"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 13, 2014

Balança comercial registra déficit de US$ 574 milhões no início do ano

A balança comercial brasileira abriu o ano com déficit (exportações menores que importações) de US$ 574 milhões. O valor refere-se ao período de 1° a 12 de janeiro, e resulta de US$ 5,069 bilhões em exportações e US$ 5,643 bilhões em importações. Os dados foram divulgados hoje (13) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A média diária das exportações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, caiu 0,2% na comparação com janeiro de 2013 e 27,1% na comparação com dezembro. Ante janeiro do ano passado, caíram as vendas de industrializados (7,5%), mas cresceram as de produtos básicos (3,3%) e semimanufaturados (4,9%). Já na comparação com o último mês, houve recuo nas exportações das três categorias de produtos.
Do lado das importações, houve recuo de 11,4% em relação a janeiro de 2013, com destaque para combustíveis e lubrificantes, com queda de 71,7%; leite e derivados, baixa de 38%; e aeronaves e peças, redução de 23,8%. Ante dezembro, houve queda de 6,9% das compras do Brasil no exterior, puxada por combustíveis e lubrificantes (65,6%), aeronaves e peças (36,1%) e adubos e fertilizantes (21,7%).
 
Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

"COISAS" DO CACHACEIRO PARLAPATÃO NO brasil PETRALHA : Casa Civil na mira do MPF. Rosemary foi protegida?

 
O Ministério Público Federal (MPF) investiga a Casa Civil por suposta manipulação do processo que apurou o envolvimento de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, indicada ao cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em esquema de corrupção e tráfico de influência. A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) também quer saber se a Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho, fiel escudeiro de Lula, foi omissa em relação ao caso para blindar a petista.

  
Braço-direito de Lula durante os seus dois governos (2003-2010), Rose caiu em desgraça após a Polícia Federal apontar a participação dela em suposto esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas. Ela teria se aproveitado da relação íntima com o ex-presidente para indicar dois integrantes do grupo investigado, os irmãos Paulo e Rubens Vieira, a cargos de chefia em agências reguladoras. Conforme o inquérito da Operação Porto Seguro e denúncia do Ministério Público, que a acusam de falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha, a ex-chefe de gabinete recebia vantagens para facilitar pleitos da quadrilha.
  
O inquérito sobre as investigações do governo federal a respeito de Rose foi aberto em 18 de dezembro e tem prazo de um ano, prorrogável por mais outro, para ser concluído. A PR-DF dá início à apuração com denúncia — cuja autoria é mantida em sigilo pelo órgão — de que a Secretaria de Controle Interno da Presidência da República (Ciset), embora tenha a função de apurar administrativamente os ilícitos cometidos por funcionários da Presidência, não teria se movido em relação ao caso Rosemary. 

A Ciset é vinculada à Secretaria-Geral da Presidência. As acusações que chegaram à Procuradoria sugerem ainda que a apuração da Casa Civil não teria sido “revisada” pela Ciset. Durante as apurações, teria havido um desgaste entre os dois órgãos do governo. Funcionários da Ciset teriam aberto uma investigação “paralela” à da Casa Civil, que não gostou da interferência. O desentendimento teria sido a causa da demissão do então secretário de Controle Interno, Jerri Coelho, e do então coordenador-geral de Correição do órgão, Torbi Abich Rech, em setembro passado.


Os dois, que não foram localizados pela reportagem, teriam insistido que não era atribuição da Casa Civil investigar o caso Rosemary. O papel seria da Ciset, que tem função de órgão seccional de correição, com área de atuação relacionada aos departamentos integrantes da Presidência da República.


A Casa Civil instaurou sindicância para apurar a conduta de Rose em novembro do ano passado. O relatório listou irregularidades administrativas cometidas pela ex-funcionária e pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A CGU concluiu pela demissão de Rose e ainda a proibiu de ocupar novos cargos no governo federal.


“As conclusões da CGU levaram em conta, segundo parecer jurídico da controladoria, que a ‘culpabilidade, considerada como índice de reprovação social da conduta, é elevada, tendo em vista que a sociedade brasileira tolera cada vez menos a atuação improba de servidores públicos’”, registra a decisão do órgão.


Em meio às investigações sobre o caso, o Ministério Público e a Casa Civil entraram em conflito. A pasta diretamente ligada ao Palácio do Planalto negou à Procuraria da República em São Paulo acesso às informações sobre o processo de sindicância feito pelo órgão. Para o MP, as informações auxiliariam nas apurações do caso e a recusa foi um obstáculo ao pleno conhecimento dos ilícitos praticados pela ex-funcionária.


