"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 10, 2012

MAMULENGA, O QUE ESTÁ ACONTECENDO? DE EXPORTADOR PARA O MUNDO...Brasil importa recorde de 1,1 bi/Ls/etanol dos EUA em 2011.


O Brasil importou 1,1 bilhão de litros de etanol dos Estados Unidos em 2011, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume é recorde e muito superior aos 74,084 milhões de litros importados em 2010.


Segundo a Secex, as importações de etanol dos Estados Unidos representaram 96,7% do total importado pelo Brasil em 2011, que atingiu perto de 1,14 bilhão de litros.

Em dezembro, a importação foi recorde histórico para um único mês, atingindo 279,71 milhões de litros ante 152,2 milhões de litros em novembro e 132,32 milhões em outubro.


As exportações foram realizadas principalmente via Nordeste, onde o menor frete garante margem para a operação. A menor produção de etanol em 2011/12 levou ao aumento das importações do produto.

Já as exportações do produto caíram 54,7% para 1,96 bilhão de litros, de acordo com a Secex. Já as exportações de etanol para os Estados Unidos subiram de 313,4 milhões de litros em 2010 para 663,925 milhões de litros.


Este aumento foi impulsionado pelos prêmios pagos pelos Estados Unidos para o etanol avançado, categoria em que o etanol de cana-de-açúcar está incluído por ter emissões reduzidas.

Com o prêmio pago pelo produto brasileiro, o Brasil pode exportar etanol de cana e importar etanol de milho, e ainda ganhar um prêmio na operação.


Em 2012, a expectativa é de que as exportações para os Estados Unidos podem crescer ainda mais com a queda da tarifa de importação a partir de 31 de dezembro de 2011.

Eduardo Magossi, da Agência Estado

"PUDÊ" DA CASTA : O homem do "não" embolsa R$ 51 mil

Ele realmente é o homem do dinheiro.

Segundo na hierarquia do Tesouro Nacional, o subsecretário de Política Fiscal, Marcus Pereira Aucélio, é mais conhecido como a autoridade que de fato diz não aos pedidos de recursos de parlamentares e até de ministros para todo tipo de despesa, incluindo reajustes salariais para servidores públicos.

Tão potente quanto o poder da sua canetada é o tamanho do seu contracheque.

Engenheiro florestal e analista de controle do Tesouro Nacional de carreira, Aucélio embolsa por mês R$ 51 mil por causa do cargo, quase o dobro do teto do funcionalismo previsto na Constituição, atualmente de R$ 26.723,13.


É bem mais que os salários recebidos por ministros, que abocanham remunerações de até R$ 45,7 mil, conforme mostrou o Correio no domingo.

O contracheque é inflado por jetons, recebidos pela participação em conselhos de estatais e de empresas privadas com capital da União.

O salário do subsecretário do Tesouro é de R$ 23,7 mil, mas ele ganha mais R$ 27,3 mil de dois conselhos — da Petrobras e da AES Eletropaulo — e do Comitê de Auditoria do Banco de Brasília (BRB).

Mas seus vencimentos podem chegar a R$ 70 mil num mês.
Basta que ele participe de uma reunião mensal do Conselho Fiscal da Vale, do qual é suplente, caso o titular não possa comparecer.


Participações
Decreto presidencial determina que os representantes da União nessas companhias só podem receber por, no máximo, dois conselhos. Procurado, o Ministério da Fazenda se negou a informar quais entidades o subsecretário do Tesouro integra e a base legal para que ele embolse jetons de três delas.

Da AES Eletropaulo, em que a União tem uma participação minoritária, o segundo homem do Tesouro ganha R$ 3,8 mil brutos por mês.
Pela participação no Conselho Fiscal da petrolífera, embolsa outros R$ 7.090. O que lhe rende mais, no entanto, é o trabalho na auditoria do BRB, R$ 16.405,78 brutos.


