"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 31, 2013

Análise de conjuntura: razões para ficar pessimista

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A sucessão de notícias negativas para economia brasileira nos últimos meses são as seguintes: 

1) inflação em alta (projeções para este e o próximo ano por volta de 6%); 
2) redução da meta do resultado primário,
3) crescimento do déficit em conta corrente (3% do PIB em 12 meses);  
4) atrasos no cronograma de concessões das rodovias e ferrovias,
5) forte redução no saldo da balança comercial (menos de US$ 10 bilhões projetado para 2013 e 2014 – pior resultado dos últimos 12 anos);
6) fraca recuperação da indústria;
7) valorização do Dólar devido à recuperação em curso da economia americana,
e 8) crescimento fraco do PIB (crescimento médio projetado entre 2,3% aa e 2,5% aa para 2011-2014).

Dado esse cenário, o aconselhável seria tentar melhorar os fundamentos da economia para que o crescimento seja retomado em bases mais sustentáveis nos próximos anos– mas no meio do caminho há uma eleição. Se o governo ficar muito preocupado e adotar novas medidas com o foco no curto-prazo, corre-se o risco de piorar ainda mais o cenário para o médio prazo.

O problema do excesso de ativismo do governo com a sua agenda de curto prazo foi que essa agenda ocasionou novos desequilíbrios. As desonerações, por exemplo, aumentaram o risco fiscal, pois essa agenda teve início sem que se tenha criado o espaço fiscal adequado.

Logo, as desonerações resultaram na forte redução do primário e aumentaram a incerteza quanto a trajetória de redução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP).

Por sua vez, o gasto público continua crescendo à mesma taxa de anos anteriores. O resultado do Tesouro Nacional divulgado no dia 29 de maio veio muito ruim. De janeiro a abril deste ano, a despesa primária do governo federal cresceu R$ 34 bilhões, sendo que, desse total, o crescimento do investimento foi de apenas R$ 1,9 bilhão; ou 5,6% do crescimento da despesa.

Do lado da despesa, portanto, o crescimento do gasto não é anticíclico. É aumento de gasto permanente e não poderá ser revertido nos próximos anos. O que exatamente aconteceu com a despesa? Isso vou detalhar depois de olhar os dados com mais cuidado, mas não estou otimista.

Vale lembrar que, neste ano, o crescimento real do salário mínimo foi de 2,7% (crescimento do PIB de 2011), ante o crescimento real de 7,5% no ano passado.

Mesmo assim, o crescimento da despesa primária do governo federal este ano até abril foi semelhante ao crescimento do mesmo período do ano passado, crescimento nominal de 13%, com piora na margem, pois o crescimento do investimento (inclusive com o Minha Casa Minha Vida) foi menor.

Em relação ao Minha Casa Minha Vida, esse programa, no ano passado, ajudou ao governo turbinar a estatística de investimento público.

Acontece que não se espera mais crescimento forte dessa despesa e, assim, apesar do valor elevado dessa conta (mais de R$ 10 bilhões), ela não mais contribuirá para o crescimento do investimento. O que tem puxado o investimento para baixo é o Ministério dos Transportes.

Neste ano até abril, o investimento do Ministério dos Transportes acumulou R$ 2,8 bilhões, um crescimento de R$ 450 milhões frente ao mesmo período do ano passado, mas ainda muito inferior aos R$ 4,5 bilhões que esse ministério investiu no primeiro quadrimestre de 2011 – queda nominal de quase 40% em relação aos primeiros quatro meses do mandato da Presidenta Dilma.

Ao que parece, o ministério do transporte ainda não se recuperou totalmente da faxina nos seus quadros no final do primeiro semestre de 2011.

No caso da despesa primária do governo federal, acho que será cada vez mais provável o seguinte cenário: como percentagem do PIB, o governo Dilma será o governo mais gastador do Brasil desde 1999, quando o país começou o tripé macroeconômico baseado no regime de metas de inflação, regime de câmbio flutuante e metas de resultado primário.

É provável que a despesa primária termine o governo Dilma por volta de 19,45% do PIB, crescimento de 2 pontos do PIB frente ao último ano do governo Lula (17,43% do PIB) e sem aumento significativo do investimento público.

Gráfico 1 – Crescimento da Despesa Primária 1999-2014* – pontos do PIB

OBS:
1/Crescimento projetado para despesa primária nominal, em 2013 e 2014 de, respectivamente, 11% e 14%.

2/ Não inclui capitalização da Petrobras de 2010.

Isso significa que o crescimento da despesa primária, no mandato da presidenta Dilma, seria superior aos oito anos de governo Lula. Não é que o governo Lula foi mais econômico, mas que o governo atual trabalhou com uma agenda de expansão do gasto na expectativa que o crescimento do PIB ficasse entre 4% e 4,5% ao ano.

Como o crescimento do PIB no governo Dilma será baixo
(algo próximo a 2,3% aa), a despesa terá um crescimento forte
(% do PIB).

Crescimento do PIB por mandato presidencial – 1995-2014*

OBS: Crescimento real projetado para o PIB em 2013 e 2014 de, respectivamente, 2,5% e 3,3%.

Assim, a cada dia que passa, se configura um cenário fiscal difícil para o próximo governo, que será um governo de ajuste, terá que cortar subsídios e explicitar no orçamento despesas que estão sendo postergadas como, por exemplo, os pagamentos de subsídios do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Adicionalmente, o próximo governo terá uma tarefa difícil para convencer as centrais sindicais dos riscos de se renovar a regra de reajuste atual do salário mínimo.

Por fim, como ocorreu uma antecipação do debate eleitoral, é difícil acreditar na retomada de uma agenda de reformas antes das eleições do próximo ano. Se o tempo econômico vai esperar o tempo político não sei e, por isso, estou pessimista.

Como o calendário eleitoral ainda está longe, corremos o risco de passar quase um ano e meio, administrando o dia a dia, sem nenhuma reforma econômica significativa e sem melhora no cenário econômico para os próximos anos.

E para piorar o cenário descrito acima, o BACEN, corretamente, fez opção por uma postura mais agressiva no aumento de juros em 0,5 ponto para tentar recuperar a confiança do mercado e ancorar novamente as expectativas de inflação.

O que não é certo é se conseguirá essa façanha sem aumentar a taxa de juros SELIC para dois dígitos.
Qualquer que seja o ângulo que se olhe hoje para a economia brasileira não há como ser otimista.

E o maior culpado pelo que está acontecendo não é a crise, mas os excessos cometidos pela equipe econômica desde 2006, quando se acreditou que a agenda de reformas estava completa e que o governo poderia liderar o crescimento do investimento doméstico por meio do crescimento do investimento público e de incentivos setoriais via bancos públicos financiado com a expansão da dívida pública.

Infelizmente, a estratégia de política econômica do governo não deu certo. Agora, com esse cenário mais pessimista, será que o governo terá a humildade de aumentar o diálogo com empresários e economistas que divergem da sua política econômica e escutar sugestões?

Acho difícil a não ser que o cenário descrito acima piore ainda mais.
Transcrito do  : 

maio 30, 2013

BRASIL REAL II ! NO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E DA MAIS "PREPARADA"(1,99) DO CACHACEIRO PARLAPATÃO... País caiu cinco posições e ocupa o 51º lugar entre 60 nações pesquisadas por instituto suíço.

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Um relatório divulgado nesta semana por um dos mais respeitados centros de ensino na Suíça indicou que o Brasil é um dos países menos competitivos do mundo.

De 2012 para 2013, o país caiu do 46º para o 51º lugar entre 60 nações analisadas pela escola de negócios IMD. Na comparação entre o ano passado e 2011, o Brasil já havia recuado duas posições no ranking.

O relatório, chamado IMD World Competitiveness Yearbook, analisa o gerenciamento das competências de cada país na busca por mais prosperidade.

'A competitividade de uma economia não pode ser reduzida apenas ao PIB e produtividade; cada país ou empresa também tem que lidar com dimensões políticas, sociais e culturais', diz o documento.

'Cada nação tem que criar um ambiente que tenha a estrutura, as instituições e as políticas mais eficientes para encorajar a competitividade dos negócios.'

