"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 05, 2012

E O brasil maravilha dos FARSANTES CONTINUA "MUDANDO" : Puxada por alimentos, inflação é a maior para setembro desde 2003

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,57% em setembro, após registrar alta de 0,41% em agosto, informou o IBGE nesta sexta-feira. É a maior taxa para um mês de setembro desde 2003, quando tinha registrado alta de 0,78%.

Em 12 meses, a inflação oficial no país foi de 5,28%. No ano, o índice foi de 3,77%. Mais uma vez a inflação foi puxada por alimentos, que subiram 1,26% no mês e responderam por 0,30 ponto percentual do IPCA de setembro e 53% do índice.

A inflação voltou a acelerar em setembro, novamente por conta de alimentos, que foram responsáveis por mais da metade da alta da taxa de inflação em setembro afirmou Eulina Nunes, coordenadora do IPCA. Dos meses de setembro, a alta de alimentos é a maior desde 2002, quando foi de 1,96%.

O IPCA em 12 meses recuou por nove meses seguidos até atingir 4,92% em junho. A partir daí, no entanto, segue em aceleração. Na inflação de 3,77% acumulada em 2012, apenas 24 itens responderam por 82,5% do índice.

Carnes encarecem 2,27% no mês

No grupo Alimentação e Bebidas, a maior influência da alta de preços veio do item carnes, que subiu 2,27% no mês, com peso de 0,06 ponto percentual. Já preço do tomate, que vinha sendo o vilão da inflação nos últimos meses, reverteu a tendência e caiu 12,88%.

Outros alimentos com altas relevantes foram arroz (8,21%), pão francês (3,17%) e frango (4,66%).

A alta mensal dos alimentos foi a maior desde dezembro de 2010, de 1,32%. Para meses de setembro, é a maior desde 2002 (1,96%). Em 2012, os alimentos acumulam elevação de 6,43% e respondem por 1,51 ponto percentual da inflação de 3,77%.

O peso dos alimentos no IPCA é o maior entre os grupos, de 23,55%.

Alguns alimentos tiveram menor produção este ano por causa da redução da área plantada, como é o caso do arroz. Além disso, tivemos a seca, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos e na Rússia, que impactou de maneira geral os alimentos, como soja e milho explicou a técnica do IBGE.

A coordenadora do IPCA explicou que a alta no preço dos alimentos está muito ligada a fatores climáticos e sua reversão ou não depende desses fatores. Eulina destacou, no entanto, que ainda que o preço dos alimentos se normalize, seus reflexos ainda podem continuar em outros itens por mais tempo, por causa de aspectos como estoques, por exemplo.

A despeito do forte impacto dos alimentos, a inflação de setembro também registrou elevação nos preços de produtos não alimentícios, cuja alta passou de 0,27% em agosto para 0,37% em setembro.

As passagens aéreas, por exemplo, foram o item com maior alta em setembro, de 4,99%, após um recuo de 4,55% em agosto. Neste caso, a influência veio do feriado de 7 de setembro, já que as companhias costumam elevar seus preços em função da demanda.

Já o gás de botijão teve alta de 1,27% em setembro, puxada pelo dissídio salarial de quem trabalha na revenda do produto. Empregado doméstico continua pesando na inflação, com alta de 1,24% no mês e 11,27% no ano, o maior impacto individual no IPCA em 2012.

Os alimentos tiveram importância grande na elevação da taxa da inflação em setembro, mas os grupos não alimentos também aceleraram, como habitação, que tem participação grande no orçamento das famílias diz Eulina.

Com IPI menor, automóveis seguram inflação

Os preços do grupo Habitação tiveram alta de 0,71%, três vezes a registrada em agosto. As maiores influências foram as despesas com energia elétrica (0,83%), aluguel residencial (0,61%), condomínio (1,19%), taxa de água e esgoto (0,92%) e gás de botijão (1,27%). O aumento de preços de energia foi puxado pelo reajuste de 12,17% em Goiânia.

Já os automóveis ajudaram a segurar a inflação, sob influência da redução do IPI. O preço de imóvel novo caiu 0,08% em setembro, após alta de 0,34% em agosto com a expectativa do fim do benefício do imposto menor, que acabou não se confirmando.

O preço de automóvel usado, por sua vez, recuou 1,62% em setembro, após leve alta de 0,15% em agosto.

