"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 11, 2012

SEM "MARQUETINGUE"! O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO : Brasil pode perder participação nos Brics, diz criador do termo

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O presidente do Goldman Sachs Asset Management, Jim O'Neill, criador do termo Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia e China), afirmou que a posição do Brasil no grupo pode ser questionada se o crescimento econômico do País não acelerar nos próximos anos.

Em 2001, O'Neill criou o termo Bric, ao identificar os países que seriam as potências econômicas do futuro. Agora, ele afirma que para manter esse status o Brasil precisa melhorar sua taxa média de crescimento.


"O que acontecerá em 2012, em termos de crescimento do PIB, não é tão crucial.
Mas nesta década o Brasil precisa recuperar uma taxa de crescimento mais forte rapidamente. Se isso não acontecer, então o poder do B no termo Bric começaria a parecer um pouco questionável", afirmou.


Mas, apesar da desaceleração da economia brasileira, o executivo ainda espera que o PIB do País cresça entre 4,5% e 5% ao ano nesta década, na média. Após uma expansão de 7,5% em 2010, o Brasil teve um tímido crescimento de 2,7% no ano passado. E desde então a economia brasileira só tem desacelerado.

A maioria dos economistas projeta um crescimento de cerca de 2% em 2012, mesmo com os esforços do governo para impulsionar a atividade econômica e a queda na taxa básica de juros para mínimas históricas.


Para O'Neill, as expectativas para a economia brasileira podem ter se tornado irrealistas, o que torna mais fácil uma decepção com o País.

"As pessoas parecem esquecer que, em boa parte dos últimos dez anos, o Brasil cresceu apenas cerca de 3,5% ao ano, na média. Os anos realmente fortes podem ter dado às pessoas uma falsa crença", comentou.


As expectativas exteriores com o Brasil foram um dos fatores que atraíram investidores estrangeiros ao País nos últimos anos. Isso contribuiu para uma apreciação do câmbio, que deixou o real "forte demais", segundo O'Neill.

Embora reconheça que é perigoso deduzir que todos os problemas do Brasil foram causados pelo câmbio, o executivo defendeu as intervenções do governo.

"Eu acredito que as medidas que eles têm tomado com o real são bem-vindas. O câmbio ainda pode flutuar. As autoridades simplesmente tornaram a compra menos atrativa", afirmou.


Olhando para o futuro, O'Neill acredita que o Brasil deveria lidar com assuntos complicados relacionados com a competitividade doméstica e a produtividade, "o que requer reformas no lado da oferta e, provavelmente, menos intervenção do governo".

O Brasil tem uma nota 5,4 (a escala vai de zero a dez) na pontuação de Ambiente de Crescimento do Goldman Sachs. O banco analisa a produtividade e a sustentabilidade no crescimento de 180 países.

A nota brasileira está no mesmo nível da China, e acima de Índia e Rússia.

As informações são da Dow Jones.

E NA CASA "ENGRANDECIDA" : Conselho de Ética do Senado já arquivou outras possíveis cassações, Demóstenes foi apenas o segundo a ter o mandato cassado entre tantos pedidos.

Desde que foi criado, em 1993, o Conselho de Ética do Senado cassou o mandato de apenas um senador. Luiz Estevão (PMDB-DF) foi acusado de desviar mais de R$ 160 milhões das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e foi cassado em 2000.

No mesmo ano, Romero Jucá (PSDB-RR) foi acusado de desviar recursos da Eletrobras de Roraima, mas o então relator do caso disse que por ser anônima a denúncia não deveria ser acatada. Seis anos depois, Jucá foi novamente acusado. Dessa vez, porque seria dono de uma rede de TV em seu estado. O senador João Alberto de Souza (PMDB-MA), que relatava o caso, disse não haver provas suficientes.

O Conselho de Ética arquivou também no ano 2000 as denúncias contra o então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, na época filiado ao PFL. ACM havia usado papel timbrado da Casa para ofender um jornalista. Em outro caso, ele foi acusado de tentar beneficiar a construtora OAS.

No mesmo ano, ACM e Jader Barbalho (PMDB-PA) foram censurados pelo Conselho depois de terem brigado no plenário. Meses depois, por conta da violação do painel do Senado, durante a votação que fez Luiz Estevão perder o mandato, ACM e Jader renunciaram para evitar a cassação. José Eduardo Dutra (PT) também acusado de envolvimento na violação do painel não foi punido por falta de evidências.

