"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 12, 2011

DEFORMAÇÃO MORAL E ÉTICA. COVIL!!!


Deputados investigados na Justiça e envolvidos em escândalos no Congresso estão entre os primeiros indicados para o Conselho de Ética da Câmara.

O colegiado deve ser instalado na quarta-feira e terá como primeiro desafio analisar a conduta da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada em vídeo recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, pivô do “mensalão do DEM”.


Até ontem, foram indicados 10 dos 30 membros titulares e suplentes do colegiado. Desses, dois tem pendências com a Justiça, um ganhou destaque pela contratação de parentes e outros dois se notabilizaram em casos de colegas absolvidos.

Veterano no conselho, Abelardo Camarinha (PSB-SP) é réu em quatro ações no Supremo Tribunal Federal, além de ser investigado em seis inquéritos. Ele responde a processos por crime ambiental, de responsabilidade, contra a lei de licitações e contra a honra.

Na lista dos inquéritos estão acusações por crimes contra a ordem tributária, finanças públicas, de responsabilidade e improbidade administrativa.


Camarinha minimiza a quantidade de processos. Ele diz que as pendências são relativas às suas gestões como prefeito de Marília e alega ser inocente. “Se a Madre Tereza de Calcutá fosse prefeita, também teria seis ou sete processos.”

O deputado admitiu deixar o conselho se for questionado sobre os processos aos quais responde. Ele defende a abertura de processo contra Jaqueline Roriz. “Se eu ficar no conselho, vou ser favorável que se apure, porque aquele dinheiro não tem origem nem foi declarado à Justiça Eleitoral”, disse.


Família.
Marcos Medrado (PDT-BA) é alvo de inquérito por crime eleitoral, quando presidiu o diretório estadual do PP.
Ele alega inocência. Medrado disse não ter muitas informações sobre o caso da deputada, mas afirmou que a família Roriz tem “histórico conhecido” e que não vai “proteger” ninguém.


Questões de família também envolvem outro deputado. Vilson Covatti (PP-RS) praticava nepotismo, contratando cunhados. Obrigado a demiti-los após decisão do STF, o deputado nomeou concunhadas. Sob pressão, ele também as exonerou.

Mais...

Estadão - Eduardo Bresciani/Denise Madueño -