"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 29, 2011

Justiça apreende documentos do Carrefour a pedido do Casino

O varejista Casino conseguiu que a justiça francesa apreendesse documentos que revelam conversas entre seu concorrente Carrefour e o empresário Abilio Diniz sobre uma possível fusão no Brasil.

O material está em poder da corte de Nanterre, na França.
Esse é o último episódio de uma disputa entre a rede Casino, que detém 37% do capital do Grupo Pão de Açúcar, e seu sócio local, o empresário Abilio Diniz.

A apreensão de documentos é um procedimento de preservação de provas.
O material pode ser requisitado, por exemplo, pela Câmara de Comércio Internacional.
No início do junho, o Casino entrou com um pedido de arbitragem perante a câmara para que Abilio passasse a "cumprir todas suas obrigações conforme acordo de acionistas".

Segundo informou a agência Reuters, o Casino protocolou, no início do mês, um pedido para que a justiça buscasse, nos escritórios do Carrefour, documentos que demonstrassem "a existência e o conteúdo de negociações" entre o rival francês e Abilio.

De um total de 150 documentos avaliados, 22 demonstram que havia uma discussão em curso entre Abilio Diniz, ou sua assessoria financeira Estáter, e o Carrefour. Não se sabe quais foram os termos da conversa.
O material apreendido, conforme o Estado apurou, é composto basicamente por e-mails.

O Casino ficou sabendo pela imprensa, há cerca de um mês, sobre as conversas entre o empresário brasileiro e o Carrefour para articular uma aliança no Brasil.
Diante da notícia, o presidente e acionista do Casino, Jean-Charles Naouri, enviou um e-mail para Abilio.

A mensagem de resposta confirmava negociações preliminares e dizia que não havia nada mais a ser informado no momento. Naouri também mandou um e-mail a Lars Olofsson, presidente mundial do Carrefour, mas não recebeu resposta.

Hostil.
O clima hostil fez com que o Casino entrasse com o pedido de arbitragem.
Na prática, tratava-se de era uma advertência pública ao sócio.
Na semana passada, a rede francesa enviou mais um sinal:
aumentou em 3.3% sua participação no Grupo Pão de Açúcar com um investimento de US$ 363 milhões.
Por trás do conflito está o acordo de acionistas firmando entre Casino e Abilio em 2006.

Há um ano, o empresário brasileiro tenta, sem sucesso, revertê-lo.
Pelos termos do documento, em junho de 2012, o Casino pode exercer uma opção de compra e passar a deter o controle do grupo.
Hoje, o controle é compartilhado entre Abilio e o Casino.

Para pessoas próximas, o motivo do descontentamento de Abilio reside no fato de que ele não quer perder o controle de uma empresa que mudou de patamar.
Nos últimos dois anos, o Pão de Açúcar comprou a cadeia de eletroeletrônicos Ponto Frio e fechou uma fusão com a Casas Bahia tornando-se, assim, o maior varejista do País.

O Carrefour, por sua vez, veio à público, nesta semana, para dizer que vai manter o controle de suas operações no Brasil.
O presidente mundial, Lars Olofsson, classificou as notícias sobre a negociação da subsidiária brasileira como "rumores".
Ele não descartou, porém, o que classificou como "oportunidades de crescimento".

Essa não é a primeira vez que notícias sobre a negociação da operação brasileira do Carrefour tomam o mercado. No fim de 2009, sob a pressão de investidores, a rede chegou a conversar com o Walmart.

Mas a proposta feita pela americana foi considerada muito baixa na época. Foi então que a rede francesa deu início a um processo de reestruturação, ainda em andamento.

- Por Melina Costa, de O Estado de S. Paulo -

Lucro Brasil faz o consumidor pagar o carro mais caro do mundo


O Brasil tem o carro mais caro do mundo.
Por quê?
Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preço do automóvel vendido no Brasil são a alta carga tributária e a baixa escala de produção.

Outro vilão seria o “alto valor da mão de obra”, mas os fabricantes não revelam quanto os salários – e os benefícios sociais - representam no preço final do carro.
Muito menos os custos de produção, um segredo protegido por lei.

