"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 20, 2013

Se boato sobre o fim do Bolsa Família é criminoso, PT precisa explicar “privatização da Petrobras”


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Dois pesos – Um boato sobre o fim do programa Bolsa Família, no final de semana, mostrou a verdadeira essência do programa assistencialista de um governo que vive escorado na mentira da pirotecnia oficial. 
No rastro da falsa informação de que o programa disponibilizara um pagamento extra por causa da vista do papa e da Copa das Confederações, beneficiários correram aos terminais da Caixa Econômica Federal em doze estados para sacar o dinheiro.

A situação agravou-se quando passou a circular o boato de que o Bolsa Família seria suspenso. Pessoas se amontoaram diante dos caixas eletrônicos e deixaram evidente que o pagamento do benefício foge das premissas iniciais, mas serve para manter em fase crescente o curral eleitoral do Partido dos Trabalhadores.

Há muito enfrentando o fantasma da incompetência, o governo tratou de desmentir a informação com celeridade, mas na manhã desta segunda-feira (20) o oportunismo oficial entrou em cena. Horas depois de o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, afirmar que a Polícia Federal investigará o caso e os eventuais culpados serão punidos, a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, postou em seu microblog a informação de que o boato partiu da oposição, que, segundo ela, quer desestabilizar o País.

Maria do Rosário abusou da irresponsabilidade ao fazer tal afirmação, pois a PF ainda não entrou em cena para apurar o nascedouro da boataria, sendo que os culpados devem, sim, ser responsabilizados dentro do que determina a legislação vigente. O que não se pode é aceitar “achismos” por parte de um integrante do governo, pois se achar for a ordem o PT já deveria ter sido extinto. Isso mostra a total incapacidade da petista gaúcha Maria do Rosário para ocupar um cargo na Esplanada dos Ministérios.

A presidente Dilma Rousseff, que parece viver em permanente inferno astral político, classificou o episódio como “criminoso”. Durante evento no porto pernambucano de Ipojuca, Dilma disparou: “É algo absurdamente desumano o autor desse boato. Além de desumano, é criminoso”.

Preocupados com a fragilidade cada vez maior do governo, os palacianos saíram atirando para todos os lados, na tentativa de evitar o pior. Como afirmamos acima, o episódio deve ser investigado, mas se na opinião dos inquilinos do Palácio do Planalto trata-se de um ato criminoso, que alguém do governo ou do PT explique como classificar o boato de que os tucanos, se vencessem a eleição presidencial de 2006, privatizariam a Petrobras.

Fato é que o PT adora destilar sua peçonha covarde e criminosa na direção dos adversários, mas sequer admite a hipótese de provar do próprio veneno. E quando isso acontece, a culpa é da oposição. 
Há muito que o Brasil não vivia um período de tamanha degradação na seara política. 

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E NO FINANCIAL TIMES ... OTIMISMO NO brasil maravilha dos FARSANTES E GERENTONA FALSÁRIA 1,99 É "FACHADA".

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Em seu editorial na edição desta segunda-feira, o jornal britânico Financial Times disse que o otimismo dos brasileiros com relação à economia é “de fachada”. 

A publicação começa o texto enumerando as boas-notícias que o país recebeu nos últimos dias, como a ascensão do diplomata Roberto Azevêdo à presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC), a emissão bem-sucedida de títulos da Petrobras, a oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) de 11,4 bilhão de reais da BB Seguridade – a maior do ano -, além do leilão de blocos de petróleo, promovido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na semana passada. 

“Contudo, a aparente sensação de bem-estar é uma fachada”, afirma o conceituado periódico na sequência.
O FT destaca que a economia brasileira cresce menos do que o Japão neste ano, depois de ter expandido apenas 1% ano passado, e lembrou que a inflação alta tem erodido a confiança do consumidor. “Há um senso de mal-estar e a raiz dele é a desaceleração dos investimentos, que começou em 2011 e permanece“, diz o editorial. 

“Mais investimentos é exatamente o que o Brasil precisa para manter os empregos e tornar-se a potência global que ele quer ser”, acrescenta, citando que os investimentos representam 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, contra 24% da América Latina e 30% das potências asiáticas.

