"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 30, 2013

É DA ÍNDOLE II ! P artido T orpe COVIL DE DÉSPOTAS FRUSTRADOS : Rui Falcão chama imprensa de oposição sem cara e diz que é preciso combatê-la


Ao participar nesta quarta-feira da primeira reunião da bancada do PT na Câmara este ano, o presidente da legenda, Rui Falcão, criticou setores da mídia e do Ministério Público e avisou que o partido irá se dedicar à luta pela democratização dos meios de comunicação este ano.

Segundo ele, é preciso regulamentar os artigos de 220 a 222 da Constituição Federal, garantindo a desconcentração do mercado, a produção cultural regional, a valorização da produção independente, a universalização da banda larga, e o direito de resposta, entre outros pontos.

Falcão criticou ainda o que chamou de antecipação da campanha eleitoral por parte da oposição e disse que o PT não cairá neste jogo que encurtaria o mandato da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o presidente do PT, a democratização dos meios de comunicação é fundamental para a liberdade de expressão. Rui Falcão afirmou que no Brasil, além da oposição parlamentar, existe uma outra oposição formada por setores da mídia e setores do Ministério Público que tem agido para tentar desqualificar a política. Falcão afirmou ainda que representantes da associações de empresários da mídia já assumiram o papel de oposição no país.

- Sejamos francos:
quem é oposição no Brasil hoje?
Temos a oposição parlamentar, mas há uma oposição mais forte, extrapartidária que não mostra a cara, mas se materializa em declarações como a de Judith Brito (vice-presidente da Associação Nacional de Jornais - ANJ) que disse :"como a oposição não cumpre o seu papel, nós temos que fazê-lo" - disse Rui, acrescentando:
 Vamos às redes sociais e aos partidos lutar pela liberdade de expressão. Esses a quem eu nominei, que tentam interditar a política no Brasil, essa oposição extrapartidária que quer fazer com que se desqualifique a política e quando a gente desqualifica a política, abre campo para aventuras golpistas que levaram ao nazismo, fascismo e devemos afastar do nosso país. Combater essa oposição sem cara, mas com voz é um dos objetivos do PT nessa conjuntura.

Depois, em entrevista à imprensa, os jornalistas indagaram se Falcão incluía entre os que integram a "oposição sem cara" o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Depois da fala de Falcão, o nome de Gurgel foi citado pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), que defendeu ainda levar adiante na Câmara uma proposta de fiscalização e controle de atos de Gurgel.

- Há setores do Ministério Público que têm tido atuação partidária. Agora inclusive, toda essa manipulação em torno do presidente Lula, deixa evidente que há uma ação deliberada no sentido partidário, de oposição - disse Falcão, acrescentando que é uma prerrogativa da Câmara a proposta de fiscalização de atos do Gurgel.

Mensaleiros participam do encontro

O ex-presidente do PT, José Genoino (SP), condenado no processo do mensalão, participou deste encontro, o primeiro realizado depois que ele tomou posse como suplente. Ele fez questão de cumprimentar os colegas e assessores e, quando seu nome foi citado pelo líder da bancada e seu irmão, José Guimarães (CE), recebeu muitos aplausos. O ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), também participou da reunião, mas apenas durante o início.

Rui Falcão afirmou que a oposição mudou o foco dos ataques ao governo do PT, deixando de lado os ataques relativos ao mensalão e passando para criticar pontos como o PIB menor, a possibilidade de racionamento de energia e desentendimentos entre Dilma, o PT e o o presidente Lula, que, segundo ele, nunca existiram. Ele afirmou ainda que Lula não está em campanha e apoiará Dilma em 2014.

- A oposição, desesperada com o sucesso do governo e medidas populares adotadas lança mão de seus ataques. Mas nestes 10 anos o Brasil mudou para melhor. Como os ataques contra a Ação Penal 470 não produziram resultados que esperavam, a oposição abriu a metralhadora giratória: Pibinho, racionamento de energia, má gestora, desentendimentos entre ela (Dilma) e o PT que nunca existiram, entre ela e Lula, a restrição de investimentos (...) Não nos precipitaremos, significaria encontrar o mandato da presidente Dilma, de um governo bem sucedido. Não vamos entrar nesse jogo, mas vamos rebater _ disse Falcão.