Baseados em dados disponíveis e pesquisas próprias, o ranking avaliou o desempenho de cada país em quatro áreas: 
desempenho econômico, 
eficiência governamental, 
eficiência empresarial e infraestrutura.
A liderança da lista foi ocupada pelos Estados Unidos, que desbancaram Hong Kong e voltaram ao topo, enquanto que a Venezuela foi considerado o menos competitivo dos países pesquisados.

Economia baseada em consumo

O Brasil também foi um dos que mais perderam posições desde que o ranking global de competitividade, incluindo países desenvolvidos e emergentes, começou a ser compilado pelo instituto, em 1997.

Naquele ano, o país ocupava a 34º colocação entre 46 países.

Entre as nações que mais ganharam posições (cinco ou mais) no ranking estão China, 
Alemanha, 
Coreia do Sul, 
México, 
Polônia, 
Suécia, 
Suíça, 
Israel e Taiwan. 

Além do Brasil, 
Argentina, 
Grécia, 
Hungria, 
Portugal, 
África do Sul, 
entre outros, registraram as maiores quedas.

'O Brasil deixou de fazer reformas importantes que, se postas em prática, poderiam aumentar a competitividade do país frente a outras nações do globo', afirmou à BBC Brasil o diretor do centro de competitividade mundial do IMD, Stéphane Garelli.


'Além disso, o país possui uma economia mais baseada no consumo do que na produção. Como resultado, deixou de priorizar investimentos em setores em que poderia se tornar competitivo', acrescentou.

Garelli acrescenta que outras nações latino-americanas, como Chile, Argentina ou Venezuela também vêm perdendo terreno e sendo 'desafiadas' por economias emergentes da Ásia, mais competitivas.


O mesmo aconteceu, segundo ele, com alguns países da Europa, como Itália, Espanha, Portugal e Grécia, fortemente atingidos pela crise financeira mundial.

Para o especialista, tais nações não diversificaram suficientemente suas indústrias ou controlaram os gastos públicos, de modo que, agora, têm de enfrentar fortes pacotes de austeridade fiscal.

Ele, no entanto, ressalva que generalizações são 'enganosas'.

'A competitividade da Europa vem caindo, mas Suíça, Suécia, Alemanha e Noruega seguem um caminho diferente, colhendo os louros de suas políticas de estímulo à competitividade. A América Latina também vem desapontando, mas há grandes companhias globais por toda a região.'

'Os Brics são totalmente diferentes em suas estratégias de competitividade e performance, mas permanecem como uma terra de oportunidades', disse.

'No final, as regras de ouro da competitividade são simples: produzir, diversificar, exportar, investir em infraestrutura, dar apoio a pequenas e médias empresas, incrementar disciplina fiscal e manter coesão social', diz Garelli.

Austeridade x competitividade
Garelli também lembrou que as medidas de austeridade fiscal, em geral, reduziram a competitividade dos países que implantaram medidas para conter gastos.

Segundo ele, embora a reorganização das finanças tenha sido considerada por grande parte dos governos como uma condição para o crescimento sustentável no futuro, o remédio para a crise foi ministrado 'rápido demais'.

'Os pacotes de austeridade encontram oposição da população. Os países precisam de coesão social para alcançar a prosperidade', afirma.

'É como se uma pessoa precisasse emagrecer. Ela não pode deixar de comer, do contrário, morrerá; precisa diminuir seu peso aos poucos, de forma a atingir plenamente seus objetivos', compara.


Da BBC

BRASIL REAL ! Após PIB fraco, consultorias cortam previsão para o PIB de 2013


Frustrando as expectativas do mercado, o crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2013, de apenas 0,6% em relação ao último trimestre de 2012, fez com que várias consultorias reduzissem suas projeções anuais para o desempenho da economia do país neste ano.

A expectativa do mercado, que se mostrou otimista demais, era de um crescimento de 0,9% no primeiro trimestre. Assim, de dez consultorias pesquisadas, a metade reviu para baixo suas previsões para 2013. Duas mantiveram os números, mas indicaram risco de queda, e apenas três mantiveram as suas apostas.

"Foi o terceiro trimestre consecutivo em que o PIB cresceu abaixo das nossas expectativas e do consenso do mercado", afirma Bráulio Borges, economista-chefe da consultoria LCA, que revisou de 3,5% para pouco acima de 3% o crescimento da economia brasileira em 2013, uma meta ainda alta se comparada à de outros analistas.

Bradesco, Banco Espírito Santo, a Votorantim Corretora e a consultoria japonesa Nomura também reduziram suas expectativas.

O Banco Espírito Santo foi o mais pessimista, mudando a projeção de 3% para 2,3%. A do Bradesco caiu de 2,8% para entre 2% e 2,5%.

A Nomura divulgou relatório em que afirma que a economia brasileira manterá um patamar de desempenho baixo por um longo período, combinado com inflação alta, e revisou suas apostas de 3,4%, para 2,5%. A Votorantim Corretora baixou suas expectativas de 3% a 3,5% para 3% a 2,5%.

Entre as que mantiveram a sua projeção, está a Gradual Investimentos, que acertou o crescimento do primeiro trimestre. Sua previsão é de crescimento baixo: 2,1%.

A MB Associados, que também acertou o crescimento do PIB para o primeiro trimestre, manteve sua projeção de 2,5% para 2013.

Segundo Maria Cristina Mendonça de Barros, sócia da consultoria, um patamar menor de crescimento do consumo das famílias influenciou o resultado fraco. Uma das causas, aponta, pode ser o impacto da inflação no poder de compra.

Para Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo, além do consumo das famílias, o problema é a produção industrial, que caiu 0,3% e não mostra sinais de recuperação, mesmo com crescimento de 4,6% nos investimentos.

"Esse valor está relacionado com o crescimento da produção de caminhões. Mesmo com manutenção da produção, precisaria de um novo incremento para os investimentos continuarem a crescer."

OTIMISMO

Mesmo revisando suas projeções para baixo, as consultorias LCA e Votorantim Corretora mantém uma análise otimista no longo prazo.

"Não consigo não ver uma retomada do crescimento. Tem uma aceleração em curso", afirma Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora, que havia previsto crescimento de 1% no trimestre.

Para a LCA, a alta nos investimentos foi disseminada, ao contrário do que aponta grande parte dos economistas, que atribui esse número aos investimentos na indústria automotiva. Para Borges, o investimento caiu em 2012. A partir do fim do ano, porém, voltou a crescer e, agora, já teria se recuperado da queda.

"A industria de transformação está vindo em uma recuperação boa. A de extração está ruim por causa da Petrobras", diz.


Editoria de Arte/Folhapress
 
CLARA ROMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

maio 29, 2013

NÃO PREOCUPAI-VOS III ! TUDO SOB O CONTROLE DA "MAIS PREPARADA(1,99)" E ... O PIB continua pibinho




A expectativa de um resultado melhorzinho era grande, mas era vidro e se quebrou. O PIB do primeiro trimestre, divulgado há pouco pelo IBGE, indica que a economia brasileira continua sem engrenar. 
Vamos para o terceiro ano perdido na era Dilma.

A economia brasileira cresceu 0,6% no trimestre na comparação com o trimestre anterior. O percentual está em linha com as previsões mais baixas que vinham sendo feitas pelos analistas econômicos. Ou seja, o pior prevaleceu: estagnados estávamos, estagnados permanecemos.

A expectativa geral era de que o primeiro trimestre do ano tivesse sido de recuperação. Mas não foi. A alta de 0,6% é exatamente a mesma taxa registrada no último trimestre de 2012. 

  
No pibinho estávamos, no pibinho permanecemos. 
Quando se considera a alta acumulada em 12 meses, o PIB brasileiro cresceu só 1,2%. 

Mantido o ritmo atual, o país crescerá pouco mais de 2,4% neste ano. É melhor que o pibizinho de 2012 (0,9%), mas, ainda assim, menos que em 2011 - até agora o melhor resultado produzido pela presidente Dilma Rousseff, com sua alta de minguados 2,7%.

O que um dia já foi piso acabou se transformando em teto. 
O governo sustenta que "não vai permitir" para este ano crescimento menor que o de 2012. Não diz, porém, como vai conseguir fazer a economia embicar para cima. A perspectiva é de que os trimestres seguintes sejam ainda piores que o primeiro. 
 
