"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 11, 2010

A CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS.

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Ligia Guimarães Do G1, em São Paulo

Foi aprovado no Senado e aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto de lei que prevê que o governo injete dinheiro na Petrobras a fim de reforçar o caixa da estatal e preparar a empresa para explorar o petróleo localizado nas reservas do pré-sal, em águas ultraprofundas. O projeto é um dos quatro que compõem o marco regulatório do petróleo idealizado por uma equipe de ministros do governo Lula.

Se for aprovado pelo presidente Lula, a Petrobras terá, sem precisar disputar uma licitação, o direito de explorar volume de até 5 bilhões de barris que estejam em áreas do pré-sal que ainda não foram concedidas e nem delimitadas.

Lula pode vetar o texto do projeto, aprovar totalmente ou parcialmente.


Entenda o projeto(Infográfico) que prevê injeção de dinheiro na Petrobras

AS TENDÊNCIAS DO CRESCIMENTO.


Luciano Pires e Victor Martins Correio Braziliense

Em um cenário de acomodação do crescimento econômico, alguns dos combustíveis que fizeram o país bater todos os recordes de expansão no primeiro trimestre tendem a perder força ao longo de 2010.

Emprego, renda, crédito à pessoa física, financiamento às empresas, liberação de recursos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que funcionaram como pilares do Produto Interno Bruto (PIB) entre janeiro e março, continuarão a mover as demais engrenagens, só que em uma intensidade menor.

Analistas dizem que será justamente essa moderação que permitirá ao Brasil sonhar com novos saltos a partir de 2011.

Nos últimos anos, as porteiras do crédito foram escancaradas. O consumidor e as companhias, que não estavam acostumados com tanta fartura, ampliaram fortemente seus níveis de endividamento.

Nesse embalo, cresceu 17% a quantidade de financiamentos das pessoas físicas entre maio do ano passado e abril de 2010. O setor produtivo ficou pouco abaixo: 15,8%. Juntos, esses segmentos somaram, em abril, R$ 1,4 trilhão.

Tanto dinheiro foi convertido em investimento, vendas e compras e, apesar do cenário de desaceleração previsto para os próximos meses, o Brasil ainda tem fôlego para ampliar o endividamento em alguns segmentos.



A parcela da população com renda acima de R$ 10 mil mensais dá sinais de que não consegue contrair mais dívidas. Por dois meses consecutivos, conforme dados da Serasa Experian, esse grupo de pessoas, que liderou a busca por recursos no fim da crise financeira, registrou recuo na demanda por crédito.

Em abril, a retração foi de 6% frente a março. Em maio, de 4,5% contra o mês anterior. Os financiamentos para veículos também se encaixam entre os segmentos que se aproximam de um limite.

TAMBÉM CONCORDO : PLANALTO NOVO MERECE NOVO GOVERNO.


Agencia o Globo/Catarina Alencastro e Evandro Éboli O Globo

Para deputado, é hora de fazer mudanças e levar um novo grupo ao poder

Num discurso bastante aplaudido, o deputado Fernando Gabeira aproveitou a Convenção Nacional do PV, que lançou a candidatura à Presidência da senadora Marina Silva, para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Gabeira, o petista “frustrou os sonhos” dos brasileiros que o elegeram.


Usando o fato de o Palácio do Planalto, sede do Executivo, estar em obra, o deputado disse que agora é hora de reformar também na política e pôr um novo grupo no poder.

— Lutamos para colocar nosso grupo (lá). E conseguimos.

Há oito anos que eles estão aí. Mas nossos sonhos foram frustrados. Vamos de novo lutar para colocar outro grupo, para ver se agora melhora — afirmou.

AINDA SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA.

Rogério L. F. Werneck O Estado de S. Paulo
Mesmo um relógio parado mostra a hora certa duas vezes por dia. Na semana passada a campanha eleitoral - vazia, modorrenta e escapista - esbarrou, por mero acaso, numa questão fundamental. Instados pela mídia, Dilma e Serra viram-se obrigados a discordar de Lula sobre a carga tributária.

O ruído durou pouco.
A campanha logo voltou ao seu leito natural. Mas o raro e pequeno surto de relevância merece atenção.

Para desqualificar críticas à carga tributária, o presidente lançou mão de um velho truque diversionista a que o governo recorre com frequência: rotular qualquer censura ao peso do Estado na economia como reles "defesa do Estado mínimo".

Desta vez, o argumento de sempre veio em nova embalagem. Para justificar a carga tributária no Brasil, Lula alegou que países onde a arrecadação mal chega a 10% do PIB não têm Estado.

"O Estado não pode fazer nada."

O argumento não convenceu nem mesmo a candidata governista. Tanto Dilma como Serra se viram compelidos a discordar do presidente e externar preocupações com a carga tributária no País.

Não há ninguém defendendo, em sã consciência, que a carga tributária seja reduzida de 36% do PIB para 10%.

Trata-se de discutir como mudar o atual regime fiscal para que, dentro de quatro anos, ao fim do próximo mandato presidencial, o País não esteja arcando com carga tributária ainda mais alta, beirando, quem sabe, 40% do PIB.

Que prioridade o novo ocupante do Planalto poderá vir a atribuir a tal desafio? É bom não alimentar ilusões. Vai ser preciso bem mais do que vagas declarações de preocupação com a elevação da carga tributária.

Sem desmontar os mecanismos subjacentes à expansão explosiva do gasto público, não há como conter a elevação da carga tributária.

É ingênuo esperar que o vencedor da eleição presidencial, seja ele quem for, terá as convicções necessárias para abrir mão dessa possibilidade de aprofundamento da extração fiscal.

Preparem-se, portanto, para nova e substancial escalada da carga tributária nos próximos quatro anos.