"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 13, 2012

Desafio olímpico

Começou ontem a contagem regressiva para as Olimpíadas de 2016, que, pela primeira vez, serão sediadas pelo Brasil.

Embora os esportistas se concentrem em traçar metas mais ambiciosas em termos de medalhas e pódios, o maior desafio será aproveitar o evento para produzir legados duradouros para a população.

O Rio não pode repetir nos preparativos para os jogos olímpicos o mau exemplo que vem acontecendo com a Copa de 2014.


A delegação brasileira terminou as Olimpíadas de Londres apenas na 22ª colocação. Foram conquistadas 17 medalhas, sendo três de ouro, cinco de prata e nove de bronze. Em quantidade, foi a melhor marca da história; em qualidade, a participação do Brasil ficou bastante aquém do que se projetava.

O governo federal esperava entre 18 e 23 medalhas.


Há 16 anos, quando abiscoitou 15 medalhas em Atlanta, o país está estagnado no número de pódios conquistados. O investimento público para preparar nossos atletas que foram a Londres foi recorde: atingiu entre R$ 1,85 bilhão, segundo o Correio Braziliense, e R$ 2,1 bilhões, nos cálculos do (
UOL).


Na conta, estão incluídos incentivos fiscais, gastos do Ministério do Esporte e patrocínio de estatais.


Qualquer que seja a cifra, representa um salto expressivo - entre 50% e 75% - em relação aos dispêndios por ocasião dos jogos de Pequim, em 2008. É muito dinheiro para uma contrapartida tão baixa:
subir um degrau no quadro geral e trazer apenas duas medalhas, uma de prata e uma de bronze, a mais - no caso das de ouro, foram duas a menos.


A (
Folha de S.Paulo) fez outras comparações, nas quais o desempenho brasileiro mostra-se ainda pior. Em um ranking com a divisão do número de atletas inscritos (258 em 32 modalidades) pelo número de pódios, o Brasil ficaria apenas em 51° lugar entre os 85 países que ganharam medalhas em Londres.

Pior ainda é a colocação do Brasil nos rankings de produtividade por tamanho da população e pelo PIB: no primeiro, o país seria apenas o 68°, e, no segundo, o 70°. Entre os países que mandaram mais de 200 atletas, só Canadá e Polônia foram menos premiados que nós.

Para 2016, a meta oficial é elevar o Brasil pelo menos ao grupo dos dez melhores colocados. Levando-se em conta o desempenho da Austrália, a décima melhor em Londres com 35 medalhas, será preciso dobrar a performance brasileira daqui a quatro anos.

Se terá que suar muito para fazer bonito nas quadras, fora delas o desafio de organizar as Olimpíadas do Rio com maestria é ainda maior. Para começar, ainda não há sequer um orçamento fechado com as estimativas de gastos com a organização do evento.

Quanto se candidatou, em 2007, o Rio apresentou cálculos preliminares prevendo investimentos de R$ R$ 28,8 bilhões. Deste valor, R$ 23,2 bilhões, para a montagem da infraestrutura, virão de governos e R$ 5,6 bilhões sairão do Comitê Rio 2016 para operação do evento.

"Os projetos mudaram. E há uma discussão sobre o que é conta olímpica e política pública. Além disso, nem todas as obras têm projetos executivos. Somente em 2013 teremos um orçamento",
(adianta) a economista Maria Silvia Bastos Marques, que responde pela Empresa Olímpica Municipal.

As duas principais obras já estão atrasadas:
o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e o complexo esportivo de Deodoro.


Os organizadores das Olimpíadas do Rio devem mirar o que está acontecendo nos preparativos para a Copa do Mundo, a se realizar daqui a menos de dois anos no país, para não repetir erros.

Embora o Brasil tenha sido escolhido há cinco anos para o torneio de futebol, a maior parte das obras está atrasada, negando à população benefícios mais duradouros.


Relatório divulgado na semana passada pelo TCU informa que apenas 5,5% dos desembolsos para obras de mobilidade urbana - que seriam o principal legado da Copa para a população dos grandes centros - foram feitos até agora. Dos R$ 9,6 bilhões previstos, somente R$ 327 milhões foram investidos.

Dificilmente todos os empreendimentos prometidos para a Copa estarão prontos a tempo e alguns correm risco até de se tornarem elefantes que se arrastam sem conclusão. O Brasil tem pela frente o desafio de organizar, dentro dos próximos quatro anos, as duas maiores competições esportivas do planeta.

Fazer bonito em quadra é importante, mas muito mais é transformar a beleza e a emoção do esporte em vetor para promover mais qualidade de vida para os brasileiros.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Desafio olímpico

E NO "PAÍS rico" E CHEIO DE OTÁRIOS... NA FORBES : Foi mal, Brazukas... "Pense dessa forma: o que você diria se um colega americano lhe dissesse que pagou US$ 150 por um par de Havaianas?"