Onde estará o fundo do poço?

No ano passado, tivemos a glória de só crescer mais que o Paraguai no continente sul-americano. Neste ano, já não teremos mais a companhia dos hermanos, que, segundo a Cepal, crescerão algo como 10%. Mas poderemos contar com a solidariedade da Venezuela, que, com seus 2%, será o único país que crescerá menos que nós na América do Sul desta vez.

Entre os setores, a indústria foi novamente o patinho feio: teve queda de 0,3% no trimestre. O segmento tem sido alvo de pacotes e desonerações em série anunciados pelo governo, mas seu desempenho repetitivamente medíocre sugere que tais políticas são desconjuntadas e ineficientes.


Quem evitou que o PIB não fosse um desastre ainda maior foi a agricultura. O campo cresceu 9,7% no trimestre, até porque vinha de uma base de comparação muito prejudicada pelas quebras de safra do ano passado. Sem o vigor do agronegócio, o país teria ido de vez para o buraco. Os serviços cresceram só 0,5%, abaixo da média do fim de 2012.

O dado bom - pelo menos um! - é que a chamada "formação bruta de capital fixo", palavrão que os economistas usam para os investimentos na produção, subiu 4,6% no trimestre. Foi o maior crescimento desde o primeiro trimestre de 2010. 
  
 Ainda assim, o desempenho dos investimentos deve ser visto com cautela. Segundo o Bradesco Asset Management, dois terços do resultado do período se devem exclusivamente a um item: fabricação de caminhões. "Gastou-se mais em caminhões em um ano, por exemplo, do que o governo planeja investir em uma década em novas ferrovias", compara a Reuters.

A taxa de investimentos como proporção do PIB voltou a cair e está agora em 18,4% (havia sido de 18,7% no quarto trimestre de 2012). Para um país que precisa urgentemente enfrentar suas deficiências de infraestrutura, eliminar seus gargalos e desobstruir as artérias que lhe travam o desenvolvimento, é desesperador.

Setores que noutros tempos já funcionaram como motores da economia estão esfriando. O consumo das famílias tombou de um aumento 1% no fim de 2012 para apenas 0,1% agora; o do governo sequer variou. As exportações passaram de alta de 6,1% no quarto trimestre de 2012 para queda de 6,4% agora. As importações subiram 6,3%.

Dilma Rousseff foi eleita a bordo de uma propaganda que a apresentava ao país como gestora eficiente, administradora cuidadosa, técnica competente para fazer e acontecer. Seu governo já consumiu quase 30 meses, mas o máximo que a presidente conseguiu realizar foi nos conduzir numa viagem ao passado. 

Há uma mixórdia de políticas e decisões desencontradas e equivocadas. O investimento público continua não acontecendo e o privado vê-se cada vez mais cerceado pelo intervencionismo do governo da petista. O Brasil simplesmente não acontece. 
 
 Está evidente que, quando elegeu Dilma, o país tomou o rumo errado. Caminho que, a cada dia que passa, está nos levando para mais fundo no buraco.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
O PIB continua pibinho

NÃO PREOCUPAI-VOS II ! TUDO SOB O CONTROLE DA "MAIS PREPARADA(1,99)" E ... Economia do governo para pagar juros da dívida acumula queda de 40% no ano

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A economia do governo federal para o pagamento dos juros da dívida pública, o chamado superavit primário, foi de R$ 7,2 bilhões em abril, o pior resultado para o mês desde 2004. Com isso, a conta de janeiro e abril ficou em R$ 26,9 bilhões ou 1,77% do PIB (Produto Interno Bruto).

Trata-se de um saldo 40% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando somou R$ 45 bilhões ou 3,24% do PIB. As informações foram divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (29).

A conta de abril é resultado de um superávit de R$ 13,7 bilhões feito pelo Tesouro Nacional. No mesmo mês, a Previdência Social teve deficit de R$ 6,2 bilhões e o Banco Central saldo negativo de R$ 266,6 milhões.

Já no acumulado do ano, o resultado positivo do Tesouro Nacional ficou em R$ 48 bilhões, frente ao deficit de R$ 20,8 bilhões da Previdência e de R$ 282,9 milhões do BC.


ECONOMIA MENOR


Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou as metas para as contas públicas em 2013 e o corte de R$ 28 bilhões no Orçamento.

A redução no contingenciamento é expressiva: no ano passado, o corte foi de R$ 50 bilhões e, em 2011, de R$ 55 bilhões.

Segundo o governo, o objetivo é estimular a economia. A estratégia, contudo, prejudica a saúde das contas públicas.

A meta agora é economizar apenas R$ 63,1 bilhões para o pagamento dos juros da dívida, o que inclui o abatimento de R$ 45 bilhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, manobra prevista em lei.

No início da elaboração do Orçamento de 2013, a expectativa era que o governo federal poupasse R$ 108,1 bilhões. E a economia total do setor pública, que inclui Estados e municípios, chegasse a R$ 155 bilhões.

O governo obteve, porém, autorização para desconsiderar as contas dos demais entes da União no cálculo do primário.

Por isso, na prática, a economia pode ser ainda menor. Além da exclusão da economia de Estados e municípios, as brechas legais permitem reduzir o superavit a R$ 42,9 bilhões, com o desconto das desonerações tributárias promovidas pelo governo federal este ano.

Com a nova meta, os gastos com pessoal, custeio administrativo, programas sociais e investimentos subirão de R$ 805 bilhões, no ano passado, para R$ 938 bilhões, ou de 18,3% para 19,2% do Produto Interno Bruto (PIB), maior patamar da história.

 

INVESTIMENTOS

Entre janeiro e abril, o governo investiu R$ 23 bilhões, alta de 8,8% frente aos desembolsos feitos no mesmo período do não passado. A conta inclui os valores pagos para o custeio do programa Minha Casa, Minha Vida.

Os gastos com o PAC (Programa de Aceleração do Investimento) também subira. Até abril, foram pagos R$ 15,4 bilhões, 22,7% a mais do que primeiro quadrimestre de 2012.

 

CONTABILIDADE CRIATIVA

Em 2012, o superavit primário alcançou R$ 88,5 bilhões, uma queda de 5,6% em relação ao de 2011. Com isso, o resultado ficou quase 10% abaixo da meta cheia estipulada para o governo central no ano.

O saldo recorde em dezembro (R$ 28,3 bilhões), só foi possível graças ao que ficou conhecido como "contabilidade criativa" do governo. Para tentar garantir o cumprimento da meta para o ano, o governo resgatou R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano do Brasil e recorreu a um vaivém de títulos e ações para engordar os dividendos recolhidos das estatais.
As trocas de envolveram Tesouro Nacional, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Caixa Econômica e resultaram em R$ 28 bilhões em dividendos --frente a R$ 19,9 bilhões verificados no ano anterior.  
Folha
(RENATA AGOSTINI)

NÃO PREOCUPAI-VOS ! TUDO SOB O CONTROLE DA "MAIS PREPARADA(1,99)" E ... O mundo negocia sem o Brasil

As negociações comerciais mais promissoras são as bilaterais e regionais, como têm sido há vários anos, e a Aliança do Pacífico, iniciativa dos governos mexicano, colombiano, peruano e chileno, é mais uma aposta em um acordo parcial, mas com enormes possibilidades de ramificação.

Enquanto isso, o Brasil continua preso a um Mercosul estagnado, joga suas fichas na reativação da Rodada Doha, paralisada há vários anos, e insiste em dar prioridade às relações Sul-Sul.


Nos últimos dez anos, o governo brasileiro agiu como se a busca de mais acordos com o mundo rico fosse mais arriscada que vantajosa e, é claro, um erro geopolítico e um pecado ideológico.


Não foi essa a estratégia de outros países emergentes - como a China, a Rússia, a Índia e a África do Sul - e de vários países latino-americanos. Nesse período, todos, ou quase todos, tomaram espaço dos produtores brasileiros nos mercados mais desenvolvidos e até no Mercosul e na vizinhança sul-americana.


Reunidos na semana passada em Cali, na Colômbia, governantes da Aliança do Pacífico decidiram iniciar em 30 de junho o corte de 90% das tarifas de importação cobradas entre os quatro países.

