"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 25, 2014

Vai pra casa, Padilha!

Alexandre Padilha quer ser governador de São Paulo, mais um poste eleito pelo PT. Mas antes terá de explicar como foi capaz de, como ministro da Saúde do governo Dilma, dar asas a um contrato milionário com um laboratório de mentirinha para o qual indicou uma pessoa de sua confiança como diretor. O caso Labogen ilustra as longas ramificações da quadrilha petista incrustada no Estado. Está na hora de mandar esta gente para casa e para a cadeia.

Alexandre Padilha é mais um dos postes que Luiz Inácio Lula da Silva pretende ver eleito em outubro para ampliar a ocupação de espaços políticos pelo PT. Mas o ex-ministro da Saúde do governo Dilma talvez nem consiga chegar às eleições. Ele foi flagrado com a suspeita de ser parte da quadrilha de petistas que assalta o patrimônio público. Deveria pedir o boné.
Segundo rastreamentos feitos pela Polícia Federal, o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo teria indicado uma pessoa da sua confiança para dirigir um laboratório-fantasma de propriedade de um contraventor e que estava prestes a abocanhar um milionário contrato justamente com, adivinhe..., o ministério comandado pelo próprio Padilha.

O laboratório chama-se Labogen. Nas páginas de saúde, sua atuação inexiste; nas páginas policiais, é uma estrela em ascensão. Preso pela PF, o doleiro Alberto Youssef é dono do Labogen e amigão – acredita-se que também sócio no negócio – do deputado André Vargas, até outro dia vice-presidente da Câmara e petista de quatro costados.

Em novembro do ano passado, Alexandre Padilha, o poste que Lula escolheu para brigar pelo governo de São Paulo pelo PT, teria indicado um ex-assessor – que também foi funcionário da campanha de Dilma em 2010 – para dirigir a Labogen. Os interesses petistas ocupam um lado e outro do balcão. E a conta fica para os cidadãos.

Até então, o laboratório farmacêutico não passava de uma empresa minúscula, com folha de salários que nem chegava a R$ 30 mil. Tudo indica que fosse mera empresa de fachada, destinada a dar algum ar de legalidade às contravenções do doleiro e seus comparsas – entre eles, um ex-diretor da Petrobras ora também preso.
Mas, empurrada pelos petistas, a Labogen estava prestes a dar o pulo do gato. No início deste ano, estava em processo de assinar contrato de fornecimento de medicamento para hipertensão ao Ministério da Saúde, à época ainda comandado por Padilha. O negócio começaria em R$ 30 milhões e poderia chegar a R$ 150 milhões. Nada mau para um laboratório que nunca produzira sequer uma dipirona estragada.

O milionário contrato entre Labogen – o laboratório de um contraventor em associação com um deputado petista de alta patente – e o Ministério da Saúde – então comandado por um petista que indicara o diretor do laboratório – só não foi adiante porque a Polícia Federal capturou o voo ilícito em plena decolagem.

Deflagrada em março, a Operação Lava Jato desnudou uma operação que pode ter resultado no desvio de R$ 10 bilhões em recursos públicos, em especial da Petrobras, mas aparentemente com ramificações várias, como na Saúde. De quebra, a PF também descobriu os negócios suspeitos de Vargas e um monte de petistas com o doleiro Youssef.
Soube-se ontem que Padilha também estava nesta. Com a ajuda do ministro, os donos da Labogen buscavam um executivo para o laboratório que, de acordo com o relatório da PF, “não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras”. Como se vê, tudo coisa de profissional. No melhor padrão petista, o ex-ministro nega tudo, mas ficará difícil explicar como seu nome aparece com tanta desenvoltura na trama.

Alexandre Padilha já havia demonstrado não estar à altura do cargo que ora pleiteia. Ainda nesta semana, sua campanha ao governo paulista levou à TV propaganda em que ele fala um monte de bobagens para sustentar que “esta é mais uma prova de que não falta água na Grande São Paulo”. Justamente no meio da maior seca dos últimos 84 anos na metrópole, de represas em nível recorde de baixa e no momento em que a população paulista se dedica a uma campanha para tentar evitar um racionamento.

A Labogen surge como mais um dos casos de ocupação desmedida do Estado pelo corrompido poder petista. Há ramificações em todas as direções e, aparentemente, a partir dos escalões mais altos do governo, como ilustra Alexandre Padilha. Até onde elas chegam, ainda não é possível precisar, mas é certo que pretendiam ir cada vez mais longe. Uma coisa é certa: passou da hora de mandar esta gente para casa e esta quadrilha para a cadeia.

Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela

O CARMA DO JEITO FRENÉTICO/EXTRAORDINÁRIO DE "GUVERNÁ" ! Deficit do Brasil nas transações com o exterior deve ser o 2º maior do mundo



O Brasil acumulará um deficit de US$ 80 bilhões nas transações de bens e serviços com o resto do mundo neste ano, segundo projeção divulgada hoje pelo Banco Central.

Nos cálculos do FMI (Fundo Monetário Internacional), o deficit brasileiro, em valores absolutos, deve ultrapassar o do Reino Unido e se tornar o segundo mais alto do mundo, atrás apenas do norte-americano.

O deficit significa que o país gasta mais do que recebe no conjunto de suas operações de comércio, turismo, pagamentos de juros, remessas de lucros de multinacionais e serviços em geral.

Essa diferença deve ser coberta pela atração de capital externo, na forma de empréstimos, investimentos e aplicações financeiras -do contrário, o país perderá reservas em moeda estrangeira.

O Brasil é deficitário porque a população e o governo poupam pouco. Como os gastos brasileiros superam a produção nacional, é preciso recorrer à poupança de estrangeiros.

Em termos relativos, o deficit do país é o terceiro maior entre as principais economias do mundo, reunidas no G-20. Equivale a 3,6% do Produto Interno Bruto, ou seja, da renda nacional.

As situações mais graves são as da Turquia (6,3% do PIB) e da África do Sul (5,4%), países incluídos pelo mercado na lista dos mais vulneráveis a turbulências financeiras -na qual ainda estão, além do Brasil, as também deficitárias Índia e Indonésia.

Deficits nas contas externas provocam crises quando falta capital para cobrir o rombo. Os EUA foram forçados a reduzir seu deficit de US$ 700 bilhões para US$ 400 bilhões de 2007 para cá (de 4,9% para 2,2% do PIB).


POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA
Folha

JEITO FRENÉTICO/EXTRAORDINÁRIO DE "GUVERNÁ" ! Déficit em contas externas no 1º trimestre é o maior da história


O déficit em transações correntes no Brasil somou US$ 6,248 bilhões em março, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira. No acumulado dos três primeiros meses do ano, o déficit soma US$ 25,186 bilhões. Esse é o maior déficit registrado na série histórica do Banco Central, iniciada em 1947.

Segundo os dados da autoridade monetária, o maior déficit nas contas externas havia sido registrado no primeiro trimestre de 2013 – quando o rombo chegou a US$ 24,7 bilhões.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que o resultado do primeiro trimestre se deve, em grande parte, a uma reação lenta da balança comercial.

- A balança comercial teve esse comportamento no primeiro trimestre, com resultado abaixo do que se esperava, grande parte em função dos preços dos produtos importantes da nossa pauta, que estão em patamar relativamente baixo, em especial produtos agrícolas _ afirmou. _ Alguns itens da balança comercial, da pauta exportadora, mostraram no primeiro trimestre esse preço desfavorável - acrescentou o chefe do Departamento Econômico.

Ele observou, porem, que o déficite de março foi inferior ao apurado em fevereiro deste ano e também inferior ao de março do ano passado.

- Em 12 meses, esse déficit caiu. No primeiro trimestre, ficou muito próximo do mesmo período do ano passado - ressaltou.
(...)

O Globo

E NO brasil maravilha DOS VELHACOS E GERENTONA 1,99 FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA SEGUNDO O CACHACEIRO PARLAPATÃO ... Dez bancos rateiam ajuda de R$ 11,2 bi a distribuidoras


Ao todo 10 bancos participam do empréstimo de socorro às distribuidoras de energia de R$ 11,2 bilhões à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE): 
Itaú Unibanco, 
Bradesco, 
Banco do Brasil, 
Santander, 
Crédit Suisse, 
BTG, 
Caixa, 
Citi, 
Bank of América Merrill Lynch e JPMorgan.
A informação é do presidente da CCEE, Luiz Eduardo Barata, em reunião com os bancos, em São Paulo. A participação de cada instituição ainda não foi informada.


Barata lembrou que o setor vive um momento difícil, em que as distribuidoras estão expostas em mais de 3 mil MW. Os recursos tomados pela CCEE serão repassados às distribuidoras para custear o gasto maior da energia provocado pelo acionamento das usinas termelétricas. "Estamos tranquilos, (o empréstimo) vai trazer bons resultados para o setor de energia e para o País", afirmou.

Como o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, havia publicado no dia 17 de abril, segundo fontes, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil emprestarão cada um R$ 2,5 bilhões à CCEE, enquanto o Bradesco e o Itaú, R$ 2 bilhões cada um. O Santander participará com R$ 1 bilhão, o Citi, com R$ 500 milhões, o BTG, com R$ 400 milhões e o JPMorgan, com R$ 100 milhões.

LUCIANA COLLET E CYNTHIA DECLOEDT - Agencia Estado