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- Por Joel Silveira Leite, do blog Mundo em Movimento -

A explicação dos fabricantes para vender no Brasil o carro mais caro do mundo é o chamado Custo Brasil, isto é, a alta carga tributária somada ao custo do capital, que onera a produção. Mas as histórias que você verá a seguir vão mostrar que o grande vilão dos preços é, sim, o Lucro Brasil. Em nenhum país do mundo onde a indústria automobilística tem um peso importante no PIB, o carro custa tão caro para o consumidor.

A indústria culpa também o que chama de Terceira Folha pelo aumento do custo de produção:
gastos com funcionários, que deveriam ser papel do estado, mas que as empresas acabam tendo que assumir, como condução, assistência médica e outros benefícios trabalhistas.
Só a Mercedes-Benz tem uma frota de três mil ônibus para transportar funcionários.

Com um mercado interno de um milhão de unidades em 1978, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato.
Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.

Pois bem:
o Brasil fechou 2010 como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades.

Três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear o produto? Quanto será preciso produzir para que o consumidor brasileiro possa comprar um carro com preço equivalente ao dos demais países?

Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, “é verdade que a produção aumentou, mas agora ela está distribuída em mais de 20 empresas, de modo que a escala continua baixa”.
Ele elegeu um novo patamar para que o volume possa propiciar uma redução do preço final: cinco milhões de carros.

A carga tributária caiu e o preço do carro subiu
O imposto, o eterno vilão, caiu nos últimos anos.
Em 1997, o carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100cv recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool).
Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.

Hoje – com os critérios alterados – o carro 1.0 recolhe 27,1%,
a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina
e 29,2% para motor a álcool.
E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina
e 33,8% a álcool.

Quer dizer:
o carro popular teve um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, enquanto nas demais categorias o imposto diminuiu:
o carro médio a gasolina paga 4,4 pontos percentuais a menos.
O imposto da versão álcool/flex caiu de 32,5% para 29,2%.
No segmento de luxo, o imposto também caiu: 0,5 ponto no carro e gasolina (de 36.9% para 36,4%) e 1 ponto percentual no álcool/flex.

Enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, cresceu de 30,03% no ano 2000 para 35,04% em 2010, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento.

Isso sem contar as ações do governo, que baixaram o IPI (retirou, no caso dos carros 1.0) durante a crise econômica.
A política de incentivos durou de dezembro de 2008 a abril de 2010, reduzindo o preço do carro em mais de 5% sem que esse benefício fosse totalmente repassado para o consumidor.

As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, mostrou que algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes e que grande parte desse lucro vem da venda dos carros com aparência fora-de-estrada.

Derivados de carros de passeio comuns, esses carros ganham uma maquiagem e um estilo aventureiro. Alguns têm suspensão elevada, pneus de uso misto, estribos laterais. Outros têm faróis de milha e, alguns, o estepe na traseira, o que confere uma aparência mais esportiva.

A margem de lucro é três vezes maior que em outros países

O Banco Morgan concluiu que esses carros são altamente lucrativos, têm uma margem muito maior do que a dos carros dos quais são derivados.
Os técnicos da instituição calcularam que o custo de produção desses carros, como o CrossFox, da Volks, e o Palio Adventure, da Fiat, é 5 a 7% acima do custo de produção dos modelos dos quais derivam:
Fox e Palio Weekend.
Mas são vendidos por 10% a 15% a mais.

O Palio Adventure (que tem motor 1.8 e sistema locker), custa R$ 52,5 mil e a versão normal R$ 40,9 mil (motor 1.4), uma diferença de 28,5%.
No caso do Doblò (que tem a mesma configuração), a versão Adventure custa 9,3% a mais.

O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, concluiu que, no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países.

O Honda City é um bom exemplo do que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil (versão LX). Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil.
Restam, portanto R$ 20,3 mil.

Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%).

A soma dá R$ 40.692,00.
Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o “Lucro Brasil” (adicional) é de R$ 15.518,00:
R$ 56.210,00 (preço vendido no Brasil) menos R$ 40.692,00.

Isso sem considerar que o carro que vai para o México tem mais equipamentos de série: freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos.
O motor é o mesmo: 1.5 de 116cv.

Será possível que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses?
O que a Honda fala sobre isso?
Nada.
Consultada, a montadora apenas diz que a empresa “não fala sobre o assunto”.

Na Argentina, a versão básica, a LX com câmbio manual, airbag duplo e rodas de liga leve de 15 polegadas, custa a partir de US$ 20.100 (R$ 35.600), segundo o Auto Blog.

