"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 12, 2012

NO brasil maravilha DA GERENTONA FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA "DOTÔRA", HOJE "PRESIDENTA" : FERRUGEM NA INDÚSTRIA


O setor que já foi o mais dinâmico da economia brasileira está definhando.

A indústria vem perdendo espaço na atividade produtiva nacional, pondo em risco empregos de melhor qualidade e remuneração mais alta.

O motor que costuma acelerar o desenvolvimento das nações está enferrujado no Brasil.


São vários os indicadores que sugerem a perda de importância da indústria frente aos demais setores econômicos. É natural que, quanto mais um país avance, mais o segmento de serviços cresça.

Entretanto, este processo é mais saudável quando a economia já atingiu um grau decente de desenvolvimento, o que ainda não é o nosso caso.


A indústria vem perdendo espaço no PIB e na pauta exportadora. Sua produtividade e os empregos gerados na cadeia produtiva são também cadentes. Ao mesmo tempo, o setor vê seu espaço no mercado interno ir sendo tomado por produtos importados.

Na sexta-feira, a Folha de S.Paulo trouxe um indicador revelador do retrocesso por que passa a indústria brasileira:
a participação do setor no PIB brasileiro recuou a níveis da época do governo Juscelino Kubitschek.

De lá para cá, a indústria se diversificou, mas seu peso relativo diminuiu.

"No ano passado, a indústria de transformação - que compreende a longa cadeia industrial que transforma matéria-prima em bens de consumo ou em itens usados por outras indústrias - representou apenas 14,6% do PIB.
Patamar menor só em 1956, quando a indústria respondeu por 13,8% do PIB", resumiu o jornal.

A indústria foi o patinho mais feio da ninhada de maus resultados do Pibinho do ano passado. Cresceu só 1,6%, no pior desempenho entre os setores da economia.

A indústria de transformação, que concentra as atividades mais poderosas, estacionou - com alta de apenas 0,1% em 2011.

Se a coisa foi ruim no ano passado, neste a situação não vai nada bem. Em janeiro, informou o IBGE na quinta-feira, a indústria brasileira recuou 2,1% em comparação com dezembro. Em mais da metade (14) dos 27 ramos, houve queda na produção.

O tombo mais forte foi entre bens de capital, justamente os que indicam que um país está investindo em maquinário e se preparando para dias melhores:
a queda frente a dezembro foi de 16%.

Trata-se de algo que não se via em tal magnitude desde o epicentro da crise de 2008.

Ainda segundo o IBGE, o acumulado em 12 meses passou ao terreno negativo (-0,2%) pela primeira vez desde o início de 2010. Desde outubro de 2010, quando marcava 11,8% positivos, este indicador só fez cair.

Em oito dos últimos 12 meses, a indústria como um todo recuou ante o mês anterior.

A indústria brasileira não só produz menos, mas também obtém menos mercado no exterior. A reversão, neste caso, é impressionante:
de um superávit comercial de US$ 8,5 bilhões em 2005, o segmento de manufaturados mergulhou para um déficit de US$ 92 bilhões em 2011.

Parece difícil acreditar.

O peso dos produtos industriais nas exportações brasileiras diminuiu muito desde 2002. Passou de 54,7% para 36,1% em 2011. Ao mesmo tempo, o mercado interno foi sendo cada vez mais servido por produtos importados.

No ano passado, esta participação atingiu recorde de 22,8%, o dobro de nove anos antes (11,1%).

A produtividade industrial também vem caindo. Segundo o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a média de quanto é produzido na indústria ponderado pelo número de horas trabalhadas recuou 0,2% em 2011.

Foi o segundo pior desempenho em dez anos.

A presidente Dilma Rousseff considera a situação reversível. "Tem queda na indústria, mas dá para reverter. Não daria se deixássemos continuar por dois, três anos. Agora dá e vamos fazer o possível e o impossível para defender a indústria nacional", afirmou a presidente ao blog de Luis Nassif.

O problema é que o retrocesso industrial não é de agora, já vem de longa data. Neste ínterim, o governo do PT limitou-se a medidas pontuais de limitada valia.

Na maior parte dos casos, optou por escolher setores beneficiados, em detrimento da adoção de uma política ampla e estruturante para o setor produtivo. Também apelou para o protecionismo.

