"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 19, 2014

TÍTERE/CEGA/MUDA/SURDA. QUEM? A APADRINHADA DO VELHACO FILHO...do brasil

Sempre que questionada sobre o fracasso econômico de seu governo, Dilma diz que ‘não sabe’ as razões. Recusa-se a reconhecer erros e indica que vai perseverar no descaminho

Há algumas semanas, Dilma Rousseff foi questionada a respeito das razões de a economia brasileira estar se saindo tão mal no seu governo. Não pensou duas vezes antes de responder ao correspondente internacional que a questionara: Não sei”.

Ontem, a candidata-presidente manteve a cantilena, dizendo, na bancada do Jornal Nacional, que “não sabe” de onde vem a profusão de indicadores que mostram a debacle em marcha na atividade econômica. A questão que fica é: qual país, afinal, ela está governando?

Como sempre, a estratégia da presidente para fugir do constrangimento de admitir que sua gestão fracassa em fazer o país crescer, criar mais oportunidades de emprego e geração de renda e melhorar as condições de vida da população foi acenar com um futuro venturoso. O problema é que, com ela, ele nunca chega.

Dilma irá se notabilizar por entregar a seu sucessor um país pior do que recebeu. O crescimento do PIB mergulhou de 7,5% no ano de sua vitória nas urnas – número, reconheça-se, inflado pelo vale-tudo promovido por Lula para elegê-la – para menos de 1% previsto para este ano.

Pela primeira vez desde a estabilização conquistada com o Plano Real, a inflação no fim do mandato presidencial será mais alta que a do início. Aliás, em nenhum dos quatro anos de sua gestão, Dilma sequer se aproximou de cumprir a meta fixada. Os juros também já estão mais altos do que estavam quando a petista sucedeu Lula.

Dilma repete que o Brasil enfrenta a crise mundial sem desempregar. Mas o total de empregos gerados no país caiu praticamente à metade entre 2010 e 2013, de acordo com números da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho.

A presidente finge ignorar que o ovo da serpente do desemprego já está sendo chocado. Desde 2010, só a indústria já reduziu seu estoque de empregos em 400 mil vagas. No primeiro semestre do ano, 12 mil pessoas tiveram seu contrato de trabalho suspenso, na antessala da demissão – nível só visto antes no auge da crise de 2009.

Daqui a duas semanas será conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre. 
É quase certo que a economia terá encolhido, e não crescido, no período. Novamente, segundo o que disse ontem na TV Globo, parece clara a explicação que Dilma dará para seu insucesso: esqueçamos o passado, porque o porvir será uma maravilha.

Não dá para passar a borracha em quatro anos de retrocessos, em quatro anos de escolhas equivocadas, em quatro anos de insistência no erro. Dilma Rousseff parece convicta de que seguiu o caminho correto e que, uma vez reeleita, irá perseverar nele. Se isso acontecer, será a vez de todos os brasileiros dizerem que não sabem aonde o desastre vai dar.

Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
Dilma continua não sabendo

O CACHACEIRO VELHACO E O 2º "GUVERNU MELHOR" DA GERENTONA 1,99 COM VOTO SEM RECEIO : Um dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar em entrevista que os dados antecedentes 'indicam uma recuperação no segundo semestre', setor de embalagens diminui projeção para o ano


Um dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar em entrevista que os dados antecedentes 'indicam uma recuperação no segundo semestre', setor de embalagens diminui projeção para o ano

Apenas um dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar em entrevista que os indicadores antecedentes apontam para um cenário melhor no segundo semestre, o mercado já começa a mostrar que nem tudo são flores. A produção de embalagens da indústria brasileira recuou 0,73% no primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) encomendada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre). 

No segundo trimestre, houve queda em dois dos três meses da apuração, o que reforçou a tendência de desaceleração do setor no ano. A perspectiva para a produção de embalagens em 2014 agora varia entre estabilidade e queda de 0,7%. A previsão no início deste ano era de crescimento de 1,5%.

Nesta segunda-feira, 19, Dilma afirmou em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que os indicadores antecedentes "indicam uma recuperação no segundo semestre, vis a vis, o primeiro". Indicadores antecedentes nada mais são do que uma nome técnico utilizado para dados de tendência, aqueles que dão perspectivas para a economia nos próximos meses.

Indicadores antecedentes. 
A produção de embalagens, divulgada hoje, é um dos milhares de indicadores que entram nesta análise de indicadores antecedentes. Tudo depende do modelo econométrico utilizado. No Relatório de Inflação do Banco Central, por exemplo, são analisadas 49 variáveis.