O presidente do PT disse ainda que o partido fará um movimento de coleta de assinaturas populares para fazer a reforma política.

Líder minimiza críticas do presidente do PT

Depois do encontro da bancada do PT, o líder do partido na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou minimizar o impacto das críticas à imprensa feitas pelo presidente do PT, Rui Falcão.

O líder disse que não há uma posição de bancada sobre a questão da regulamentação da mídia e que era uma posição do presidente PT. Mas não considerou as críticas pesadas.

- Essa é uma discussão mais ampla. Mas ele (Rui Falcão) não fez crítica pesada (contra a imprensa). Mas ele é o presidente do PT, por que não perguntou para ele? Essa foi a primeira reunião da bancada. Estamos num momento de unidade interna, de manter a sintonia com a direção nacional. Só temos uma disputa: a defesa do partido nacional - disse Guimarães.

Guimarães disse também que o comando da Câmara será do PMDB, mas que os petistas farão valer o poder de maior bancada da Casa. Guimarães disse que o PT está fechado com a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a Presidência da Câmara, mas disse qua qualquer discussão importante na Casa, como royalties ou Fundo de Participação dos Estados (FPE), terá que passar pelo PT, por ser a maior bancada.

- Qualquer discussão tem que passar pela bancada do PT: 
royalties, vetos, FPE. Nâo tem pacote para lá ou pacote para cá. Somos a maior bancada. Ou é assim, ou a gente vira a mesa - disse Guimarães.

 Isabel Braga /O Globo

Puxado por Petrobras, Bovespa cai ao menor nível em 7 semanas

A frustração do mercado com o reajuste dos combustíveis para a Petrobras, dados desanimadores dos EUA e o mau desempenho das gigantes Vale e OGX empurraram o principal índice da Bovespa para o mínima em sete semanas.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,77 por cento, a 59.336 pontos, no fechamento desde 13 de dezembro. O giro financeiro do pregão foi de 9,2 bilhões de reais.

Segundo João Pedro Brugger, analista de renda variável da Leme Investimentos, em Florianópolis, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA abaixo das expectativas e a queda em ações de peso no Ibovespa foram as principais fatores de pressão.

"O PIB dos EUA veio bem abaixo das expectativas. A Petrobras veio com um reajuste, mas as declarações do governo de que a médio prazo não vai ter reajuste pesou e o mercado entrou forte (na venda), em uma reação um pouco exagerada", disse.

A Petrobras anunciou na véspera alta do preço da gasolina de 6,6 por cento e do diesel em 5,4 por cento nas refinarias a partir desta quarta-feira.

A ação preferencial da estatal petrolífera caiu 4,76 por cento, a 18,20 reais, enquanto a ordinária recuou 5,12 por cento, a 18,35 reais.

Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou dizer se o aumento será o único do ano, afirmando que novos reajustes vão depender do preço internacional do petróleo. "No ano passado demos mais de um aumento, não significa que este ano faremos o mesmo", disse.

Também entre as blue chips, a preferencial da Vale cedeu 2,2 por cento, a 37,29 reais, enquanto OGX, petrolífera de Eike Batista, recuou 7,81 por cento, no pior desempenho do índice, a 4,37 reais.

Outras companhias do empresário caíram forte. A mineradora MMX caiu 4,9 por cento, enquanto a empresa de logística LLX recuou 4,66 por cento.

Outro destaque de queda ficou com a Gol. A empresa disse que não foi informada sobre mudanças operacionais no aeroporto de Congonhas, após a coluna Radar, do site da revista Veja, afirmar mais cedo que o governo estuda mudar regras no aeroporto, reduzindo slots das empresas em 30 por cento.

A Agência Nacional de Aviação (Anac) negou que esteja planejando um teto para tarifas em Congonhas. Mas isso não evitou um recuo de 4 por cento da ação da Gol, a 14,40 reais.

Na outra ponta, a ação ordinária da Oi fechou em alta de 6,97 por cento, a maior alta do índice, seguida pela elétrica Cteep, com ganhos de 4,27 por cento.