Embora também receba um megassalário, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ganha um pouco menos que Aucélio, seu subordinado.

A participação nos conselhos da BR Distribuidora e da Petrobras elevou os rendimentos de Mantega de R$ 26,7 mil para R$ 40,9 mil.
O mesmo ocorreu com sua colega do Planejamento, Miriam Belchior.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, embolsa, no total, R$ 38,7 mil.
Ele engorda o salário de R$ 26,7 mil de ministro em mais R$ 12 mil ao participar da administração das empresas privadas Brasilprev e Brasilcap.

Celso Amorim, da Defesa, é agraciado com R$ 45,7 mil, com o conselho da Itaipu.
O secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, abocanha R$ 41,1 mil brutos mensais.

CRISTIANE BONFANTI Correio Braziliense

brasil maravilha - PRIMEIRA SEMANA DE JANEIRO : Comércio tem deficit US$ 105 milhões


Num prenúncio do que pode ocorrer no comércio exterior neste ano, a balança comercial brasileira fechou a primeira semana de janeiro com saldo negativo de US$ 105 milhões.

As exportações somaram US$ 3,539 bilhões, num volume 2,3% menor do que o registrado no mesmo período em janeiro do ano passado. Enquanto isso, as importações subiram 3,3%, para US$ 3,644 bilhões.

Em relação a dezembro, o tombo foi maior ainda para as vendas: 29,6%. Já as compras recuaram 12,4%.

Entre as exportações, as maiores quedas foram em suco de laranja, açúcar e têxteis, que recuaram, respectivamente, 80,3%, 57,6% e 55,5% na comparação da média diária da primeira semana de janeiro com a de dezembro.

As vendas de produtos básicos tiveram redução de 36,4% e as de manufaturados, 17,5%. Já os embarques de manufaturados encolheram 24,7%.


ROSANA HESSEL Correio Braziliense

país rico é país sem pobreza: Nordeste recebe metade dos benefícios do Bolsa Família em dezembro


A Região Nordeste recebeu 51,1% dos benefícios do Bolsa Família distribuídos pelo governo federal em dezembro de 2011, informa o estudo "Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades", divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Estado da Bahia foi o Estado que mais ganhou recursos - 1,753 milhão de benefícios, 543 mil a mais que São Paulo, segunda unidade da Federação mais favorecida.

Em recursos, o Bolsa Família distribuiu cerca de R$ 1,6 bilhão para todo o País em dezembro.

De acordo com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, a distribuição dos benefícios pelo governo federal não é homogênea porque atende às necessidades locais com o objetivo de reequilibrar as diferenças regionais.

"O Nordeste recebe mais da metade dos benefícios do Bolsa Família, mas a região possui 28% da população", disse. "Nesse caso, o Estado coloca mais recursos na proporção inversa ao tamanho da população porque ali existem mais pobres", afirmou.

Pochmann vê relação entre as políticas sociais adotadas pelo governo nos últimos anos e o crescimento da economia nas regiões menos ricas, como o Nordeste, que viu a renda média subir 28,8% entre 2004 e 2009, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009.

"A atuação do Estado vem produzindo resultados importantes. O País é um dos poucos do mundo que vêm reduzindo pobreza e desigualdade ao mesmo tempo", disse.

As políticas sociais brasileiras, de acordo com o presidente do Ipea, podem ajudar o País diante de um cenário de crise econômica internacional. "Há vários estudos científicos demonstrando que a injeção de recursos para os pobres move segmentos da economia que não seriam movimentados", afirmou.

"Países que vêm tendo mais sucesso diante da crise são aqueles que fortaleceram o mercado interno. E o Brasil tem um potencial enorme de fortalecimento do mercado interno por meio de redução da pobreza."

Cinco Estados receberam mais que um milhão de benefícios em dezembro, sendo três deles do Nordeste:
Bahia (1,753 milhão),
São Paulo (1,210 milhão),
Minas Gerais (1,159 milhão),
Pernambuco (1,116 milhão) e Ceará (1,077 milhão).