Na opinião do jornal, a culpa pela desaceleração de investimentos é de Brasília, uma vez que o modelo econômico extravagante cujo motor é o consumo, firmado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está esgotado, enquanto o modelo de Dilma, mais centralizador, acaba tornando lentas as decisões econômicas.

Outra crítica é a ajuda pontual para os setores preferidos do governo, em vez de uma ampla reforma estrutural para os mercados. Um exemplo citado é a questão da infraestrutura, com investimentos necessários em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. 

Para o FT, há interesse de empresários e investidores de participar desses setores, mas o marco regulatório ainda não viabiliza a construção de uma nova infraestrutura. 

“Brasil precisa desesperadamente de mais investimentos. O baixo nível da poupança nacional significa que o dinheiro terá de vir de fora. Hoje o capital está barato, mas não estará para sempre. 

Brasil tem uma boa janela de oportunidades e a senhora Rousseff e seu governo precisam fazer as coisas acontecerem enquanto ela ainda está aberta”, finaliza o texto. 

Veja

Causa e efeito

Na década de 1990, a adoção de uma agressiva política de intolerância com a criminalidade abriu o caminho para a melhoria dos indicadores de violência em Nova York.

Em São Paulo, a inversão da curva de modalidades de crimes como homicídio, ao longo da década passada, aproximou os índices de mortes violentas por grupos de cem mil habitantes do patamar considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas (10/100 mil), principalmente na capital.

São dois exemplos de metrópoles que recorreram, em seus programas de combate à insegurança pública, ao princípio de que é crucial, em momentos de explosão da violência, prender mais.

Nas duas cidades, deu-se uma relação de causa e efeito:
a mais prisões corresponderam significativas reduções do número de crimes nas ruas.
 

 Nova York navega hoje em invejáveis números de pacificação, ainda que problemas decorrentes da violência não tenham sido totalmente superados - o que seria utopia.

Em São Paulo, mesmo que os índices de criminalidade ainda não estejam dentro de limites toleráveis, inclusive com preocupantes sinalizações nos últimos meses, a situação parece mais sob controle do que há uma década e meia.

Em ambos os casos, a permanência de demandas na área de segurança não deve ser interpretada como falência do princípio do incremento de prisões como antídoto contra a violência criminal, mas como ensinamento de que, se prender é importante, não basta encher indiscriminadamente as cadeias de criminosos.

É imperativo que também sejam empregadas outras ações, nos planos da prevenção, para reduzir as oportunidades de crimes (política educacional, programas de inclusão social, oportunidades de emprego etc.), e da recuperação (aperfeiçoamento dos dispositivos correcionais do sistema carcerário, sabidamente tíbios ou mesmo ficcionais, aplicação criteriosa de penas para crimes de menor gravidade, ampliação e melhoria do sistema carcerário, hoje super populoso e com um grande déficit de vagas, muitas delas ocupadas por sentenciados que poderiam estar cumprindo penas alternativas).

A discussão sobre a necessidade de aumentar a intolerância com os criminosos, a partir de medidas que incluem o incremento de prisões, reapareceu no início do mês a partir de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A análise do Ipea incorpora sugestões para, especificamente, reduzir o número de homicídios no país, mas presta-se, com certeza, a melhorar os indicadores de outros tipos de crimes.

Além dessa proposta, o órgão sugere um aumento do efetivo das polícias e medidas eficazes contra a evasão escolar.
São iniciativas que precisam ser tomadas em conjunto com outras ações, inclusive fora dos limites da segurança pública.

O país exibe, de forma crônica, números inaceitáveis da violência decorrente da criminalidade.

Propostas para melhorá-los, como a do Ipea, merecem ser seriamente consideradas. Até porque atacam uma das piores mazelas da sociedade brasileira, a impunidade.

O Globo

Após leilão, petroleiras fazem as contas


Depois de cinco anos de espera, a participação das petroleiras brasileiras de capital aberto na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP) foi recebida com uma dose de decepção pelo mercado.

Petrobras e Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) teriam adquirido menos blocos do que o esperado na rodada, realizada na semana passada, no Rio.