No plano internacional, a economia dos Estados Unidos se contraiu em 0,1 por cento no quarto trimestre, no primeiro declínio desde a recessão de 2007/09, com empresas reduzindo o nível de estoques e os gastos do governo caíram.

Socorro tardio à Petrobras

 
Os combustíveis ficarão mais caros a partir de hoje. Não é uma boa notícia para consumidores, mas é crucial para que a Petrobras não continue sua trajetória ladeira abaixo patrocinada pela insana gestão que lhe foi imposta pelo PT. 

 O socorro chega com atraso e não deve evitar que os maus resultados da maior empresa pública do país continuem a ocorrer.

O reajuste autorizado ontem é de 6,6% para o preço da gasolina e de 5,4% para o do óleo diesel, ambos nas refinarias. Para o consumidor final, a alta deve ser um pouco menor, em razão, por exemplo, da mistura de álcool: 
estima-se que, nas bombas, o aumento será de 4% para a gasolina e de 3% para o diesel.

Não é de hoje que o reajuste tornou-se premente. 

Usada pelo governo como instrumento de controle da inflação, a Petrobras vem sendo obrigada a importar gasolina - também se tornou uma mega-compradora de etanol nos últimos anos - e vendê-la a preços bem mais baixos no mercado interno. 

Há quase oito anos, o preço desse combustível ao consumidor não era alterado.
Só no ano passado, a defasagem entre o que paga lá fora e o que recebe aqui dentro rendeu prejuízo de R$ 25 bilhões à estatal. As perdas não irão desaparecer: mesmo com a correção dos preços a partir de hoje, a companhia deve continuar amargando rombo de R$ 1,2 bilhão por mês. 

A gasolina continuará com defasagem de 11,8% em relação aos valores internacionais e o diesel, de 12,2%, de acordo com o Valor Econômico.

O reajuste dos combustíveis terá impacto na inflação, porém modesto: 0,3 ponto percentual, segundo analistas. Mas o aumento só será possível em razão da redução das tarifas de energia e a postergação de reajustes nos transportes públicos de cidades como São Paulo. 

Ou seja, tanto num quanto noutro caso, com apoio de governos de oposição ao PT.

O aumento chega às vésperas da divulgação do resultado da Petrobras em 2012. Os números serão conhecidos na segunda-feira e devem ser bem ruins, com queda de cerca de 15% no lucro e de 2% na produção, segundo a Folha de S.Paulo.  

O governo antecipou-se para tentar evitar reações ainda mais amargas dos investidores, já desiludidos com a companhia.

A outrora maior empresa brasileira tem trilhado trajetória descendente nas garras do PT. A legenda de Lula, Dilma e José Dirceu transformou a estatal num verdadeiro feudo político, dobrando-a a frequentes investidas partidárias. Em dez anos, a Petrobras vergou sob o peso da exploração petista.

A expectativa é de que, daqui a cinco dias, a empresa anuncie a terceira queda anual de produção de seus 59 anos de história. Até agora, só Fernando Collor de Mello, em 1990, e Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004, conseguiram a proeza. 

Com os resultados de 2012, Dilma Rousseff deve juntar-se a este nada memorável time:
até novembro, a Petrobras produziu 2,3% menos do que em 2011.
Nos últimos 12 meses, a empresa perdeu R$ 86 bilhões em valor de mercado, anulando praticamente todo o valor capitalizado em 2009, por ocasião da operação de reforço de caixa feita com vistas à exploração do pré-sal. 

Ou seja, o que lá puseram, acreditando em boas perspectivas, os acionistas perderam.

"O caminho tomado até chegar a este ponto foi pavimentado por projetos com custos subestimados, investimentos de necessidade discutível, falta de manutenção em equipamentos estratégicos - dos quais depende a produção, em queda - e uma longa e desastrosa defasagem entre o preço interno de combustíveis e o custo de importação, mantida por Brasília", analisou
O Globo ontem em editorial.

A Petrobras tem um plano de negócios de US$ 236,5 bilhões estabelecido para o período 2012-2016. Dele depende, por exemplo, a expansão da exploração das reservas brasileiras do pré-sal. Mas a má gestão e o uso da companhia como instrumento partidário têm atrapalhado os investimentos nesta nova fronteira de produção, prejudicando o futuro do país como um todo. 
 
