"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 31, 2009

LULA E A OBSESSÃO

  






CARAS PINTADAS


TAMBÉM SABIA QUE ISSO IA DAR...


.

O "CARA" NÃO PRECISA DE VOTO

                           LULA DISPENSA VOTO


E O NOSSO CAIXA ? COMO VAI ?


As contas do governo central fecharam o mês de setembro com deficit de R$ 7,632 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional.
 

O número ficou bem abaixo do registrado em agosto, quando Tesouro, Previdência Social e Banco Central tiveram resultado superavitário em R$ 3,69 bilhões.
 

O número é o pior para um mês de setembro desde 1997, além de ser o pior mês do ano.
 

Nas comparações com o ano passado, também houve queda significativa. 


Em setembro de 2008, o governo central havia tido superavit de R$ 3,95 bilhões. 
 


Nos nove primeiros meses do ano, o governo teve um resultado positivo de R$ 16,37 bilhões, contra R$ 80,98 bilhões no mesmo período do ano passado. 


A economia do governo central no ano corresponde a 0,74% do PIB (Produto Interno Bruto). 


No mesmo período de 2008, correspondia a 3,78% do PIB.
 

No ano, as receitas do governo caíram 1,9% enquanto as despesas subiram 16,5%.

Receitas

A receita total fechou setembro em R$ 53,55 bilhões, contra R$ 60,83 bilhões no mês anterior. 


Já as despesas aumentaram no mês de setembro para R$ 53,07 bilhões, eram de R$ 46,78 bilhões em agosto.
 

O Tesouro Nacional teve superavit de R$ 1,6 bilhão, contra R$ 9,2 bilhões em agosto. 


A Previdência Social registrou deficit de R$ 9,17 bilhões, contra R$ 5,19 bilhões em agosto. 
  
Já o Banco Central teve deficit de R$ 62 milhões.
 

De acordo com o Tesouro, a redução se deve à queda de R$ 7,8 bilhões na arrecadação de dividendos e do aumento de 9,7% nas despesas em relação à agosto por conta, principalmente, de um aumento de R$ 2,3 bilhões nos gastos de custeio e capital.


Abre o olho Lula 

 

outubro 30, 2009

C A M U F L A D O

O VÍDEO E PARA COMPLEMENTAR A POSTAGEM ANTERIOR,  O SEGUNDO MANDATO ELE CONQUISTOU, POR "TRÁS DOS PANOS " VAI LEVAR UM TERCEIRO(Dilma)? TIRE AS SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.


BRASIL DE TODOS


Olimpiadas

MAIS SOBRE AS ASSEMBLÉIAS

Em pelo menos cinco Assembleias Legislativas do país, os deputados têm direito a uma cota de gastos que ultrapassa o valor da verba indenizatória da Câmara dos Deputados, que é de R$ 15 mil mensais.


Informa reportagem de Sílvia Freire e Felipe Bächtold, pela Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).


Segundo a reportagem, Alagoas é o Estado com o valor mais alto. 
Cada um dos deputados pode gastar até R$ 39 mil por mês com despesas de custeio, como combustível, telefone, transportes, divulgação e escritórios políticos.


Em Santa Catarina, a verba é de R$ 38 mil. 
A seguir, vêm Paraná (R$ 27 mil), 
Minas (R$ 20 mil) e 
São Paulo (R$ 19,8 mil). 
 Clique na imagem ou :

A exemplo do que ocorre em Brasília, faltam mecanismos de divulgação e transparência dos gastos.

Das 20 Assembleias que responderam à Folha, nenhuma divulga notas ou nome dos fornecedores.

Só cinco Casas (SP, ES, DF, RS e BA) publicam nos sites o gasto mensal de cada deputado.

Entre as outras, as direções dizem que a prestação de contas nos sites está em fase de regulamentação.


Outro lado


Além dos R$ 39 mil mensais, os 27 deputados estaduais de Alagoas dispõem ainda de R$ 53 mil para pagar os servidores comissionados dos gabinetes.


À reportagem,(disponível apenas para assinantes uol e folha), o presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), disse que não sabia que a Casa tinha o maior reembolso entre os Legislativos estaduais.


Segundo ele, os deputados usam praticamente toda a verba, e a redução do valor não está prevista. Em vez disso, há discussão para aumentar o salário (R$ 9.600) abaixo do teto permitido (R$ 12.384).


Em Santa Catarina, o presidente da Assembleia, Jorginho Mello (PSDB), disse que o valor no Estado é inflado pela inclusão de despesas com diárias e passagens.


Ele afirmou que os deputados nem chegam a administrar a verba. "O deputado não pega esse dinheiro."


O presidente da Assembleia do Paraná, Nelson Justus (DEM), afirmou que o valor no Estado é maior porque, assim como em Alagoas, os R$ 27 mil também servem para cobrir os gastos correntes dos gabinetes.