O Brasil vem perdendo espaço, e a indústria em especial, porque o país abusa de uma estrutura institucional, mas também física, igual à de anos atrás. Não houve avanços significativos nas reformas de Estado, na redução dos custos de produção, nas condições logísticas.

"O Brasil perdeu competitividade porque se transformou em um país caro demais. A tributação tornou-se muito alta, assim como os custos da energia, da logística, dos encargos trabalhistas e do investimento", resume Pedro Luiz Barreiros Passos, presidente do Iedi.

A realidade é que o país ressente-se da falta de medidas estruturais. De nada vai adiantar acionar um "arsenal infinito", com ações tomadas "a cada semana", como promete Guido Mantega.

Para um país que quer ser grande, impõem-se soluções também grandiosas, ousadas, estruturantes. Tudo o que não se viu nas medidas ditadas pelo PT até agora.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Ferrugem na Indústria

E NA CASA "DUS ISPETACULUS"! TENSÃO NA REPÚBLICA TORPE : BUFÃO VAI FALAR DA CRISE ECONÔMICA E... TALVEZ DA CASA DA MOEDA.

Em meio à pior crise que já enfrentou no relacionamento com a base aliada, a presidente Dilma Rousseff tem, nesta semana, teste de fogo no Congresso com o depoimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).

Mantega foi convidado pela comissão oficialmente para falar sobre a situação econômica do país em um cenário de crise internacional.

Mas sua presença no Senado amanhã é vista pelo Planalto como um flanco aberto para ataques no setor mais sensível do governo, a equipe econômica.

Os possíveis questionamentos sobre a crise instalada entre o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e o da Previ, Ricardo Flores, e sobre o episódio da demissão do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, são as principais preocupações do Planalto.

Ele foi exonerado em janeiro deste ano por suspeita de receber propina e fazer remessas de dinheiro a duas empresas abertas no exterior em seu nome e no nome de sua filha.

Mantega, na ocasião, atribuiu a indicação do acusado ao PTB, gerando atrito entre a sigla e o governo.

No mesmo dia, Dilma irá ao Senado receber o prêmio Bertha Lutz, concedido pela Casa a mulheres que contribuíram para a ampliação dos direitos e do espaço da mulher na sociedade.

Na semana passada, o Senado protagonizou o que, até agora, é considerado o episódio mais grave da rebelião aliada contra Dilma ao rejeitar a recondução de Bernardo Figueiredo, ao cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Na Câmara, o clima não é menos tenso.
Com a aprovação da Lei Geral da Copa e do Código Florestal em jogo, o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), já deixou claro que o andamento da agenda legislativa do governo, no momento, dependerá dos gestos que o governo fizer para atender demandas de sua base e, dessa forma, fazer arrefecer a rebelião aliada.

KARLA CORREIA Correio

SUJO E MISERÁVEL III ! HORA DO PONTAPÉ NO TRASEIRO DA CORJA : Silêncio na comissão que analisa privilégios.

Após a garantia do senador Delcídio Amaral (PT-MS) de que o projeto para acabar com a farra dos salários extras vai à votação no próximo dia 20, a maioria dos senadores que integram a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) fugiu do tema.

Levantamento realizado pelo Correio, desde terça-feira da semana passada, aponta que, dos 27 integrantes da comissão, 14 preferiram não se manifestar sobre o assunto e 11 declararam ser contra o recebimento dos rendimentos adicionais.

O senador Ivo Cassol (PP-RO) foi o único que admitiu abertamente o desejo de continuar ganhando dois salários a mais do que qualquer trabalhador brasileiro.
O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) estava se recuperando de uma cirurgia e, por isso, não falou.

Para Ivo Cassol, o salário de R$ 26,7 mil pago aos senadores é muito pouco. Ele afirmou que utiliza grande parte do dinheiro com o pagamento de remédios e tratamento para pessoas pobres.

No início da semana passada, logo depois de a Receita Federal instaurar procedimento investigatório para apurar o calote no IR, líderes de bancada fizeram uma defesa veemente da extinção da benesse.

Nos bastidores do Senado, no entanto, o sentimento era de descontentamento.