Além disso, admitiram sete países como observadores - El Salvador, Equador,
França,
Honduras,
Paraguai,
Portugal e República Dominicana.
Austrália,
Canadá,
Costa Rica,
Guatemala,
Japão,
Panamá,
Nova Zelândia e Uruguai já tinham esse status.



Um acordo de livre comércio entre Colômbia e Costa Rica foi combinado como primeiro passo para a admissão de um quinto sócio, A negociação de um acordo comercial entre Colômbia e União Europeia está avançada. O mesmo caminho já foi seguido pelo Peru.

Os quatro países da Aliança do Pacífico têm crescido mais que o Brasil, com inflação menor, e têm multiplicado acordos comerciais com países desenvolvidos e em desenvolvimento, sem se prender a discriminações entre economias do Norte e do Sul.



Com 209 milhões de pessoas, os sócios do bloco têm um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de US$ 1,7 trilhão e suas exportações no ano passado foram maiores que as dos países do Mercosul Podem competir com o Brasil e outros sócios do Mercosul, na atração de investimentos, pela dimensão de seu mercado conjunto, pela abertura econômica e pelo dinamismo comercial.

Enquanto outros países se movem, o Brasil continua preso a um bloco emperrado pelo protecionismo interno e incapaz de concluir acordos comerciais relevantes. O interesse do Paraguai e do Uruguai pela recém-formada Aliança do Pacífico é um claro sinal de descontentamento com o Mercosul.



No caso do Paraguai, esse descontentamento é reforçado pelo tratamento imposto ao país depois da cassação do mandato do presidente Lugo. Esse tratamento foi parte de um golpe para facilitar a admissão da Venezuela bolivariana, uma democracia exemplar, segundo os governos petista e kirchnerista.

Incapaz de se engajar em qualquer iniciativa mais promissora, Brasília renova esforços pela reativação da rodada global Coordenado pelo Brasil, o G-20 agrícola, um dos vários grupos formados à sombra da Organização Mundial do Comércio (OMC), acaba de propor o corte imediato, pelos países desenvolvidos, de 50% dos subsídios à exportação do agronegócio.



A proposta é um lance preparatório da reunião ministerial de Bali, programada para dezembro. O recém-eleito diretor-geral da OMC, o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, anunciou a intenção de aproveitar esse encontro de representantes de 159 países para dar novo impulso à Rodada Doha.



A sugestão do G-20 agrícola, segundo o governo americano, é inaceitável e reduz as possibilidades de um entendimento em Bali.

Ministros das maiores potências comerciais continuarão trabalhando na preparação do encontro de dezembro. Uma reunião foi marcada para esta semana em Paris. Mas poucos se arriscam a prognosticar uma virada importante em Bali,



Se os céticos estiverem certos, um dos maiores perdedores será o Brasil, pela incapacidade de seu governo de criar alternativas razoáveis a um acordo global.
O Estado de São Paulo

ENQUANTO ISSO... ESTICA E ENCOLHE/VÔ NUM VÔ : Agora, a tempestividade


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Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúnem nesta quarta-feira para rever os juros, bem menos confiantes do que estavam no início deste ano. 

Em meados de 2012, o Banco Central via a inflação como surto passageiro provocado pelo choque de oferta de grãos (quebra de safras), devido à seca no Meio-Oeste dos Estados Unidos, grande produtor mundial. Seus comunicados avisavam que a inflação deveria recuar espontaneamente para a meta (4,5% ao ano), "ainda que de forma não linear".

Aos poucos, o Banco Central passou a admitir que o choque de oferta não era tudo. A inflação apresentava-se forte e espalhada, turbinada por novos fatores, não apenas os externos, mas, também, uma demanda interna superior à capacidade de oferta da economia, sobretudo no setor de serviços. 
 

Esse quadro, por sua vez, era consequência tanto de despesas excessivas do setor público ("política fiscal expansionista") como do forte aquecimento do mercado de trabalho, que puxou a renda e os custos de produção. 
 

Nas entrevistas, o presidente do Banco Central assumia então que "não estava confortável" com a virulência da inflação. Mesmo depois de ter se prontificado a voltar a puxar para cima os juros básicos (Selic), os comunicados limitavam-se a afirmar que o Banco Central continuaria vigilante em relação ao comportamento da inflação e conduziria sua política "com cautela".

Essa expressão foi entendida como senha de que a autoridade monetária seguia agindo com o breque de mão puxado. 


Dia 21, no entanto, em depoimento no Congresso, Alexandre Tombini evitou repetir que agiria "com cautela" e sacou do repertório semântico do Banco Central outra expressão: a de que para combater a inflação fará o que for necessário, "de forma tempestiva".

As mudanças de posição têm a ver com o novo foco da política de despesas do governo Dilma, que rompeu o acordo com o Banco Central e já não se compromete a executar o Orçamento da União com austeridade suficiente para garantir sobras de arrecadação (superávit primário) de 3,1% ao ano.

No final de 2012, já houve aquele passe de mágica contábil que escamoteou as metas fiscais previamente combinadas. E, na semana passada, o ministro Guido Mantega avisou que o governo fará descontos nos cálculos que, na prática, derrubarão o superávit primário para apenas 2,3% do PIB, novo número que também não passa firmeza, porque pode ser menor.


Como a política fiscal já não faz a sua parte, a necessidade de controlar a inflação passa a depender mais do aperto da política monetária (alta de juros), o que, de quebra, levou o Banco Central a permitir que o câmbio se valorizasse em termos reais – na medida em que a inflação concorre para baixar o preço do real em dólares.

Mesmo depois de prejudicado em sua capacidade de gerenciar as expectativas, não há opção para o Banco Central senão a de seguir aumentando os juros.

Falta saber se a tal tempestividade se limitará a repetir, ainda que por mais tempo, aumentos dosados de juros de 0,25 ponto porcentual, como o de abril, ou se implicará um reforço para 0,50 ponto porcentual ao ano, que teria a vantagem de apressar o ajuste.


CONFIRA: 
 
A escadinha do gráfico mostra a evolução dos juros básicos (Selic) nos últimos quatro anos.

Os novos números. 
Para definição do novo nível da Selic, os membros do Copom já estarão de posse do comportamento da economia (evolução do PIB) no primeiro trimestre, que terá sido divulgado na manhã desta quarta-feira pelo IBGE.

Inflação de demanda?
É outro jeito de saber até que ponto a inflação corroeu a renda da população e quanto o consumo continua excessivo e inflacionário.


Celso Ming O Estado de S. Paulo 

maio 28, 2013

ONDE TEM PT TEM.. TRETA/TRAMBIQUE/TRAPAÇA/MÁ GESTÃO(1,99)/MÁ FÉ ... OS ÚLTIMOS A SABER - O SUB DO SUB DO SUB: GOVERNO CULPA 3º ESCALÃO POR ERRO NO BOLSA FAMÍLIA

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou ontem que a antecipação do pagamento dos benefícios do Bolsa Família foi decidida exclusivamente pela área operacional da CEF, sem consulta à cúpula instituição ou do governo.

Ele disse que técnicos do banco chegaram a avisar a colegas da área técnica do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no próprio dia 17 de maio, uma sexta-feira, quando teve início o pagamento dos benefícios. Mas ressalvou que a ministra Tereza Campello, assim como ele, não foi comunicada.

Hereda admitiu que o banco divulgou informação errada sobre a liberação de pagamentos antecipados do Bolsa Família.

Ele confirmou que a permissão de saques fora do calendário foi feita intencionalmente pela instituição no último dia 17, véspera da onda de falsos boatos sobre o fim do programa, e não por medida emergencial para conter tumultos nos dias 18 e 19, sábado e domingo, quando milhares de beneficiários do programa lotaram agências em 13 estados, inclusive no Rio de Janeiro.

Hereda pediu desculpas.

- Essa imprecisão só se justifica pelo momento que a gente estava vivendo, e eu peço desculpas a todos pelo engano dessa manifestação da gente - afirmou o presidente da CEF.

Ele disse que somente na segunda-feira, dia 20, já após os tumultos, é que ficou sabendo que os saques antecipados tinham sido liberados na sexta-feira e não durante o fim de semana.