E a OGX teria sido mais arrojada do que sua situação financeira permitiria no curto prazo, na avaliação de analistas. Somadas, as três empresas foram vencedoras de 55 blocos dos 142 arrematados no leilão, ou quase 40% do total. E mesmo assim vão desembolsar R$ 1 bilhão dos R$ 2,8 bilhões em bônus de assinatura, sem incluir valores a serem pagos por parceiros.

O investimento mínimo das companhias será de R$ 2,2 bilhões nas áreas nos próximos anos. Outra empresa do setor listada na Bolsa, a HRT Petróleo se inscreveu para participar da 11ª Rodada, mas não fez ofertas.

O resultado do leilão trouxe assim poucos benefícios para os investidores que têm as ações das empresas. Até porque as companhias precisam agora perfurar poços nas áreas que foram arrematadas na rodada para confirmar ou não a presença de hidrocarbonetos (petróleo e gás), segundo lembrou o Itaú BBA, em relatório. 
 
Nas recomendações de analistas, os papéis da Petrobras e da QGEP ainda figuram como opção de investimento para quem busca retorno no longo prazo. Já as ações de OGX e HRT estão de fora das apostas dos especialistas.

SETOR TEVE 2º PIOR DESEMPENHO GLOBAL

A frustração ocorre num momento em que as ações das petroleiras no país acumulam um desempenho médio aquém do verificado no mercado internacional. Levantamento mostra que, na média ponderada pelo valor de mercado, o setor teve uma valorização de 3,75% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nos últimos 12 meses.

Lá fora, o desempenho foi melhor entre as petroleiras de países como EUA (30,67%),
França (17,02%), Reino Unido (13,37%) e China (14,80%). Somente na Rússia o resultado foi abaixo do brasileiro, com alta de 1,68%, influenciado pela queda das ações da Gazprom.

Segundo Frederico Mesnik, sócio-gestor da Humaitá Investimentos, o desempenho é explicado em parte pelo menor otimismo dos investidores estrangeiros com o país. Ele acrescenta, porém, que as petroleira têm características diferentes e precisam ser avaliadas caso a caso.

- A Petrobras foi pressionada pela falta de reajuste de combustíveis e a interferência do governo, quadro que melhorou mais recentemente. A OGX sofreu com a revisão de sua expectativa de produção para baixo e limitações de caixa para investir e pagar dívidas. Já a HRT tem apresentado dificuldades em sua empreitada na Namíbia e na Bacia de Solimões - diz Mesnik.


CRESCE PREOCUPAÇÃO COM CAIXA DA OGX

No centro das atenções nos últimos meses, a atuação da OGX na 11ª Rodada foi marcada pela agressividade na aquisição de blocos. A petroleira fez 32 ofertas na rodada e arrematou 13 blocos, ou seja, teve uma taxa de sucesso média de 42%. 
 
E a empresa do grupo EBX, do bilionário Eike Batista, vai desembolsar R$ 376 milhões somente em bônus de assinatura em agosto.

- A OGX conseguiu diversificar seu portfólio de projetos, com blocos em Barreirinhas, Ceará, Foz do Amazonas, Parnaíba e Portiguar. E atraiu parceiros grandes, como Exxon e Total. Isso foi positivo. Por outro lado, pagou ágios muito altos no leilão, como um de 13.505% no bloco 389, em Barreirinhas - lembra Luis Gustavo Ferreira, estrategista-chefe da Futura Corretora.

Em relatório assinado pelo analista Emerson Leite, o banco Credit Suisse acrescenta que os recursos da venda de 40% de participação no campo Tubarão Martelo para a estatal Petrobras, da Malásia, serão recebidos pela empresa no fim do ano. O pagamento de bônus da rodada, porém, será em agosto. 
 
Isso "aperta o balanço da empresa" e pode forçar o controlador Eike Batista a injetar US$ 1 bilhão na OGX.

É um quadro diferente do que começa a ser traçado por analistas para a Petrobras, após anos de mau desempenho na Bolsa. 
 
