"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 01, 2012

MEXER NO VESPEIRO? Petrobras nega que Graça Foster vai rever patrocínios concedidos

A Petrobras divulgou nota na tarde deste domingo negando a informação publicada na coluna Panorama Político do jornal O Globo de que a estatal havia decidido segurar e rever todos os patrocínios concedidos pela empresa.

De acordo com a nota do jornalista Ilimar Franco, a decisão de Graça Foster, presidente da empresa, atingiria eventos, congressos, publicações, filmes, projetos culturais e conferências setoriais e temáticas promovidas pelo governo federal, e que tinham patrocínio estatal.

A coluna cita ainda que marqueteiros petistas teriam ficado atônitos e irritados com a iniciativa da presidente da Petrobras:

"Quem essa Graça Foster pensa que é? A Dilma da Dilma?".

Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela Petrobras:

Com relação à nota "Fim da farra", a Petrobras esclarece que não é verdadeira a informação de que a presidente da Companhia, Maria das Graças Silva Foster, "decidiu segurar e rever todos os patrocínios concedidos pela empresa".

A Petrobras reafirma que, tanto os novos projetos que receberão patrocínio, como aqueles em análise para renovação, seguem os mesmos padrões que sempre foram aplicados pela empresa.

Plano Real faz aniversário e vira “maior de idade” hoje


Aos 18 anos, o Plano Real deixou um legado que toda uma geração de governantes brasileiros não conseguiu: freou o descontrole de preços e deu segurança à população no planejamento de suas finanças.

Após o impeachment de Fernando Collor de Mello, em outubro de 1992, restou ao vice Itamar Franco tentar resolver o problema da hiperinflação brasileira.

O então ministro das Relações Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, assumiu o Ministério da Fazenda e lançou em dezembro de 1992 o Plano de Estabilização Econômica com o objetivo de preparar a economia para uma nova moeda, o real, que passaria a circular em julho de 1994.

O programa foi desenvolvido ao longo de um ano por um grupo de economistas: Edmar Bacha, Gustavo Franco, Pedro Malan, Persio Arida, Rubens Ricúpero e Winston Fritsch.

"O plano quebrou a espinha dorsal da hiperinflação com uma indexação plena da economia. Todos os contratos passaram a ser indexados em URV (Unidade Real de Valor)", diz Carlos Eduardo Gonçalves, professor da FEA-USP.

Com situação fiscal delicada, o governo imprimia dinheiro para fechar as contas, mas na outra ponta, isso gerava uma correção automática de preços e os consumidores viam a moeda perder valor em curtíssimo prazo.

Após o Plano Real, a chamada inflação inercial praticamente acabou, o que permitiu a estabilização da economia.

"O Plano Real conseguiu fazer com o governo parasse de usar a inflação para financiar as suas contas", afirma Emerson Marçal, professor da FGV, ao lembrar do que se convencionou chamar de "imposto inflacionário".

Gonçalves, da FEA-USP, complementa: "Se você não faz nada a partir daí, o que ocorre é que a inflação vai voltar. Foram então implementadas duas medidas: o câmbio fixo, que é o remédio tradicional para quebrar a inflação, e o ajuste fiscal"..

A redução da desigualdade na distribuição de renda, alardeada nos últimos anos por meio de programas como o Bolsa-Família, tem origem na estabilização macroeconômica, afirma Marçal.

Ele lembra que o desgoverno de preços prejudicava principalmente a população de baixa renda.

Os números mostram a eficácia do programa: em 1994, a inflação acumulada foi de 916,50% e, no ano seguinte, desabou para 22,40%, segundo dados compilados pela LCA consultores.

Em 1999, o desajuste das contas do governo implodiu o regime de câmbio fixo. A partir daí, a estratégia foi adotar o tripé composto por câmbio flutuante, metas de inflação e o controle fiscal por meio de superávits primários.

Com isso, a economia brasileira seguiu em trajetória de estabilização, o que se refletiu em maior crescimento do PIB e também na melhora do mercado de trabalho.

Cara nova


Plano Real ganhou segunda família no final de 2010 -
Foto: Joka Madruga/08.06.2012/AE


Em dezembro de 2010, a moeda brasileira ganhou uma nova cara com o objetivo de evitar fraudes. Segundo o BC, as novas tecnologias digitais permitiram a evolução e de “recursos gráficos e elementos antifalsificação mais modernos, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos”.


Apenas as notas novas de R$ 50 e R$ 100 já estão em circulação. As cédulas de R$ 10, R$ 20, R$ 2 e R$ 5 ainda não chegaram às mãos do público, mas existe a possibilidade de isso acontecer ainda este ano, segundo o BC.

A nota de R$ 1 deixou de ser fabricada em 2005 e a segunda família não terá uma reedição da “nota-símbolo” da moeda brasileira. Isso porque, segundo o BC, as moedas têm “uma relação custo-benefício muito superior à das notas, em função de sua durabilidade”.

GRAÇA FOSTER E UM VESPEIRO...PLANO ESTRATÉGICO PETROBRAS 2020 : Graça Foster vai rever patrocínios concedidos pela Petrobras

A presidente da Petrobras, Graça Foster, decidiu segurar e rever todos os patrocínios concedidos pela empresa estatal, informa a coluna Panorama Político, na edição do GLOBO deste domingo.

A decisão de Graça atingiria eventos,
congressos,
publicações,
filmes,
projetos culturais e conferências setoriais e temáticas promovidas pelo governo federal, e que tinham patrocínio estatal.


A coluna cita marqueteiros petistas, atônitos e irritados com a iniciativa da presidente da Petrobras:

"Quem essa Graça Foster pensa que é? A Dilma da Dilma?".

Desde que assumiu a presidência da empresa no lugar de José Sérgio Gabrielli, Graça Foster tem reavaliado todos os gastos da Petrobras de forma a reduzir os custos da estatal, diante de uma queda nas previsões de produção para níveis "mais realistas", segundo ela mesma afirmou.

A estatal tem sofrido queda nas cotações das suas ações, em meio a pressões de investidores por melhores resultados. Uma das reivindicações dos investidores é de mais aumentos nos preços dos combustíveis vendidos pela empresa, o que o governo - seu controlador - quer evitar.

Na última quarta-feira, Graça Foster e quatro diretores da empresa foram submetidos a uma bateria de perguntas de investidores em Nova York, em um encontro convocado pelos executivos para explicar o novo plano de investimentos de empresa, para o período 2012-2016.

Ela disse que o novo plano de investimentos é mais realista do que os anteriores e que a empresa aprendeu algumas lições.


O Globo