"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 19, 2010

A GARANTIA DE UM 3º MANDATO POR PROCURAÇÃO.

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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou em entrevista ao jornal espanhol "El País" deste sábado que não cogita nomear o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro se vencer as eleições.

No entanto, Dilma, que se apresentou ainda como ministra da Casa Civil, fez questão de atrelar seu nome ao de Lula.

Disse que tem sido "o braço esquerdo e direito" do presidente e que "o sucesso de Lula é o meu".

"Sou a ministra da Casa Civil. Sou quem coordena os ministros e os principais projetos de governo. Trabalhei intimamente com Lula nos últimos cinco anos e meio. Ele não será ministro se eu chegar ao governo, mas sempre estarei aberta a suas propostas", declarou a petista na entrevista, que o "El País" destacou na primeira página de sua edição deste sábado.

Na entrevista deste sábado, de uma página e meia, Dilma ressaltou a sua condição de possível primeira presidente mulher do Brasil, o que é um dos motes de sua campanha eleitoral.

Ela disse que seguirá a política de Lula mas com "alma e coração de mulher".

NO HORÁRIO ELEITORAL SERÃO : 63/HS E +/- R$ 851 milhões

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Durante 45 dias, candidatos aos cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e estadual vão consumir 3.780 minutos, ou 63 horas, no horário eleitoral gratuito na televisão.

De 17 de agosto a 30 de setembro, todos os canais de TV aberta, além dos canais a cabo sob responsabilidade do Senado, da Câmara dos Deputados, as Assembléias e das Câmaras Municipais, serão obrigados a transmitir aquilo que as coligações produzirem na tentativa de influenciar o voto do eleitor no primeiro turno.

De acordo com a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), o horário eleitoral é essencial principalmente para aqueles que ainda não decidiram em quem votar.

"É um elemento fundamental de formação de opinião (...) E vem sendo cada vez mais assistido pelos eleitores", diz.

Em 2010, a estimativa da Receita Federal é que as emissoras deixem de pagar R$ 851 milhões em impostos.

São 4.254 concessões públicas para televisão em todo Brasil, de acordo com a Anatel.

Mais:

Horário eleitoral na TV vai consumir 63 horas e R$ 851 milhões

UM BRASIL QUE É MELHOR NÃO MOSTRAR.

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Nunca um governo foi tão mediocre na questão moral, dissimulado e altamente dotado de cretinismo, e não poderia ser diferente, temos um País nas mãos de um parlapatão, e pior, ébrio.
Abaixo uma matéria que para muitos não é nenhuma surpresa, aqui mesmo eu particularmente questiono a veracidade dos números deste governo em todas áreas.
Não que eu seja "expert", muito pelo contrário, é que a índole do governante e seus serviçais os qualificam para o jogo rasteiro e irresponsável ao ponto de manipular e omitir qualquer informação que lhes seja desfavorável, camuflando dados em umas e alterando e inflando em outras.

Tudo pelo "projeto" de PUDÊ.

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O decálogo de problemas que segue abaixo poderia se um roteiro utilizado pelos candidatos de oposição José Serra (PSDB) ou Marina Silva (PV).

Mas não é — ou NÃO ERA. Ribamar Oliveira, do jornal Valor Econômico, colheu essas avaliações num portal oficial, do próprio governo (ver post de ontem).

Antes que prossiga, uma síntese:

1 - a política de reforma agrária do governo Lula não alterou a estrutura fundiária do país nem assegurou aos assentamentos assistência técnica, qualificação, infra-estrutura, crédito e educação;

2 - a qualidade dos assentamentos é baixa;

3 - os programas oficiais não elevam a renda dos agricultores, que ficam dependendo do Bolsa Família;

4 - imposições da legislação trabalhista no campo acabam provocando fluxo migratório para as cidades;

5 - a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não definiu uma política de curto ou médio prazo para a formação de um estoque estratégico e regulador de produtos agrícolas.

6 - em futuro próximo, a produção de biodiesel não será economicamente viável;

7 - a reconstrução de uma indústria nacional de defesa voltada para o mercado interno, prevista na Estratégia Nacional de Defesa, não se justifica;

8 - a educação brasileira avançou muito pouco e apresenta os mesmos índices de 2003 em várias áreas:

9 - é baixa a qualidade da educação em todos os níveis; os que concluem os cursos não têm o domínio dos conteúdos, e as comparações com indicadores internacionais mostram deficiências graves no Brasil;

10 - O analfabetismo funcional, entre jovens e adultos, está em 21% na PNAD de 2008, uma redução pequena com relação à PNAD de 2003, que era de 24,8%. O número absoluto de analfabetos reduziu-se, no mesmo período, de 14,8 para 14,2 milhões, o que aponta a manutenção do problema.

Essas informações todas estavam no “Portal do Planejamento”, criado pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico (SPI), tarefa que durou um ano e meio.

E QUE SUMIU EM UM DIA. Bastaram uma ordem e um clique.

É isto mesmo: o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) mandou tirar o site do ar.

Eram cerca de 3 mil páginas abordando 52 temas.

Bernardo justificou assim a censura em entrevista à rádio CBN:

“Vários ministros me ligaram para dizer: ‘Olha, estão fazendo críticas às políticas desenvolvidas pelo meu ministério, mas nós não fomos chamados a discutir’. Ficamos numa posição um pouco delicada de explicar que aquilo não era posição fechada do Planejamento; são técnicos fazendo debate.”

Entendo… o ministro convocou uma reunião para segunda-feira com os responsáveis pelo Portal:
“Me parece que um site para discutir políticas de governo deve ter um nível de acesso para quem é gestor, outro para quem é jornalista e outro para o público em geral”.

Deixe-me adivinhar como seria essa gradação e o produto oferecido a cada um:
- ao gestor, a verdade;
- ao jornalista, uma quase verdade;
- ao público, o de sempre…

Vamos compreender

É evidente que nenhum governo gosta de ser criticado pelo… próprio governo. Não me atrevo a dizer que este ou aquele não agiriam assim.

Aliás, acho curioso que um portal dessa importância vá ao ar sem o conhecimento do chefe da pasta.

A questão aí não é matéria de gosto, não.

O que o portal revela é que existem dois Brasis: aquele real, conhecido pelos técnicos do governo, que veio a público por um breve instante, e o outro, o de propaganda, este de novas auroras permanentemente anunciadas pelo governo, ancorado numa verba bilionária de propaganda.

Como se nota, Paulo Bernardo acha que é preciso trabalhar com “níveis” de acesso, como se aqueles informações não fossem dados sobre políticas públicas, mas matéria de “segurança nacional”.

Informações relevantes, pois, para orientar tais políticas passariam a ser privilégio de uma espécie de casta.