"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 08, 2012

E NO Você Investe ! De olho no bolso, na bolsa e no futuro : Queda dos juros e a aposentadoria.


Pois é amigos, em toda essa discussão sobre a queda de juros, saudada por tantos como sendo a salvação da lavoura, ainda não vi demonstrações da preocupação com o complemento de aposentadoria...

Sim, pois se a taxa anual irá convergir para 1% ao ano, levar para casa R$1.000 mensais daqui a 20 anos, exigirá R$ 819,54 de depósito mensal de hoje em diante... Isso admitindo que estes 1% serão líquidos de taxas, impostos e inflação.

Quase 1:1, não é mesmo?
E aí, estamos preparados?

Há alternativas:

(1) demorar a receber o complemento - poupar por 30 anos, por exemplo;

(2) investir em aplicações de risco - para aumentar a rentabilidade até lá;

(3) se contentar com complemento de renda menor do que o previsto;

(4) combinar as alternativas anteriores.

Em resumo, nada que nos deixe na zona de conforto.
Preocupante...

Um grande abraço e até o próximo post!

Roberto Zentgraf :
Queda dos juros e a aposentadoria

O MONSTRO, O BOZINHO, O JONH... Julgamento do assassinato de Celso Daniel começa nesta 5ª


Começa nesta quinta-feira o julgamento de cinco acusados de sequestrar e matar o ex-prefeito de Santo André, na Grande São Paulo, Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro de 2002.
Serão levados a júri popular cinco suspeitos:
Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro;
Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho;
Elcyd Oliveira Brito, o Jonh;
Itamar Messias Silva dos Santos
e José Edison da Silva.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os cinco seriam responsáveis pelo arrebatamento e pela execução do ex-prefeito.

Ainda segundo o MP, o crime teria ocorrido porque Daniel, então prefeito de Santo André, foi morto porque estava decidido a acabar com as atividade de uma quadrilha que praticava crimes contra a administração pública da cidade. Em 2005, Bruno José Daniel Filho, irmão de Celso Daniel, disse à CPI dos Bingos do Senado que o suposto esquema de Santo André financiava campanhas eleitorais do PT.
No único julgamento de um dos envolvidos com o crime, Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, foi condenado, em novembro de 2010, a 18 anos de prisão. Marquinhos é acusado de dirigir um dos carros usado no sequestro.

Apontado como mandante do crime, o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, não será julgado agora. O processo contra ele foi desvinculado dos demais. Ele entrou com dois recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

_Os dois foram negados, mas o processo dele não voltou pra mim. Por isso julgamento será separado disse o juiz Antonio Hristov, da 1.ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra, onde corre o processo.

Sombra era amigo próximo e tinha negócios com a prefeitura de Santo André. Os dois teriam rompido politicamente e Sérgio teria contratado um grupo de homens para matar o ex-prefeito, simulando um latrocínio normal. O corpo de Daniel foi encontrado em uma estrada de terra em Itapecerica da Serra, um dia depois de ter sido sequestrado.

Apesar da repercussão política do caso, Hristov diz que o júri seguirá o processo normal.

_Vamos tratara como qualquer outro tribunal de júri para homicídio. A diferença é garantir um bom trabalho para a imprensa e evitar o assédio dos jurados afirmou.

Os réus listaram 13 testemunhas para serem ouvidas durante o julgamento. A expectativa do juiz Antônio Hristov é que o julgamento dure, no máximo, dois dias.

O Globo

Estoques já preocupam as montadoras, é o maior desde 2008


Números divulgados ontem pela indústria automobilística mostram que a situação dos estoques de veículos nas fábricas e nas concessionárias chegou ao patamar mais crítico em mais de três anos, refletindo a queda de 3,4% das vendas nos quatro primeiros meses de 2012.

De acordo com a Anfavea - a entidade que abriga as montadoras instaladas no país -, o giro dos veículos parados nos pátios subiu para 43 dias em abril, marcando o maior nível desde novembro de 2008 - auge da crise financeira e quando os estoques equivaliam a 56 dias de venda.