O Sudeste foi a segunda região com maior atendimento pelo Bolsa Família, com 24,7% dos benefícios distribuídos.

Depois vieram o Norte (11,1%),
o Sul (7,8%) e o Centro-Oeste (5,4%).

Os três Estados que receberam menos benefícios são da região Norte:
Acre (56 mil),
Amapá (51 mil)
e Roraima (46 mil).

Wladimir D'Andrade, da Agência Estado

O "PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO" DOS INCAUTOS ESTIMULADOS PELO CACHACEIRO E A MAMULENGA : Inadimplência do consumidor cresceu 21,5% em 2011


A inadimplência do consumidor brasileiro cresceu 21,5% em 2011 na comparação com o ano anterior, informou nesta terça-feira, 10, a Serasa Experian.

Esse é o maior nível de aumento desde 2002, quando o Indicador de Inadimplência do Consumidor cresceu 24,7% em relação a 2001.


Na comparação de dezembro com o mesmo mês de 2010, a alta da inadimplência foi de 13,1%. Ante novembro do ano passado, o indicador apresentou queda de 2,5%.

Em nota divulgada à imprensa, a Serasa Experian atribui a ampliação da inadimplência em 2011 ao aumento da inflação, que reduziu o rendimento do trabalhador, e aos juros elevados mantidos durante a maior parte do ano passado e que reduziram a capacidade de pagamento das dívidas pelo consumidor.

"Cabe destacar que o acúmulo de dívidas, de médio e longo prazos, vem desde 2010, ano em que as condições de crédito e do orçamento do consumidor foram mais favoráveis do que em 2011", afirma a entidade.

No resultado de dezembro ante novembro, a maior contribuição para a queda de 2,5% veio das dívidas com bancos, que caíram 2% - esse tipo de dívida corresponde a 49,3% do peso do indicador. O valor médio das dívidas com bancos nos 12 meses de 2011 foi de R$ 1.302,12, redução de 0,7% ante o mesmo período de 2010.

A maior queda em dezembro ante novembro foi verificada nos protestos, que encolheram 11,5%. O valor médio dos títulos protestados, no entanto, cresceu 16% em 2011 na comparação com 2010 e atingiu o valor de R$ 1.372,86.

O valor médio das dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços) em 2011 ficou em R$ 320,63, queda de 17,3% na comparação com 2010. Os cheques sem fundo, por sua vez, apresentaram aumento de 8,4% sobre 2010, atingindo o valor médio de R$ 1.359,19. Na comparação de dezembro ante novembro, dívidas não bancárias e cheques sem fundo tiveram queda de, respectivamente, 1,2% e 8,3%.

Crescimento

O assessor econômico da Serasa Experian Carlos Henrique de Almeida diz que "há grandes chances" de a inadimplência do consumidor brasileiro manter a trajetória de crescimento nos três primeiros meses deste ano.

De acordo com ele, existe um movimento natural de aumento da inadimplência no primeiro trimestre de cada ano, embora essa sazonalidade não tenha se manifestado em 2010.


"O ano de 2010 foi muito bom, mas agora há grandes chances de 2012, assim como 2011, cumprir essa sazonalidade", afirmou Almeida.

O economista também lembra que neste ano o mês de fevereiro terá um dia a mais, o que deve contribuir para o avanço do índice no primeiro trimestre. "É um dia a mais de registro de inadimplência, o que dá uma certa contribuição", afirma.

Segundo o Almeida, assim como ocorreu em 2010, a busca do consumidor por crédito continuou aquecida no ano passado, mas a inflação alta e a manutenção dos juros em níveis elevados criaram dificuldades para o brasileiro arcar com suas dívidas.

"O crédito continuou em alta em 2011, mas no balanço do ano o consumidor acabou tendo dificuldades", afirmou.

Wladimir D'Andrade, da Agência Estado