Em São Paulo, o valor de cada gasto não pode ultrapassar 760 Ufesp (Unidades Fiscais do Estado de SP) desde 2002 R$ 12.046, segundo a assessoria da Assembleia. Mas a verba total para o mês é de R$ 19.800.


A reportagem não conseguiu falar com o presidente da Assembleia de Minas, Alberto Coelho (PP), que já anunciou que vai dar publicidade à prestação de contas dos deputados.


Saiba mais sobre as assembléias :
Cargos de confiança chegam a 17 mil em 21 Assembleias do país

outubro 29, 2009

DOCUMENTO DE 1964 - INTERESSANTE

         Clique para ampliar


Vivemos 2003/06 e estamos vivendo 2007/10 será a mesma coisa em 2011?



RUI BARBOSA

Mais atual do que nunca...

A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.

A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.

A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços.

Semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão.

Habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte.

Promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus.

O homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia).

O homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas.

Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto (o Imperador, graças principalmente a deter o Poder Moderador).

Guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade.

Por Rui Barbosa, escrito em 1914.


Em tempos passados esse brasileiro, mais do que uma advertência, deixou uma profecia.

Nos anos recentes, em parte pela impotência da população.

E em maior grau pela silenciosa cumplicidade dos que deveriam zelar por tudo o que Rui Barbosa disse.

Terminamos envolvidos por essa selva de iniquidades.
Em nosso caso, só uma queimada põe tudo isso no chão.
É isso ou viver na selva para sempre.

Pai....Que lugar é esse???

outubro 28, 2009

POVO OMISSO

COMENTÁRIO DE LUIZ CARLOS PRATES SOBRE AQUELE ESCÂNDALO DAS PASSAGENS DOS PARLAMENTARES



O BRASIL CAMUFLADO

Vejam quanto o país pagou de juros em 2008, quanto as dívidas interna e externa cresceram, e quanto foi destinado às áreas sociais.


De janeiro até dezembro de 2008, os governos federal, estaduais e municipais geraram um superávit primário - isto é, a economia de recursos para o pagamento das dívidas externa e interna, obtida por meio de aumento de arrecadação de tributos e corte de gastos públicos - equivalente a R$ 118 bilhões ou 4,07% do PIB (Produto Interno Bruto, que representa toda a riqueza produzida no País em 2008).


Porém, este superávit não foi suficiente para pagar nem os juros da dívida pública vencidos no período, que atingiram R$ 162 bilhões, enquanto as amortizações representaram R$ 172 bilhões (ver nota 1).


Para complementar esses pagamentos, todos os investimentos e gastos públicos de todas as esferas da federação foram sacrificadas.


Analisando-se a execução do Orçamento Federal em 2008, podemos ver a distribuição de recursos (que somaram, no total, R$ 924 bilhões) apresentada no gráfico abaixo. As despesas com o serviço da dívida (juros mais amortizações, exclusive o refinanciamento) consumiram 30,57% dos recursos do período, ou seja, o equivalente a R$ 282 bilhões, e foram muitas vezes superiores aos gastos comáreas sociais fundamentais, como saúde (4,81%), educação (2,57%) e assistência social (3,08%).


Além disso, é quase nulo o valor destinado a setores importantes como Organização Agrária (com apenas 0,27% dos gastos), Transporte (0,51%), Ciência e Tecnologia (0,43%), Habitação (0,02%) e Saneamento (0,05%).

Dívida externa ?

Clique :

Números da Dívida em 2008:


Clique no gráfico para ampliar

Importante ressaltar que, a partir da edição da Medida Provisória 435, em junho de 2008, este resultado (decorrente das variações do câmbio) passou a ser divulgado separadamente do resultado principal . Isto dificultou bastante a identificação do resultado efetivo do BC, que agora não aparece claramente explicitado. Tal resultado consta agora na página 47 das Demonstrações Financeiras, disponível em: 


http://www.bc.gov.br/htms/inffina/be200812/dezembro2008.pdf .

Fonte: SIAFI - Orçamento Geral da União – Sistema Access
da Câmara dos Deputados. Não inclui o "refinanciamento" da dívida, ou seja, o pagamento de amortizações realizado por meio da emissão de novos títulos.


Nota: Os gastos com servidores ativos se distribuem pelas áreas sociais nas quais eles atuam. Os servidores inativos e pensionistas estão alocados na "Previdência Social".




EXERÇA A SUA CIDADANIA


Dicas para Acompanhamento e Fiscalização dos Gastos de uma Prefeitura

1. Lista de Pagamentos

O mecanismo mais eficiente para iniciar uma verificação nas contas de uma prefeitura municipal é uma lista mensal de pagamentos feitos por essa entidade, listados um a um, com CNPJ e/ou CPF, os valores e uma breve descrição do que se trata.