Para medir a tendência para o nível da atividade, são 11: 
Índice de Carga Própria de Energia Elétrica de São Paulo (Eletrobrás), Capacidade Utilizada na Indústria em São Paulo e nacionalmente (Fiesp e CNI), Índice de Demanda (Banco Central), Índice de Quantidade de Cimento Despachada pela Indústria (FGV), produção industrial no Brasil e no setor de mineração (IBGE), produção de insumos da construção civil (IBGE), vendas de eletrodomésticos (Eletros), vendas industriais reais (Fiesp) e vendas de automóveis (Fenabrave).

Algumas destas pesquisas, como as vendas de eletrodomésticos, não são
divulgadas ao público, mas as que são abertas apontam, pelo contrário, para um cenário de atividade ainda fraca no segundo semestre.

A começar pela quantidade de papelão vendida, um dos indicadores que Dilma citou ontem na entrevista, houve alta de 2,99% do indicador em julho, segundo dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O aumento das vendas em julho, porém, é considerado pontual, não indicando tendência firme, pois ocorre após três meses de queda. Para 2014, a associação prevê crescimento de no máximo 2%, projeção abaixo do que as expectativas iniciais, de alta de 3,5% a 4%.

As vendas de veículos, outro indicador citado na entrevista, vão mal no ano, a ponto de a indústria já começar a demitir, dar férias coletivas e acumular estoques de automóveis nos pátios das montadoras. Segundo a Fenabrave, os emplacamentos caíram 13,88% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, quando foram emplacadas 1.957.659 unidades, há queda de 8,57% em comparação ao mesmo período de 2013.

YOLANDA FORDELONE - O ESTADO DE S. PAULO

VAI "EMBARCAR" NO 2º"GUVERNU MELHOR" DA GERENTONA 1,99 COM VOTO SEM RECEIO "BANCADO" PELO CACHACEIRO VELHACO? BRASIL HOJE : Volume de cheques sem fundos em julho bate recorde para o mês, diz Serasa


O porcentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 2,24% em julho, o maior número já registrado no mês desde o início da série histórica em 1991. Em junho, o indicador estava em 1,92%, e o avanço na margem foi de 0,32 ponto porcentual. No mesmo mês do ano passado, o indicador indicava 2,03%. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o porcentual de cheques devolvidos avançou de 2,07%, em 2013, para 2,11%, em 2014.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência com cheques revela a maior dificuldade do brasileiro em honrar com seus compromissos financeiros no começo do segundo semestre. "Estagnação da economia, juros elevados, inflação ainda em patamar desconfortável e enfraquecimento do mercado de trabalho são alguns dos elementos que contribuem para esta elevação", dizem em nota.

Na abertura do indicador por regiões, o cenário não mudou na comparação do acumulado do ano. Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos nos primeiros sete meses de 2014, com 12,13% de devoluções. O Amazonas foi o Estado com o menor porcentual (1,15%). Entre as regiões, a Norte registrou a maior inadimplência, com 4,31% de cheques devolvidos, ao passo que a região Sudeste foi a mais confiável (1,62%). A média do país ficou em 2,11%.

O Indicador Serasa Experian consiste no levantamento mensal sobre a quantidade de cheques devolvidos por insuficiência de fundos em relação ao total de cheques compensados. Somente é considerada a segunda devolução.

Mário Braga - Agência Estado

RAPOSA/GALINHEIRO OU NO BALANÇO DA "CARROÇA MELANCIAS SE ACOMODANDO" : Barroso anula decisão de Barbosa de leiloar bens de condenados

O ministro Luís Roberto Barroso tornou sem efeito uma decisão do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa que determinava a realização de um leilão com bens bloqueados de condenados no processo do mensalão, entre eles os publicitário Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz.

De acordo com Barroso, decisões relativas aos bens bloqueados devem ser tomadas pela Justiça de primeira instância através das Vara de Execuções Penais. Segundo o ministro, cabe a ela decidir o destino dos bens e a possível realização de um leilão.


Em seu voto, Barroso destacou que o próprio pleno do tribunal definiu que as questões que o STF não tivesse "expressamente" reservado para si deveriam ser tomadas pelo juízo competente, no caso, a Vara da Execuções.

A decisão de Barbosa que determinava o leilão foi tomada em junho passado. Entre os bens bloqueados e que seriam vendidos há carros de luxo, cavalos saltadores, casas, apartamentos, lojas e terrenos.

Além dos publicitários, a decisão também beneficia a mulher de Valério, Renilda de Souza, e seu então advogado na época do mensalão Rogério Lanza Tolentino, bem como empresas ligadas ao grupo.

O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, considerou positiva a decisão de Barroso. De acordo com ele, a posição de Barbosa era "ilegal" pois foi tomada unicamente pelo ministro. "Essa era uma questão para o plenário julgar", disse. 