A Casa Civil alegou que “o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República não tem competência para prestar a informação requisitada”. Em nota, a pasta disse que o MPF “descumpriu a própria Lei Complementar do Ministério Público, que estabelece que requerimentos de informações desta natureza sejam previamente submetidos ao procurador-geral da República, procedimento que não foi obedecido neste caso”.


AMANDA ALMEIDA Correio Braziliense 

QUEM NÃO TE CONHECE QUE TE COMPRE ! NO brasil maravilha DOS FARSANTES E GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA : Desastre e fiasco na inflação

O governo descumpriu mais uma promessa e fracassou mais uma vez no esforço de maquiar os índices de inflação. Os preços ao consumidor subiram 5,91% em 2013, mais que no ano anterior, quando a alta havia chegado a 5,84%. A presidente Dilma Rousseff e sua equipe haviam prometido um resultado melhor que o de 2012 e tentaram manter essa retórica até o fim do ano. Mas isso foi apenas parte do fiasco. As autoridades, em vez de atacar as pressões
inflacionárias, tentaram administrar estatísticas.


Controlaram politicamente os preços dos combustíveis, as tarifas de transporte público e as contas de eletricidade, além de encenarem uma desoneração da cesta básica. Também a redução de impostos sobre vários bens duráveis pouco serviu para tornar muito melhor o resultado geral. Todos os truques falharam como freios do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Podem ter impedido um número bem mais feio, mas não evitaram um resultado oficial pior que o do ano anterior e, portanto, mais longe de 4,5%, meta já muito alta
pelos padrões internacionais.


Nada garante um cenário muito melhor em 2014. 

Os primeiros indicadores do ano já trouxeram más notícias. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) havia fechado dezembro com alta de 0,69%. Nas quatro semanas até 7 de janeiro a variação chegou a 0,73%. Essa pesquisa é renovada semanalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e cobre sempre um período equivalente a um mês. Em São Paulo, a primeira prévia do IPC da Fipe também indicou a aceleração dos aumentos.

Na primeira quadrissemana houve alta de 0,74%, maior que a constatada na última apuração de dezembro (0,65%) e bem mais ampla que a observada na primeira medição do mês passado (0,45%).

As expectativas do mercado também são ruins. 

Na primeira pesquisa Focus do ano, realizada pelo Banco Central (BC) em 3 de janeiro, a mediana das previsões para a alta do IPCA em 2014 chegou a 5,97%. Mas o pessoal consultado na pesquisa havia subestimado o número final de 2013 e ainda apostava em 5,74% - um resultado lamentável, mas pouco melhor que o de 2012. Economistas de instituições financeiras e de consultorias são acusados, muitas vezes, de formular projeções pessimistas para pressionar as autoridades a manter os juros altos. Mas suas estimativas têm sido desmentidas, em alguns casos, por números piores que os previstos. 

Na prática, um aumento do IPCA pouco maior ou pouco menor que o do ano anterior faz pouca diferença, O significado do desvio, neste caso. é principalmente simbólico, político e até moral e nisso consiste sua maior importância. Escancara mais uma vez a baixa qualidade de uma política econômica marcada pela incompetência, pelos erros de diagnóstico e, para dizer o mínimo, pelo empenho em maquiar os sinais e deixar os problemas intactos.
Autoridades tentaram durante algum tempo atribuir as pressões inflacionárias principalmente a fatores externos. O grande problema seria o aumento das cotações internacionais das commodities. Mas em 2013, os produtos agropecuários ficaram 1,76% mais baratos no atacado, segundo a FGV, e o custo da alimentação continuou subindo no varejo.

Continuou subindo porque havia no País um ambiente inflacionário: 
crédito fácil na maior parte do ano, emprego elevado (e pouco produtivo), salários em alta e gastança pública desatada - e dificilmente refreável, agora, em ano de eleição.

O índice de serviços do IPCA subiu 8,74% em 2012 e 8,75% em 2013, bem mais que a média dos preços nos dois anos (5,84% e 5,91%). Há uma evidente pressão da demanda, complementada, do lado oposto, por fortes pressões de custo. O exemplo mais visível é a sequência de aumentos salariais bem acima dos ganhos de produtividade. Dirigentes do BC, apesar da conversa sobre inflação importada, apontaram mais de uma vez esses problemas.


Mas têm sua fatia de culpa:
assumiram o risco de alinhar sua política às preferências da presidente Dilma. Erraram e só voltaram a elevar os juros quando sua imagem estava manchada. Mas o maior prejuízo foi mesmo para o País..

Notas e Informação
Estadão