Durante a apresentação dos resultados do setor em abril, o presidente da entidade, Cledorvino Belini, reconheceu que a situação é preocupante, mas evitou falar em novas paradas ou em corte de empregos, que vêm mostrando estabilidade neste ano.

Segundo ele, os esforços para normalização dos estoques terão de se centrar agora em ações para acelerar as vendas. Em abril, o volume de emplacamentos recuou 10,8% na comparação com o mesmo período de 2011, totalizando 257,88 mil veículos.

Desde o segundo semestre do ano passado, quando os estoques chegaram a bater na casa dos 40 dias, as montadoras tentam adequar a atividade com a concessão de férias coletivas e folgas a funcionários, além da suspensão de jornadas extras de trabalho.

Essas medidas estão por trás da queda de 10,1% da produção nos quatro primeiros meses de 2012, para um total de 998,93 mil veículos - entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

O problema é que o mercado também está em baixa, provocando o acumulo de carros parados (veja gráfico acima). O desempenho negativo é atribuído às restrições na liberação de crédito após o aumento da inadimplência nos financiamentos de carros, que, em um ano, saiu de 3% para 5,7%.

Citando esse motivo, a Fenabrave - entidade que representa as concessionárias de veículos - revisou sua expectativa de crescimento nas vendas de carros de passeio e veículos utilitários leves neste ano de 4,5% para 3,5%.

A entidade também reduziu - de 9,6% para 2,6% - sua estimativa de aumento no mercado de caminhões, que - em meio a um momento de transição de tecnologia de motor - mostrou contração de 8,1% no primeiro quadrimestre.

Mesmo com o anúncio de corte nas taxas de juros, o consumidor ainda encontra maior dificuldade para obter crédito. As condições passaram a envolver prazos mais curtos e maior exigência no pagamento de entrada.

Para especialistas, o aumento do consumo nos anos de 2009 e 2010 - sustentado por financiamentos de até seis anos - afeta agora a disponibilidade de renda das famílias, um fator também considerado na análise de crédito.

Conforme a Anfavea, as concessões de crédito para veículos - que chegaram a superar R$ 11 bilhões em 2010 e ficaram na faixa de R$ 8,2 bilhões a R$ 9,4 bilhões no último trimestre do ano passado - caíram para R$ 7,8 bilhões em março de 2012, após marcar R$ 6,9 bilhões em fevereiro e R$ 7,8 bilhões em janeiro. "O problema não são os juros. O que existe é uma maior seletividade de crédito", afirmou Belini.

O levantamento mostrou também que as exportações das montadoras, em volume, recuaram 4,9% de janeiro a abril, chegando a 160,45 mil unidades. Ainda na comparação anual, as importações de veículos no país subiram 5,1% nos quatro meses, para 258,38 mil veículos.

Eduardo Laguna | De São Paulo Valor Econômico

brasil SEGUE MUDANDO ! VEM AÍ MAIS "BOLSA" - EM TEMPO DE ELEIÇÕES : INSTIGAÇÃO ELEITOREIRA. É ASSIM QUE ELES "GOVERNAM".

A dois meses do início das eleições municipais, o Palácio do Planalto lançará no fim de semana uma ampliação do programa Bolsa Família tendo como foco famílias do Norte e do Nordeste.

Nas duas regiões, a presidente Dilma Rousseff teve quase 12 milhões de votos a mais do que José Serra (PSDB) nas eleições de 2010 — nas outras três, a vantagem foi inferior a 300 mil votos.


Com o nome guardado em sigilo pelo governo, o Brasil Carinhoso garantirá renda mínima de R$ 70 para cada membro de famílias extremamente pobres, desde que tenham ao menos uma criança menor de 6 anos.

O programa será anunciado em rádio e tevê, durante horário nobre, em homenagem ao Dia das Mães. Em princípio, o Brasil Carinhoso terá três eixos. O primeiro é o reforço ao Bolsa Família.

O segundo será a ampliação dos programas de saúde para crianças de até 6 anos — com controle de anemia e de suplementação de vitamina A —, além da inserção de remédios gratuitos para asma em unidades do Farmácia Popular.