Segundo Henrique Kleine, analista-chefe da corretora Magliano, os reajustes de preço dos combustíveis e um balanço melhor do que o esperado mudaram a percepção do mercado sobre a estatal:
- Para o porte da Petrobras, os blocos adquiridos na rodada representam pouco. Mas o mercado tem reconhecido, aos poucos, uma melhora na gestão e governança da Petrobras com a Graça Foster na presidência. Prova disso é a captação de US$ 11 bilhões da empresa no exterior.

Graça disse, na semana passada, que a atuação da estatal foi "seletiva" na 11ª Rodada por que a companhia vai focar esforços no leilão marcado para outubro da agência.

Já a QGEP adquiriu nove blocos na rodada, dos quais vai operar cinco. Para o Itaú BBA, a empresa "poderia ter mostrado mais apetite" na rodada. "O forte balanço da companhia permitia que a empresa adquirisse mais áreas do que realmente fez", avaliaram os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, citando que isso mostra, por outro lado, compromisso dos administradores com a situação financeira da companhia.

Das 15 recomendações de analistas do mercado para a QGEP , 11 são de compra. Para o Itaú BBA, o resultado da rodada foi neutro para a QGEP, assim como para Petrobras e HRT. No caso da OGX, o leilão teve resultado negativo.

Sem participar da rodada, a HRT segue pressionada pelo mercado para entregar resultados na Bacia do Solimões e na Namíbia. Desde que estreou na Bolsa, as ações da HRT derretem 85%. O golpe mais recente foi o pedido de demissão do presidente do Conselho e fundador da HRT, Márcio Mello. Os papéis não têm recomendação de compra no mercado.
 
Bruno Villas Bôas O Globo 

ENQUANTO ISSO, NO CONGRESSO DA POLITICALHA, CANALHICES E NULIDADES... Que economia que nada! Despesas: Congresso vai gastar R$1 bi a mais este ano

Na contramão dos cortes de gastos anunciados tanto no Senado quanto na Câmara, o orçamento das duas Casas prevê uma despesa R$ 1 bilhão mais cara este ano em comparação a 2012.

Os dois órgãos do Legislativo federal estimam gastar R$ 8,6 bilhões até dezembro, de acordo com dados do Siga Brasil, portal do próprio Senado que reproduz dados oficiais do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).

No ano passado, em abril, a estimativa era desembolsar R$ 7,6 bilhões em 2012.

Os dados técnicos se contrapõem aos discursos políticos de austeridade feitos pelos comandantes do Congresso Nacional. Tanto a Câmara quanto o Senado já gastaram mais recursos nos quatro primeiros meses deste ano em comparação a igual período de 2012.

O custo saltou para R$ 168 milhões, considerando o primeiro quadrimestre.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tomaram posse no começo de fevereiro. O orçamento de 2013 do Legislativo , assim como as contas dos demais Poderes, foi aprovado no Congresso um mês depois.

Além das promessas de austeridade, os dois órgãos poderiam estar poupando recursos com a aprovação de projetos de lei que tratam de despesas. A Câmara, por exemplo, poderia economizar R$ 26 milhões por ano com a extinção do pagamento dos 14º e 15º salários aos deputados, medida aprovada no fim de fevereiro.

Porém, com o aumento do valor da cota parlamentar e a criação, em março, de mais cargos para contemplar partidos — ao custo de R$ 32 milhões —, o que seria poupado acabou no ralo.

O Correio mostrou, no fim de abril, que as medidas tomadas até o momento mantêm diretorias criadas exclusivamente para sustentar privilégios e mimos aos senadores. Com salários superiores a R$ 15 mil líquidos, alguns servidores da Casa trabalham com a retirada de bilhetes no balcão de companhias aéreas e com o carregamento de malas para parlamentares e parentes.

No último dia 13, a reportagem ainda mostrou que a reforma administrativa anunciada pelo Senado atingiu em cheio os funcionários, com medidas como o fim do transporte circular que levava servidores no trajeto entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Anexo I do Congresso.

Gil Castello Branco, secretário-geral da ONG Contas Abertas, que acompanha os gastos públicos, avalia que a perspectiva orçamentária, neste momento, mostra que os gastos serão superiores no Congresso este ano em relação ao exercício anterior. Segundo o especialista, os cortes anunciados pelo presidente do Senado são "muito de perfumaria".