ACM renunciou em 30 de maio de 2001. As investigações sobre a violação do painel fizeram também com que José Roberto Arruda, na época do PSDB-DF, renunciasse. Ele era líder do governo FH.

ACM voltou ao Senado em 2002 e um ano depois enfrentou de novo o Conselho de Ética. O relator Geraldo Mesquita (PSB-AC) pediu abertura de processo por quebra de decoro por conta de denúncia de escutas ilegais na Bahia. Foi aplicada uma advertência e a denúncia acabou sendo encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Jader Barbalho, que na época presidia o Senado, renunciou em outubro de 2001 e conseguiu assim manter os direitos políticos. Ele era acusado de desviar recursos do Banco do Estado do Pará, de fraudes na extinta Sudam e de venda irregular de títulos da dívida agrária.

Ainda no ano 2000, os senadores tucanos de Alagoas Teotonio Vilela e Geraldo Lessa foram acusados por representação popular de uso indevido dos recursos da Fundação Teotônio Vilela. O caso foi arquivado.

Em 2001, acusado de desviar verba do BNDES, o senador Luiz Otávio (PPB-PA) teve voto favorável da relatora do caso, Heloisa Helena, para ser cassado. No entanto, os demais integrantes do Conselho não levaram a denúncia adiante.

No ano seguinte, o Conselho arquivou várias denúncias. Antero Paes de Barros (PSDB-MT) era acusado de não ter pago serviços prestados por uma gráfica para o partido. Fernando Ribeiro (PMDB-PA) foi acusado de envolvimento no esquema de fraudes na Sudam.

O senador Fernando Bezerra (PTB-RN) era acusado de irregularidades por conta da sua atuação como empresário e ministro da Integração Nacional. Os pedidos de investigação contra Ney Suassuna (PMDB-PB) e Wellington Roberto (PTB-PB) também foram arquivados.

Os senadores Roberto Saturnino (PT-RJ) e Carlos Lupi (PDT-RJ) , em 2003, foram acusados de compartilhar o mandato. Em abril de 2004, o Conselho aprovou parecer pela aplicação de censura verbal a Saturnino.

O Conselho absolveu três senadores, em 2006. Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES) eram acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas.

Renan Calheiros escapou por duas vezes

Também em 2006, o Conselho arquivou representação contra Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Azeredo era acusado de irregularidades na prestação de contas da campanha ao governo de Minas, em 1998; Virgílio de usar a tribuna para atacar o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2007, Renan Calheiros, que renunciou à presidência da Casa, escapou duas vezes da cassação: a primeira, em setembro, veio com 40 votos favoráveis, 35 contrários e seis abstenções. Renan era acusado de usar recursos de uma construtora para pagar pensão para a filha que teve com uma jornalista.

A segunda em dezembro de 2007, acusado de usar laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

No entanto, Renan acabou sendo alvo de outros processos, que foram arquivados. Também em 2007, o Conselho decidiu aceitar a representação do PSOL contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). Ele teria dividido R$ 2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília, preso numa operação da PF. Roriz renunciou ao mandato para evitar a cassação, que o faria perder os direitos políticos até 2022.

Em 2008, o Conselho inocentou o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) da acusação de que retinha 40% do salário dos funcionários de seu gabinete.

No ano seguinte, a presidência do Conselho rejeitou 11 pedidos de investigação contra José Sarney (PMDB-AP), que presidia a Casa. Sarney estaria envolvido no escândalo dos atos secretos.

O Globo

E O brasil SEGUE "MUDANDO" COM A GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA : Vendas no varejo têm a maior queda desde 2008. Medidas do governo não funcionaram. diz IBGE

As vendas no varejo brasileiro caíram 0,8% na passagem de abril para maio, a maior queda a atingir o comércio desde novembro de 2008 (-1,34%), logo após o estouro da crise global.

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira, houve uma alta de 8,2% na comparação com maio de 2011.


Já no varejo ampliado, que considera as vendas do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, houve queda de 0,7% nas vendas ante abril.

O resultado do setor foi bem inferior ao que previam os economistas. Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters estimavam que as vendas cresceriam 0,6% em maio sobre abril e 10,5% em relação ao ano passado.

Segundo o IBGE, três das oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos na comparação mensal. O principal destaque foi o segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de 3,1% em maio, depois de ter expandido 1,5% em abril.