A maioria dos 27 senadores alega não poder emitir opiniões sobre o tema por não conhecer o projeto. É o caso, entre outros, do senador Lobão Filho (PMDB-MA), vice-presidente da CAE.

Ele sustenta que “ainda” não tem uma definição sobre o assunto porque não teve tempo de analisar a proposta, apresentada há mais de um ano pela então senadora e atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Falta de tempo
A justificativa de Lobão Filho esbarra no fato de tratar-se de um texto de apenas duas páginas, que pode ser lido em poucos minutos.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), ao ser procurado, alegou que precisava ler antes o projeto. Depois de fazer isso, ele posicionou-se favoravelmente à eliminação dos pagamentos.

Há casos esdrúxulos como o do senador João Vicente (PTB-PI).
O gabinete do parlamentar disse ao Correio que o senador votaria “a favor do que o plenário aprovasse”.

Quando a reportagem insistiu para que João Vicente se posicionasse, a assessoria respondeu que ele poderia ser “o último a votar”, para acompanhar a decisão da maioria.

Para o cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB), os senadores que alegam estar “refletindo” sobre o tema estão, na verdade, esquivando-se do ônus de defender a manutenção dos benefícios.

“Os 14 que não se posicionaram são todos a favor de manter os salários extras, mas não têm coragem de falar”, avalia. O professor teme que, caso a sociedade não fiscalize a aprovação do projeto, os parlamentares acabem rejeitando o texto.

Segundo a secretaria-geral do Senado, a apreciação do projeto em questão é feita por voto aberto, a não ser que um dos senadores apresente um requerimento definindo que o voto seja secreto. Nesse caso, a escolha de cada parlamentar não seria conhecida pelo público.

“Se na hora da votação não houver fiscalização, eles devem manter os salários. Caso o voto seja aberto é diferente, porque o ônus político de rejeitar um projeto desses é muito grande”, acredita Caldas.

JOÃO VALADARES » JÚNIA GAMA Correio Braziliense

"Tolypeutes tricnctus"- O MASCOTE DA COPA 2014 . Fifa escolhe o tatu-bola para mascote da Copa

O fato de o tatu-bola ainda não ter sido confirmado oficialmente pela Fifa como mascote da Copa de 2014 pode criar um problema para a entidade e para o Comitê Organizador Local (COL).

A preocupação, segundo um integrante do COL, é porque a marca ainda não foi registrada, o que abre a possibilidade de alguém se antecipar à Fifa, passando a ter o domínio do símbolo, o que provavelmente exigiria uma negociação para a liberação.

Normalmente, a Fifa e outras grandes marcar internacionais registram logos oficiais no OHMI, instituição que trata de patentes na Europa. Foi no site da OHMI que vazou, em 2010, durante o Mundial da África do Sul, o logo da Copa do Mundo de 2014.

A notícia da escolha do tatu-bola pela Fifa para ser o mascote da Copa de 2014 foi publicada na edição on line da revista "Veja", na coluna Radar. O anúncio oficial será em outubro, em evento organizado pelo COL.

Ameaçado de extinção, o tatu-bola concorria com outros símbolos, como a onça pintada, a arara, o jacaré e o Saci Pererê, que era o preferido do ministro do Esportes, Aldo Rebelo.

O animal, espécie 100% brasileira, é natural da caatinga e do cerrado. Os que restam podem ser encontrados no norte de Minas Gerais, nos estados do Nordeste e em algumas regiões do Centro-Oeste. Quando ameaçado, o tatu-bola, para se proteger, curva-se sobre si mesmo, tomando a forma de uma bola.

A ideia de fazer o tatu-bola mascote oficial da Copa de 2014 foi da Associação Caatinga, ONG cearense que se dedica à preservação ambiental. A campanha começou apenas no início de fevereiro de 2012, na redes sociais. No dia 29 do mesmo mês, um dossiê foi entregue a representantes do MInistério do Esporte. O tatu-bola ganhou a simpatia imediata da Fifa.

Secretário executivo da Associação da Caatinga, o biólogo Rodrigo Castro foi o responsável por lançar a candidatura do tatu-bola. Ele espera que, com a exposição que o animal terá, os investimentos necessários para evitar sua extinção sejam mais pontuais.