Uma breve verificação pode identificar empresas suspeitas ou pagamentos suspeitos, e então os documentos são solicitados à prefeitura para verificar as condições que geraram tais pagamentos. 

O direito à informação é garantido constitucionalmente.


2. Verificação do Cadastro do CNPJ

Empresas, para fazerem negócios com o setor público, precisam estar com o cadastro em ordem junto à Receita Federal. Uma prefeitura não pode fazer pagamentos a empresas que não tenham o seu cadastro em ordem. 

Para verificar se a empresa está devidamente cadastrada, basta entrar no site da Receita Federal, http://www.receita.fazenda.gov.br/
Uma vez no site, clique em CNPJ, e depois em SITUAÇÃO CADASTRAL. 

Vai aparecer um local para digitar o número do CNPJ, e depois um quadrinho onde deve-se digitar os mesmos caracteres que aparecem em um quadro ao lado, para efeito de autenticação do pedido. 

Verifique se os dados cadastrais batem com os que a prefeitura está informando. Muitas empresas fantasmas adotam o expediente de imprimir em suas notas fiscais frias o número de um CNPJ qualquer, que esteja em dia na Receita. 

Se não estiverem batendo, há grande chance de que a prefeitura esteja fazendo pagamentos a uma empresa fantasma.


3. Notas Fiscais de Serviços

Tente verificar os pagamentos feitos a empreiteiros locais ou não. Isso pode ser verificado também na lista de pagamentos, e depois solicitar cópia das notas fiscais. 
Notas fraudulentas normalmente tentam descaracterizar o serviço prestado, como por exemplo “Serviço na Praça Principal”, ou “Serviço na Caixa Dágua”, sem discriminar o tipo de serviço efetuado, os materiais utilizados, de tal forma que fique difícil comprovar a existência do mesmo. 

Serviços técnicos devem ter a sua execução atestada por um engenheiro, antes que a prefeitura possa fazer o pagamento. 
Se for necessário, fazer perícia nos serviços para verificar o custo dos mesmos. 

Normalmente para esses pagamentos fraudulentos, deve haver conluio do almoxarifado, ou do responsável por atestar a realização dos serviços.


4. Compra de combustível

É muito comum a fraude na aquisição de combustível, principalmente naquelas prefeituras que tem sistema próprio de abastecimento da frota. 
Muitas notas frias são pagas sem que o combustível tenha sido entregue. 

Ou às vezes a carga é descarregada parcialmente em outro local, e o combustível entregue é apenas uma parte do que está na nota fiscal. 

Verificar o tamanho da frota e o consumo médio. Verificar se não constam na frota veículos que já foram sucateados, apenas para aumentar o tamanho da frota e com isso poder fraudar a aquisição de combustíveis.


Em prefeituras que abastecem em postos de gasolina conveniados, é comum acontecer que veículos não pertencentes à prefeitura sejam abastecidos. 
Verificar os boletos de abastecimento e verificar o consumo de combustível por veículo. Isso pode revelar fraudes no abastecimento.

5. Merenda escolar

Verificar se as merendeiras estão assinando as notas fiscais de entrega da merenda, e se elas estão conferindo o que está sendo entregue. 

Fazer uma verificação se o que está sendo serviço está consistente com as notas fiscais cobradas da prefeitura. 
É muito comum as notas irem direto para a prefeitura, e as escolas e creches não tomarem conhecimento do que está sendo cobrado da prefeitura.


6. Aluguel de Máquinas

É comum haver notas de aluguel de máquinas, às vezes de locais distantes, e essas notas serem totalmente frias. 
Checar CNPJ dessas empresas, da forma indicada acima, e caso elas não existam, já está configurada a fraude. 

Caso elas existam, verificar se os serviços foram prestados.


7. Fraudes na Arrecadação

É comum, o prefeito, ou funcionários, receberem o IPTU, ou qualquer outra taxa, e autenticarem em uma máquina clandestina, se apossando dos recursos arrecadados.

Como os sistemas de informática da prefeitura são precários, e normalmente são dois ou mais sistemas, um para o controle do tributo e outro para o financeiro, essas fraudes tardam a ser descobertas. 

É preciso fazer uma verificação nos dois sistemas da prefeitura, e por amostragem, chamar alguns contribuintes para mostrarem os seus comprovantes e verificar no caixa da prefeitura se os recursos foram depositados.

8. Aquisição de materiais

De propósito, estabelece-se nas prefeituras que querem desviar recursos um caos no almoxarifado. 
Quanto mais desorganizado melhor para esconder as fraudes. Por trás da desorganização administrativa, muita fraude passa despercebida. 
Verificar as notas fiscais de fornecimento de materiais, principalmente para construção, e verificar se os mesmos foram recebidos pela prefeitura, e onde foram aplicados ou armazenados.