Garrotear os preços dos combustíveis tem sido mais um dos artificialismos de que o governo petista tem tido de lançar mão para impedir que a inflação, já alta, saia do controle. Mas a incúria desta política está custando a saúde e a solvência da maior empresa pública do país. 

O socorro de agora pode ter chegado tarde: 
à Petrobras é impossível suportar os descalabros da gestão petista.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Socorro tardio à Petrobras

É DA ÍNDOLE ! SEM SURPRESAS : GAMBÁ CHEIRA GAMBÁ : Líder do (P) ARTIDO (T) ORPE afirma que apoio é de 100%



Com o aval do Planalto, o PT se mantém fielmente abraçado à candidatura de Renan Calheiros pela Presidência do Senado. 

O partido se mantém indiferente à denúncia da Procuradoria-Geral da República, à mobilização de parte dos senadores por candidatos alternativos e às declarações contrárias dos governadores e futuros presidenciáveis Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE). 

Segundo o futuro líder dos petistas na Casa, Wellington Dias (PI), "o PT está 100% fechado com a decisão que o PMDB tomar, seja qual for o nome indicado". A eleição acontece nesta sexta-feira.
O PT age conforme orientações do Palácio do Planalto, que vê em Renan um candidato "fiel" aos interesses da presidente Dilma Rousseff e segue referendando o pacto PT-PMDB, que colocou o deputado Marco Maia (PT-RS) na presidência da Câmara na gestão passada, por exemplo. 

Além disso, esse pacto torna a chapa presidencial, composta pelos dois partidos, cada vez mais forte diante do enfrentamento, em 2014, com a oposição ou com eventuais dissidentes da base, como Eduardo Campos.
 
Para Dias, não há racha na legenda que justifique quebrar a tradição de eleger o parlamentar indicado pelo partido majoritário. Além disso, Dias também diz esperar uma contrapartida por seu apoio.

 "Assim como os apoiaremos, também esperamos ter respeitada a indicação do nosso candidato Jorge Viana (PT-AC) para a vice-presidência". 

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

E NA CASA DAS "NULIDADES"... 'É um mergulho no imponderável; é uma coisa negra’


Dissidente do PMDB, Jarbas diz que eleição de Renan Calheiros fará o Senado"viver momentos muito ruins" Dissidente do PMDB alinhado à oposição, Jarbas Vasconcelos (PE) defendeu ontem que Renan Calheiros (AL) desista de disputar a sucessão para a presidência da Casa. 

Para Jarbas, a candidatura do atual líder do PMDB não tem condições de ser levada adiante após a denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Ele diz que a eleição do correligionário pode levar o Senado ao "imponderável", a "uma coisa negra". 
E sentenciou: 
"Não voto no Renan em hipótese nenhuma". 

0 que o senhor achou da proposta do senador Aécio Neves para que Renan desista de disputar a presidência do Senado? 

Acho uma boa proposta. 
A parte do PMDB mais sensata tem de trocar o Renan por uma pessoa como o senador Luiz Henrique e torná-lo candidato do partido por consenso. Queremos restaurar a candidatura do Luiz Henrique e mostrar que o Renan está denunciado pelo Ministério Público. Um candidato como Renan pode trazer momentos muito ruins para o Senado, como aconteceu no passado. 

É um mergulho no imponderável; é uma coisa negra. 

Luiz Henrique já foi consultado sobre sair candidato? 

Ainda não conseguimos falar com ele. Mas ele só sairá candidato, se for por consenso. E isso dificilmente vai ocorrer até porque os comandados pelo Sarney não aceitam isso. 

Por que nem o senhor nem Pedro Simon são candidatos? 

Nós seriamos candidatos de protesto. 
E já existem dois candidatos assim: 
os senadores Randolfe Rodrigues, do PSOL, e Pedro Taques, do PDT. 
Defendo que os dois candidatos alternativos se entendam e lancem uma candidatura única.

 0 senhor vai votar no Renan? 

Não voto no Renan em hipótese nenhuma. 
Eu acompanhei, vivi de perto todas as denúncias contra ele. Denúncias feitas no outro dia, mas que quase dois terços do Senado não viveram porque não estavam aqui. 
É demais admitir a candidatura de Renan calado. 

