"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 29, 2010

LUCIANA E DILMA - AGORA VAI

 
SÃO PAULO -
Diante de uma plateia exclusivamente de jovens, a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República responde a perguntas feitas por jornalistas e personalidades como Amaury Jr., Plínio Teodoro (repórter do Jornal da Tarde) e Kennedy Alencar (da Folha de S. Paulo), 
além das elaboradas pela própria
apresentadora do Superpop,
Luciana Gimenez.

"Parabéns para a nova vovó", diz a anfitriã. 
Aplausos orquestrados do público para o bebê que a filha da ministra, Paula, espera há cerca de 8 semanas.

Vez ou outra, Dilma perde o rebolado diante de investidas de Luciana, do calibre de:
"O que aconteceu no apagão? Caiu o fio?".

Mas, no geral, a química entre as duas rola bem, ao ponto de a apresentadora convencer a ministra a preparar um ovo mexido e provar que sabe cozinhar.

"A Luciana dá humanidade às entrevistas e eu devia uma visita ao programa há muito tempo", explica uma ultrasorridente Dilma no final da gravação, pouco depois de posar para as lentes amadoras do pequeno Lucas, filho da apresentadora com Mick Jagger, nos bastidores.

O tom das declarações da ministra-candidata é sempre de tarefas a serem realizadas ou das já finalizadas.
 
Mas, se confrontada com perguntas objetivas sobre a candidatura, Dilma foge.

"Não posso falar em nomes de vice sem sequer ter sido escolhida", desconversa sobre Michel Temer.

No mais, ao longo do programa, conversa sobre as dificuldades de ser mulher na política, sobre não ter nenhum arrependimento na vida, sobre sua saúde - e aceita o conselho da anfitriã de passar a carregar marmita, para se alimentar melhor.

"Estou muito bem de saúde, bem mesmo", reforça.

Dilma e Luciana no Superpop: boa química

O SALVADOR DO MUNDO, AMÉM PARLAPATÃO

  (...)
- Tenho visto, em várias publicações internacionais, que o Brasil está na moda. Permitam-me dizer que se trata de um termo simpático, porém inapropriado. 
O modismo é coisa fugaz, passageira. 

E o Brasil quer e será ator permanente no cenário do novo mundo - ressaltou.

- O Brasil, porém, não quer ser um destaque novo em um mundo velho. A voz brasileira quer proclamar, em alto e bom som, que é possível construir um mundo novo. 
O Brasil quer ajudar a construir este novo mundo, que todos nós sabemos, não apenas é possível, mas dramaticamente necessário, como ficou claro, na recente crise financeira internacional, mesmo para os que não gostam de mudanças - prosseguiu Lula.

- O olhar do mundo hoje, para o Brasil, é muito diferente daquele, de sete anos atrás, quando estive pela primeira vez em Davos. 

Naquela época, sentíamos que o mundo nos olhava mais com dúvida do que esperança. O mundo temia pelo futuro do Brasil, porque não sabia o rumo exato que nosso país tomaria sob a liderança de um operário, sem diploma universitário, nascido politicamente no seio da esquerda sindical - acrescentou.
 (...)
O presidente foi enfático ao lembrar que o Brasil fez a sua parte: 
''Sete anos depois, eu posso olhar nos olhos de cada um de vocês – e, mais que isso, nos olhos do meu povo – e dizer que o Brasil, mesmo com todas as dificuldades, fez a sua parte. Fez o que prometeu''.
A seguir, Lula fez uma pergunta: 
'O que aconteceu com o mundo nos últimos sete anos? Podemos dizer que o mundo, igual ao Brasil, também melhorou?
E respondeu: 
'Não faço esta pergunta com soberba. Nem para provocar comparações vantajosas em favor do Brasil. 
Faço esta pergunta com humildade, como cidadão do mundo, que tem sua parcela de responsabilidade no que sucedeu – e no que possa vir a suceder com a humanidade e com o nosso planeta'.

- Podemos dizer que, nos últimos sete anos, o mundo caminhou no rumo da diminuição das desigualdades, das guerras, dos conflitos, das tragédias e da pobreza? Podemos dizer que caminhou, mais vigorosamente, em direção a um modelo de respeito ao ser humano e ao meio ambiente? 

Podemos dizer que interrompeu a marcha da insensatez, que tantas vezes parece nos encaminhar para o abismo social, para o abismo ambiental, para o abismo político e para o abismo moral? - indagou mais uma vez.

- Posso imaginar a resposta sincera que sai do coração de cada um de vocês, porque sinto a mesma perplexidade e a mesma frustração com o mundo em que vivemos. 
E nós todos, sem exceção, temos uma parcela de responsabilidade nisso tudo. Nos últimos anos, continuamos sacudidos por guerras absurdas. 