9. Despesas de Gabinete

Por detrás dessa rubrica, é muito comum o prefeito tirar verbas substanciais, pois elas podem ser cobertas por despesas de passagem, hospedagem, transporte, táxis, combustível, refeições, e como é sabido no Brasil, obtém-se em qualquer lugar, notas do valor que for solicitado, e essas notas são apresentadas à prefeitura como despesas de ordem pessoal do prefeito. 

Solicitar a lista das despesas, e depois a documentação, e checar a coerência e consistência das mesmas. Muita coisa pode aparecer. 

O prefeito pode retirar através dessa verba, muitas vezes mais do que recebe de salário da prefeitura.


10. Licitações Direcionadas

Verificar quem está ganhando as licitações da prefeitura. Verificar se são empresas formadas recentemente, e quem são os sócios. 

Verificar a ligações entre os sócios e o prefeito. Muitas vezes laranjas são utilizados para constituir empresas para concorrer a licitações da prefeitura. 
Verificar a natureza a licitação se é para serviços ou obras, e solicitar cópias dos processos para verificação. 

Verificar a estrutura dos arquivos, das propostas, e os outros participantes da tomada de preços ou licitação. 
É comum pedir para que “empresas amigas” participem, apenas para legitimar o processo. 

Verificar detalhes da mesma, assinaturas, retiradas do edital, estrutura do arquivo, certidões emitidas por autoridades, e a consistência das propostas. Muita coisa pode ser descoberta nessas análises.


11. Contratos com Órgãos de Imprensa

É comum, que os contratos com órgãos de imprensa para publicação de atos da prefeitura deixem muitas brechas para publicação de matérias de interesse do prefeito. 

Às vezes o contrato é em aberto, publicar editais, e quando não houver, publicar matérias do interesse do município. 
E nesse caso o interesse do município na verdade significa interesse do prefeito, e vão sair matérias do seu interesse político. 

Isso configura compra de propaganda política. As concorrências devem ser feitas pelo preço do centímetro de coluna. 
É comum um jornal dar o preço da coluna mais baixo, mas quando vai cobrar da prefeitura, emite a nota fiscal cobrando centímetro quadrado, o que aumenta em 4 vezes a fatura. 

Como há desconhecimento de como verificar isso, ou conluio para executar a fraude, o dinheiro vai para o jornal e depois é repartido entre os envolvidos. 
Ou então o jornal paga mediante matérias favoráveis ao prefeito, que às vezes são feitas até mesmo dentro da prefeitura.


12. Desvio de verbas federais

As verbas federais são verbas específicas, que tem uma prestação de contas específica. Como o poder federal fica distante e a comprovação vai ser feita apenas mediante documentação, é comum que as obras vinculadas a essas obras não sejam executadas, no todo ou parcialmente, e a comprovação seja feita mediante notas fiscais frias.
Ou então, que haja um superfaturamento grosseiro no preço dos materiais e serviços. 

Checar custo dos materiais, pedra, areia, ferro, cimento, e as horas de mão de obra. Chamar técnicos para fazer perícia nas obras e constatar os quantitativos de cada um desses insumos utilizados na obra. 
Essas são verbas às vezes mais polpudas, e muito sujeitos a desvios, principalmente se estiver ligada a obras, e também em casos emergenciais, onde há dispensa de licitação.


13. Contratos de Serviços

É muito comum haver partilha dos contratos de serviços continuados, tipo coleta de lixo, prestação de serviços de eletricidade, hidráulica, manutenções de equipamentos, aluguéis de imóveis, dentre outros. 
Verificar se os cheques de pagamentos desses valores são nominais e cruzados, verificar como foi feita a concorrência para a contratação, e solicitar uma perícia para avaliação dos serviços se houver suspeita de irregularidades.


14. Cruzamento de Cheques

A falta de emissão dos cheques nominais ao prestador de serviços e o cruzamento dos mesmos pelas prefeituras permite que eles sejam sacados em dinheiro no caixa do banco e repassados aos outros interessados sem que os valores transitem pela conta corrente do prestador de serviços, o que facilitaria a traceabilidade no caso de quebra de sigilo bancário. 
A falta dessas providências pode ser um indício de que se deseja praticar irregularidades.


15. Quem recebe os pagamentos em dia?

Se a prefeitura tem o hábito de atrasar os pagamentos aos fornecedores, mas existem alguns que recebem em dia, verificar quais são esses que recebem em dia. Normalmente são aqueles que pagam propina, ou nos quais existe a participação do prefeito ou de funcionários da prefeitura. Verificar como é feita a reordenação dos empenhos dentro da prefeitura.


