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As empresas europeias instaladas no País quase dobraram as remessas de lucros e dividendos para as matrizes, numa tentativa de compensar as perdas provocadas pela crise no Velho Continente.

De janeiro a abril, as companhias europeias enviaram US$ 4,4 bilhões ao exterior, alta de 76% em relação aos US$ 2,5 bilhões de igual período de 2009.

As empresas de capital europeu também reduziram os investimentos no Brasil. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) vindo da Europa caiu 29% no primeiro quadrimestre, de US$ 5,8 bilhões para US$ 4,1 bilhões.

O levantamento foi feito com base nos dados do Banco Central (BC) e considerou a soma das remessas e dos investimentos dos dez países europeus mais representativos em cada ranking.

"Existe uma restrição de capitais no mercado europeu que prejudica as matrizes. As empresas investem menos no Brasil e remetem mais lucros. Algumas chegaram a vender ativos para brasileiros", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luiz Afonso Lima.

A situação na Europa continua instável. Ontem, a agência Moodys cortou em quatro níveis a classificação de risco dos bônus do governo da Grécia para um patamar considerado "junk".

Os investidores, no entanto, ficaram animados com a notícia de que a produção industrial da zona do euro cresceu 0,8% em abril.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.