Não ao mensalão; não ao apagão


Domingo, o Brasil vai às urnas eleger prefeitos e vereadores de seus 5.564 municípios. 

O partido que governa o país há dez anos apresenta-se aos eleitores com atributos vistosos: 
na política, algumas de suas principais lideranças estão prestes a ser condenadas por corrupção; na economia, vivemos agora de apagão em apagão. 

Com credenciais assim, o PT merece seu voto?

A votação é sempre uma oportunidade de o cidadão analisar o estado geral das coisas e manifestar sua avaliação. É claro que, ao fim e ao cabo, o que o eleitor quer é um bom prefeito que cuide bem de sua cidade. Mas no voto preza também os valores, os princípios e se expressa sobre as condições gerais do país.
Na cabine no domingo, o eleitor terá em mente que o partido que chegou ao poder em 2002 como paladino da ética tem hoje dez réus sendo julgados pela mais alta corte do país por crimes como corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato.
Toda a cúpula que dirigia o PT no começo do governo Lula está prestes a ser condenada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal por ter articulado um esquema sofisticado que envolveu desvio de dinheiro público, operações bancárias fraudulentas, cooptação e compra de apoio no Congresso. Gente assim merece voto?

Ontem, o STF prosseguiu no julgamento do mensalão, encaminhando a condenação de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares por corrupção ativa. Faltam apenas mais três votos - no caso de Delúbio, apenas dois - para que eles sejam considerados culpados, definição que deverá ocorrer na próxima terça-feira.

Até agora, apenas Ricardo - sempre ele - Lewandowski votou pela absolvição de Dirceu, bem como de Genoino. O ministro revisor diz que não acredita em Papai Noel, mas pelo jeito crê em absurdos: para ele, apenas Delúbio teria sido responsável pelo esquema que desviou R$ 73 milhões do Banco do Brasil e lavou R$ 55 milhões em operações de fachada no Banco Rural, destinando-os ao bolso de parlamentares corrompidos.

Digamos que o raciocínio de Lewandowski tenha pés e mãos, que circulam e operam, mas certamente não tem cabeça. Se não é Dirceu o "chefe da quadrilha", Delúbio é que não pode ser. 
Quem seria, então? 
O então presidente da República? 
Esta é a única conclusão possível da argumentação do ministro revisor.
Caso se admita que o então ministro da Casa Civil de Lula desconhecia o complexo esquema que envolveu desvio de dinheiro público, fraudes bancárias e ampla coordenação de lideranças partidárias para a construção da base de apoio do governo do PT - e que Lewandowski já admitiu ter existido, ao condenar réus por corrupção passiva - alguém acima dele haverá de ser considerado responsável. Acéfala é o que esta organização não pode ser.
Mas o PT não chegará às urnas no domingo exibindo apenas as qualidades de ser o partido cujos líderes estão metidos até a alma em corrupção e assalto aos cofres públicos. 

O petismo também poderá apresentar-se ao eleitor como o partido da incompetência, como comprova a sequência de apagões aos quais o país tem sido submetido nos últimos tempos.

Há 12 dias, cerca de 6 milhões de consumidores do Nordeste haviam ficado sem luz. Anteontem, quase 2,7 milhões de brasileiros em 13 estados do país - cerca de 7% do total - voltaram a ficar no escuro. E ontem praticamente todo o Distrito Federal entrou em colapso completo por seis horas por falta de energia. O estrago só não foi maior porque todas as térmicas do país estão ligadas.

Para o governo, são meros "apaguinhos". Que nada: só neste ano, já houve 32 interrupções de fornecimento de energia de grandes proporções no país, que se somam a 61 registradas em 2011, como mostra (O Estado de S.Paulo).

Com baixo investimento e descuidos na manutenção, que tendem a se agravar com as novas regras para renovação dos contratos de concessão que Dilma Rousseff quer impor ao setor, os apagões nossos de cada dia estão cada vez mais frequentes.

A despeito de toda esta ficha corrida de serviços prestados à nação, o PT continua a apresentar-se ao eleitor como a redenção do país. O partido assanha-se com a perspectiva de tomar de assalto orçamentos municipais polpudos e é capaz de quaisquer meios para alcançar seus fins - como ilustra, mais uma vez, o episódio de Parauapebas (PA), onde a Polícia Federal apreendeu R$ 1,1 milhão que o PT pretendia usar para comprar voto no domingo, como informa (O Globo.)