Continuamos destruindo o meio ambiente. 
Continuamos assistindo, com compaixão hipócrita, a miséria e a morte assumirem proporções dantescas na África. 

Continuamos vendo, passivamente, aumentar os campos de refugiados pelo mundo afora. 
E vimos, com susto e medo, mas sem que a lição tenha sido corretamente aprendida, para onde a especulação financeira pode nos levar - criticou. 

DA MESMA LAIA DO PARLAPATÃO

Altair Lavratti foi surpreendido durante reunião em galpão da usina de reciclagem de lixo de Imbituba - Guto Kuerten
Altair Lavratti foi surpreendido durante reunião em galpão 
da usina de reciclagem de lixo de Imbituba
Diogo Vargas, com colaboração de Gabriel Rocha |
 diogo.vargas@diario.com.br 

Uma força-tarefa entre Polícia Militar (PM) e Ministério Público prendeu na noite desta quinta-feira o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Santa Catarina, Altair Lavratti.

Mais três pessoas ligadas ao MST são procuradas. A ação autorizada pela Justiça de Imbituba teve como objetivo frustrar tentativas de invasões de áreas públicas na região Sul do Estado.

Pelo menos 30 PMs foram mobilizados na operação para cumprir quatro mandados de prisão preventiva decretados pelo juiz Welton Rubenich, de Imbituba.

A polícia surpreendeu o grupo às 21h numa reunião que era realizada num galpão da usina de reciclagem de lixo da cidade. As seis pessoas que estavam com Lavratti na reunião foram liberadas, e seus nomes serão encaminhados para a Justiça. Os outros três procurados são sindicalistas ou líderes comunitários investigados desde dezembro de 2009.

O comandante da PM em Imbituba responsável pela operação, major Evaldo Hoffmann, disse que os investigados estavam arregimentando famílias da região para invadir áreas da Zona de Processamento e Exportações (ZPE) e do BNDES.

— Cada líder comunitário que angariasse 10 famílias ganharia R$ 2 mil de prêmio — apurou o major Hoffmann em conjunto com o Ministério Público.

E AINDA QUEREM 5% SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

 da Folha Online
A inadimplência das empresas cresceu 18,8% no ano passado, na comparação com 2008. 
Trata-se do maior avanço desde 2001, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta sexta-feira.

Segundo a Serasa, a volatilidade provocada pela crise financeira internacional "atingiu, sensivelmente, as finanças das empresas brasileiras" no ano passado. "Com o real forte, recessão e baixo crescimento das economias globais, [as empresas] exportadoras sentiram mais os efeitos da crise." 

Em 2009, o ranking de representatividade da inadimplência das empresas foi liderado pelos títulos protestados, com 41,5% de participação no indicador, contra 41,7% em 2008. 
Em seguida estão os cheques sem fundos, que representaram 38,6% da inadimplência das pessoas jurídicas no ano passado --contra 39,1% em 2008.
As dívidas com bancos representaram 19,9% da inadimplência em 2009, acima dos 19,2% verificados ao longo de 2008.

As dívidas com bancos tiveram um valor médio de R$ 4.569,30, o que resultou em 3,9% de elevação, ante 2008. Os cheques sem fundos, por sua vez, tiveram em 2009 um valor médio de R$ 1.736,13, com 9,4% de crescimento, quando comparado com 2008.

Os títulos protestados, por sua vez, tiveram no ano passado um valor médio de R$ 1.679,83, resultando em 26,2% de aumento, comparando-se com 2008. 

A SEREIA NÃO DESISTIU DOS "MARES" DA ONU

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da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em discurso lido em Davos pelo ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, que o mundo "fechou olhos e ouvidos" para a situação caótica que afeta o Haiti muito antes do terremoro do último dia 12 e questionou quando a comunidade internacional vai parar de agir "ao calor do remorso". 

Trechos : 

"Todos nós sabemos que a tragédia do Haiti foi causada por dois tipos de terremotos: o que sacudiu Porto Príncipe, no início deste mês, com a força de 30 bombas atômicas, e o outro, lento e silencioso, que vem corroendo suas entranhas há alguns séculos", disse Lula, no discurso, em referência ao terremoto de magnitude 7 que devastou parte do país e deixou milhares de mortos. 

"Vendo os efeitos pavorosos da tragédia do Haiti, também pergunto: 
quantos Haitis serão necessários para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao calor do remorso?", questionou. 

"O que existe de impossível nisso? 
Por que não caminharmos nessa direção, de forma consciente e deliberada e não empurrados por crises, por guerras e por tragédias? 

Será que a humanidade só pode aprender pelo caminho do sofrimento e do rugir de forças descontroladas?", continuou Lula, em discurso que no qual falou ainda de suas conquistas políticas e econômicas durante os dois mandatos. 

"Outro mundo e outro caminho são possíveis. 
Basta que queiramos.
E precisamos fazer isso enquanto é tempo".