Sobre um ano antes, houve alta de 9,3% em maio e, segundo o IBGE, reflete a política de incentivo do governo ao consumo através da redução de alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a chamada linha branca, além da manutenção do crédito, da estabilidade do emprego e do crescimento da renda.

Medidas do governo não funcionaram, diz IBGE

O resultado negativo do comércio em maio reflete o mau momento da economia. Endividadas, as famílias brasileiras estão colocando o pé no freio e contendo a gastança.

A preocupação hoje é quitar as dívidas e manter o nome limpo. As medidas de incentivo ao consumo lançadas pelo governo, como a redução do IPI e o corte dos juros, não funcionaram analisa Reinaldo Pereira, economista da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE.

A expectativa era de que os estímulos impulsionassem a economia, mas os números mostram que isso ainda não aconteceu.

Vemos o varejo liquidando, para queimar os estoques, o que confirma esse resultado negativo. Mas não significa que seja um ponto de inflexão, nem dá para dizer que a queda das vendas seja uma tendência. É possível que no próximo mês o quadro se reverta.


Avaliamos que este resultado sugere algum limite das medidas de redução de IPI para os produtos da linha branca consoante a limitada oferta de crédito por parte dos bancos, analisaram os economistas da consultoria LCA.

Em maio, também houve retração nas vendas nos segmentos de combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%). Na ponta oposta, houve crescimento em maio sobre abril nas atividades de equipamento e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), entre outros.

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou alta de 0,1% nas vendas em maio, depois da retração de 0,7% vista em abril. Somente hipermercados e supermercados, no entanto, continuaram mostrando queda nas vendas, apesar de em menor ritmo, passando de -0,7% para -0,2% no período.

Na comparação anual, boa parte das atividades mostraram desaceleração no crescimento em maio, com destaque para equipamentos para escritório e informática, que passaram de 33,2% em abril para 17,3% em maio. Móveis e eletrodomésticos registraram alta nas vendas de 9,3% em maio, ante 12,5% em abril.


Adiada votação do Marco Civil da Internet ' Mas o que é isso, afinal?



Com votação inicialmente prevista para hoje, o Marco Civil da Internet só será votado na primeira semana de trabalho depois do recesso parlamentar, que vai de 18 a 31 de julho. O adiamento, decidido pela comissão especial da Câmara, se deu por falta de quórum.a Câmara, se deu por falta de quórum.

Para quem ainda não entendeu direito o que é esse tal Marco Civil da internet brasileira, basta considerar que, para evitar que a internet vire uma terra de ninguém, é preciso que existam regras que balizem seu funcionamento, definindo direitos e deveres para seu uso nos domínios da rede.

Muitos argumentam que da mesma forma que para dirigir um automóvel é preciso fazer um pequeno curso básico de direção, passar num exame não muito complexo e receber uma carteira de motorista , com a internet deveria acontecer o mesmo. A ideia é até boa, mas até hoje não foi implementada em país algum do mundo.

Ideal também seria que um conjunto único de regras pautasse o comportamento de empresas e pessoas na grande rede no planeta inteiro, algum corpo legal multinacional e unificado que fosse respeitado e cobrado em todos os países. Outra utopia, pelo menos por ora.

Mas esses arquétipos não são, a princípio, inatingíveis. E, para se chegar até lá, é preciso ir compartimentalizando a forma de disciplinar formalmente o uso da internet. Assim, o primeiro passo que os países estão dando é arrumar a casa, para depois, quem sabe?, tentar universalizar as regras.

Aqui no Brasil, uma primeira iniciativa foi tomada nesse sentido com o PL (Projeto de Lei) nº 5403, de 20 de setembro de 2001, que dispunha sobre o acesso a informações da internet e a atuação de provedores e empresas telefônicas oferecendo serviços de acesso. Foi um pontapé inicial, mas o texto era curto, superficial e pouquíssimo elucidativo. Veja em <http://bit.ly/dm_pl0>.

A mais recente investida nessa questão foi tomada em 29 de outubro de 2009 pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e pelo Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, que, juntos, propuseram um conjunto de regras a que chamaram de Marco Civil da internet, com o intuito de regular direitos e responsabilidades de internautas, prestadores de serviços e provedores de conexão, além do papel do Poder Público com relação à rede.