- O tatu-bola, cujo nome é "Tolypeutes tricnctus", vive uma situação crítica. Se nada for feito, pode sumir em 10 anos - disse o biólogo ao site Globoesporte.com.

Atualizando :
Diante da recente especulação de que o mascote oficial da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 estaria escolhido e faria referência ao Tolypeutes tricinctus, o tatu-bola, a FIFA e Comitê Organizador Local (COL) emitiram nota em que afirmam que a escolha ainda não está em desenvolvimento e que o lançamento será, como previsto, em setembro desse ano.

“Assim como nas edições anteriores, a Mascote Oficial para a Copa do Mundo da FIFA 2014 refletirá os valores únicos do país-sede e do evento. A Mascote Oficial será revelada em setembro de 2012”, afirmou.

Confira a íntegra da nota.

“O Comitê Organizador Local (COL) e a FIFA estão muito contentes com o nível de interesse e expectativa no Brasil em torno da identidade da Mascote Oficial da Copa do Mundo da FIFA. No momento, a Mascote Oficial está em desenvolvimento e, portanto, o COL e a FIFA não podem confirmar sua identidade nem outros detalhes relacionados ao personagem.

Desde 1966, Mascotes Oficiais têm desempenhado um papel de crescente importância para crianças e adultos com suas personalidades positivas e contagiantes na Copa do Mundo da FIFA.

Assim como nas edições anteriores, a Mascote Oficial para a Copa do Mundo da FIFA 2014 refletirá os valores únicos do país-sede e do evento. A Mascote Oficial será revelada em setembro de 2012.”


PARA CAMUFLAR INCOMPETÊNCIA ... MAMULENGA POSA DE "IRRITADIÇA" E CERCADA DE LACAIOS . POBRE BRASIL.

A irritabilidade não é boa conselheira de ninguém.
Os artistas, os cantores, os jogadores de futebol e atletas profissionais em geral, os escritores e os jornalistas famosos - todos têm acessos de irritabilidade.
Mas por motivo de marketing - é bom para a divulgação.


Políticos, em geral, e governantes, em particular, é bom que se poupem dessa síndrome.

Além de não lhes servir para nada, ainda cria problemas desnecessários ou, no mínimo, uma imagem negativa do governante diante do público, pois quem se irrita com um problema que enfrenta é porque não consegue resolvê-lo.

E, se um alto dirigente não consegue resolver os problemas que enfrenta, a ponto de se irritar, não deveria ser um alto dirigente.

É um fato bem sabido nas empresas mais bem dirigidas.


Diz o noticiário que a presidente Dilma se irrita com frequência.
Pode não ser verdade, ou não ser exatamente verdade, pois um simples muxoxo de aborrecimento às vezes é confundido com irritação.

De qualquer forma, não é invenção da imprensa.
A informação de que a presidente "está irritada...",
ou "furiosa",
ou "se irritou"
é fornecida aos jornalistas por pessoas que trabalham com ela, têm acesso a ela ou convivência próxima.


O fato é que, ultimamente, temos lido que a presidente está irritada com o manifesto do PMDB;
que está irritada com o manifesto dos militares;
que ficou irritada com as manobras descoordenadas do próprio PT;
que se irritou - mais recentemente - com a rebelião das "bases" do governo,
no caso da renovação do mandato do presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Sem falar da sua visível irritação, na visita que fez à Alemanha, perante a anfitriã, a chanceler Angela Merkel, com o que chama de "tsunami" de liquidez mundial provocado pelos países ricos, que produz, ou ameaça produzir, uma supervalorização das moedas dos países emergentes, com consequências funestas para suas contas de comércio externo e para o controle dos índices de inflação internos.


É muita irritação para uma só presidente.

Digamos, caros leitores, em benefício da presidente, que um país do tamanho do Brasil, com os problemas do tamanho dos que o Brasil apresenta, pode ser fonte de alimentação permanente da irritabilidade e da neurastenia de qualquer cristão, mesmo de quem tenha passado anos sendo treinado contra isso no alto de um mosteiro do Tibet.

Mas a questão que se apresenta é que as situações que irritam a presidente parecem estar se acumulando de maneira um tanto quanto preocupante já no início, apenas, do seu segundo ano de mandato.