Naquela mesma segunda-feira de manhã, o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, declarou à TV Globo que a liberação tinha sido ordenada no sábado, numa resposta à confusão - naquele fim de semana, cerca de 900 mil beneficiários sacaram R$ 152 milhões, um movimento considerado atípico.

O mesmo foi afirmado por Tereza Campello à tarde.
Uma semana de espera para esclarecer caso
Ontem, Urbano admitiu que estava desinformado.

Ele contou que deu ordem para que os saques pudessem ser antecipados já no sábado. A partir das 13h, a Caixa detectara um aumento incomum de beneficiários retirando dinheiro nas máquinas de agências em todos os estados do Nordeste, no Rio, no Amazonas, no Pará e no Amapá.

Sem saber que os saques fora do calendário estavam liberados desde a véspera, Urbano e Tereza teriam determinado a antecipação com o objetivo de evitar um tumulto ainda maior.

Isso porque os saques costumam seguir um calendário escalonado, com base no último dígito do cartão magnético. A antecipação não significou um benefício extra para ninguém, mas a possibilidade de receber dinheiro alguns dias antes.

Hereda disse que esperou uma semana para esclarecer o caso porque precisava de tempo para juntar as informações e entender com clareza o que havia ocorrido. Ele disse que estava de posse das informações já na última sexta-feira.

A entrevista coletiva de ontem só foi convocada, no entanto, depois que o jornal "Folha de S.Paulo" revelou, no sábado, que a antecipação de pagamentos tinha começado na véspera dos boatos.

- Meu amigo, eu sou presidente de um banco. Eu não vou a público dizer uma parte da informação sem ter todas as informações levantadas - disse o presidente da Caixa.

Hereda acrescentou que, se agisse de forma diferente, seria irresponsável. Sentado ao seu lado, estava Urbano, que semana passada deu entrevista com a informação desmentida ontem:

- É sabido, tem se falado muito que a Caixa mentiu na hora em que ele (Urbano) foi fazer a entrevista. No momento em que estamos vivendo uma crise, o único pensamento que a Caixa tinha era esclarecer as pessoas. Tivemos uma informação equivocada com relação à data em que se abriu o sistema, e isso gerou uma informação imprecisa da Caixa - afirmou Hereda.

No último sábado, a Caixa divulgou nota em que dizia que a antecipação era consequência de melhorias no Cadastro de Informações Sociais, sugerindo problema de informática.


Ontem, Hereda e Urbano esclareceram que a decisão da área operacional de liberar os saques para qualquer beneficiário já no primeiro dia de pagamento teve como objetivo evitar contratempos a 692 mil beneficiários que apareciam com registro duplo no sistema.


Sem a liberação, havia o risco de que essas pessoas fossem ao banco na data marcada e não conseguissem sacar o dinheiro, já que o cadastro foi atualizado.

Hereda disse que a equipe operacional imaginou que não era preciso avisar ninguém sobre a antecipação porque, em média, apenas 70% dos beneficiários sacam o dinheiro no dia marcado. Eles têm até 90 dias para fazer isso depois.

- Repito:
essa não é uma decisão que passa pela diretoria da Caixa. É uma decisão específica de uma área operacional da Caixa que paga Bolsa Família há dez anos. Essa área não procura o presidente nem o conselho diretor da Caixa para pedir permissão para fazer o seu trabalho - disse Hereda.

Demétrio Webe O Globo 

E NO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E presidenta "MAIS PREPARADA" SEGUNDO O CACHACEIRO PARLAPATÃO : É o bonde passando

O Brasil está mesmo perdendo o bonde do desenvolvimento? Esta foi, em síntese, a advertência feita por editorial do dia 19 do Financial Times, um dos mais importantes diários de Economia e Negócios do mundo.

Foi, também, o tema central do rico debate que foi ao ar neste fim de semana no Globo News Painel, conduzido pelo antenado âncora William Waack.

O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, do Instituto de Economia da Unicamp, observou que o governo brasileiro perdeu a capacidade de coordenar a agenda de crescimento e de investimentos do setor privado.

Para o professor Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, o problema está no fato de que, uma vez esgotado o modelo nacional desenvolvimentista, em que o Estado tomava a iniciativa de induzir o desenvolvimento, a sociedade decidiu se voltar à formação do Estado do bem-estar social.

A prioridade deixou de ser o crescimento e passou a ser a distribuição de renda.

Este é um debate que começou no governo Médici, quando o então poderoso ministro da Fazenda Delfim Netto declarou, para espanto geral, que não se pode comer o bolo antes de produzi-lo. De maneira a justificar a não recondução de Delfim ao comando da economia, o então presidente Geisel disse nos anos 70 que o bolo tem de ser distribuído ao mesmo tempo que é produzido.

Hoje, a administração Dilma está exposta à corrosão. Não consegue entregar um razoável crescimento econômico, enfrenta inflação acima do tolerável e começa a assistir à deterioração das contas externas – como analisou o professor Eduardo Giannetti da Fonseca, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).

Consequência da política adotada, de distribuir um bolo maior do que aquele que vai sendo produzido, na medida em que exige crescente importação de poupança, que vai para o consumo. Enquanto isso, o investimento continua parado, à altura dos 18% do PIB, nível de longe insuficiente para garantir um crescimento sustentável, de 3% ou 4% ao ano.

Samuel Pessoa tem razão quando afirma que, ao adotar um modelo distributivista, os governos Lula e Dilma desmontaram o pouco do sistema que buscava institucionalizar mecanismos (sobretudo pelas agências reguladoras) que transferissem para o setor privado a capacidade de investir e de desenvolver o País.

Nos anos 80, a economia mundial iniciou a formação de uma rede global de produção e suprimentos, na qual as indústrias de todo o mundo procuraram se inserir. Mas o Brasil não se empenhou em se incorporar no processo. Continua sendo uma economia fechada, com uma indústria pouco competitiva.

Enquanto isso, a presidente da República se mete em tudo e se dedica a despachar intervenções pontuais destinadas a corrigir distorções que, no entanto, provocam novas, como é o caso das desonerações setoriais iniciadas em 2012.

Uma das maiores esperanças do País, as riquezas do pré-sal, que só podem ser arrancadas do subsolo a altos custos, estão agora ameaçadas pela revolução do gás nos Estados Unidos.

É o fato novo, que promete energia e insumos a baixos preços, fator que ameaça alijar boa parte da indústria brasileira do mapa econômico mundial, se uma drástica mudança de rumos não for decidida já.

Quando havia bondes, quem perdia um esperava pelo seguinte. Como não há mais, tudo fica mais complicado.
CONFIRA:


A deterioração das expectativas sobre o comportamento da economia pode ser avaliada pela inclinação das duas curvas acima.

São as projeções de alta da inflação e de redução do crescimento do PIB.

Demora mesmo...
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, disse ontem que precisou de sete dias para saber por que houve o pânico na liberação dos pagamentos do Bolsa Família. Coisas assim acontecem em estatais loteadas entre políticos.

Imaginem o que aconteceria se um médico precisasse de sete dias para diagnosticar um enfarte.

Celso Ming O Estado de S. Paulo 

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO E AS "VERDADES TÊM VIDA PRÓPRIA"

As verdades têm vida própria.
Independem das intenções de quem as enuncia.
Mas o efeito do enunciado varia conforme o seu autor.

Uma coisa, por exemplo, é a "mídia conservadora" apontar as deficiências da gestão Dilma Rousseff, outra coisa é o presidente do PT, Rui Falcão, afirmar, como fez de público dias atrás, que o legado dos anos Lula, "um dos principais elementos para a eleição da companheira Dilma", é "insuficiente para garantir a reeleição" .

O alvo a parente de suas preocupações é o partido, o poder petista.

"Que novas propostas", perguntou em dado momento, "nós oferecemos para a sociedade para que ela veja no nosso governo não só a manutenção do que foi conquistado, mas novas possibilidades de, continuar avançando?" Seria o caso, segundo ele, da reforma política, com a adoção do financiamento público das campanhas e da "democratização dos meios de comunicação".

É claro, no entanto, que ele não diria o que disse sobre os riscos à reeleição da presidente se, a esta altura, tendo consumido mais da metade do mandato, ela já tivesse ao menos lançado os fundamentos de um legado para chamar de. seu.