A partir dos debates e de sugestões da primeira fase do projeto, foi formulada a minuta do anteprojeto, que entrou numa segunda fase de debates, iniciada em 8 de abril de 2010 e terminada no dia 30 do mês seguinte, contando com participação popular, que gerou mais de 2,3 mil comentários na elaboração do texto. Em 24 de agosto de 2011, o projeto de lei foi enviado à Câmara, tendo recebido o número 2126/2011, e tendo como relator o deputado Alessandro Molón.

Caso aprovado, o texto seguirá para votação na própria Câmara ou será encaminhado para uma comissão, como a de Constituição e Justiça. Se, após esses trâmites, o texto for aprovado pela Câmara e depois pelo Senado, caberá à presidente Dilma Rousseff promulgar ou vetar a Lei.

Há vários pontos controversos no texto do PL, como, por exemplo o tema de supressão de conteúdos na web por força de mandados ou liminares. Pelo fato da temática envolver questões pegajosas como liberdade de expressão e direitos civis, é ainda incerto o critério do que pode ou não permanecer publicado na internet.

Este tópico é um desdobramento do controvertido conceito da neutralidade na internet, preceito fundamental que obriga empresas a não adulterar, prejudicar, truncar, filtrar ou discriminar qualquer conteúdo digital ou aplicativo transmitido pela grande rede. São tratadas também no texto outras questões sérias, tais como a privacidade dos usuários, o sigilo e a inviolabilidade das comunicações.

Um aspecto chave na regulação da internet é a questão do tempo. Com a notória lentidão da justiça, contrastando com a exasperante velocidade de propagação de conteúdos na rede, especialmente quando um dado item se torna viral, forma-se uma crescente lacuna entre, de um lado, causa e efeito, e, do outro, infração e punição.

De resto, infelizmente, o PL do Marco Civil da internet não contempla devidamente tópicos como crimes cibernéticos, direitos à propriedade intelectual e nem estipula uma definição clara de responsabilidades de fornecedores de acesso e serviços na internet. Todavia, a simples existência de um aparato legal mais específico para o mundo digital on-line permitirá que novos controles sejam estabelecidos em todo o ambiente web nacional. Assim, com o internauta mais consciente e mais bem preparado, ele próprio poderá funcionar como fiscal da rede.

Por ora, cabe a nós pessoas físicas e jurídicas que usam ou lucram com a rede aguardar a tramitação, a votação, os vetos ou aprovações, e o desfecho dessa novela, sem, no entanto, termos ainda uma data estipulada para que concretize essa nova realidade na internet brasileira.

E depois, se tivermos errado em algum ponto nevrálgico, ou se tivermos nos esquecido de incluir alguma situação imprevista ou ainda inexistente no projeto de Lei, precisaremos esperar mais não se sabe quanto tempo, pois, uma vez em vigor, apenas uma nova legislação poderá se sobrepor ao Marco Civil.

Vale a pena ler o texto do projeto na íntegra, em <http://bit.ly/dm_pl1>.

O Globo

E NA "CASA DOS ENGRANDECIDOS" : Site do Senado cassou Demóstenes antes da hora; senador fazia defesa


Uma gafe e tanta.
A Agência Senado noticiou que o agora ex-senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) havia sido cassado sem sequer a votação da cassação ter iniciado.
E no momento que Demóstenes ainda fazia sua defesa no plenário.

Às 12:49h, o site oficial do Senado manchetou :
"Demóstenes está inelegível até 2027".
Nesse momento, o senador tentava salvar seu mandato, fazendo sua defesa. O site tentou adiantar seu trabalho, mas o texto foi parar na sua capa.

O texto dizia que "Por votos a , o senador por Goiás teve seu mandato cassado pelo plenário do Senado, que o considerou culpado da acusação de envolvimento com esquema de Carlinhos Cachoeira".

Fica claro que aguardavam apenas o resultado da votação. Quatro minutos depois, às 12:53h, o texto tinha sido retirado da página do Senado.

O resultado da votação mesmo só foi conhecido às 13:32hs, quando o senador José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, encerrou o processo de votação, que durou poucos minutos, e o resultado apareceu.



O Globo

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DE PEQUENO PORTE NO brasil maravilha : Prejuízos abalam 28% dos bancos

Instituições de menor porte tiveram o pior desempenho da história no primeiro trimestre, pressionadas pela concorrência, pela inadimplência em alta e pelos custos de captação elevados. Mercado entra em alerta, mas governo tenta mostrar tranquilidade

Sufocadas pela concorrência com os grandes bancos, as instituições financeiras de médio e pequeno porte amargaram o pior trimestre da história no início de 2012. Pelos dados do Banco Central, 28% dos 137 maiores bancos do país registraram prejuízo no período de janeiro a março.