Já o Hyundai ix35 é vendido na Argentina com o nome de Novo Tucson 2011 por R$ 56 mil, 37% a menos do que o consumidor brasileiro paga por ele: R$ 88 mil.

Mais :

Por que o carro é mais barato na Argentina e no Chile?

BNDE$ E AS TREVAS DE SEUS "CAMPEÕE$ NACIONAI$"


O dinheiro público vai servir, mais uma vez, para irrigar cofres privados. Em sua estratégia de eleger "campeões nacionais", o BNDES colocará até R$ 4,5 bilhões na megafusão das operações do Pão de Açúcar com a parte brasileira do Carrefour, anunciada ontem.
Como sempre, ficará para o cidadão brasileiro pagar a conta.


Se prosperar, a transação resultará na criação de uma empresa que dominará 32% do setor de supermercados e 27% do varejo nacional.
Será, portanto, uma gigante sem concorrentes à altura.
Terá poder suficiente para esfolar consumidores, fornecedores e funcionários.


Percentuais acima de 20% de concentração de mercado indicam a existência de potencial anticompetitivo, de acordo com padrões usados pelo Cade.
Quanto maior a concentração do setor, menor a competição por preços.
Não há, portanto, ganhos à vista para os consumidores brasileiros.

"Em um país que quer desesperadamente controlar sua inflação, qual o sentido de reduzir ainda mais a competição empresarial?
Por que um banco público deveria apoiar uma operação problemática em termos antitruste?
Não seria preciso atentar para o bem-estar do consumidor?", critica Sérgio Lazzarini, professor do Insper, no
Estadão.

Pelo desenho conhecido, a BNDESPar ficará com 18% do capital da nova empresa, a NPA. A justificativa oficial do banco - em parca nota divulgada ontem - é permitir a "internacionalização do Pão de Açúcar, (...) abrindo caminho para maior inserção de produtos brasileiros no mercado internacional". A NPA teria 11,7% do capital da matriz francesa do Carrefour.

Extraoficialmente, porém, porta-vozes do BNDES justificam mais este aporte-monstro pela necessidade de garantir que o varejo supermercadista no Brasil não seja dominado por estrangeiros. Esta visão fia-se no temor de que, em vez do Pão de Açúcar, o Walmart venha a abocanhar o Carrefour e os franceses da Casino assumam a rede brasileira, conforme acordado em negociação feita no passado.

O Valor Econômico desnuda, porém, a tolice do discurso nacionalista do governo:
ao final da engenharia financeira montada agora e conhecida ontem, os franceses (Carrefour mais Casino) deterão 65% do capital da empresa operacional constituída com o dinheiro do BNDES.

Nada de empresa verde-e-amarela, portanto.


A desculpa de formar "campeões nacionais" é sempre assacada pelo BNDES para justificar sua política de auxílio a grandes conglomerados capitalistas-mas-nem-tanto.
Foi assim na composição do JBS-Friboi, na Oi-Brasil Telecom, na VCP-Aracruz, na Sadia-Perdigão.
Mas alguém é capaz de apontar algum benefício para a sociedade decorrente da criação destas megacorporações?


Pelo contrário, no caso da empresa de carnes o que se viu foi quebradeira de empresas frigoríficas menores espalhadas pelo interior do país.
Já a megaempresa de comunicação resiste a oferecer serviços mais baratos de celular ou internet.


Ao contrário das grandes, empresas pequenas e médias não têm obtido guarida no BNDES.
De janeiro a abril deste ano, grandes companhias ficaram com 55% do valor desembolsado em financiamentos pelo banco oficial de fomento.
Esse dinheiro foi concentrado em apenas 6% das operações.


Nos últimos anos, o Tesouro já se endividou em R$ 260 bilhões - incluindo R$ 30 bilhões neste ano - para financiar o BNDES nas suas operações. Na maior parte destes negócios, o BNDES enterrou dinheiro público em buracos sem fundo, sempre em volumes cavalares. Poderá ser assim também no Pão de Açúcar-Carrefour.

No fim do ano passado, a matriz da rede francesa descobriu um rombo de R$ 1,2 bilhão na filial brasileira, e desde então enfrenta pressão dos acionistas para se desfazer do negócio no Brasil.