DE VOLTA À REALIDADE

O ministro Guido Mantega (Fazenda) informou que o governo decidiu não renovar as medidas que resultaram na redução de impostos para diversos produtos.
 Adotadas para atenuar os efeitos da crise financeira global sobre a economia brasileira, as reduções de alíquotas vinham sendo renovados sucessivamente.

Acabou o refresco, avisou Mantega na Suíça. Falou em Zurique, a caminho de Davos, onde se realiza o Fórum Econômico Mundial.
 Informou que a redução do IPI da chamada linha branca (eletrodomésticos como fogões e geladeiras) termina já neste final de semana.

A última renovação só vale até domingo (31). E não será renovada. Por quê? Ouça-se Mantega:
“Consideramos que, se a economia está crescendo, ela não precisa mais da ajuda do Estado”.
O prazo do IPI reduzido para a compra de automóveis expira em 31 de março. O ministro avisa: “Isso não será renovado”.

Mantega estima que, passada a marolinha de 2009, a economia brasileira crescerá entre 5% e 5,5% neste ano da graça de 2010.

Acha que o resultado será assegurado sobretudo pelo consumo doméstico e pelos novos investimentos. Públicos e privados.
 Contesta a tese de que o Brasil flerta com uma bolha inflacionária: “Não acho que haja nem bolha nem superaquecimento da economia brasileira...”

“...Quem diz isso está fazendo um prognóstico apressado. Estamos apenas recuperando o que perdemos”.
 Tomado de otimismo, o ministro prevê, de resto, que serão produzidos no país 1 milhão de novos empregos em 2010.

Disse que certos setores já se ressentem da falta de mão-de-obra. Mencionou especificamente a construção civil.
 Se Mantega estiver certo, o ambiente benfazejo levará água à candidatura oficial da ministra Dilma Rousseff. É essa a aposta do governo.

Do ponto de vista econômico, o fim da amabilidade tributária tornou-se um imperativo. Brasília já não pôde dispor de arrecadação.
Para cumprir as metas de superávit primário de 2009, o governo teve de lançar mão de um artifício. Descontou de suas despesas os investimentos do PAC.
Sem isso, a conta não fecharia.

MST X GILMAR MENDES

 Agência Brasil
PORTO ALEGRE - 
Um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, acusou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de ser o “porta-voz” da direita no país.

- O presidente do STF se transformou no líder da direita, seu Gilmar Mendes. Ele não é um jurista. 
Quem elegeu ele? 
Ele foi indicado pelo Fernando Henrique Cardoso e agora fala sobre tudo - disse Stédile durante uma manifestação do MST no Fórum Social Mundial em Porto Alegre.

De acordo com Stédile, as atitudes do presidente do STF revelam como o Judiciário trabalha contra os movimentos sociais, que também enfrentam ataques do Legislativo, em especial da bancada ruralista, e dos veículos de comunicação.

- Eles [a direita] utilizam os instrumentos sobre os quais têm hegemonia total. Um vai repercutindo o outro. 
Por que utilizam o Judiciário? 
Porque vão orientando todo o aparato repressivo - disse.

O líder do MST também comentou a prisão de nove militantes em São Paulo envolvidos na ocupação de fazenda da Cutrale, no ano passado, e lembrou que o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) comprovou que as terras ocupadas eram griladas.

- O delegado da polícia, a mando de não sei quem, mandou prender nove militantes. 
Não sei por que não mandou prender as 240 famílias que estavam na ocupação - ressaltou.

As declarações de Stédile foram feitas durante manifestação do MST contra a criminalização dos movimentos sociais e a punição a líderes do movimento. 
Na atividade, também foram exibidas imagens de sem-terra mortos em ações da polícia militar em diversos lugares do país. 

 
LEMBRAM DO ABRIL/VERMELHO? 
As ameaças feitas para "infernizar" a vida do governo e fazer de abril um mês "vermelho"
Aqui
DINHEIRO PRA REFORMA AGRÁRIA
A pressão do MST funcionou: Lula liberou 1 bilhão e 700 milhões de reais.

SUPERÁVIT PRIMÁRIO ( -39% )

 Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) -
O superávit primário do setor público brasileiro caiu 39 por cento em 2009 frente ao ano anterior e o governo teve que abater das contas investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para garantir o cumprimento da meta fiscal.

O Banco Central informou nesta quinta-feira que o superávit primário, que mede a economia feita pelo país para o pagamento de sua dívida, ficou em 64,518 bilhões de reais em 2009, o equivalente a 2,06 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) --pior desempenho da série histórica, com início em 2001.
Em 2008, o superávit havia sido de 106,420 bilhões de reais, ou 3,54 por cento do PIB.

"Em função da crise nós tivemos uma redução significativa da receita, seja por nível de atividade, seja por desonerações, isso já era esperado", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. 
Ele destacou que em grande parte do mundo esse efeito se deu "em muito maior intensidade".