Devido a inadimplência em alta, custo de captação elevado e condições desvantajosas para a cessão de carteiras de crédito, essas instituições, segundo especialistas, passaram a buscar alternativas no mercado para evitar a falência e escapar de rombos bilionários.

Para os analistas e investidores, a despeito da solidez do setor como um todo, como tem alardeado o Banco Central, está aberta a temporada de compra e venda de banquinhos.

As negociações de instituições menores, porém, têm provocado desconfiança do mercado, sobretudo depois do escândalo do
PanAmericano, em 2010, e dos problemas identificados no Cruzeiro do Sul este ano — ambas as instituições apresentaram "inconsistências contábeis" nos seus balanços, ou seja, rombos mal explicados e operações duvidosas. Nos dois casos, os controladores foram afastados pela autoridade monetária.

O PanAmericano terminou nas mãos do BTG Pactual e o Cruzeiro do Sul está sendo saneado por meio do Regime de Administração Especial Temporária (Raet), em que um interventor nomeado pelo BC procura deixar a instituição em condições de funcionamento para que possa ser vendida no futuro.

A maioria das instituições no vermelho, de acordo com representantes do segmento, apresenta dificuldades para captar recursos. Em alguns casos, os custos se elevaram expressivamente após os problemas encontrados no PanAmericano e no Cruzeiro do Sul. As linhas externas de financiamento, uma das opções dos banqueiros, praticamente se fecharam este ano ou ficaram muito caras.

Segundo Renato Oliva, presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que agrega os de menor porte, a crise na Europa praticamente estrangulou as fontes internacionais de capital. E também ficaram caras ou desvantajosas as cessões de carteira de crédito para instituições maiores. Os bancos reclamam que a regulação do BC gera prejuízos a curto prazo para os que operam com cessão de carteiras.

"Por isso, há tantos pequenos e médios no vermelho", afirmou Oliva.

Solvência

A cruzada do governo contra os juros e os spreads elevados (diferença entre o custo de captação e o cobrado do tomador de crédito) também teria tido impacto negativo na operação dos banquinhos. Para analistas, eles não têm margem para enfrentar as fortes reduções de taxas promovidas pelo grandes bancos.

"Para o segmento de pequenos e médios, não está fácil", observou José Luís Rodrigues, sócio-diretor da consultoria JL Rodrigues.

"Os grandes entraram de maneira agressiva", explicou João Augusto Salles, economista da consultoria Lopes Filho. "Os bancos com maior dificuldade são os de nicho, como os focados em crédito consignado", emendou.

Diante da inadimplência elevada, o lucro dos banquinhos também tem sido dilapidado pela maior necessidade de manter provisões para cobrir créditos duvidosos. A desconfiança em relação à solvência do segmento é outro ponto problemático visto pelos analistas, sobretudo depois das fraudes descobertas na contabilidade de algumas instituições financeiras.

Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, é uma preocupação despropositada. Em discursos e conversas com integrantes do governo e parlamentares, ele tem garantido que o segmento está saudável. Durante visita ao Senado e à Câmara no mês passado, ressaltou que o grupo das instituições de médio porte registrou lucro de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre e destacou o índice de Basileia do sistema financeiro, ou seja, a relação entre capital próprio e o total de empréstimos.

Segundo Tombini, enquanto o indicador dos médios está em 17%, o do sistema como um todo está em 16% — o valor mínimo exigido no Brasil é de 11%. "Monitoramos diariamente e acompanhamos quando surgem problemas para agirmos dentro da lei", disse Tombini na époaca.

Desconfiança

Os prejuízos das instituições menores colocaram o mercado em alerta. Analistas têm receio de descobrir mais falhas de gestão ou mesmo fraudes escondidas por trás dos balanços em vermelho.

Para integrantes da equipe econômica, porém, os prejuízos ainda não são motivo de alarme, pois as instituições com contas deficitárias representam 5,1% dos ativos totais do Sistema Financeiro Nacional.

VICTOR MARTINS Correio Braziliense

"SAI MENSALÃO, ENTRA A GREVE" - brasil maravilha : CENTRAL CRITICA A "GERENTONA" E JÁ FALA EM GREVE GERAL

Depois de declarações que geraram polêmica sobre uma possível mobilização social caso o julgamento do mensalão seja "político" e não "técnico", dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) - reunidos no 11º Congresso do órgão - debateram a iminente paralisação geral dos servidores públicos federais e não pouparam críticas ao governo Dilma, com frases do tipo "na época do Lula não era assim".