E como, à medida que o mandato for levado adiante e se aproxime do seu fim, as pedras no caminho e os quebra-cabeças tenderão a crescer, gerando mais situações de irritação, cabe perguntar se ela realmente terá tutano suficiente e um mínimo de serenidade para essa escalada.


Além disso, cabe perguntar se a personalidade da presidente, seu temperamento, seu modo de agir e as circunstâncias que a levaram ao pódio político brasileiro não estariam contribuindo também para criar situações de irritação, tanto quanto a problemática objetiva do país que ela governa.

Por exemplo:
ela foi guindada ao mais alto cargo político da Nação sem ter tido vida política normal, ou seja, sem ter passado sequer pelo jardim da infância da política, que é ganhar liderança num partido qualquer para, depois, ganhar um primeiro mandato eleitoral, ao qual se sucedam outros mais elevados e durante os quais se vai formando a têmpera necessária para negociações torturantes com companheiros e adversários.

É verdade que teve uma iniciação política de esquerda, numa organização clandestina. Mas ali o preparo, se havia, era para destruir o regime democrático de partidos políticos, e não para aprender a militar nele.


Outra circunstância recebida foi essa "base" governista, que não foi criada por ela.
Os membros dessa base estão mais atentos aos sinais emanados de quem a criou do que à obediência à chefe do governo.

E cada qual trata de expandir o seu espaço dentro da base, à custa do espaço do vizinho - como nessa trombada do PMDB com o PT.

Que não deveria estar acontecendo, se a chefe da Casa Civil cuidasse de fato da articulação política, que é a sua função, e não só enfeitar as fotos das solenidades oficiais.


Isso nos leva ao time da presidente, decididamente fraco.

Um ministro da Defesa que não apazigua os militares nem é ouvido por eles.

Um ministro da Pesca que não entende de minhocas.


Um, novo, da Educação, que diz que o problema é que o Brasil é grande demais - como se o Brasil tivesse aumentado depois que ele chegou ao Ministério.

Um ministro da Fazenda que mais parece o Mestre Pangloss proclamando que tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis.


Todos em volta da barra da saia presidencial, como aios, em vez de estarem conduzindo de fato os programas de suas respectivas áreas.

Dá saudade do modelo dos Grupos Executivos, do tempo de JK, que faziam o Brasil funcionar.


Marco Antonio Rocha O Estado de S. Paulo
Tomara que o problema seja só de pouca prática

JUSTIÇA SEJA FEITA II ! FALA, PEIXE : ELEFANTES BRANCOS E "MOBILIDADE" URBANA , LEGADOS?


Minha relação com o futebol é conhecida no Brasil e no exterior.

Desde meus tempos de jogador do Estrelinha, time fundado pelo meu pai na Vila da Penha, alimentei, como muitos meninos brasileiros, dois grandes sonhos:
jogar uma Copa do Mundo pela nossa Seleção e ver o Brasil sediar um Mundial.

O primeiro eu realizei em 94, ajudando o Brasil na conquista do tetra. O segundo será agora, se Deus quiser, em 2014.

Esse amor pelo futebol e o desejo de ver nosso país realizar uma Copa extraordinária contribuíram para que a fiscalização dos preparativos para o Mundial se tornasse uma das bandeiras do meu mandato de deputado federal.

Não posso assistir calado aos mesmos abusos que já vimos tantas vezes no Brasil, inclusive na organização de eventos esportivos.

Como tenho dito em diversas oportunidades, sei que o dinheiro despejado em obras superfaturadas, em elefantes brancos (o TCU já denunciou que quatro das 12 arenas se tornarão elefantes brancos), vai fazer falta na Saúde, na Educação, na Segurança, na acessibilidade etc. Não podemos aceitar.

Aliás, não posso aceitar calado que se gaste mais de R$ 1 bilhão para descaracterizar um estádio como o Maracanã. Essa dinheirama poderia, com certeza, ter sido gasta de outra forma, sem transformar em poeira o grande templo do nosso futebol.

Como vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, visitei cada uma das cidades-sedes. Vi de perto o que estava sendo feito e, em muitas cidades, o que NÃO estava sendo feito, ou havia começado com muito atraso.

