento da produção, da criação de empregos e da melhora das condições de vida dos brasileiros.

Para crescer pelo menos 5% ao ano de forma segura, sem risco de inflação ou de crise nas contas externas, o Brasil precisa investir o equivalente a uns 24% do PIB, segundo cálculos geralmente aceitos. Nos últimos 20 anos, as maiores taxas foram pouco superiores a 19% - e isso ocorreu apenas três vezes.

Na semana passada, o governo reduziu de 20,4% para 19,1% do PIB o investimento previsto para 2012.

Hoje, até essa projeção parece otimista.
No trimestre passado, a taxa ficou em 17,9%.
Descontada a inflação, o valor investido foi 3,7% inferior ao de um ano antes.

No primeiro trimestre, o valor aplicado havia sido 2,1% menor que o de janeiro a março de 2011. Entre abril e junho a poupança ficou em 16,9% do PIB.
O ingresso de capital permitiu investir pouco mais que isso.


Há poucos dias o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar sobre a importância de aumentar as aplicações em máquinas, equipamentos, instalações e obras de infraestrutura e mencionou a meta de 24%.

Mas é preciso fazer muito mais para elevar o investimento privado e o investimento público.


A redução dos juros é apenas uma das medidas necessárias.
Taxas menores foram insuficientes para induzir os empresários a aplicar mais capital em meios de produção. Por que investiriam, se a produção estava empacada, a expectativa de retorno era baixa e os problemas de competitividade iam muito além da capacidade produtiva de cada fábrica?

O consumo interno jamais deixou de crescer, desde o recrudescimento da crise, mas nem por isso a produção industrial avançou. O resultado foi o oposto.
No primeiro semestre, a indústria de transformação produziu 4% menos que um ano antes.


O cenário piora quando se considera apenas o segundo trimestre, com produção 5,3% inferior à de abril-junho de 2011.

O aumento do consumo, estimulado pela expansão do crédito e facilitado pela manutenção de elevado nível de emprego, resultou em crescimento das importações. A indústria nacional aproveitou só em parte a boa disposição dos consumidores. Incapaz de enfrentar a concorrência estrangeira, foi batida no mercado externo e também no interno.

Nem a desvalorização do real foi suficiente para tornar a disputa mais equilibrada.

O governo demorou, mas acabou anunciando medidas para atenuar problemas estruturais. Foi lançado um plano de investimentos em transportes, com participação do setor privado, e, além disso, a presidente Dilma Rousseff prometeu reduzir o custo da eletricidade. O Ministério do Planejamento reservou R$ 15,2 bilhões na proposta orçamentária do próximo ano para cobrir novas desonerações.

As autoridades ainda atribuem boa parte dos atuais problemas brasileiros à piora do quadro externo. O cenário global é ruim, de fato, mas os principais obstáculos ao crescimento nacional são made in Brazil. O produtor brasileiro enfrenta custos muito maiores que os suportados pelos concorrentes estrangeiros.

A produtividade geral do País é baixa e a maior parte dos problemas está fora das fábricas e das fazendas.

Um dos mais graves é a ineficiência governamental, evidenciada pela baixa qualidade dos serviços e pela incapacidade de elaboração e execução de projetos.
Erros de diagnóstico e de prescrição de terapias têm atrasado a remoção dos entraves.

A estagnação já dura um ano e meio e evidencia o alcance cada vez menor das políticas centradas no estímulo ao consumo e a indústrias selecionadas.

Mas o governo demora a mudar de rumo.

Economia sem músculos/O Estado de S. Paulo