Os números favoráveis do emprego e da renda ainda sustentam a aprovação de Dilma e lhe dão a dianteira para a sucessão de 2014.

Mas a ânsia do governo em impedir que concorram outros nomes viáveis, além do provável candidato tucano Aécio Neves - o que remeteria inevitavelmente a disputa ao face a face do segundo turno revela uma insegurança comparável à embutida no alerta de Rui Falcão.

Instalada no Planalto única e exclusivamente graças à fenomenal popularidade de seu patrono, que vendeu ao eleitorado o conto de fadas da competência superlativa da até então ministra da Casa Civil, a apadrinhada vestiu a faixa presidencial sem um objetivo nítido e definidor a guiar as suas ações - a marca de um governo, em suma.

Limitou-se à promessa de dar continuidade à obra do criador.

A presumível expert em questões da área elétrica, que entrou para o governo Lula pela porta do Ministério de Minas e Energia, perdeu a oportunidade histórica de acrescentar à herança recebida um compromisso central com a recuperação da esfrangalhada infraestrutura nacional - não apenas por seu óbvio impacto para a economia, mas para a sua imagem perante a população.

Explica-se:
à medida que passou a ter acesso ao mercado de bens e serviços, a "nova classe média" começou também a experimentar os efeitos da obsolescência de há muito deplorada pelos usuários de renda mais elevada de rodovias e aeroportos, por exemplo.

Uma Dilma "modernizadora" receberia a retribuição nas urnas.

Em vez disso, lidando aos trancos e barrancos com o problema e os eternos atrasos nas obras reparadoras, a presidente toma a falar em "tolerância zero", como se a ameaça movesse as máquinas paradas.

A verdade irretocável é que a administração federal se esfarela a olhos vistos, em larga medida - já não bastassem os seus vícios estruturais - pela forma como a presidente funciona. O seu, digamos, estilo de gestão é um entrave ao desempenho, que já não é lá essas coisas, de sua equipe.

Centralizadora, obsessivamente detalhista, Dilma quer saber de tudo e nada delega. Trata os subordinados com uma rudeza que inibe as aptidões que possam ter. "Todo mundo morre de medo dela", disse ao Valor um alto executivo, familiarizado com os bastidores do Planalto, ecoando o que é voz corrente em Brasília.

Um auxiliar da própria Dilma lembra que, depois de um primeiro ano de mandato praticamente perdido, ela fez saber, na primeira reunião ministerial de 2012, que governaria "como uma prefeita" e anunciou o monitoramento de todos os programas do Executivo.

Ela "questiona, pede correções, reorienta", descreve a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Faltou dizer que isso faz os dias durarem 48 horas.

Parece uma forma perversa, de compensar a falta de um atributo que muda de figura o exercício do poder: 
a aptidão para liderar. 
 
Cada qual a seu modo, Fernando Henrique e Lula da Silva lideraram os seus governos.

No ano que vem, se o legado do petista for pouco para dar a Dilma o segundo mandato, sobrará para ele, em pessoa, a missão de reeleger o "poste".
 
Editorial do Estadão
 Vai sobrar para Lula
(VULGO CACHACEIRO PARLAPATÃO)
(camuflados)

maio 27, 2013

ONDE TEM PT TEM.. TRETA/TRAMBIQUE/TRAPAÇA/MÁ GESTÃO(1,99)/MÁ FÉ III :Hereda diz que irá ao Congresso explicar o Bolsa Família



O presidente da Caixa, Jorge Hereda, afirmou nesta segunda-feira, 27, que irá ao Congresso se for convidado para prestar esclarecimentos sobre os problemas relacionados ao pagamento do Bolsa Família.

"Eu pretendo dar esclarecimento necessário a quem quer que seja, vamos fazer o esclarecimento que o Congresso quiser", afirmou em coletiva de imprensa para explicar as ações do banco nos dias 18 e 19 deste mês, quando um boato de que o programa de transferência de renda iria acabar lotou agências da Caixa Econômica Federal em Estados do Norte, Nordeste e no Rio de Janeiro.

Hereda negou que tenha ocorrido falha no sistema de pagamento dos benefícios do Bolsa Família naquele final de semana. O que aconteceu, segundo ele, foi uma renovação do NIS, uma sistema de cadastro para programas sociais.


Desculpas

O presidente da Caixa pediu desculpas pelo fato de a instituição ter informado, na semana passada, que havia liberado o pagamento antecipado do benefício apenas no sábado, 18. O banco havia informado inicialmente que só havia liberado os pagamentos no sábado para minimizar os problemas causados pelo tumulto.

Posteriormente, no entanto, o banco reconheceu que os saques já estavam liberados um dia antes. "Essa imprecisão só se justifica pelo momento que a gente estava vivendo e eu peço desculpas pelo engano na manifestação", disse.

Perguntado por jornalistas sobre qual a razão de o banco demorar uma semana para prestar esclarecimentos, Hereda disse que pediu, na segunda-feira, 20, levantamento completo de todas as informações relacionadas ao problema, o que levou uma semana para ser concluído.

Atualização

Desde março, o banco implementou um novo cadastro de informações para todos os programas sociais do governo. Segundo Hereda, o sistema tem mais de dez anos e precisava ser atualizado, pois havia mais de 200 milhões de cadastros.

Com a atualização, o sistema identificou que cerca de 1 milhão de famílias tinham mais de um cadastro. Isso foi corrigido e cada família foi colocada em um cadastro único - o número é chamado de NIS. Hereda explicou que os pagamentos respeitam uma ordem de acordo com o número final do NIS.

Como algumas famílias tiveram o cadastro alterado, mas não foram informadas, Hereda disse que a Caixa optou por evitar que as famílias que tentassem receber o benefício não conseguissem e decidiu permitir que o pagamento fosse feito independentemente do dia específico. "Isso não foi avisado a todas as famílias em razão do comportamento de retirada do Bolsa Família", afirmou.

Hereda disse ainda que não houve nenhuma alteração no perfil de pagamento do Bolsa Família na sexta-feira. "O comportamento foi completamente normal, dentro do esperado", afirmou. No sábado, porém, houve um pico de pagamentos a partir das 13h, com um crescimento atípico, motivado, segundo ele, por boatos de que o Bolsa Família iria acabar.

O presidente da Caixa disse que o banco poderia ter travado o sistema no sábado, mas decidiu mantê-lo aberto para evitar danos patrimoniais e "tragédias".

ANNE WARTH E RICARDO DELLA COLETTA
Agência Estado

Justiça condena dono da Delta a quatro anos de prisão

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A Justiça Federal condenou o empresário Fernando Antonio Cavendish Soares, dono da Delta Construtora, e o ex-prefeito do município de Iguaba Grande, Hugo Canellas Rodrigues Filho, a quatro anos e seis meses de reclusão por desvio de verbas públicas federais. 

A sentença determina que os réus cumpram a pena em regime semiaberto.

A ação foi movida pelo Ministério Público Federal de São Pedro d''Aldeia, Rio de Janeiro. No processo, o Ministério Público relata que Fernando Cavendish e Hugo Canellas desviaram recursos públicos liberados pelo governo federal para as obras de despoluição da Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos.

De acordo com a denúncia, houve um superfaturamento dos valores contratados e malversação das verbas. Só pelo serviço de mobilização e desmobilização de equipamentos, a Delta recebeu R$ 191 mil do município, enquanto, segundo o MPF, o valor de mercado pelo serviço era de apenas R$ 14 mil.

No mesmo processo, Mário Erly Aguiar Souza, então secretário de Fazenda de Iguaba Grande e responsável por acompanhar a execução financeira do contrato, também recebeu a mesma pena.

Alípio Villa Nova do Nascimento, diretor do Departamento de Meio Ambiente do município, e Márcia Betânia da Silva, então chefe da Divisão de Obras Públicas, foram condenados a um ano e 11 meses de reclusão por falsidade ideológica.

Os dois atestaram em documento de prestação de contas que 75% do projeto já havia sido executado pela Delta, quando de fato apenas 14% havia sido realizado. A sentença determina ainda que os réus condenados paguem juntos R$ 248 mil para reparação dos danos causados.