Dirigir um Grand Cherokee pelas ruas do Rio é chique, não é?
Para o site da revista americana “Forbes, definitivamente não e os brasileiros que o fazem estão sendo roubados.

Isso porque, para a publicação, o preço cobrado pelo novo modelo do carro da Jeep por aqui é ridículo:
R$ 179 mil, ou US$ 89,5 mil.

Qualquer um pensaria que, por US$ 80 mil, um Grand Cherokee viria equipado com asas e calotas folheadas em ouro. Mas, no Brasil, o modelo é o básico mesmo, escreve o jornalista Kenneth Rapoza, especializado na cobertura do Brics, grupo de emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.

Segundo a matéria, pelo preço cobrado no Brasil, é possível comprar três em Miami. O carro custará US$ 28 mil por lá, ou cerca de metade da renda média americana. Segundo o Censo 2010 do IBGE, a renda média mensal do trabalhador brasileiro é R$ 1.345, ou R$ 16.140 em um ano.

Ou seja:
na média, um brasileiro precisa trabalhar 11 anos para ganhar o equivalente ao preço do carro. Para a Forbes, os motivos para o alto preço são impostos superiores a 50% e ingenuidade por parte dos consumidores.

Foi mal, Brazukas... não há status em um Toyota Corolla, um Honda Civic, um Jeep Grand Cherokee ou um Dodge Durango. Não se deixem enganar pelo preço.
Vocês estão definitivamente sendo roubados.

Pense dessa forma:
o que você diria se um colega americano lhe dissesse que pagou US$ 150 por um par de Havaianas?

O jornalista informa ainda que a Chrysler vai lançar no Brasil o novo SUV Dogde Durango cobrando R$ 190 mil (US$ 95 mil) por ele, enquanto, nos EUA, o modelo chegará às concessionárias por R$ 57 mil (US$ 28,500).

Conclusão:
lá, um professor de escola primária consegue comprar um desses com alguns anos de uso.


O Globo

ENFIM ! NA REPÚBILCA CACHACEIRA DO FILHO...do brasil, À ÉPOCA DO ENTÃO "presidente" PARLAPATÃO : "Sim, ele ordenou".

"Sim, ele ordenou".

"É claro que o procurador geral não poderia afirmar aqui que o presidente da República era um pateta, que ele não sabia de nada".

Assim o papel do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo do mensalão foi descrito pelo advogado Luiz Francisco Barbosa, representante do presidente do PTB, Roberto Jefferson.


Nesta segunda-feira, os ministros do Supremo Tribunal Federal ouviram dele a argumentação de que Lula era o principal beneficiado pelo esquema.

- O ministro Marco Aurélio usou para o presidente Lula a expressão carioca: 'é safo' (esperto). É doutor honoris causa em universidades brasileiras e de fora do país. Mas é um pateta? Não, é safo. Não só sabia como ordenou o desencadeamento de tudo isso que essa ação penal escrutina. Sim, ele ordenou. Aqueles ministros eram apenas executivos dele.

Mas, recebida a denúncia, a PGR deixou o dono fora da ação. Esta oração tem sujeito. - disse o advogado.

A defesa fundamentou sua acusação contra Lula ao citar uma medida provisória que permitiu que os bancos pudessem operar o crédito consignado. O banco BMG teria facilitado os empréstimos - assim chamados pela maioria dos réus - em troca da medida.

- Dirigentes do banco BMG pedem audiência com o presidente. Concedida a audiência, o presidente, poucos dias depois, emite uma medida provisória permitindo que todos os bancos do país operassem crédito consignado. (...) Em 2 meses, o BMG entrou no mercado.

Em seguida, o PT obteve os empréstimos do Rural e do BMG, esses tais empréstimos a que se refere a ação penal. É evidente a relação, o entrelaçamento entre esses fatos.

Após citar a suposta troca de vantegem, Luiz Francisco Barbosa criticou o procurador geral da República, Roberto Gurgel:

- Sua excelência (Roberto Gurgel) é pioneiro. Cometeu crime de omissão.

Após argumentar no Congresso Nacional, em 2005, que o presidente fora apunhalado pelo ex-ministro José Dirceu com a elaboração do esquema do mensalão, a defesa resolveu mudar de versão e alegar que Lula era o principal beneficiado e mandante da compra de parlamentares.

O advogado diz ainda que a Casa Civil, usando a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), tramou o flagrante de uma proposta de propina para atingir o então dirigente dos Correios, Rogério Marinho, e Roberto Jefferson.