Pude observar que, se muita coisa não mudar, e rápido, não teremos a mobilidade urbana, que era um dos principais legados previstos. Pelo que sei, menos de 30% das obras foram iniciados.

O programa Mobilidade Urbana, do governo federal, por exemplo, ficou quase parado em 2011. Dos R$ 650 milhões previstos, só 0,02% foi executado!
E os aeroportos?
Só Rio, Campinas, Curitiba e Natal deram início às obras.
É uma situação preocupante.
Uma vergonha.

Também acho inaceitável que esses preparativos sejam feitos atropelando os direitos das pessoas, com desapropriações a toque de caixa. Será que os cariocas, os paulistas, os cearenses, querem como legado da Copa a favelização?
Aposto que não.

Não podemos permitir que a Lei Geral da Copa passe por cima da soberania brasileira para atender aos interesses da Fifa, que só vai ficar aqui um mês.

Temos, também, que estar vigilantes para garantir que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo deixem um legado positivo para o nosso povo.


Por isso, com o apoio da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de que sou vice-presidente, lutei para garantir a acessibilidade nos estádios da Copa.

E fiquei contente por termos conseguido o compromisso da CBF de destinar 32 mil ingressos para pessoas com deficiência. Mas ainda falta muito para o ideal.

Não abro mão das bandeiras que orientam a minha atividade política.
Podem me esculachar, se quiserem:
nada me tira do meu foco.

Nunca me preocupei em ser unanimidade, e sei que quando abro a boca para criticar a Fifa, a CBF ou a desonestidade de políticos e empresários, não sou apenas o Romário, e sim a voz de milhões de brasileiros.

Romário O Globo
Sem imposições

SUJO E MISERÁVEL II ! A CASTA DA VAGABUNDAGEM : VALE-REFEIÇÃO, CRESCIMENTO DE 157% - de R$ 7,441 milhões para R$ 19,178 milhões.(vale-refeição de R$ 638 mensais)

Uma brecha criada por normas internas do Senado custa caro aos cofres públicos.

Graças a esse expediente, cada um dos 81 parlamentares pode multiplicar os cargos comissionados que tem à disposição — 12 no total. Alguns aumentaram esse número em mais de cinco vezes.

Com isso, a despesa anual dos comissionados somente com vale-refeição cresceu 157%, passando de R$ 7,441 milhões para R$ 19,178 milhões.

Todo servidor, efetivo ou comissionado, tem direito a um vale-refeição de R$ 638 mensais, independentemente do valor do salário.


Os senadores empregam 2.505 funcionários comissionados, o que representa um gasto de R$ 1,598 milhão por mês somente com esse benefício.

O Guia do Parlamentar — cartilha elaborada pela diretoria do Senado e entregue a cada senador quando assume o mandato —
diz que em regra o gabinete é composto por 12 assessores:
cinco assessores técnicos, seis secretários parlamentares e um motorista.

Mas, na prática, essas funções estão sendo desdobradas e multiplicadas.


Se os parlamentares contratassem apenas os 12 servidores sugeridos, o gasto mensal com auxílio-refeição seria de R$ 620 mil.

Ou seja:
o Senado gasta 157% a mais só com um benefício, porque os senadores incham o quadro de funcionários e esse benefício é pago individualmente.


Há casos como o do senador Ivo Cassol (PP-RO), que desmembrou as 12 funções em 67 cargos comissionados, lotados em seu gabinete e nos dois escritórios políticos que mantém em Rondônia.

Como o auxíliorefeição é de R$ 638 por mês, se Cassol seguisse a sugestão do Guia do Parlamentar, gastaria R$ 7,6 mil por mês, mas a despesa do seu gabinete chega a R$ 42,7 mil com esse benefício.

João Ribeiro (PR-TO) — réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal na qual é acusado de manter 35 funcionários em sua fazenda em regime análogo à escravidão — não se importa muito em gastar o dinheiro do contribuinte para contratar assessores para trabalhar para ele, pagos pelo Senado.

O senador mantém 53 pessoas no gabinete ou nos escritórios políticos — gasto de R$ 33,8 mil. Clóvis Fecury (DEM-MA) é outro que multiplicou seus auxiliares.


Ele tem 56 funcionários, 38 lotados em seu gabinete em Brasília.
Um gasto de R$ 35,7 mil.