16. Aquisição de produtos médicos

A prefeitura é normalmente responsável por Pronto Socorro ou hospital. Uma das fraudes mais comuns é a aquisição de produtos médicos como luvas cirúrgicas, seringas, gase, medicamentos em quantidades absurdas. 
A maioria das notas fiscais de aquisição são frias, de empresas inexistentes, ou empresas pequenas pertencentes a quadrilhas que se especializam em fornecer notas fiscais frias para prefeituras. 

Às vezes vale a pena uma visita física a esses estabelecimentos.
Clique aqui para baixar, imprimir e divulgar os Mandamentos e Compromissos da Cidadania! (PDF)


CAMADA PRÉ - SAL

Fala-se tanto, mas o que é a camada pré-sal ?



A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).

O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os sete mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conserva a qualidade do petróleo.

Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há, também, os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara.

Um comunicado da Petrobrás, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal.

- Tupi tem uma reserva estimada entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.

O grande volume

As reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobrás, no Brasil, ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela Agência Nacional do Petróleo.


Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.


"Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos, e não pela clarividência do Estado" - Roberto Campos

Veja mais sobre pré-sal:

- Governo deverá apresentar plano de gastos para Fundo Social a cada 4 anos

outubro 27, 2009

DILMA E OS "JUDAS"

No evangelho político do presidente Lula, se Judas Iscariotes, o apóstolo traidor, fosse brasileiro, Jesus Cristo teria de fazer com ele uma aliança tática para governar.

A semelhança, se tivesse partido de uma pessoa com escrúpulos seria estranha, mas  partindo de Lula retrata o uso de uma uma receita aplicada desde o  segundo mandato pelo próprio presidente.

Para garantir uma maioria folgada no Congresso, Lula aliou-se aos fariseus históricos da nossa política.


Enchendo-lhes de dádivas: cargos, verbas e visibilidade. Em troca, recebe apoio e proteção. 

Apesar dos escândalos que fraternidades assim com certeza produzem e já produziram aos montes  ( mais de 100),  e os altíssimos índices de popularidade do governo sustentam a convicção oficial de que esse é o 
caminho certo.

A "discípula" mais apropriada para viabilizar os  ambiciosos projetos de poder. 
A ministra Dilma Rousseff, a candidata à sucessão de Lula, já assimilou os ensinamentos do mestre. 

Nas últimas semanas, ela selou pactos de fidelidade com alguns partidos.

Entre os quais o PMDB de José Sarney, Renan Calheiros e Jader Barbalho, o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto e do deputado Edmar Moreira, o homem do castelo, e o PP de Paulo Maluf.



outubro 26, 2009

DEU NA NET



Sequestro de políticos brasileiros


Por favor repassem esse pedido de socorro urgente!!!!!



A Toda Sociedade Brasileira que puder ajudar...


 

Foram seqüestrados hoje em Brasília, todos senadores e parte dos deputados estaduais e federais do Brasil.




Os políticos estão num cativeiro... .


E agora estão solicitando US$ 1.000.000 para  a  libertação.


Se não for cumprido em 24 horas, vão banhá-los com combustível e os queimarão vivos.


Estamos organizando uma coleta e necessitamos da sua ajuda!



Veja o que conseguimos até agora:



- 580 litros de Gasolina Aditivada

- 320 litros de gasolina Premium

- 125 litros de diesel

- 175 de gasolina convencional

- 98 litros de Biodisel

- 38 caixas de fósforos


- 7 lança chamas

- 21 isqueiros e...

- 108 sacos de carvão



Não mandem álcool, pois há o risco do mesmo ser consumido pelos senadores e faltar para o propósito desta benemerência!



Aceita-se também botijão de gás.



Se você apagar essa mensagem, é porque não tem coração... Por favor, leia e ajude 




VENDENDO ILUSÃO - ATRÁS DO VOTO DE QUEM NÃO VÊ

O mundo de sonhos vendido nas propagandas dos governos estaduais, o vídeo é da Bahia, sob comando de Jaques Wagner (PT).

Mas, sabemos, essa fórmula é usada por vários governos estaduais.

Todos, São Paulo, Rio e Minas Gerais vendem um mundo de fantasias, um mundo que existe só nas suas mentiras. 

E Lula claro, com o seu onipresente "Brasil, um país de todos" (ou TOLOS).


.

SENADO / SARNEY - ESTICA E ENCOLHE

Passada a turbulência dos últimos meses, a folha de pagamento, de R$ 2,1 bilhões, se mantém intacta. 

Os senadores não aceitam reduzir o número de funcionários de confiança, hoje estimados em 2,8 mil. (Incrível,  não se tem o número exato)

Os 3,5 mil servidores terceirizados também pressionam Sarney para não serem demitidos. A tática tem dado certo.


