da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em discurso lido em Davos pelo ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, que o mundo "fechou olhos e ouvidos" para a situação caótica que afeta o Haiti muito antes do terremoro do último dia 12 e questionou quando a comunidade internacional vai parar de agir "ao calor do remorso".
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"Todos nós sabemos que a tragédia do Haiti foi causada por dois tipos de terremotos: o que sacudiu Porto Príncipe, no início deste mês, com a força de 30 bombas atômicas, e o outro, lento e silencioso, que vem corroendo suas entranhas há alguns séculos", disse Lula, no discurso, em referência ao terremoto de magnitude 7 que devastou parte do país e deixou milhares de mortos.
"Vendo os efeitos pavorosos da tragédia do Haiti, também pergunto:
quantos Haitis serão necessários para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao calor do remorso?", questionou.
quantos Haitis serão necessários para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao calor do remorso?", questionou.
"O que existe de impossível nisso?
Por que não caminharmos nessa direção, de forma consciente e deliberada e não empurrados por crises, por guerras e por tragédias?
Será que a humanidade só pode aprender pelo caminho do sofrimento e do rugir de forças descontroladas?", continuou Lula, em discurso que no qual falou ainda de suas conquistas políticas e econômicas durante os dois mandatos.
"Outro mundo e outro caminho são possíveis.
Basta que queiramos.
Basta que queiramos.
E precisamos fazer isso enquanto é tempo".
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