 O Renan imaginou que, se apresentando com o candidatado só na véspera da eleição para a presidência do Senado iria escapar das denúncias. Isso é uma bobagem.

Eugênia Lopes O Estado de S. Paulo

ENQUANTO ISSO NO brasil maravilha dos FALSÁRIOS... Aposentados fazem R$ 31 bi em dívidas




Apesar de registrar queda nos últimos meses, o crédito consignado contratado por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com os bancos fechou 2012 com um crescimento de 11,5%. 

No período, os segurados pegaram R$ 31,6 bilhões com as instituições financeiras — mais de quatro vezes o valor obtido no primeiro ano de funcionamento desse tipo de crédito, em 2006, de R$ 7,4 bilhões. Em 2011, eles se endividaram em R$ 28,4 bilhões. Os dados foram divulgados ontem, pela Previdência Social.

Em dezembro do ano passado, no entanto, os empréstimos com desconto em folha totalizaram R$ 2,2 bilhões, queda de 3,17% em relação ao mesmo mês de 2011. Em comparação com novembro de 2012, quando os aposentados e pensionistas pegaram R$ 2,61 bilhões nos bancos, a redução foi de 14,97%. 

O recuo no financiamento de novembro para dezembro pode ser explicado, em parte, pelo recebimento do 13º salário. Com mais dinheiro no bolso, os segurados precisaram menos dos financiamentos.

Quando se fala em quantidade de contratos, a diferença é pequena de um ano para o outro. 

Foram 10.267.233 acordos em 2012 ante 10.536.119, no ano anterior — o que representa encolhimento de 2,62%. Mas, enquanto esse número diminuiu, o valor deles aumentou R$ 3,2 bilhões no período de 12 meses, o que se justifica na ampliação do poder de compra dos segurados ao longo do ano. 

Só o salário mínimo subiu 14% em 2012, percentual que foi acompanhado pelo piso previdenciário.

Por faixa salarial

Em número de operações, foram registrados no último mês do ano 613.211 contratos, 12,33% menos que o verificado no mês de novembro (699.211). Comparando com dezembro de 2011, houve diminuição de 13,81% (711.467 empréstimos).

Segundo a Previdência Social, os segurados que ganham até um salário mínimo por mês conseguiram, em dezembro, R$ 920 milhões nos bancos. Em média, cada um contratou R$ 2,6 mil de empréstimo pessoal. 

Os aposentados e pensionistas com renda de um a três salários mínimos se endividaram, no mês, em mais de R$ 733 milhões. 
O valor médio individual foi de R$ 3,9 mil.

Já na faixa de renda mais alta, acima de três salários mínimos, o financiamento médio foi de R$ 7 mil, com os segurados pegando nos bancos R$ 569 milhões.

Quase 85% dos empréstimos referem-se a parcelados entre 49 e 60 meses. 

Os segurados com idade entre 60 e 69 anos foram responsáveis por 38,97% das solicitações aprovadas.

VÂNIA CRISTINO Correio Braziliense

SEM "MARQUETINGUE" ! MENOS DE UMA SEMANA DEPOIS NO brasil maravilha dos FALSÁRIOS E GERENTONA 1,99 E SEUS CRÉDULOS : Após a queda da luz... Gasolina sobe hoje na bomba


Menos de uma semana depois de a presidente Dilma Rousseff anunciar uma queda de 18% nas tarifas residenciais de energia, a Petrobras comunicou ontem que vai reajustar em 6,6% o preço da gasolina, e em 5,4% o do óleo diesel, nas refinarias, a partir de hoje. 
Para o consumidor, segundo analistas, a gasolina deve ter alta nas bombas da ordem de 4%; e o diesel, de 3%. 
 Desde 2005, um aumento no preço da gasolina não chegava ao consumidor final. A falta de reajustes vinha prejudicando o caixa da Petrobras.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Município do Rio (Sindcomb), Manuel Fonseca da Costa, cerca de 30% dos 900 postos já terão os preços reajustados hoje. 
Segundo ele, o repasse ocorre devido ao baixo nível de estoques.

- Historicamente, a distribuidora repassa o aumento para os postos - diz Costa.