As promessas de Sarney são esquecidas, como a redução de despesas com o serviço de mão de obra terceirizada.
Nos últimos cinco anos, esse item consumiu cerca de R$ 460 milhões dos cofres do Senado.


Humor,Cartuns,Congresso Nacional,Políticos,Política,Comportamento,Corrupçãp,Nepotismo,Brasil,CartunsNa última segunda-feira, o Diário Oficial da União publicou a decisão de Sarney de revogar uma licitação que economizaria R$ 7 milhões na contratação de mão de obra para limpeza.

A concorrência foi feita depois que uma sindicância apontou excesso de funcionários e valores salariais elevados. 
A Fiança, empresa do contrato anterior, venceu a nova concorrência.


 - ()Para anular a licitação, ele alega que a redução de gastos não pode atingir os terceirizados. 

 "É irrefutável que tal redução não possa se dar em detrimento dos menos favorecidos, dos mais humildes", diz o senador, que considera mínima a redução estimada pelo novo contrato.



Ontem, Sarney fez mais uma promessa: demitir ou cortar os salários dos funcionários que não se apresentarem para o recadastramento da Casa. Pelo menos 828 estão nessa situação.


O presidente do Senado diz que muitos se omitiram por "erro no computador". Os demais, segundo ele, serão punidos.


Eu ainda não havia feito a postagem, e o Senado já  "despromessou" a promessa do sr. Sarney, abaixo a nova situação dos sem recadastramento, ou seriam mais fantasmas?  
Veja :  

Senado desiste de cortar salários de funcionários sem recadastramento



outubro 24, 2009

MAPA PT / PMDB ELEIÇÕES 2010


LULA - O METAFÓRICO


LULA ÁVIDO  E  PICADO PELA MOSCA AZUL DO PODER, NESSA VAI ATÉ A ALMA.

Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.(Luiz Inácio Lula da Silva)


O Secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, deu uma lição a Lula:

“Judas foi um discípulo de Cristo. Cristo conhece o coração das pessoas e respeita a liberdade de cada um.


Agora, Cristo não fez aliança com os fariseus, com os saduceus (membros de uma seita judaica oposta aos fariseus). 

Pelo contrário, teve palavras muito duras para eles”.



Em entrevista a Kennedy Alencar (aqui)

outubro 23, 2009

Olimpiada 2016 - Em boas mãos ?

Antes de mais nada, um esclarecimento: não participo de nenhuma corrente política.

Se há muito sobre Lula, é por simplesmente ele ser o detentor do cargo de presidente atual, e ser protagonista de uma série de atitudes no mínimo contraditórias.

Meu anseio é por verdade, ética e moralidade no trato da coisa pública, em todos os níveis, e "descamuflar" as aparências. (Márcio)


Por exemplo :


O governo Lula tem no seu dom de iludir uma de suas maiores virtudes, ou melhor, características.


Risco de corrupção nos gastos olímpicos:


"Ficar com esse argumento de possibilidade de corrupção nos gastos das obras para os Jogos Olímpicos de 2016 agora seria colocar o Brasil outra vez no papel pequeno que alguns querem colocar todo santo dia". (Presidente Luis Inácio Lula da Silva, Bruxelas, Bélgica, 04/10/09).


Qual será a competência e probidade do escalado?


Escalado pelo governo PT,   Ricardo Leyser Gonçalves, o funcionário do Ministério do Esporte para cuidar das obras das Olímpiadas do Rio de Janeiro em 2016 (que envolverão R$26 bilhões de investimentos) foi apontado pelo Tribunal de Contas da União como um dos responsáveis por um superfaturamento de 900% nas obras do Pan-2007 . 


O TCU já mandou Leyser devolver R$ 16,3 milhões aos cofres públicos.

O TCU investiga também contratos do Ministério do Esporte firmados sem licitação e os gastos do funcionário que de janeiro a agosto de 2009 usou R$ 230 mil em diárias de viagens, há casos de viagens que ultrapassam R$ 80 mil.



Que JESUS CRISTO proteja o erário, por que o judiciário parece omisso quando se trata de agir contra políticos.





                                                                 
Veja também :

POLÍTICA A VERDADE DE MOMENTO



SE QUIZER PÔR À PROVA O CARÁTER DE UM HOMEM, DÊ-LHE PODER"
ABRAHAM LINCOLN - 16° Presidente dos Estados Unidos, continua atual.



                                            






E 2010 ?
 O que será que será ?










outubro 22, 2009

VERBA PÚBLICA -


Se a imagem não aparecer clique:

Folha Online - Brasil -

Felipe Bacthold /Folha On line


A pouco mais de um ano das eleições, deputados federais e senadores gastaram juntos quase R$ 2 milhões de verba indenizatória com "divulgação da atividade parlamentar" apenas no último mês de julho. 