Este é o partido que quer o voto de milhões de brasileiros daqui a dois dias. A ele, o eleitor deve dizer sonoros "não": 
não às falcatruas; 
não à ladroagem; 
não à incompetência; 
não ao descaso com os serviços mais elementares; 
não ao desprezo por valores que os brasileiros tanto respeitam e estimam. 

Domingo é dia de também dizer não ao apagão. 
É dizer de dizer não ao mensalão. 
É dia de derrotar o PT.



Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Não ao mensalão; não ao apagão

INICIO DA REPULSÃO ? BRASIL SEM P artido T orpe : PT diminui influência nas 105 maiores cidades

Na reta final da campanha eleitoral, a influência do PT nos municípios com mais de 150 mil eleitores diminuiu nestas eleições, enquanto o aliado PSB e o oposicionista PSDB apresentaram maior avanço. 

O levantamento foi feito pelo próprio PT, tendo por universo pesquisas eleitorais mais recentes divulgadas em 105 dos 119 municípios com mais de 150 mil eleitores.


O PT tem a prefeitura de 29 dessas prefeituras, mas é lider em 24 delas. 
Se isso for confirmado nas urnas, o partido pode ver seu peso reduzido em 20,8% nessas cidades. 

O PSDB, por outro lado, que tem o comando de 14 dessas cidades, está à frente nas intenções de voto em 23 municípios, um possível aumento de 64,2%. 

O PSB é outro que apresenta bons resultados. 
 Detém 7 cidades e é líder em 12 - crescimento de 71,4%. 
O PMDB mantém uma situação estável: dos 16 prefeitos, perderia, caso as pesquisas seja confirmadas, apenas uma.

A amostragem evidencia que são essas quatro legendas que dominam o cenário político nos maiores colégios eleitorais do país. Fora elas, as demais legendas têm participação secundária.

Chama a atenção a perda de espaço do PDT. Apesar de ter eleito 12 prefeitos nesses locais, hoje é favorito apenas em sete deles.
Outros partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff também demonstram fragilidade. 

O PP tem seis cidades e lidera em cinco. 
O PR mantém o mesmo número de prefeituras: duas. 
O PTB tem 5 para 2, o PCdoB de 2 para 1. 

O neófito em eleições PSD filiou seis prefeitos e pode perder um. Na oposição, o DEM governa um município e lidera as pesquisas em quatro. O PPS pode perder a única que tem. Já o PSOL pode eleger a primeira prefeitura de sua história.

A cúpula do PT, porém, vê o resultado do levantamento com bons olhos. Primeiro porque, a despeito de o partido não liderar em todas as cidades que governa, o intenso noticiário negativo e diário que o julgamento do mensalão propiciou não resultou no desastre completo que se previa. 

Ao menos nas pesquisas.

Outra razão é que o PT tem 27 candidatos nestes 105 municípios que estão em segundo lugar, à frente, de todas as outras legendas. Há ainda 15 candidatos em terceiro lugar, 9 em quarto, 2 em quinto e um em sétimo.

No restrito - e principal - grupo das 26 capitais, a situação do partido pode ser subdividida em três grupos. O dois locais onde as campanhas são consideradas vitoriosas pelo crescimento dos candidatos, como Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC) e Salvador (BA). 

Aqueles em que a campanha foi uma tragédia, como Belém (PA), 
Campo Grande (MS), 
Natal (RN), 
Porto Velho (RO), 
Recife (PE), 
São Luís (MA), 
Teresina (PI) e Vitória (ES). 

E outro em que só a passagem ao segundo turno dirá: 
Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).

Caio Junqueira Valor Econômico 

E NO brasil maravilha da GERENTONA/FRENÉTICA/EXTRARODINÁRIA DE NADA E COISA NENHUMA... SEM "MARQUETINGUE"(QUE ANDA SUMIDO) : Apagão causa prejuízo e irrita consumidor

Cerca de 380 mil unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica no Paraná por até 45 minutos, das 20h55m às 21h40m de quarta-feira, segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel). 

Isso equivale a cerca de 10% do total de 3,9 milhões de consumidores no Estado. A ajudante de cozinha Maria de Fátima da Silva, moradora do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, foi pega de surpresa quando estava no banho. 