Por último, o aumento do acesso de crianças de famílias extremamente pobres a creches. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apenas 3,6% das pessoas na primeira infância inscritas no Bolsa Família frenquentam creches.

As ações terão mais impacto justamente nas regiões que mais contribuíram para a vitória de Dilma em 2010:
cerca de 70% das crianças em situação de pobreza absoluta vivem no Norte e no Nordeste. A sigla do programa Ação Brasil Carinhoso, ABC, também é defendida pelo Planalto como uma “cartilha” de como cuidar do Brasil sem Miséria.
O programa atingiria 4 milhões de famílias inscritas no Bolsa Família. No ano passado, o benefício foi reajustado em cerca de 19%, em média, e o anúncio foi feito no interior da Bahia.

Os investimentos previstos para o Brasil Carinhoso serão feitos em parceria dos governos federal, estaduais e municipais. A ampliação do acesso das crianças do Bolsa Família à creche se dará principalmente com a construção de novas unidades — os recursos necessários ainda não foram fechados — e parcerias com instituições públicas e privadas.

A promessa do governo é 6 mil instituições até 2014, ao custo previsto de R$ 7,6 bilhões.

Projeto

O lançamento do Brasil Carinhoso a dois meses das eleições contribui para o projeto governista de expansão no Nordeste e no Norte. Atualmente, as duas regiões têm cinco governadores de oposição, em Alagoas, Pará, Roraima, Rio Grande do Norte e Tocantins, contra 11 governistas.

Nas 16 capitais do Norte/Nordeste, o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, tem apenas cinco prefeitos. Os aliados de primeira ordem PSB e PCdoB somam três.


A ideia do governo federal é avançar sobre o espaço ocupado por siglas independentes, que têm seis prefeituras:
PTB (três),
PP (duas)
e PDT (uma);
e de oposição, no caso o PSDB, com uma.
Embora faça parte da base, o PV é adversário do Planalto em Natal.

Oposição

As eleições de 2010 reduziram o espaço da oposição especialmente nos estados nordestinos, onde apenas Teotônio Vilela (PSDB), em Alagoas, e Rosalba Ciarlini (DEM), no Rio Grande do Norte, conseguiram fazer frente à máquina eleitoral governista. Em comparação com o pleito de 2006, os oposicionistas perderam um estado.

Na ocasião, haviam sido eleitos Jackson Lago (PDT-MA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Teotônio Vilela. Os dois primeiros, no entanto, foram cassados por irregularidades nas eleições.

Eixo de ações
Confira as iniciativas previstas pelo programa Brasil Carinhoso

Renda mínima

O governo garantirá um orçamento mínimo de R$ 70 por membro familiar para os extremamente pobres que tiverem pelo menos uma criança menor de 6 anos.

Saúde

Ampliação de programas já previstos para crianças de até 6 anos, controles de anemia e de suplementação de vitamina A e disponibilização de remédios gratuitos para asma em unidades da farmácia popular.

Creches

Investimentos para a ampliação do número de creches com foco nas famílias atendidas pelo Bolsa Família. A ideia do governo é 6 mil unidades até 2014.

R$ 7,6 bilhões

Custo das 6 mil creches que o governo pretende inaugurar até 2014

IVAN IUNES Correio Braziliense

BRIGA DE "CAVALO" GRANDE E BANCOS REAGEM A DILMA E NÃO GARANTEM CRÉDITO MAIOR


Uma semana depois de terem se transformado em alvo da artilharia da presidente Dilma Rousseff para reduzir os juros, os bancos reagiram. Na véspera do Dia do Trabalho, a presidente foi à TV no horário nobre e criticou a "lógica perversa" do sistema financeiro, chamou de "roubo" as tarifas cobradas para administrar fundos de investimento e pediu queda urgente das taxas cobradas a consumidores e empresas.

