"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 29, 2010

EMBI+ RISCO BRASIL VAI A 249Pts. ALTA DE 4,62.


Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores, o índice EMBI+, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, fechou aos 249 pontos, com alta de 4,62% em relação aos 238 pontos de segunda-feira.

Sobre o EMBI+ Brasil

Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país.

Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como " arriscado " deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

(Valor)

DESPESA DO SETOR PÚBLICO COM JURO = R$ 16,191 bi E DÉFICIT DE R$ 14,7 bi EM MAIO.

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O setor público consolidado (União, governos regionais e estatais) apropriou como pagamento de juros nominais um total de R$ 16,191 bilhões em maio.
Em mesmo período de 2009, foram apropriados R$ 12,593 bilhões em juros.

Nos cinco meses até maio, os juros apropriados somaram R$ 75,654 bilhões, o correspondente a 5,42% do PIB.

O montante superou os R$ 65,431 bilhões de um ano antes, ou 5,33% do PIB.

Em 12 meses, houve apropriação de R$ 179,363 bilhões, o equivalente a 5,42% do PIB. Nos 12 meses até abril, essa conta estava em R$ 175,765 bilhões, ou 5,36% do PIB.

As contas públicas consolidadas verificaram déficit nominal de R$ 14,761 bilhões no quinto mês de 2010.

Um ano antes, o resultado negativo foi menor, de R$ 11,474 bilhões.

O dado de maio decorreu de superávit primário de R$ 1,43 bilhão e uma conta de juros de R$ 16,191 bilhões.

No acumulado do ano, o déficit nominal foi de R$ 37,608 bilhões, ou 2,69% do Produto Interno Bruto (PIB).

Um ano antes, o déficit se encontrava em R$ 33,552 bilhões, equivalente a 2,73% do PIB.

Esse é o resultado do desempenho das contas da União, estados, municípios e estatais, levando-se em consideração o movimento de caixa e o pagamento de juros.

Nos 12 meses encerrados em maio, o setor público consolidado apresentou déficit nominal de R$ 108,678 bilhões, ou 3,28% do PIB.

Nos 12 meses anteriores, esse resultado era negativo em R$ 105,391 bilhões (3,21% do PIB).

As informações são do Banco Central (BC).

(Azelma Rodrigues | Valor)

CONTAS DO GOVERNO : DÉFICIT PRIMÁRIO DE R$ 509 mi PARA O MÊS É O PIOR DESDE 1999.

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As contas do governo, que englobam a União, a Previdência Social e o Banco Central, voltaram ao vermelho em maio deste ano, quando foi registrado um déficit primário de R$ 509 milhões, informou nesta terça-feira (29) a Secretaria do Tesouro Nacional.

Trata-se do resultado mais baixo para este mês desde o ano de 1999, quando foi contabilizado um resultado negativo de R$ 650 milhões.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, minimizou a queda do superávit em maio deste ano. Segundo ele, é "normal" que o resultado recue na comparação com abril, quando as receitas são maiores por conta do pagamento da primeira cota, ou cota única, do Imposto de Renda das empresas.

Ele disse que também houve um aumento de transferências a estados e municípios, de R$ 2,3 bilhões em maio, além da elevação nas despesas com investimentos.

Receitas e despesas

As receitas líquidas do governo central, que incluem, além da arrecadação federal (após as transferências a estados e municípios), o pagamento de dividendos por parte das estatais, somaram R$ 279,44 bilhões de janeiro a maio, com crescimento de 19,1% frente ao mesmo período do ano passado (R$ 234,57 bilhões).

O crescimento da receita foi de R$ 44,86 bilhões neste ano, fruto do forte ritmo de crescimento da economia brasileira.

Ao mesmo tempo, as despesas totais do Tesouro totalizaram R$ 255,23 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, o que representa uma elevação de 18,4% na comparação com o mesmo período de 2009 (R$ 215,41 bilhões).

As despesas totais, de acordo com o Tesouro Nacional, subiram R$ 39,81 bilhões de janeiro a maio.

Deste valor total, R$ 22,4 bilhões referem-se a gastos de custeio e capital, e de R$ 5,1 bilhões por conta da folha de salários dos servidores.

LEGENDAS SOLTEIRAS, MAS COBIÇADAS

Na véspera de encerrar o prazo das convenções, quando praticamente todos os partidos arrumaram seus pares e montaram suas coligações.

Existem, pelo menos, três partidos de médio ou grande porte que não se arranjaram e ainda tentam, nos últimos instantes, definir ao lado de quem vão estar nas eleições de outubro. PP, DEM e PTB o PPS se resolveu ontem à noite são as siglas que deixaram para a última hora a definição das alianças.

Todas têm certo tempo de televisão, dote levado em conta pelas coligações já definidas, que disputam o apoio dos remanescentes.

Dos três, PP e PTB são bastante cobiçados, enquanto o DEM está mais para ser aquele que cobiça.

Calendário

As coligações e as candidaturas têm de ser referendadas pelos partidos até

Amanhã
Os nomes dos candidatos devem ser registrados no Tribunal Regional Eleitoral em

5
de julho

A campanha eleitoral começa oficialmente em

6
de julho



BNDES PROJETOS R$627milhões PARA SHOPPING CENTERS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES) registrou, no primeiro trimestre, desembolsos para o setor de shopping centers que somam R$ 81,330 milhões, montante que supera o total registrado durante todo o ano passado, que foi de R$ 73,150 milhões.

