"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 19, 2014

O CACHACEIRO VELHACO E O 2º "GUVERNU MELHOR" DA GERENTONA 1,99 COM VOTO SEM RECEIO : Um dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar em entrevista que os dados antecedentes 'indicam uma recuperação no segundo semestre', setor de embalagens diminui projeção para o ano


Um dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar em entrevista que os dados antecedentes 'indicam uma recuperação no segundo semestre', setor de embalagens diminui projeção para o ano

Apenas um dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar em entrevista que os indicadores antecedentes apontam para um cenário melhor no segundo semestre, o mercado já começa a mostrar que nem tudo são flores. A produção de embalagens da indústria brasileira recuou 0,73% no primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) encomendada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre). 

No segundo trimestre, houve queda em dois dos três meses da apuração, o que reforçou a tendência de desaceleração do setor no ano. A perspectiva para a produção de embalagens em 2014 agora varia entre estabilidade e queda de 0,7%. A previsão no início deste ano era de crescimento de 1,5%.

Nesta segunda-feira, 19, Dilma afirmou em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que os indicadores antecedentes "indicam uma recuperação no segundo semestre, vis a vis, o primeiro". Indicadores antecedentes nada mais são do que uma nome técnico utilizado para dados de tendência, aqueles que dão perspectivas para a economia nos próximos meses.

Indicadores antecedentes. 
A produção de embalagens, divulgada hoje, é um dos milhares de indicadores que entram nesta análise de indicadores antecedentes. Tudo depende do modelo econométrico utilizado. No Relatório de Inflação do Banco Central, por exemplo, são analisadas 49 variáveis.

Para medir a tendência para o nível da atividade, são 11: 
Índice de Carga Própria de Energia Elétrica de São Paulo (Eletrobrás), Capacidade Utilizada na Indústria em São Paulo e nacionalmente (Fiesp e CNI), Índice de Demanda (Banco Central), Índice de Quantidade de Cimento Despachada pela Indústria (FGV), produção industrial no Brasil e no setor de mineração (IBGE), produção de insumos da construção civil (IBGE), vendas de eletrodomésticos (Eletros), vendas industriais reais (Fiesp) e vendas de automóveis (Fenabrave).

Algumas destas pesquisas, como as vendas de eletrodomésticos, não são
divulgadas ao público, mas as que são abertas apontam, pelo contrário, para um cenário de atividade ainda fraca no segundo semestre.

A começar pela quantidade de papelão vendida, um dos indicadores que Dilma citou ontem na entrevista, houve alta de 2,99% do indicador em julho, segundo dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O aumento das vendas em julho, porém, é considerado pontual, não indicando tendência firme, pois ocorre após três meses de queda. Para 2014, a associação prevê crescimento de no máximo 2%, projeção abaixo do que as expectativas iniciais, de alta de 3,5% a 4%.

As vendas de veículos, outro indicador citado na entrevista, vão mal no ano, a ponto de a indústria já começar a demitir, dar férias coletivas e acumular estoques de automóveis nos pátios das montadoras. Segundo a Fenabrave, os emplacamentos caíram 13,88% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, quando foram emplacadas 1.957.659 unidades, há queda de 8,57% em comparação ao mesmo período de 2013.

YOLANDA FORDELONE - O ESTADO DE S. PAULO

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