Com o caso na primeira instância, as defesas poderão apresentar mais recursos contra eventuais decisões que considerem desfavoráveis a seus clientes.

SEVERINO MOTA/DE BRASÍLIA

Folha

As eleições e as nuvens


A conhecida frase de Magalhães Pinto, ex-banqueiro e parlamentar mineiro, permanece atual:
 “Política é como nuvem.” 
De fato, a cada olhar, enxerga-se um novo formato. 
Até a semana passada, o filme seria o já visto nas cinco últimas eleições presidenciais, com o PT e o PSDB no duelo final. A dúvida era se Dilma venceria no primeiro turno. A morte de Eduardo Campos viabilizou a terceira via e o segundo turno, no qual Marina Silva (PSB) passou a ser favorita.

Independentemente do desfecho imprevisível, 25.366 cidadãos irão concorrer às vagas de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. Curiosamente, três candidatos já passaram dos 90 anos. Estão no páreo, por exemplo, 2.321 empresários, 
1.481 professores, 
1.386 advogados, 
544 policiais, 
23 motoboys,
21 garis, 
cem sacerdotes, 
oito artistas de circo 
e dois coveiros. 
Ao que parece, Tiririca deixou legado.

O interesse em servir à sociedade — ou servir-se dela, como fazem alguns — envolve ricos e pobres. Nas declarações de bens encontram-se 63 aeronaves e 216 embarcações. De um jato, adquirido por R$ 7,5 milhões, a um bote inflável de R$ 462. De duas Ferraris a um burro. Cerca de dez mil candidatos não informaram patrimônio. Como as declarações de bens entregues no registro das candidaturas não são cruzadas com as do Imposto de Renda — o que deveria ocorrer — é provável que a Justiça Eleitoral e o Leão tenham informações diferentes.

A partir de hoje, quando começar o horário eleitoral, estarão disputando votos pretendentes com nomes curiosos como Hora do Rango, 
Cachorrão, 
Chiclete, 
Chupa Cabra, 
Cição Bandido, 
Barack Obama, 
Mister M, 
Filho do Padre, 
Eu te Amo 
e Bagunça. 
O último, se eleito, vai se sentir em casa.

As campanhas somarão R$ 72 bilhões, conforme previsões dos concorrentes. O valor corresponde a mais de duas vezes o gasto prometido para a Copa 2014, incluindo as obras de mobilidade urbana, aeroportos, estádios, turismo e segurança pública. Desde 1965, a lei eleitoral prevê a possibilidade de o Legislativo fixar tetos para as campanhas, o que nunca ocorreu. Para os partidos políticos, candidatos e doadores, aparentemente, quanto mais dinheiro, melhor.

Tal como acontece há várias eleições, os maiores doadores têm relações com o governo federal. A maior empresa de proteína animal do mundo, a JBS (Friboi), lidera as doações. A caridade somou R$ 53,3 milhões, distribuídos para nove partidos. O grupo recebeu R$ 12,8 bilhões do BNDES, de 2002 a 2012. Por mero espírito democrático, doou R$ 5 milhões para a campanha de Dilma e valor idêntico para a de Aécio. O PSB recebeu apenas R$ 370 mil, por enquanto.

A promessa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de acabar com as doações ocultas não se concretizou. As doações continuam sendo feitas em grande parte aos comitês, diretórios e aos partidos. Posteriormente, quando do repasse aos candidatos, frequentemente não são identificados os doadores originais. Assim foi na primeira prestação de contas dos três então principais candidatos à Presidência da República, mau exemplo de transparência.

As regras eleitorais contêm aberrações, a começar pelo favorecimento descarado aos que concorrem exercendo mandatos de deputado, senador, governador e presidente da República. Até estas eleições, as “autoridades” fingiam desempenhar as funções públicas durante o dia e se dedicar às campanhas somente na hora do almoço, à noite e nos fins de semana. Agora, o que se vê é a caça de votos durante o expediente, com entrevistas nos palácios, lançamentos de planos e concessão de incentivos às vésperas do pleito, às barbas do TSE. 
O que já era ruim, piorou.

As cartas estão na mesa nas eleições presidenciais, com reflexos nas estaduais. 

A favor de Dilma, 15 pontos percentuais à frente, segundo o Datafolha, quase 12 minutos na televisão e Lula como cabo eleitoral para mostrar o que o partido fez em 12 anos.

 Aécio e Marina vão lembrar a inflação alta, o crescimento pífio do PIB e os escândalos da Petrobras. O mineiro confiará na polarização PT/PSDB e na sua vida política. 