Os pagamentos a rádios com a verba indenizatória no período somam R$ 107 mil e a jornais, R$ 140 mil.

Ao todo, 28 senadores e 262 deputados usaram a verba para divulgação do mandato em julho. Apenas na Câmara, foram 577 repasses no mês.
 

A maior parte dos gastos foi para gráficas, produtoras e empresas do ramo de publicidade.
 

É comum aparecerem também empresas de "estratégia de comunicação", "eventos", assessorias de imprensa e marketing entre as beneficiadas com a verba, assim como fabricantes de placas publicitárias.

Em julho, houve pagamento como divulgação de mandato até para um disque-táxi, um restaurante e uma associação estudantil.
 

Um único deputado Fernando de Fabinho (DEM-BA) gastou no período R$ 45,5 mil com a propaganda sobre sua atuação na Câmara, o equivalente a quase três vezes o salário que recebe. O pagamento foi feito a uma gráfica baiana uma de suas financiadoras na campanha eleitoral de 2006.

Entre os senadores, quem mais gastou em julho foi Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que repassou mais de R$ 21 mil a duas editoras de Roraima.
 

O valor da verba indenizatória depende de qual Estado é o congressista e se ocupa cargo de liderança. Os deputados federais recebem de R$ 23 mil a até R$ 35,5 mil para gastos como passagens aéreas, combustível e locação de escritório.

Alguns gastaram mais do que isso só com a divulgação do mandato em julho porque a verba que não foi consumida anteriormente pode ser usada no mês seguinte, segundo a direção da Câmara.
 

De acordo com o ato assinado em maio, não são permitidos "gastos de caráter eleitoral" com esse dinheiro.
 

A aplicação da verba indenizatória com a divulgação também será proibida seis meses antes das eleições a partir de abril de 2010.


outubro 21, 2009

LULA E A DÍVIDA PÚBLICA -

Seguindo a proposta do blog, que é a de "descamuflar" atos e ações na política, reproduzo abaixo o segundo capítulo de um estudo sobre : Dívida Pública.
Está dividido em vários capítulos, vale a pena tomar conhecimento.

O país vive um momento de "êxtase", copa 2014/ olimpíadas/2016 etc., tudo isso está à nossa frente, e é muito bom, mas também não podemos esquecer que sempre existe um verso.
Amilton Aquino estuda dívida pública/2



Logo após o “pagamento” da dívida com o FMI o Governo Lula anunciou um novo fato histórico: o Brasil tinha reservas superiores à dívida externa, tornado-se um novo credor internacional. 

A notícia divulgada de forma sensacionalista por alguns meios de comunicação ganhou ainda mais força na Internet.

Os defensores incondicionais de Lula invadiram as seções de comentários dos grandes portais e blogs exaltando o governo que tinha “liquidado a dívida externa”.

Nos eternos comícios de Lula o já famoso “nunca na história deste país” era usado e abusado para alfinetar a oposição que nada havia feito em oito anos de governo, a não ser endividar o país.

Abaixo um dos gráficos publicados nos jornais “com dados do Banco Central”, que “provavam” que a dívida externa havia sido paga.



Fonte: Gazeta do Povo

O outro lado da história

Como no episódio da quitação da dívida com o FMI, a visão geral do processo só vem com o tempo e aí então percebemos que a “boa notícia” era, na verdade, mais um factóide de cunho eleitoreiro.

Da mesma forma que o Governo trocou uma dívida barata como a do FMI, com juros de 4% ao ano, por outras com juros bem maiores (entre 8 e 12.75%), no suposto “pagamento” da dívida externa ocorreu algo parecido.

Primeiro é preciso deixar bem claro que a dívida externa continua intacta.

Não só não foi paga, como ficou ainda maior mesmo depois do pagamento antecipado da pequena parte da dívida do FMI de 15,5 bilhões, conforme mostra o gráfico abaixo.

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

Como todos podem ver, os dois gráficos apresentados acima são contraditórios. O primeiro trata-se de uma manipulação de dados, supondo que a dívida teria sido paga com as reservas internacionais, o que não ocorreu.

Hoje a divida externa está aparentemente "controlada e não está mais crescendo como antes porque perdeu atrativo já que os “investidores” mudaram o foco para os títulos da dívida interna brasileira, cujos juros são bem mais expressivos (além de contar com incentivos do Governo como a isenção de impostos, por exemplo).

Como resultado deste processo, o governo estacionou a dívida externa, enquanto que a dívida interna subiu de R$ 640 bilhões no final do governo FHC para R$ 1,45 trilhão em junho de 2009, devendo ultrapassar a barreira dos R$ 1,5 trilhão até o final de 2009.

Um péssimo negócio

Para quem não sabe, as definições clássicas das dívidas externa e interna diziam que a primeira era cobrada em Dólares por credores estrangeiros, enquanto que a segunda era cobrada em Reais por credores nacionais.