"A redução das despesas acaba não atingindo o gabinete dos senadores, mas os concursados, sem afetar os funcionários comissionados de gabinetes. Chega a ser até injusto impor ponto eletrônico, por exemplo, para servidores concursados, e os de gabinete ficarem livres", argumenta. Para Castello Branco, a economia não pode prejudicar as atividades do Congresso e deveria ser estendida a todos os funcionários.

Limite

Câmara e Senado admitiram que a previsão de gastos para este ano é superior ao estabelecido em 2012. Porém, a assessoria de imprensa do Senado argumenta que a dotação autorizada para 2013 foi definida na gestão anterior, quando a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi elaborada, com projeções concluídas em meados de agosto de 2012.

A assessoria afirma que o valor previsto pela lei é apenas um limite, e não representa o gasto efetivo. "No ano passado, por exemplo, o valor executado foi inferior ao autorizado pela LOA", conclui.

Já a assessoria de imprensa da Câmara atribui o aumento do montante estimado para este ano ao novo plano de carreira dos servidores da Casa, ao reajuste da verba de gabinete, a posses em cargos públicos e a um crédito extraordinário aberto por uma medida provisória em 2012 e reaberto este ano. O órgão alega ainda que a previsão de obras em 2013 tem valores mais elevados.

Além disso, a assessoria explica que "o orçamento é uma peça de planejamento — ou seja, de previsão de recursos para cobrir gastos". De acordo com o órgão, nem sempre o valor que está previsto no orçamento é efetivamente implementado como gasto.

Orçamento
Pacote de promessas...
Confira as medidas anunciadas pelo Senado em fevereiro para
economizar recursos

» Extinção de 101 funções comissionadas de assistente técnico nos gabinetes
» Eliminação de 500 cargos com funções de chefia e assessoramento
» Proibição de novas nomeações
» Fusão de estruturas administrativas
» Fim do serviço médico ambulatorial


... e economia fictícia

Apesar do anúncio de corte de gastos, o Orçamento do Congresso
Nacional prevê R$ 1 bilhão a mais este ano em relação a 2012.
Confira os números do Legislativo:

Órgão Orçamento previsto Orçamento previsto
para 2012 para 2013
Câmara   R$ 4,2 bilhões     R$ 5 bilhões
Senado    R$ 3,4 bilhões     R$ 3,6 bilhões
Total       R$7,6 bilhões      R$ 8,6 bilhões

Custos diversos
Confira alguns gastos das duas Casa

Órgão       Item   Pago em 2012*   Pago em 2013*

Câmara    Diárias   R$ 447 mil    R$ 584 mil
Câmara    Passagens e despesas  R$ 2,2 milhões   R$ 2,6 milhões
               com locomoção
Câmara    Locação de mão de obra R$ 35,2 milhões   R$ 39,3 milhões
Senado     Passagens e despesas   R$ 1,1 milhão   R$ 1,9 milhão
              com locomoção

LEANDRO KLEBER Correio Braziliense

SEM "MARQUETINGUE IV " ! BRASIL REAL : NO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E FALSÁRIA 1,99... O FAT pede socorro

Criado para cus­tear o seguro-desemprego, dar qua­lificação profissio­nal ao trabalhador e financiar progra­mas de desenvolvi­mento e geração de emprego, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não está conse­guindo cumprir suas funções com re­ceitas próprias, embora essas sejam bilionárias.

Suas despesas têm cres­cido mais depressa do que as recei­tas, o que tem exigido dinheiro do Tesouro Nacional para equilibrar suas contas. Esse quadro se agravará no futuro, o que já exige a revisão dos critérios dos pagamentos feitos pelo Fundo ou de suas receitas.

Entre 2008 e 2012, as receitas pró­prias do Fundo de Amparo ao Traba­lhador - originárias, basicamente, da contribuição do PIS/Pasep e da re­muneração das transferências para o Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social, que as aplica em programas de desenvolvi­mento cresceram à média anual de xi,4%, tendo alcançado R$ 54,8 bi­lhões no ano passado.