Já o senador Fernando Collor (PTB-AL) tem 54 comissionados no gabinete e o senador Gim Argello (PTB-DF), que empregava seu contador particular, tem 46 assessores.

O novato Eduardo Lopes (PRB-RJ), que acaba de assumir a vaga de Marcelo Crivella (PRB-RJ) no Senado, herdou 43 comissionados no gabinete.

Ele assumiu o mandato semana passada, após Crivella aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para ser ministro da Pesca.

O vale-refeição é só um exemplo do aumento de gastos no Senado pela contratação excessiva de servidores comissionados. Eles também fazem horas extras, limitadas a R$ 2.500 por mês.

Os funcionários efetivos não têm esse direito.

Além disso, apesar de não ter plano de saúde pago pelo Senado, os comissionados podem ser atendidos, quando precisam, pelo serviço médico que funciona na Casa. Quanto mais funcionários ativos, mais gastos para manter esse serviço.


Gim Argello disse que nunca tinha pensado no valor do vale-refeição:
— Vou pedir para minha assessoria verificar se o gasto é excessivo.


Outros senadores foram procurados e não foram localizados.

Ontem, O Globo revelou que a farra das nomeações continua, apesar da crise institucional na qual o Senado mergulhou em 2009 por conta de atos secretos que escondiam fantasmas e parentes dos parlamentares.

O GLOBO identificou pelo menos 25 senadores que mantêm nos escritórios pessoas que não aparecem para trabalhar, porque fazem curso no exterior; ou profissionais que atuam em clínicas médicas e escritórios particulares de advocacia, ganhando salário pelo Senado.

Há também outros que empregam políticos cujos mandatos foram cassados pela Justiça Eleitoral ou são denunciados pelo Ministério Público por desvio de verba.


O próprio Ivo Cassol, que emprega 67 comissionados, patrocina uma ilegalidade.

Desde dezembro passado, mantém no gabinete o jornalista Francisco Sued de Brito Pinheiro Filho, nomeado em 1, de fevereiro para trabalhar na presidência da Assembleia Legislativa de Rondônia.

A assessoria do senador disse que ele já havia identificado o problema e iria demitir o servidor, mas até ontem o nome dele constava no Quadro de Servidores Efetivos e Comissionados do Senado.


Senadores não controlam ponto

Assim como acontece nos escritórios políticos nos estados, os senadores também não exercem controle sobre a atuação de seus servidores nos gabinetes do Senado, em Brasília.

São poucos os que exigem que os funcionários registrem o ponto eletronicamente. Levantamento no Quadro de Servidores Ativos e Comissionados mostra que dez senadores aboliram a regra para todos os seus assistentes.


Ano passado, o Senado gastou mais de R$ 1,2 milhão com o ponto eletrônico biométrico. Mas, por acordo entre parlamentares, eles determinam quem tem e não tem a obrigação de bater o ponto.

Há casos como o do senador Jayme Campos (DEM-MT). Dos 21 servidores de seu gabinete, 20 não têm a obrigação de registrar a hora que chegam e a que saem. O único que não está livre da burocracia é um servidor efetivo (aprovado em concurso), que trabalha no Senado desde 1984 e é subchefe de gabinete do senador.

A segunda vice-presidência, ocupada pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS), desobriga 20 de seus 21 servidores de registrarem o ponto.

Já a quarta secretaria, que está a cargo de Ciro Nogueira (PP-PI), não obriga nenhum dos 13 funcionários a bater o ponto. Também no gabinete do próprio Ciro ninguém registra o horário de entrada ou saída.

A presidência do Senado é mais controladora.

Dos 42 assessores, somente três têm a vantagem de não registrar os horários de trabalho. Alguns senadores são mais rigorosos ainda.
Não permitem que ninguém deixe de bater o ponto.

Isso acontece nos gabinetes de Cristovam Buarque (PDT-DF),
Humberto Costa (PT-PE),
Lindbergh Farias (PT-RJ),
Paulo Bauer (PSDB-SC),
Paulo Paim (PR-RS),
Pedro Simon (PMDB-RS)
e Wellington Dias (PT-PI).

Chico de Gois O Globo
Milagre da multiplicação