Em nota, o empresário Cavendish informou que vem prestando todos os esclarecimentos ao Judiciário.

 "Todos os recursos cabíveis vêm sendo apresentados contra a decisão de primeiro grau, e agora se aguarda o posicionamento do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES), segunda instância da Justiça Federal", diz.

MÔNICA CIARELLI - Agência Estado

ONDE TEM PT TEM... TRETA/TRAMBIQUE/TRAPAÇA/MÁ GESTÃO(1,99)/MÁ FÉ II : O fim do Bolsa Família é só o começo

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A presidente Dilma Rousseff deve desculpas aos brasileiros atendidos pelo Bolsa Família. Seu governo protagonizou uma lambança que levou desespero a milhares de famílias na semana passada. Ministros seus portaram-se como animadores de auditório ao lançar suspeitas infundadas. 
O episódio ilustra a leviandade com que a gestão petista trata a miséria no país.

No fim de semana passado, uma onda de boatos desencadeou uma corrida a agências bancárias de 13 estados do país. Eram pessoas que recebem o Bolsa Família e ficaram atemorizadas com a versão de que o programa seria extinto. Quase um milhão delas correram para sacar seus benefícios; em poucas horas, R$ 152 milhões saíram dos caixas eletrônicos.

O governo apressou-se a dizer que ocorrera uma boataria que disseminou o pânico a partir da tarde de sábado. 
Anteontem, porém, soube-se que a lambança começou pela Caixa Econômica Federal. O banco, responsável por fazer o pagamento que hoje beneficia 13,8 milhões de famílias, liberou todos os créditos de uma só vez, contrariando a escala que tradicionalmente é usada para pagar a bolsa.

Até então, a Caixa negara qualquer equívoco na operação. No início da confusão, dissera que, com base em melhorias cadastrais, tivera condições de antecipar os pagamentos - sem explicar, contudo, como fez isso sem consultar ninguém de seu conselho diretor.
 Na verdade, a antecipação foi fruto de uma barbeiragem que a Caixa só admitiu quando foi pega na mentira na última sexta-feira por reportagem da Folha de S.Paulo.


Tudo indica que o crédito, que geralmente se estende ao longo de dez dias, foi feito de forma errônea de uma só vez, numa única data - tanto que, em junho, voltará à sistemática tradicional. Tivesse admitido isso, a Caixa teria esclarecido de onde poderia ter partido toda a confusão que se alastrou com a boataria e o caso poderia estar perto de ser esclarecido.
 Mas o banco optou por mentir e tudo indica que o governo atuou para tentar encobrir a lambança.

Na mesma noite em que a mentira da Caixa veio a público, a Polícia Federal divulgou que os boatos foram disseminados a partir de uma empresa de telemarketing do Rio. 

Os dois órgãos se manifestaram oficialmente com uma diferença de 1h13: 
a informação originada na PF foi ao ar às 18h37 de sexta-feira na Agência Brasil; 
a da Caixa, às 19h50 no site da instituição. 

Parece claramente uma ação coordenada.

Se a Polícia Federal identificou de onde podem ter partido os boatos, deve divulgar o quanto antes quem foram os responsáveis por isso. Também precisa informar quem contratou a empresa - afinal, não se espera que equipes de telemarketing saiam por aí divulgando mensagens ao léu...

"[A PF] Não disse o nome da central. Nem do seu proprietário. Não disse quem a contratou. Nem como a central teve acesso aos números de telefones de inscritos no Bolsa Família. Sem acesso aos números de telefones como a central poderia disseminar boatos?", questiona Ricardo Noblat n'O Globo.

Toda a cautela é necessária neste assunto, até porque envolve milhões de brasileiros das mais vulneráveis camadas da nossa população. Cautela, porém, foi tudo o que não se viu até agora entre os petistas, incluindo a presidente Dilma, na condução do caso. O drama dos beneficiários do Bolsa Família foi transformado em contenda eleitoral pelo PT.

Para a presidente, foi algo "desumano" e "criminoso". Para seu ministro da Justiça, uma "manobra orquestrada". Para Luiz Inácio Lula da Silva, coisa de "gente do mal". Para o presidente do partido dos mensaleiros, "terrorismo eleitoral". 
E para a ministra de Direitos Humanos, sem quaisquer meias palavras, algo gestado na "central de notícias da oposição".

O que estas pessoas têm a dizer agora, quando fica cada vez mais claro que toda a confusão decorreu de um erro, seguido de uma mentira, da Caixa Econômica Federal? 
Serão capazes de se desculpar?
  Serão capazes de punir os responsáveis?

Ou preferirão deixar tudo como está, para, numa próxima ocasião, voltar a usar o Bolsa Família como arma espúria de disputas pelo poder, revelando que, para o PT, a miséria interessa mesmo é como massa de manobra? 
Será este só o começo do que os petistas estão dispostos a fazer para se manter no comando do país?

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
O fim do Bolsa Família é só o começo

ONDE TEM PT TEM... TRETA/TRAMBIQUE/TRAPAÇA/MÁ GESTÃO(1,99)/MÁ FÉ : PETEBRAS garantiu preço baixo a sócio em refinaria de Pasadena por 15 anos

Documentos obtidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, sugerem erros no contrato de compra da refinaria de Pasadena, nos EUA que hoje vale 10% do gasto pela Petrobrás por ela. 
A estatal pagou duas vezes pelos estoques e vendeu petróleo a preço fora de mercado à sócia belga.

Documentos internos da Petrobrás sobre a compra da reinaria de Pasadena (EUA) pela estatal obtidos com exclusividade pelo "Broadcast", serviço em tempo rea! da "Agência Estado", sugerem uma série de falhas por parte dos gestores da companhia na confecção do negócio.

As decisões fizeram com que a Petrobrás pagasse US$ 1,18 bilhão pela compra da refinaria que, oito anos antes, valia US$ 42,5 milhões. E, no fim da aquisição, no ano passado, valia quase um décimo do que foi pago.


Os documentos mostram que a Petrobrás se comprometeu a vender, por 15 anos, petróleo a um preço que garantisse aos belgas um retorno mínimo no negócio de 6,9% ao ano, já excluindo taxas e impostos. Ou seja, em caso de cenário adverso, o que posteriormente acorreu, a estatal ficaria com o ônus e teria de vender petróleo à sócia por preço fora de mercado.

Também sugerem que a Petrobrás pagou duas vezes pelos estoques da refinaria, estimados em US$ 170 milhões. A companhia também assumiu praticamente sozinha o risco do negócio, oferecendo benesses desproporcionais à sócia belga, a comerciante (trading) de energia Astra/Transcor, com quem repartia o negócio. 
 Ofereceu, por exemplo, um direito de retirada em que a estatal seria obrigada a comprar os 50% da Astra em condições favoráveis.

A presidente da Petrobrás, Graça Foster, passou seis horas quase ininterruptas na quarta-feira prestando esclarecimentos na Câmara de Deputados. O convite para ir a Brasília teve como motivação o escândalo da compra da refinaria, revelado pelo Broadcast em julho de 2012, após a estatal fechar a aquisição de 100% do ativo.

Na quinta-feira, 199 deputados, a maioria do PMDB e partidos dabase aliada, assinaram requerimento para protocolar pedido de instauração de uma CPI da Petrobrás. O movimento foi freado pelo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB/RN). Para ele, Graça já prestara os esclarecimentos e não havia fato determinado para justificara CPI. 
 
Procurada pela reportagem, a Petrobrás afirma não ter identificado "falha no contrato".

Lacunas. 

Mas a análise do contrato de compra da refinaria e do acordo de acionistas com a Astra mostra que ainda há muitas questões sem reposta. 

E que, mais do que azar em relação ao momento da compra - um dos argumentos da Petrobrás para explicar o prejuízo -, houve uma série de falhas por parte dos gestores na elaboração do negócio. 
 Autoridades e parlamentares investigam o caso, querem entender se houve má gestão ou má-fé no negócio.
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Ou motivação política.

Graça reconheceu que a Petrobrás não teria investido no ativo caso tivesse as informações de que dispõe hoje. A crise de 2008, um fato inesperado, reverteu o quadro e transformou o cenário de refino, disse ela.