A segunda, ungida como sucessora de Campos, contará com o fator emocional e o seu peso eleitoral elevado fruto do “recall” das eleições de 2010. Todos com os pés na estrada para conquistar os 24 milhões de eleitores indecisos e que pretendem anular ou votar em branco. 
Sem falar no “volta Lula”...

Enfim, se a política é como nuvem, ninguém poderá prever o “clima” nos dias 5 e 26 de outubro. Nem os cientistas políticos, tampouco os meteorologistas.

Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas

gil@contasabertas.org.br

brasil DOS PATIFES : O CACHACEIRO VELHACO MENTIROSO PROMETE 2º (DES)GOVERNO DA GERENTONA 1,99 "MELHOR"?. BRASIL REAL : Com retração no varejo e na indústria, receita de serviços tem o menor crescimento da história


A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 5,7% em junho, ante igual mês de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor crescimento da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em janeiro de 2012. Em maio, o aumento tinha sido de 6,6%.


A receita bruta do setor acumula alta de 7,4% no ano. 
Em 12 meses até junho, a taxa acumulada ficou em 8,0%, também a menor da série histórica.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) passou a ser divulgada em agosto do ano passado. A pesquisa produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em três tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; e o índice acumulado em 12 meses.

Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), pois, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos. A entrevista coletiva para comentar os resultados da PMS começará daqui a pouco. 

Retração nas vendas. 

A retração nas vendas do varejo e na produção industrial está diminuindo a demanda por serviços no País, segundo Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "A indústria e o comércio vêm apresentando variações negativas. Isso tudo afeta o setor de serviços, porque são eles os principais demandantes de serviços. O setor de serviços atua em complementaridade a outros setores. Então, na medida em que outros setores apresentam desaquecimento, desaceleração, o setor de serviços acompanha essa tendência", explicou.

Em junho, a receita nominal dos serviços cresceu 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, o pior desempenho desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, em janeiro de 2012. 

Embora a Copa do Mundo tenha induzido a um freio maior no mês, o setor mostra perda de fôlego desde a passagem de fevereiro para março, quando o ritmo de crescimento diminuiu de 10,1% para 6,8%. "Na medida em que ocorrer uma retomada desses segmentos (indústria e varejo), isso vai aquecer essa demanda (por serviços) também", avaliou Saldanha. 

Copa. 

A realização da Copa do Mundo impactou diretamente o resultado do setor de serviços em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alguns setores foram beneficiados, como alojamento, alimentação e audiovisual. No entanto, o grande número de feriados atrapalhou as demais atividades, que levaram a uma forte desaceleração na receita nominal do setor. O crescimento saiu de 6,6% em maio para 5,7% em junho, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

"A Copa do Mundo beneficiou alguns setores e para outros não trouxe grandes benefícios. Por quê? Por causa do grande número de feriados. Isso trouxe certo desaquecimento", apontou Saldanha. Os serviços prestados às famílias registraram crescimento de 11,2% em junho, sustentados pelo subgrupo serviços de alojamento e alimentação (12,1%). Já o subgrupo outros serviços prestados às famílias - que inclui atividades artísticas, recreativas, esportivas etc. - aumentou apenas 5,4% no mês, contra uma alta de 10,1% em maio.

"Outros serviços prestados às famílias tiveram desaceleração, mas porque começaram a ser contratados meses antes da Copa do Mundo. Esses serviços cresceram bastante em abril e maio. O maior impacto do 'Efeito Copa' se fez sentir dois meses antes do evento", disse Saldanha.

Os serviços de informação e comunicação tiveram alta de 5,7% em junho. O subgrupo de tecnologia da informação e comunicação, com crescimento de apenas 3,0%, compensou o salto de 22,8% registrado pelo subgrupo de serviços audiovisuais, edição e agências de notícias.

"Houve benefício da Copa a setores ligados diretamente ao evento, como alojamento, alimentação, serviços audiovisuais, com a cobertura e transmissão dos jogos", lembrou o técnico do IBGE.

Já os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram aumento de 7,3% em junho, enquanto Outros serviços aumentaram apenas 1,2%. Saldanha explica que o grupo Outros serviços engloba atividades que sofreram perdas com os dias não trabalhados durante a Copa, como atividades imobiliárias e financeiras. "Só o volume negociado na Bovespa teve queda de 34,6% em junho, em relação a junho do ano passado", ressaltou o pesquisador.

O grupo de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio tiveram expansão de 4,6% em junho, devido ao fraco desempenho do transporte terrestre (alta de 2,6%, ante crescimento de 7% em maio) e transporte aéreo (4,5%, ante 16,5% em maio). "O transporte de cargas teve forte desaceleração, e também o transporte aéreo, por causa da queda no ritmo de negócios. Toda a parte (de serviços) ligada a empresas houve paralisação", disse ele.

Daniela Amorim - Agência Estado