O governo tinha como meta um superávit primário de 2,5 por cento do PIB, mas esse valor poderia cair com o abatimento de todos os investimentos do PAC no ano.

LIBERALISMO ECONÔMICO

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Um artigo publicado na edição desta quinta-feira da revista britânica The Economist afirma que o liberalismo econômico ainda é tabu no Brasil.

“Liberalistas econômicos são tão escassos no Brasil como flocos de neve”, diz o texto, intitulado The almost-lost cause of freedom (“A causa quase perdida da liberdade”, em tradução livre).

O artigo afirma que a “mudez” dos liberalistas no país ocorre, em parte, porque o voto é compulsório, o que faz com que os eleitores pobres “ajudem a empurrar os partidos na direção de um Estado maior”.

De acordo com a Economist, “a escassez dos liberalistas é ainda mais estranha dada a história do país”.

Nesse sentido, a revista oferece ainda outra explicação para essa falta – o fato de que muitos dos políticos brasileiros participaram da oposição durante o regime militar (1964-1985).

O texto cita, por exemplo, que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva era um líder sindicalista, e o pré-candidato nas próximas eleições José Serra, um ex-líder estudantil exilado.

Apesar disso, o artigo afirma que muitos dos políticos que faziam parte dessa oposição esquerdista “provaram ser pragmáticos no governo”.

A revista afirma, por exemplo, que nenhum dos candidatos nas próximas eleições fala em cortar impostos, apesar do aumento da porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) destinada ao governo, que chegou a um patamar próximo dos países europeus.

Avanços

De acordo com a Economist, os liberalistas brasileiros enfrentam ainda outro problema para se manifestarem: “a falta de um partido onde suas ideias sejam bem-vindas”.

Mas, se a tônica do texto trata da falta de liberalistas no país, a revista oferece um contraponto e afirma que as instituições responsáveis pela política econômica estão mais liberais, no sentido de que estão mais livres da interferência do governo do que jamais estiveram.

A revista afirma ainda que a abertura econômica trazida pelo governo de Fernando Collor de Melo impulsionou os liberalistas a “fazer mais barulho” e cita os grupos voltados a essa doutrina, como o Fórum da Liberdade e o Movimento por um Brasil Competitivo.

Apesar dos avanços, a Economist afirma que “por enquanto, no entanto, as pessoas que queiram praticar o liberalismo econômico são aconselhadas a fazê-lo em particular”.

RISCO DE VOLATILIDADE, É POSSÍVEL?

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que parte nesta sexta-feira para a cidade de Davos, na Suíça, disse que não espera nenhuma volatilidade econômica neste ano por ocasião das eleições de outubro.

“Eu não espero nenhuma volatilidade no Brasil, porque o Brasil está muito sólido e deverá seguir na trilha que já foi aberta”, disse o ministro na capital suíça, Zurique, onde fez uma parada antes de seguir para Davos. “Seria irracional de algum governo jogar fora aquilo em que avançamos, as conquistas que obtivemos e uma estratégia vencedora.”

Falando a três jornalistas brasileiros, o ministro disse que está “pagando para ver” algum dos principais pré-candidatos que hoje se oferecem para o eleitorado propor mudanças profundas no rumo da economia.

“Eu quero ver quem é o candidato que vai mudar, que vai dizer, ‘vou acabar com o Bolsa Família, baixar o salário mínimo, para de estimular o investimento, deixar de estimular a indústria naval, construção civil, desativar o Minha Casa, Minha Vida’. Eu acho muito temerário. Eu duvido, faço uma aposta com vocês. Tô pagando pra ver”, disse Mantega.

“Você só explora a questão econômica quando está dando errado. Mas quando o resultado é bom, quando a discussão é se o crescimento vai ser 6% ou 6% (embora o ministro diga que, pessoalmente, acredite em uma alta do PIB de 5% a 5,5% em 2010), o que é que você vai criticar?”

T A M A R / 30 ANOS

 
Karina Ninni - especial para O Estado
SÃO PAULO - 
Tartarugar. Carebar. Verbos que, graças aos 30 anos de existência do Projeto Tamar, mudaram de significado ou foram banidos do dicionário de muitas comunidades litorâneas. 
“Quando começamos, nenhum ninho de tartaruga dava filhotes. O ciclo estava interrompido”, relembra Neca Marcovaldi, hoje presidente voluntária da Fundação Pró-Tamar, que coadministra o projeto. “Se não fosse pelo Tamar, essas tartarugas não teriam tido nenhuma chance”.

Números do projeto
10 milhões de filhotes nasceram sob a proteção do Tamar

20 mil é o número de desovas monitoradas anulamente

900 mil filhotes de tartaruga são liberados no mar todos os anos pelo Tamar