Esse valor não inclui os repasses do Tesouro Nacional. Já as despesas cresceram bem mais, à média de 17,5% ao ano, tendo atingido R$ 57,1 bilhões em 2012. Se contasse apenas com os pró­prios recursos, o FAT teria registra­do um rombo de R$ 2,3 bilhões no ano passado.

Como recebeu R$ 5,3 bilhões do Tesouro, encerrou o exer­cício com um superávit nominal de R$ 3 bilhões.

Em 2013, o socorro será maior, pois o FAT receberá R$ 3,26 bilhões do Tesouro. Mesmo assim, de acor­do com as estimativas de resultados até 2016 anexadas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, deve­rá ter um rombo de R$ 4,15 bilhões,o que elevará o repasse total para R$ 7,41 bilhões.

A ajuda do Tesouro crescerá nos dois próximos anos (R$ 8,97 bilhões em 2014 e R$ 10,66 bilhões em 2015) e diminuirá em 2016 (R$ 5,0 bi­lhões). Ou seja, para zerar suas con­tas, o FAT terá de contar com R$ 32 bilhões do Tesouro.

Mas o rombo pode estar subesti­mado, por meio de uma previsão de crescimento mais rápido dá receita e mais lento das despesas. Entre 2008 e 2012, as receitas próprias do FAT cresceram 22,7% em termos reais, enquanto as despesas, no mes­mo período, aumentaram 45,3%, daí o surgimento do rombo.

Para o pe­ríodo 2013-2016, admitindo-se a in­flação anual de 4,5% em todos os anos (este é o centro da meta que o Banco Central vem mantendo des­de 2005 e já foi definido para 2014), as receitas próprias crescerão 41% em valores reais e as despesas, 21,3%, o que significaria a inversão da tendência.

Essa inversão até poderá ocorrer, mas, pelas explicações da direção do FAT para o aumento mais rápido das despesas nos últimos anos, é pouco provável. Os fatores que im­pulsionaram os gastos continuarão a fazê-lo, talvez até com mais inten­sidade, no futuro próximo, se nada for mudado.

A formalização crescente do mer­cado de trabalho fez crescer a arre­cadação do FAT, mas também im­pôs maiores despesas, pois, com a maior movimentação do mercado de trabalho, cresceu o número dos empregados que são demitidos sem justa causa e que se habilitam a rece­ber o salário-desemprego. Igualmen­te aumentou o número de trabalha­dores que ganham até dois salários mínimos e têm direito ao abono sa­larial.

A expectativa é de que essa tendência se mantenha. Além de crescer o número dos beneficiários do FAT, o valor unitário dos benefí­cios aumenta em termos reais, pois eles são indexados ao salário míni­mo, reajustado por índices maiores do que a inflação.

O governo precisa, de fato, fazer estudos “para adequar o fluxo de re­ceitas e despesas do FAT (...) aos no­vos paradigmas do mercado de tra­balho”, como sugere o coordenador- geral de recursos do Fundo, Paulo j Cesar Bezerra de Moura.

Mas isso não basta.
A direção do Fundo precisa melhorar a gestão dos recursos.Nas projeções das despesas futuras há um notável crescimento dos gastos com qualificação, que foram de R$ 58,4 milhões em 2012 e deverão alcançar R$ 1 bilhão em 2016.

Recor­de-se que foi a título de qualificação do trabalhador que entidades sindi­cais apoiadas pelo Ministério do Tra­balho desviaram milhões de reais do Fundo de Amparo ao Trabalhador há alguns anos.
 
O Estado de S. Paulo 

SEM "MARQUETINGUE III " ! BRASIL REAL : NO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E FALSÁRIA 1,99... Consumo fraco tira R$ 27 bi da economia




O arrefecimento do consumo das famílias, já sinalizado pela desaceleração das vendas do comércio varejista no primeiro trimestre deste ano, pode tirar, em média, 0,5 ponto percentual de crescimento da economia em 2013, nas contas de consultorias econômicas. 

Isso significa que, em valores correntes, até R$ 27,5 bilhões que seriam usados na compra de bens e de serviços podem deixar de circular na economia.

A perda de ímpeto de consumo das famílias neste ano vem sendo sinalizada por vários indicadores. Mas, na semana passada, por exemplo, o resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou o tamanho da freada nas compras.