Pelo jeito, os franceses acabam de achar um alegre interessado disposto a levar o mico para casa.


Por que o dinheiro público, coletado dos impostos, deve ser utilizado para financiar fusões de interesse privado?
Quando uma empresa subsidiada pelo BNDES quebra, quem fica com a conta são os consumidores.
É o socialismo invertido: o lucro é privatizado e os prejuízos são socializados", escreve Diogo Costa, professor do Ibmec, na
Folha de S.Paulo.

O governo do PT terá dificuldade para justificar mais esta parceria regada a farto dinheiro público em prol de largos benefícios privados.
Uma coisa é certa:
a sociedade brasileira não tem nada a ganhar com mais este meganegócio.
Exige, pelo menos, não ser chamada a pagar a conta
.

Fonte: ITV

Grampo indica lobby no Planalto por empresa chinesa



Interceptações telefônicas flagraram Dr. Hélio (PDT), prefeito de Campinas (SP), pleiteando a intermediação do publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais do PT de 2006 e 2010, para fazer lobby com a presidente Dilma Rousseff em favor da Huawei - gigante chinesa que atua na área de tecnologia 3G, banda larga fixa e móvel e de infraestrutura de redes para operadoras de telefonia.

"Faz dois anos que venho tratando com os chineses da Huawei", conta Dr. Hélio, em ligação do dia 2 de abril, iniciada às 9h30.
"É a empresa que mais contribui, das estrangeiras, com ISS aqui pra Campinas. Eles têm um showroom lá e me convidaram pra eu tá lá pra eles anunciarem esse investimento de US$ 350 milhões aqui no Brasil, né (sic)."


Na ocasião, Dilma se preparava para uma viagem à China, a primeira missão oficial de negócios desde que assumiu a Presidência. Ela e sua comitiva embarcaram dia 8. Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio, e a mulher, Rosely Nassim - a quem o Ministério Público Estadual atribui o papel de chefe de quadrilha para fraudes em licitações e desvio de recursos públicos -, também foram a Pequim e lá se integraram à comitiva.

Na conversa com o prefeito, que durou oito minutos, Santana promete empenho e sugere:
"E se puser o showroom no próprio hotel que ela (Dilma) vai ficar? Deixa eu primeiro fazer essa consulta que na segunda eu devo encontrar com ela. Segunda ou terça, daí eu falo diretamente com ela pra ver."


Já em Pequim, Dilma encontrou-se com Ren Zhengfei, executivo principal da Huawei. No primeiro dia da visita da presidente Dilma à China, a empresa Huawei anunciou o investimento de US$ 300 milhões na construção de um centro de pesquisa em tecnologia em Campinas.

Justificativas

O Palácio do Planalto confirmou encontro da presidente Dilma Rousseff (PT) com a Huawei.
"A audiência da presidenta Dilma Rousseff com representantes da Huawei, durante sua viagem à China em abril, foi motivada pela relevância da companhia no setor de tecnologia e pelo interesse de ampliação dos seus investimentos no Brasil", destacou a Secretaria de Imprensa.


Segundo a secretaria "a solicitação da audiência foi feita pela empresa por intermédio da Prefeitura de Campinas, onde a Hauwei tem planta industrial e tinha à época planos de ampliação de suas atividades".

O Planalto não se manifestou acerca de gestões do publicitário João Santana com a Presidência. Procurado, Santana não respondeu às ligações da reportagem.

A Huawei do Brasil informou que é a maior arrecadadora de ISS de Campinas e "mantém relações cordiais com a prefeitura".
"Em função da visita à China e com objetivo de anunciar o incremento de investimentos na região, a empresa enviou um pedido formal para a Prefeitura de Campinas mostrando interesse na visita programada."


Por intermédio da assessoria de imprensa, a Huawei anotou que "enquanto o governo organizava a agenda da presidenta, a Huawei do Brasil enviou um pedido para uma reunião".
"Por conta dos planos de investimento da Huawei no Brasil, a empresa também havia sugerido a presença da presidenta Dilma na assinatura formal do anúncio de investimentos."


O advogado Eduardo Carnelós, que defende Dr. Hélio, foi taxativo.
"Me causa surpresa o grampo porque o Ministério Público assegurou que não investigou o prefeito. Ainda que a interceptação tivesse sido obtida de forma legal, sua divulgação é crime."


AE/As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.