Segundo dados do BNDES, encontram-se em análise no banco projetos de financiamento para shoppings que somam R$ 627 milhões.

O banco já aprovou, neste ano, financiamentos que somam R$ 218 milhões e tem em perspectiva a aprovação de outros R$ 79 milhões.

Foto Destaque

Eugênio Melloni/Valor Econômico

OS HOMENS CRIARAM ESTE HAITI AQUI.

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Arnaldo Jabor

Não adianta mais analisar p... nenhuma no Brasil de hoje.


Tudo voltará ao início como cobra mordendo o próprio rabo, tudo continuará sob anestesia mas sem cirurgia, como disse uma vez Mario Henrique Simonsen.


Tudo era previsível neste súbito Haiti que brotou no Nordeste, variando do deserto para o "tsunami" de lama, das "vidas secas" para o afogamento, sempre atingindo os mesmos pobres-diabos sem voz, sem rosto, sem destino, que vagam nas cidades desgraçadas que o subfeudalismo dos barões nordestinos cultiva.


A análise tradicional não serve; só resta oferecer-me como testemunha inútil deste crime secular sem autores visíveis.

O autor não é Deus, não é a natureza; os homens teceram esta desgraça de agora, não por seus atos malignos apenas, mas por uma distribuição de causalidades inexplicáveis que cria o crime sem sujeito uma difusa culpa que acaba inocentando todos.

Por outro lado, a verdade sempre esteve ali, silenciosa, dissimulada nos miseráveis vilarejos de Alagoas e Pernambuco, na paz trágica do nada, na mansidão da ignorância, no silêncio da miséria seca, aquela paz vazia que tranquiliza ladrões e demagogos, a paz da ignorância de vassalos toscos e obedientes.

Mas, de repente, jorrou a verdade com as águas das represas e açudes arrebentados. Tudo que não queríamos ver bate em nossos olhos grudados na TV, vendo o Maradona de terninho ou o Dunga com sua cara espessa e dura.

A verdade aponta os responsáveis pela tragédia que certamente vão esconder que 57% das verbas para prevenção de catástrofes desse tipo foram gastos na Bahia, para favorecer o candidato do governo para governador.

Também não vão explicar por que só 14% das verbas preventivas (R$ 71 milhões apenas) foram destinados aos Estados de Alagoas e Pernambuco.

Agora, com Lula e sua clone correndo para aparecer no teatro de lama, para impedir perda de votos, o governo vai gastar mais de R$ 2 bilhões para consertar o que era evitável (ah... e que bons negócios se farão...)

(...)

A catástrofe se armava no sarapatel de ideias que vão desde um leninismo tardio até este "revival" de um sindicalismo getulista a que assistimos.

Os indícios desse desastre se veem na recente frase irada que Lula lançou: "Os impostos no Brasil têm de ser altos sim, do contrário não temos Estado."

Esqueceu-se de dizer que os impostos que recolhe são gastos para pagar a folha de milhares de pelegos empregados, nos desvios de verbas públicas, esqueceu de dizer que a catástrofe se armava nos últimos sete anos quando gastaram R$ 8 bilhões em propaganda oficial, sem contar os gastos de empresas estatais.

A catástrofe também se armou aos poucos com a frente unida da Utopia, que permite que todos os erros sejam cobertos por um manto de "fins justificados" a frente unida dos três tipos de radicais:

os radicais de cervejaria,

os radicais de enfermaria

e os radicais de estrebaria.

Os frívolos, os loucos e os burros. Uns bebem e falam em revolução; outros alucinam e os terceiros zurram, todos atacando o "capitalismo do mal", quando justamente esse mal (que também existe) é a única bomba capaz de arrebentar nosso estamento patrimonialista de pedra.

A catástrofe se arma para futuras tragédias, com a má utilização dos bilhões de dólares que entram em nossa economia, canalizados para países emergentes, pois estão sendo sugados pelo Estado inchado e inchando.

A realidade (se é que isso ainda existe no País) é que a tragédia fixa, silenciosa, invisível se transformou numa tragédia bruta e retumbante.

Só isso aconteceu no Nordeste.

E para nós restam o horror e a pena, porque os fatos estão muito além da piedade. Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.

Resta-nos a impotência diante do fato consumado e um sentimento nobre, mas que chega sempre depois da desgraça: a solidariedade.

O que é a solidariedade?

Como sentir a dor dos outros?

Sou solidário aqui ou apenas faço meu artigo semanal?

Por que me comovo?

Será que me comovo mesmo, será que me imagino ali na lama, procurando pedaços de comida no lixo e aí me purifico com minha indignação impotente?

Como se sentem os homens sofridos que vemos chorando na TV, sob o som de gritos da Copa do Mundo, uivos de vuvuzelas e patetas pulando de alegria patriótica?

Os diques e os açudes que se romperam são os diques rompidos da mentira política sistemática. Então, pode ser que a história se mova um pouco e que a consciência de nosso absurdo aumente.

Mas, isso... só por um tempo... Depois, novas catástrofes voltarão a se armar...