- Estava no chuveiro quando começou a sair faísca e depois apagou tudo - disse. - Saí do banheiro toda ensaboada, enrolada na toalha, para desligar os eletrodomésticos da tomada, pois no ano passado perdi uma TV depois que a luz faltou e voltou muito forte.

Maria acabou o dia sem terminar o banho, pois estava muito cansada e preferiu não esperar a energia voltar antes de ir se deitar. 
Ela conta que a filha chegou mais cedo do que de costume em casa, pois faltou luz também na faculdade em que estuda à noite:
- Ficamos um pouco à luz de velas e acabei indo dormir.

O publicitário Wagner Abreu, de 29 anos, residente no bairro Jardim das Américas, é outro morador de Curitiba que se irritou com o "apagão". Ele estava em casa quando a luz caiu, por volta das 21h.

- Fiquei cerca de meia hora sem ter o que fazer, pois não tinha TV nem internet. É triste, no horário de descanso, ter que ficar procurando vela no escuro - afirmou.

Sem contrapartida
Abreu afirmou que teme novos apagões:
- Percebemos que há problema na infraestrutura. É um freio na economia. Pagamos tudo certinho, mas não há contrapartida do poder público.
Já a falta de energia ocorrida ontem à tarde em Brasília causou prejuízos ao servidor público Adão Gomes Guimarães, 69 anos. 

Ao cruzar um sinal que estava apagado, ele bateu o carro, um Siena, em frente ao Ministério da Justiça. Sem seguro, ele vai esperar que o outro motorista envolvido no acidente acione a sua seguradora:
- Se não for possível, vou ter de arcar com o prejuízo. Mas é um absurdo. Estamos em frente ao Congresso, perto do Palácio do Planalto; o mínimo que o governo poderia fazer seria colocar um policial para controlar o trânsito - disse.

Luiz Lomba/Globo 

Estelionato eleitoral ! FIM PARA OS CRÁUPULAS DA REPUBLICA CACHACEIRA


O histórico voto de Celso de Mello, o mais antigo ministro do Supremo Tirbunal Federal, no processo do mensalão, na segunda-feira, pode marcar o início de uma nova era no país. 

Um tempo em que o assalto aos cofres públicos por políticos corruptos e por corruptores passa a ser tratado como o que de fato é: 
um crime abjeto, digno de repúdio e punido com a devida gravidade pela Justiça. 

"O cidadão tem o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros e por juízes incorruptíveis", advertiu o magistrado.

Chega de Justiça cega. 
No exterior, defensores de mensaleiros são motivos de chacota. 

São comparados ao marido que vê a mulher com outro e segue os dois até o motel. Ele consegue ver os dois se abraçando, se beijando e tirando a roupa. 
 É quando uma peça íntima dela é atirada para o ar e cai justamente sobre a maçaneta da porta, bloqueando o buraco da fechadura. Nesse momento, o companheiro respira aliviado. Como não a viu praticando o ato sexual (seria o tal ato de ofício?), não se sente traído. 

Já os brasileiros de bem têm a certeza de que foram traídos. 
 Por isso, aplaudem o julgamento. 

Mas por que o Supremo tinha de fazer justiça só agora, na vez do PT? Porque o estelionato eleitoral cometido por setores do partido é ímpar na história brasileira. Muitos bandidos podem ter roubado mil vezes mais do que os quadrilheiros do mensalão. 

Mas nem um deles chegou ao poder prometendo moralizar a administração pública. Nunca antes na história deste país, o eleitor tinha sofrido um golpe tão grande, tão desonesto, tão desconcertante.

Que o julgamento impiedoso do STF sirva de lição. 
Nunca mais o país deve se deixar enganar pelo discurso à UDN dos falsos moralistas. Ser honesto é obrigação de todos nós, apesar de uns se considerarem acima das leis e até chegarem ao cúmulo de fazer a apologia da corrupção. 

Sim, Joaquim: 
seja justo como deve ser um verdadeiro juiz. 
Nem mais, nem menos. 

Pois, como bem disse Celso de Mello, "ninguém pode viver com dignidade em uma República corrompida". 

Que não seja uma voz perdida no deserto.

Plácido Fernandes Vieira Correio Braziliense
Estelionato eleitoral