O ritmo de crescimento do volume de vendas do comércio restrito, isto é, que não considera veículos e materiais de construção, caiu quase pela metade no fechamento do primeiro trimestre deste ano (4,5%) em relação ao encerramento de 2012 (8,4%). 

"A surpresa é que a redução da taxa de crescimento do varejo foi abrupta", afirma o economista-chefe da consultoria GS&MD, Ricardo Meirelles.

Também dos seis segmentos que compõem a PMC, quatro tiveram desaceleração no crescimento no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2012, comparando-se ao ritmo de altano primeiro trimestre do ano passado.

O volume de vendas dos hiper e supermercados, que tinha crescido 10,3% no primeiro trimestre de 2012 ante o de 2011, terminou o primeiro trimestre deste ano com elevação anual de apenas 1,8%.

Nos móveis e eletrodomésticos o tombo também foi grande: 
de 15,8% para 1%, nas mesmas bases de comparação. 
A trajetória se repetiu nas vendas de artigos farmacêuticos e de perfumaria, de 10,8% para 7,3%, e nos produtos de informática e de comunicação, de 30,9% para 3,6%. 

"Esses resultados mostram que temporariamente está ocorrendo uma pausa nas compras", afirma o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emilio Alfieri. Para ele, hoje o consumidor está pagando o que já tinha adquirido.

Tendência.
 "O motor da economia, que tem sido o consumo das famílias, está enfraquecendo", diz o diretor de pesquisas econômicas da GO Associados, Fabio Silveira. Um mês atrás ele projetava crescimento 7,5% do comércio varejista para este ano. Agora reduziu a estimativa para 6%. 

Com isso, a sua expectativa de avanço de consumo deve diminuir de 3,2% para 2,6%. "Pelo lado da demanda, se tudo o mais permanecesse constante no PIB, o impacto do arrefecimento do consumo seria de 0,40 ponto porcentual."

Também para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, o consumo das famílias deve crescer menos do que ele imaginava. Vale projetava um aumento de 6% no consumo para este ano e agora espera 5%. Segundo ele, isso quer dizer que R$ 27,5 bilhões, ou 0,6 ponto porcentual do PIB, podem não ser adicionados ao consumo.

"Tudo está apontando para um cenário de consumo mais fraco este ano", afirma a sócia da Tendências Consultoria Integrada, Alessandra Ribeiro. A consultoria projeta crescimento de 2,8% do consumo das famílias para 2013. No ano passado, essa taxa foi de 3,1%.

A economista Zeina Latif, sócia da Gibraltar Consulting, explica que cada vez que as vendas no varejo caem 1 ponto porcentual o impacto negativo no PIB é de 0,15 ponto porcentual. Ela também vê neste início de ano o consumo se acomodando e os sinais de enfraquecimento da economia mais disseminados entre os vários setores.

A desaceleração nas vendas, que reflete o enfraquecimento do consumo, é, na avaliação do economista-chefe da Concórdia Corretora, Flávio Combat, uma tendência. Prova disso, argumenta, é que as vendas no varejo acumuladas em 12 meses estão se reduzindo mês a mês.

Para Silveira, vários fatores explicam o freio no consumo: 
inflação alta, inadimplência resistente e interrupção da queda do juro. O único fator favorável ao consumo é o crescimento da massa salarial, mas, mesmo assim, em ritmo bem menor.

Márcia De Chiara O Estado de S. Paulo

SEM "MARQUETINGUE II" ! BRASIL REAL : NO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E FALSÁRIA 1,99... INFLAÇÃO FAZ NOVOS ESTRAGOS NOS BALANÇOS DAS EMPRESAS . A perda de rentabilidade explica o tombo na última linha do balanço.


A safra de balanços do começo do ano deixou claro por que a inflação tem tirado o sono dos empresários brasileiros.

Com o avanço dos custos e despesas, transformar as vendas em resultado para os acionistas tem sido uma tarefa cada vez mais complicada. Após um recuo de 30% em 2012, o lucro das companhias abertas caiu 12,1% no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 14,4 bilhões.