Desde março, os sindicalistas tentam negociar ajustes salariais, mas, segundo eles, o governo vem se mostrando irredutível e "tentando mais um ataque (em referência ao fator previdenciário)".

Pelo menos a metade dos funcionários de 20 órgãos e ministérios em atividade no país já está paralisada, de acordo com a CUT. O setores da saúde e da educação são os mais afetados. A greve, por exemplo, atinge 56 das 59 universidades federais.

- Que mensalão? Não temos tempo para o mensalão. Queremos que o governo mude o comportamento que vem tendo conosco. Greve nunca é a melhor alternativa, mas vem se mostrando a única. Estamos tendo paciência, mas é claro que ela (a greve) pode ser ampliada - disse Pedro Armengol, diretor-executivo da central.

Armengol voltou ontem de Brasília para São Paulo, onde se encontrou com o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, que negocia com o funcionalismo. Os servidores preparam, para a semana que vem, um acampamento em frente à Esplanada dos Ministérios. No dia 18, uma marcha contrária ao governo deve ocorrer em Brasília.

Embora não deseje desagradar ao setor que historicamente apoia o PT, Dilma já teria deixado escapar que está mais preocupada em controlar os gastos públicos para enfrentar a estagnação da economia e a crise internacional. O prazo para envio ao Congresso da previsão de gastos para 2013 é 31 de agosto. Até lá, a CUT vai pressionar.

O governo gasta atualmente cerca de 4% do PIB com os servidores.

- Na época do Lula se gastava mais:
pelo menos 4,8%. Hoje, países com serviço público razoável gastam 5%. O problema é que ninguém sabe qual será a diretriz orçamentária do governo, mas já sabemos que a intenção é baixar ainda mais os 4% que já gasta. É para que isso não ocorra que lutaremos - disse Armengol.

Ele acha aceitável a preocupação do governo com a crise, mas sem sacrificar o trabalhador.

- Agora, não venham colocar, de forma perversa, que a despesa de pessoal é um risco para o não crescimento econômico. Pelo contrário, salários justos fortalecem a economia - defende Armengol.

Mariana Timóteo da Costa O Globo

MENSALÃO : Centrais resistem a endossar pressão da CUT sobre Supremo

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As centrais sindicais não parecem dispostas a embarcar na mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a não julgar "de forma política" os réus do mensalão - suposto esquema de compra de apoio político no governo Lula.

Enquanto a União Geral dos Trabalhadores (UGT), central com grande número de filiados ao PSD, ficou em cima do muro, dirigentes da Força Sindical e Nova Central refutaram qualquer manifestação, que só tem apoio explícito da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB).

(...)
Na segunda-feira, o futuro presidente da CUT, Vagner Freitas, que toma posse amanhã, declarou ao jornal "Folha de S. Paulo" que os trabalhadores tiveram avanços importantes no governo Lula e que, se o julgamento do mensalão for político, a central irá às ruas em protesto. À noite, ele se disse mal interpretado, embora não tenha negado que a entidade pode fazer manifestações contra o que chamou de "julgamento político".

Para o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a declaração foi "infeliz". "O julgamento não se dá assim, sob pressão. Estamos num período democrático, não na ditadura em que os tribunais serviam aos militares", afirmou. Filiado ao PDT, Juruna garante que a central não sairá às ruas para qualquer protesto referente ao mensalão. "Temos que guardar munição para as campanhas salariais."

Embora não critique a postura da CUT, o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, diz que acredita no julgamento técnico do STF, diante da importância do tema, e que "os de fora" não têm devem dar opinião. "A questão está entregue a quem tem competência para julgar. A Nova Central não irá se envolver nisso de jeito nenhum", afirmou.

O secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, diz a central ainda não avaliou o tema e discutirá isso se perceber que a decisão do STF não será técnica. "A gente não quer julgamento político, de quem quer que seja, porque isso é uma afronta à democracia", afirmou.

Em visita à sede da UGT no fim de 2011, quando deu uma palestra sobre economia, Dirceu comentou que esperava que os sindicalistas fossem às ruas para defendê-lo, segundo integrantes da central contaram ao Valor. Pegado negou ontem que o assunto tenha sido debatido.