Especialistas em inflação estimam que, com o reajuste da gasolina e do diesel, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado nas metas do governo, poderá ter um acréscimo de até 0,27 ponto percentual. Mas este impacto será compensado pela queda na tarifa de energia, que deve reduzir o IPCA em 0,75 ponto percentual. Na semana passada, o Banco Central estimou que os preços da gasolina subiriam apenas 5% este ano.

Em entrevista ao GLOBO, no fim de dezembro, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, informara que a defasagem entre o preço praticado pela empresa para a gasolina e as cotações do produto no exterior era da ordem de 6%. No diesel, segundo Graça, essa defasagem seria de 4%.

Esta é a primeira vez desde setembro de 2005 que o reajuste da gasolina será repassado aos consumidores. Em 2008, 2011 e 2012, o governo usou a Cide, taxa que incide sobre o combustível, para anular o impacto nas bombas. Com isso, hoje, a Cide está zerada. Em julho de 2012, houve alta de 6% no diesel, repassada para os consumidores.

Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBI), calculou que o reajuste reforçará o caixa da estatal em torno de R$ 650 milhões mensais. Mas destacou que não será suficiente para eliminar a atual defasagem, que é da ordem de 15% na gasolina e 24% para o diesel:
- Não elimina a defasagem, mas ajuda muito. Finalmente o governo federal se sensibilizou para os problemas de caixa da empresa.

A falta de reajuste nos combustíveis vinha prejudicando os resultados da Petrobras, que chegou a registrar prejuízo no segundo trimestre do ano passado, de R$ 1,34 bilhão. As ações da estatal vinham sofrendo fortes perdas e, nos últimos 12 meses, o valor de mercado da companhia encolheu de R$ 337 bilhões, para R$ 250,9 bilhões, levando a Petrobras a perder o posto de maior empresa da América Latina.

Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da corretora Planner, o aumento nos preços dos combustíveis vai ter um impacto de 0,23 ponto percentual no IPCA, considerando que a alta da gasolina nas bombas será de 5,5%. O impacto, diz, foi compensado pela queda nas tarifas de energia, cujo efeito será uma redução de 0,75 ponto percentual no IPCA.

Carlos Thadeu de Freitas, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do BC, acrescenta que a alta nos combustíveis será compensada pela a redução das tarifas de energia e a desvalorização do dólar, que, ontem, fechou abaixo de R$ 2:
- Pouco deve mudar nas expectativas de inflação do mercado, que trabalhava com um possível reajuste de 7% no preço da gasolina.

Postos dizem que repasse será imediato

O também ex-diretor do BC José Márcio Camargo diz que a gasolina tem um impacto relevante sobre os preços. Mas acredita que haverá pouca mudança para a política de juros.

- É um impacto razoável, que faz diferença na inflação, mas o que vai determinar um aumento dos juros neste ano é o comportamento dos preços de serviços. Essa é a principal fonte de pressão - explica Camargo.

Paulo Miranda, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), ressalta que, neste primeiro momento, o aumento anunciado pela Petrobras será um pouco menor para o consumidor final. 

Mas lembra que até o fim de fevereiro o repasse será integral na bomba.

- Isso vai ocorrer no fim do próximo mês, pois os governos estaduais vão estimar o preço médio ponderado para definir o valor do ICMS por litro. E, como esse valor vai subir, também haverá incidência maior do imposto. Por isso, esse reajuste será integal para o consumidor no fim das contas - afirma Miranda.

Ele pondera que as margens brutas dos postos hoje são muito pequenas, em torno de 9% e 10%. Por isso, completa, os revendedores não terão como segurar o aumento:

- O repasse será imediato. Um posto ou outro pode reajustar o preço da gasolina acima dos 6,6%, mas, como os preços são livres, a concorrência acaba balizando os valores.

O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, também diz que as distribuidoras deverão repassar integralmente o aumento para os postos, mas ainda não tem o percentual.

- Esse reajuste era já era esperado. O aumento de preços nas bombas será menor do que esse percentual nas refinarias, pois tem outros componentes no preço final, incluindo 20% de álcool - destacou Alísio Vaz.

Ramona Ordoñez, Bruno Rosa e Bruno Villas Bôas O Globo