Mesmo críticos ferrenhos do negócio concordam com a análise de Graça, O momento era de alta e inflou o preço da compra. Porém, não a ponto de explicar os US$ 820 milhões pagos num acordo extrajudicial há um ano.

Fontes ligadas ao negócio dizem que o acordo foi inicialmente feito pela área Internacional da Petrobrás, sem conhecimento de detalhes pelo conselho de administração, na época presidido pela então ministra Dilma Rousseff. 
 A disputa Petrobrás versus Astra foi para arbitragem, e se aprofundou em 2009, quando o conselho já tinha conhecimento do conteúdo do acordo.

Em abril de 2009, o processo arbitral determinou que a Petrobrás pagasse US$ 639 milhões aos belgas. A Petrobrás não cumpriu a decisão. Em 2010, outra corte confirma a determinação, a petroleira tampouco pagou.  

 
Em junho de 2012, a Petrobrás anunciou o acordo extrajudicial em que arcaria com US$ 820 milhões para encerrar a disputa e tomar o controle da refinaria.

O Tribunal de Contas da União (TCU) remeteu em fevereiro representação sobre o caso à Procuradoria da República do Estado do Rio. O caso também é investigado pelo Congresso.

Sabrina Valle 
O Estado de São Paulo

maio 24, 2013

Gasolina na inflação


lane.jpg (480×360)

O governo federal optou por uma aposta de alto risco. 
Decidiu manter altos os seus gastos numa hora em que a escalada da inflação exige maior rigor nas contas públicas.

O Orçamento da União é cada vez mais uma peça de ficção, mas a gestão petista parece crer que pode dar conta de uma realidade difícil lançando mão de mágicas contábeis.


A equipe econômica anunciou ontem que fará corte de R$ 28 bilhões no Orçamento de 2013. Será quase como passar a faca no vento. Numa contradição absoluta, o resultado do contingenciamento será o aumento dos gastos a um patamar nunca antes visto.

Isso acontece no exato momento em que todos os que ainda tentam entender a mixórdia em que se transformaram as contas públicas do país recomendam justamente o contrário: o governo precisa frear seus gastos para não jogar mais gasolina na fogueira desvairada da inflação.

No entanto, quando se cobra e se espera austeridade, a resposta de Brasília vem na forma de maior frouxidão com o dinheiro público. As despesas com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos deverão atingir 19,2% do PIB neste ano.

Serão as maiores da história do país, e mais altas até do que o governo previa em seu projeto original, divulgado em agosto passado.

A opção pelo gasto recorde fica clara no relatório encaminhado pela equipe econômica ao Congresso, como destaca O Globo.
"O cenário de crise internacional levou o governo a adotar e manter medidas de estímulo à economia, que, neste momento, levam à redução na arrecadação e ao aumento de despesas", sustentou o Ministério do Planejamento no texto.

O governo petista cortou menos alegando que precisa estimular a economia. Sim, precisa, mas por meio de investimentos e abrindo mais espaço para que os empreendimentos privados aconteçam. Gastar mais pura e simplesmente só colabora para piorar o cenário para a inflação, prejudicando mais, claro, os mais pobres.

Guido Mantega e sua equipe parecem se esquecer de que a inflação brasileira está no último furo da meta estipulada para o ano. E só não ultrapassa o teto porque vira e mexe sai algum coelho da cartola, como o que irá segurar os reajustes das tarifas de ônibus em São Paulo e o que antecipa para agora créditos de Itaipu que só venceriam até 2023.

Com as atitudes anunciadas ontem pelo governo, não resta dúvida de que, na semana que vem, o Banco Central terá de aumentar novamente a taxa básica de juros. É possível que, desta vez, a dose tenha que ser maior que o 0,25 ponto percentual de abril.

Com a leniência da equipe econômica, sobra para o BC fazer todo o serviço sujo do combate à inflação.

Por meio de um monte de malabarismos, o governo tenta mostrar que suas contas têm pé e cabeça. Mas elas não têm. A programação orçamentária tornou-se um amontoado de cifras que quase nada dizem, dada a parca credibilidade de que goza o Ministério da Fazenda no trato do dinheiro público.

Quem crê que o superávit fiscal necessário para estabilizar a dívida pública e, também, não atiçar ainda mais a inflação será cumprido?

As premissas utilizadas para fechar as contas não são verdadeiras:
o governo trabalha com crescimento do PIB irrealista (3,5%), com esforço fiscal de estados e municípios impraticável (1% do PIB, o que não acontece desde 2008), com promessas de investimentos que a incompetência da gestão petista torna inexequíveis.

A meta de economia também vai ladeira abaixo. De R$ 108 bilhões previstos inicialmente, pode cair a menos de R$ 43 bilhões. O governo insiste que, ainda assim, estará cumprindo suas obrigações fiscais, atingindo os 3,1% do PIB previstos na meta. Só à custa de muita criatividade.

Para a Consultoria de Orçamento da Câmara, o esforço fiscal poderá ser de apenas 1,4% do PIB em 2013.

A escalada da inflação brasileira decorre de alguns fatores que escapam ao controle do governo, como o clima e problemas externos. Mas deve-se, sobretudo, ao aumento de gastos da gestão federal nos últimos anos. Só o próprio governo petista não parece concordar com esta avaliação, e insiste em brincar com fogo. 

 uem paga a conta da irresponsabilidade é quem vive de salário e se assusta todas as vezes que tem de comprar tomate para a salada.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Gasolina na inflação

UM POUCO DA 1,99 MAIS "PREPARADA" DO CACHACEIRO PARLAPATÃO

O jornal Valor Econômico desta sexta-feira traz um matéria interessante sobre o estilo de comando da nossa presidente Dilma Rousseff. Vale a pena ler a matéria que está muito interessante e vai ao encontro do se escuta nas conversas de bar em Brasília. Quero apenas destacar quatro parágrafos da matéria:

“O estilo “mandão” de Dilma era conhecido desde que se tornou ministra das Minas e Energia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros traços marcantes apareceram ou se tornaram mais visíveis quando chegou à Presidência. “Eu sou a presidenta, eu posso”, passou a ser frase rotineira em conversas com assessores próximos. Alguns pensavam, mas não diziam: “Pode, mas será que deve?”.
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“Ela está cercada de pessoas medíocres, que não a questionam. Todo mundo morre de medo dela. Ela não tem humildade para escutar os outros. Não dá para ter 39 ministérios, 39 subordinados. Em uma empresa, esse modelo não funcionaria”, disse um alto executivo de um banco de investimento. A imagem de pessoas centralizadoras hoje está muito associada a empresas de donos, fundadores de grandes grupos de primeira geração. “Fui muito centralizador, mas esse modelo não funciona mais. Tem que delegar e ouvir mais”, disse um grande empresário do setor de infraestrutura e energia“.  
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“O processo de governo é muito ruim”, diz um ministro que tem uma pilha de projetos sendo “espancados” na Casa Civil. Os empresários criticam os ministros e os ministros, com raras exceções, criticam a Casa Civil da ministra Gleisi Hoffmann, habitada, segundo eles, por técnicos jovens, inexperientes e, às vezes, arrogantes. Não é raro um deles ligar para um ministro de Estado a fim de tomar satisfações sobre algum projeto”
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“Na equipe econômica chama-se as escolhas de Dilma de “estilingadas”, decisões que, depois de tomadas, batem num muro e voltam. Só um ano e meio depois de estar no comando do governo ela se convenceu de que o Estado brasileiro não está em condições de investir e admitiu fazer as concessões. Ainda assim, tabelou por baixo o lucro das empresas, no caso das rodovias. Voltou atrás, quando percebeu que não daria certo.”

Acho que os trechos acima dão uma boa ideia da gestão centralizadora do governo. O que me impressiona é por que a presidente só conheceu os limites da maquina pública para fazer investimento depois de um ano e meio do governo, se ela já era ministra da casa civil. Espero que a presidenta continua identificando as falhas do seu governo e adotando essa postura pragmática de voltar atrás e mudar.

O problema é que agora, com o clima eleitoral nas ruas, ninguém espera mudança alguma até eleições. Assim, essa tarefa será do próximo presidente quem quer que seja ele ou ela.
Transcrito do original em :