O levantamento, feito pelo Valor Data com base nos dados da consultoria Economática, leva em conta os números de 238 empresas não financeiras.

A quantidade de resultados negativos também aumentou: 68 empresas fecharam o primeiro trimestre no prejuízo, número 20% superior ao registrado um ano antes. Entre as empresas que ficaram no vermelho nos dois períodos, 45% aprofundaram as perdas.

Na análise dos dados, o Valor optou pela amostra que exclui Petrobras, Vale e Eletrobras, já que o tamanho desproporcional das três empresas tende a distorcer o resultado geral.

A perda de rentabilidade explica o tombo na última linha do balanço. A receita avançou 11% em relação aos três primeiros meses de 2012, para R$ 234,2 bilhões, mostrando que ainda há um fôlego considerável da demanda.

Os custos, no entanto, cresceram em maior proporção, 12,6%, e passaram a representar 71,9% do faturamento, contra 70,9% e 70,7% nos períodos equivalentes de 2012 e 2011, respectivamente.  O impacto foi ainda maior na linha de despesas operacionais, que subiu 17,8%. A fatia do faturamento restante após esses gastos caiu 1,9 ponto percentual, para 11,9%, e o lucro operacional, antes de juros e impostos, caiu 4,1%, para R$ 27,7 bilhões.

O resultado financeiro também pesou.

Revertendo a tendência verificada nos últimos trimestres, os gastos com pagamento de juros de dívidas e variação cambial voltaram a subir, com alta expressiva de 29% na comparação anual, para R$ 6,7 bilhões.

Vale ressaltar que, na prática, essas variações tendem a ser até mais acentuadas, por conta de uma mudança na regra de contabilização de joint ventures. Em 2013, o resultado das controladas em regime de associação passou a entrar no balanço pelo método de equivalência patrimonial e não linha a linha no balanço. 

Nada muda no lucro, mas, em alguns casos, há variações em receita, custos e despesas.

A tendência de queda nas margens de lucro começou a aparecer com mais força na segunda metade de 2011, em meio ao cenário de crescimento econômico fraco e aumento de preços.
Neste começo de ano, no entanto, o movimentou respingou até mesmo sobre as empresas de bens de consumo, que até então vinham conseguindo repassar os custos aos consumidores, valendo-se do cenário de desemprego baixo e alta da renda disponível.

O volume de vendas de cerveja da Ambev caiu 8,2% no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2012, sinalizando que o consumidor está mais seletivo na hora das compras. O lucro da companhia ficou praticamente estável, com leve alta de 1,2% na comparação anual.

Na mesma linha, o presidente da fabricante de alimentos BRF afirmou que o mercado "está com dificuldades em absorver volumes".

O presidente da rede de farmácias BR Pharma, André Sá, também disse a investidores que esse foi o trimestre mais desafiador desde a abertura de capital, em junho de 2011. "Março foi o mês que mais sentimos a queda de clientes como reflexo da situação econômica", afirmou o executivo, que enfrentou um prejuízo de R$ 6,9 milhões nos três primeiros meses do ano.

O desempenho das elétricas também ajudou a puxar o resultado geral para baixo.

A forte redução nos preços praticados pelas geradoras que aceitaram antecipar a renovação das concessões e principalmente o salto nos gastos ocasionado pelo acionamento das usinas térmicas derrubaram os ganhos do setor, ainda que os resultados sido menos catastróficos que os antecipados pelo mercado.

No geral, no entanto, a temporada de balanços frustrou as expectativas dos investidores, já bastante conservadoras. Cálculos do banco HSBC mostram que os resultados de metade das empresas que compõem o MSCI Brazil - índice utilizado por fundos de investimento passivos - ficaram abaixo do esperado.

Para o ano, as estimativas de lucro médio das empresas que compõem o índice foram reduzidas em cerca de 10%, com recuos concentrados nos setores de materiais básicos, saúde e bens de consumo.
"Crescimento mais fraco, intervencionismo e custos e inflação em alta são novamente os culpados", afirmaram os analistas do HSBC, Francisco Machado e Ben Laidler, em relatório.

Natalia Viri | De São Paulo Valor Econômico