Ontem, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), enfim, se pronunciou.
E não hesitou em apelar para a metáfora:

"Alguém já disse que você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber a água", escreveu Rubens Sardenberg, economista-chefe da federação, que divulgou ontem um relatório e pôs em dúvida a eficácia das medidas oficiais para estimular a concessão de empréstimos e aquecer a economia. Interlocutores da presidente Dilma reagiram com ironia ao relatório.
Ao ouvir a frase, um técnico rebateu:


- Você não pode obrigar um cavalo a beber água, mas ele também pode morrer de sede.

Para a Febraban, não há garantia de uma "ampliação significativa da oferta de crédito doméstica" nos próximos meses, apesar do cenário de queda acelerada da taxa básica de juros, a Selic. Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "o crédito não está crescendo a contento" e que os "bancos são um pouco resistentes".

Intitulado "Informativo Semanal de Economia Bancária", o relatório é o resultado de uma consulta feita pela própria Febraban junto aos bancos sobre as principais estimativas dos bancos. No texto divulgado ontem, não há menção sobre a pressão do governo. O texto de Sardenberg diz que "a mudança nas regras da poupança funcionou como estímulo adicional para o mercado trabalhar com a expectativa de novos cortes na Selic".

Mas, em seguida, pondera que a "questão que se coloca agora é até que ponto essas reduções (de juros e da remuneração da poupança) vão estimular a ampliação da oferta de crédito". Para a Febraban, o país vive hoje um paradoxo econômico, que funciona como obstáculo para os objetivos do Planalto.

"A piora dos indicadores, especialmente os externos, abre espaço para quedas adicionais dos juros básicos, mas ao mesmo tempo parece impor uma cautela adicional aos agentes econômicos".

Desgaste com lista de reivindicações

Os dados de inadimplência nos empréstimos, que se refletiram nos balanços do primeiro trimestre dos grandes bancos, preocupam os banqueiros em relação ao aumento da concessão do crédito. Há ainda outro fator, que é a expectativa de a Selic voltar a subir em 2013, o que também inibiria a expansão das carteiras.

"É possível criar condições mais favoráveis à expansão do crédito reduzindo as taxas básicas, mas uma ampliação efetiva das operações passa por uma postura mais agressiva, tando dos emprestadores como dos tomadores de crédito, que por sua vez depende de expectativas econômicas mais otimistas".

Pela pesquisa que acompanha o relatório, os bancos reduziram sua projeção para a expansão da carteira de crédito neste ano: de 16,6%, no levantamento feito no mês passado, para 16,2%. Quanto à trajetória da Selic, 59,3% dos economistas consultados pela Febraban esperam que a taxa básica de juros (em 9% ao ano) volte ao patamar de 10% em dezembro de 2013.

Para a equipe econômica, as taxas de juros atuais são incompatíveis com as condições de solvência da economia e deveriam se equiparar ao padrão internacional de taxa. Os bancos públicos foram escolhidos como ponta-de-lança dessa disputa. Só o Banco do Brasil já anunciou três mudanças de juros desde o mês passado.

Um fator adicional de estresse entre bancos e governo, segundo analistas, é o desgaste do presidente da Febraban, Murilo Portugal. Em reunião em abril, Portugal disse que a redução mais rápida das taxas de juros dependeria de vários outros pontos, como a queda da inadimplência e a redução dos compulsórios (dinheiro que os bancos têm de repassar ao BC). Para o governo, essa postura mostrou que os bancos não querem reduzir margens de lucro:

- Quem apresenta uma lista com duas demandas quer resolver um problema. Já quem apresenta uma lista com 23 não quer tratar de nada, apenas criar dificuldades - disse um interlocutor da presidente.

Portugal participou ontem de um seminário, mas não falou sobre juros. Procurada para comentar o relatório do seu economista-chefe, a Febraban disse que não se pronunciaria.

Oficialmente, o Planalto preferiu não comentar o relatório, mas reservadamente os técnicos destacam que, embora a presidente esteja travando uma queda de braço pela redução dos spreads, das tarifas e pelo aumento do crédito, ela sabe que não há como obrigar os bancos a fazerem isso.

- O que vai fazer os bancos agirem é o próprio mercado - disse uma fonte.


Roberta Scrivano Martha Beck O Globo