Isto foi verdade em algum momento da nossa história. Hoje, no entanto, a “sofisticação” do mercado financeiro tornou as dívidas muito parecidas, de forma que agora existem credores estrangeiros da dívida interna e títulos da dívida externa sendo vendidos em Reais.

Em outras palavras, o que houve de fato foi uma migração do capital especulativo da dívida externa para a dívida interna, só que com um custo bem mais alto para o Brasil.


Um pequeno exemplo citado pela Auditoria Cidadã da Dívida Externa ilustra bem a afirmação:

“Em 2007, o Real se valorizou 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar.  


Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano!”

Para agravar ainda mais o quadro caótico da evasão de divisas, é preciso deixar bem claro que parte das reservas cambiais brasileiras em dólares é aplicada em títulos do governo americano que paga juros cada vez menores.

Com a queda do valor do Dólar em todo mundo, na prática, os juros dos títulos da dívida americana tornaram-se negativos para o Brasil. 

Em outras palavras, o Brasil paga para emprestar dinheiro aos EUA, mesmo com mais da metade do que o Governo brasileiro arrecada comprometido com juros e com renovações de dívidas antigas.

Dá prejuízo, mas na ótica do presidente Lula é “chique” emprestar dinheiro. Talvez aí esteja a explicação por Lula ter sido apontado por Obama como “o cara”.

Afinal, quem em sã consciência emprestaria dinheiro quando mais da metade de sua receita está comprometido com dívidas?

Os “méritos” do Governo no acúmulo de reservas cambiais

Depois da sequencia de crises internacionais que comprometeram o segundo governo FHC e da “Crise Lula” que fez o Dólar bater a casa dos 4 dólares às vésperas da eleição de 2002, a economia brasileira pôde finalmente gozar de um longo período de estabilidade e crescimento contínuo da economia mundial a partir de 2003.

Em cinco anos as reservas cambiais brasileiras (saldo de Dólares que entram no país) pularam de US$ 30 bilhões, no final do Governo FHC, para 178 bilhões em 2007 chegando ao recorde de 205 bilhões em 2009.


Estes números, no entanto, inflacionam os méritos do Governo, uma vez que sua contribuição para este crescimento é mais maléfica do que benéfica.

Vejamos:

O gráfico abaixo mostra o fluxo de dólares que entraram no país, responsável pelo acúmulo recorde de reservas cambiais das quais tanto se orgulha o Governo Lula.


Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

O gráfico nos mostra que tanto o saldo comercial quanto a valorização da bolsa de valores são méritos exclusivos do setor privado. Ao Governo coube o imenso fluxo de empréstimos de dólares com a venda de títulos da dívida pública brasileira.

Como resultado deste processo, a dívida externa que tinha baixado para menos de U$ 200 bilhões com o pagamento “antecipado” da dívida do FMI aumentou para US$ 243 bilhões já em 2007, enquanto que a dívida interna aumentou 40%, chegando a R$ 1,38 trilhões na mesma época.

Explicando a “mágica” das reservas cambiais recorde:

US$ 40 bilhões entraram no Brasil como resultado do saldo positivo da balança comercial (diferença entre exportações e importações) impulsionado pela valorização no mercado internacional dos principais produtos de exportação do Brasil (comodities).

US$ 28 bilhões entraram no Brasil em investimentos na Bolsa de Valores, impulsionados principalmente pela valorização das ações de grandes empresas nacionais que se fundiram e ganharam mercado internacional, além das mega empresas Vale (que chegou ao posto de 2º maior mineradora do mundo) e Petrobrás que teve suas ações ainda mais valorizadas com a descoberta do Pré-sal e a alta do preço do barril de petróleo.

US$ 80 bilhões entraram no Brasil através da compra de títulos das dívidas interna e externa (leia-se empréstimos do Governo ao mercado financeiro).


Somando-se, portanto, o total de US$ 148 bilhões resultante da soma dos três fatores acima citados com os US$ 30 bilhões de reservas deixados pelo Governo FHC chegamos aos comemorados US$ 178 bilhões de reservas em dezembro de 2007 (hoje US$ 205 bilhões), um dos maiores “trunfos” do Governo Lula, um dos maiores “diferenciais” em relação ao seu antecessor FHC.


Bom, se o governo já tinha o dinheiro para pagar a dívida externa, faltava apenas tirar o dinheiro da “poupança” e repassar aos gringos.


Até hoje, no entanto, isso não foi feito e nem será nem neste nem no próximo Governo. Sobre este assunto, vamos falar um pouco mais no próximo fim de semana.
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Movimento Auditoria Cidadã pede instalação de CPI da Dívida
Via -  Amilton Aquino estuda a dívida pública /2
Para ver a primeira parte e o restante da série,