Raphael Di Cunto | De São Paulo Valor Econômico

E NO brasil maravilha 300%"PREPARADO" : Produção fraca derruba nível de emprego e reduz salário no setor


A queda na produção industrial está acentuando seu efeito sobre o mercado de trabalho. O emprego do setor recuou 0,3% sobre abril, o terceiro mês consecutivo na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na mesma comparação, o custo da folha real de salários caiu fortemente - 2,5% em relação a abril, também a terceira queda na comparação mensal com ajuste sazonal.

Os dados do IBGE mostram que o emprego começa a seguir mais de perto o comportamento negativo da atividade industrial. Enquanto a ocupação acumula queda de 1,1% na comparação com os primeiros cinco meses de 2011, a produção da indústria caiu 3,4%.

Nesse período, o setor ainda não sentiu o alívio do custo salarial, pois a folha de pagamentos ficou 3,8% superior ao início de 2011.

O reflexo da produção, que cai desde o ano passado, demorou a chegar ao nível de emprego devido a uma defasagem natural dessa variável em relação à produção, mas também porque os setores seguraram as demissões, considerando os gastos e a dificuldade de contratar e treinar pessoal.

Agora, com a produção em queda, empresários veem a necessidade de retomar ganhos de produtividade - ou diminuir as perdas - fazendo ajustes no quadro de funcionários, avaliam economistas.

Para Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, os empresários passaram a concentrar preocupações na retomada da produtividade uma vez que a produção não dá sinais de uma recuperação vigorosa ainda em 2013.

"O emprego vai continuar caindo, até porque houve essa queda da produtividade nos últimos meses. A indústria contratou durante um bom tempo, enquanto a produção diminuía", diz Silveira.

"Os empresários não acreditam mais em uma retomada tão forte no segundo semestre e começaram a ajustar o quadro de funcionários à expectativa de produção futura."

A produtividade da indústria caiu 0,3% em maio, frente a abril deste ano. Segundo a Pimes, o pessoal ocupado na indústria caiu 0,3% em maio, ante abril, com ajuste sazonal, e o número de horas pagas caiu 0,6% na mesma comparação.

Na semana passada, o IBGE divulgou que a produção de maio recuou 0,9% ante abril, também com ajuste sazonal.

A indústria apresenta um quadro "predominantemente negativo" tanto na atividade quanto no emprego, segundo o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Para ele, não é possível o emprego industrial se recuperar enquanto não houver retomada no nível de atividade.

O obstáculo para esta retomada continua a ser uma série de fatores que não foram equalizados em maio, como o alto nível de estoques, a concorrência acirrada com importados e os níveis elevados de inadimplência e endividamento por parte dos consumidores - o que prejudica a demanda interna.

A continuidade da trajetória de queda no emprego industrial se refletiu também na queda de 2,5% no valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria em maio ante abril, a mais intensa nesta comparação desde dezembro de 2010 (-3,0%).

A recuperação do emprego industrial não virá antes do quarto trimestre, segundo Julio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Ele explica que a variável emprego reage com defasagem à produção industrial, e uma retomada da atividade só deve ser verificada em julho.

"O emprego industrial vai continuar caindo, ou, se crescer, será muito pouco nos próximos quatro meses. Os empresários precisam interpretar que o aumento da produção, quando vier, será sustentável. O setor automotivo já deu algum sinal de melhoria", diz.

Almeida observa que a queda do emprego poderia ser bem maior não fosse a contrapartida pedida pelo governo para que setores beneficiados por medidas de estímulo não demitam. Ele lembra que falta mão de obra qualificada ainda influi na decisão dos empresários de manter ao menos parte dos empregados.

"As empresas se recusavam a demitir, porque tiveram um custo alto para treinar seus funcionários", explica. Para Silveira, da RC Consultores, os empresários da indústria adiam desde o início do ano suas perspectivas para a retomada do setor.

Caio Machado, da LCA Consultores, aponta para a deficiência de alguns setores mais expostos à concorrência com os importados, como têxtil, calçados e automotivo. Neles, o emprego recua mais fortemente. Na indústria têxtil, o nível de emprego em maio caiu 5,7% na comparação com maio de 2011.

Em calçados, recuou 7,1% ante maio do ano passado. Na indústria de fabricação de meios de transporte, a queda foi de 1,9%.

Carlos Giffoni e Alessandra Saraiva | De São Paulo e do Rio Valor Econômico