O fato teria ocorrido, segundo a versão, após a denúncia pessoal feita por Jefferson a Lula sobre a existência do mensalão.

- Diz Roberto Jefferson aos quatro ventos que o presidente se deu por surpreso e, como que se sentindo traindo, em um momento chegou a lacrimejar e, naturalmente, prometeu adotar providências. Afinal, era uma notícia de um crime.

O tempo passou e nada.
Voltou Roberto Jefferson ao gabinete presidencial e, perante essas mesmas testemunhas que citei, reiterou ao presidente as providências que eram devidas.

Enquanto isso, uma manobra da Casa Civil, usando a Abin, disfarçou pessoas, que se diziam empresários, filmou uma proposta de propina - disse a defesa, que completou:
- Qual o interesse dessa manobra?
Calar Roberto Jefferson. E o que fez ele?
Denunciou o fato conforme vinha falando que faria.
Deu entrevista à Folha de S. Paulo.


Defesa:
R$ 4 milhões foram usados para pagamento de campanha

O advogado usou os mesmos argumentos da maioria dos réus na defesa da acusação de corrupção passiva. Segundo Barbosa, os recursos recebidos por Roberto Jefferson não eram em troca do apoio do partido no Congresso, e sim fruto de um acordo referente às eleições de 2004. Jefferson denunciou o esquema do mensalão, mas negou que fazia parte do caso.

- A acusação em si mesma dos delitos de lavagem de dinheiro e corrupção passiva decorrem do mesmo fato, do recebimento declarado por ele, de R$ 4 milhões do PT, entregue pelo sr. Marcos Valério.

É importante observar que ninguém sabia disso. Nesses autos volumosos demonstra que houve a entrega e recebimento do dinheiro. Só se sabe isso pela palavra dele.


Mas como assim receber R$ 4 milhões? Tratava da eleição municipal de 2004 - sustenta a defesa.

Para rechaçar a acusação de que os recursos recebidos seriam para a aprovação da reforma da Previdência, Barbosa afirma que Jefferson já defendia a reforma desde a Constituinte, e que essa era também a postura de seu partido, o PTB.

Além disso, o advogado lembra que a legenda já apoiava Lula desde o segundo turno da eleição de 2002 e tinha, inclusive, indicado o ministro do Turismo. Portanto, não seria cabível a acusação de corrupção passiva.


O Globo

MENSALÃO : O homem do contra no STF e próximas defesas

O advogado de Roberto Jefferson defenderá hoje o que até agora nenhum dos réus confirmou:
a compra de votos dos parlamentares existiu no Congresso

Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal terão hoje, diante deles, uma defesa que vai fugir de todas que já foram ouvidas ao longo do julgamento do mensalão.

O advogado Luiz Francisco Barbosa, que defende o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, afirmará, diferentemente dos criminalistas que o antecederam, que a compra de deputados para votarem em projetos a favor do governo existiu.


E que não é possível a montagem de um esquema deste tamanho sem o conhecimento do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O advogado afirmou ao Correio que, por tudo o que foi dito até o momento, o mensalão está mais do que provado. "Houve o repasse de recursos dos bancos para o PT e para as agências de Marcos Valério, e os saques foram efetuados por integrantes da base aliada do governo. Isso é o mensalão", resumiu ele.

Luiz Francisco disse que é muito difícil provar quem foram todos os beneficiários finais, uma vez que os parlamentares são invioláveis quanto ao voto.

O envolvimento do ex-presidente Lula no processo também deve marcar a intervenção de Luiz Francisco. Segundo ele, Roberto Jefferson avisou o ex-presidente duas vezes, em janeiro e em março de 2005, que um esquema de compra de apoio parlamentar estava em voga no Parlamento.

Durante a CPI dos Correios, o então líder do PTB na Câmara disse que Lula mostrou-se surpreso e prometeu tomar providências.
"A conversa foi testemunhada por ministros, como Aldo Rebelo (Secretaria de Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Mas nada foi feito", completou o advogado.

"Isso é omissão diante de uma notícia de crime", acrescentou.

O envolvimento de ministros do governo — dois deles integrantes do então chamado núcleo duro — com o suposto esquema de compra de votos também respinga no ex-presidente, na visão do defensor de Jefferson.

O então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza denunciou os ex-ministros dos Transportes Anderson Adauto (hoje no PMDB), da Casa Civil José Dirceu e da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken pela operação.


Este último acabou sendo inocentado pelo sucessor de Antonio Fernando, Roberto Gurgel.

A argumentação de Luiz Francisco baseia-se no princípio da hierarquia.
"Quem tem a prerrogativa de elaborar propostas a serem enviadas para o Congresso é o presidente. Logo, o mensalão servia para aprovar medidas pensadas pelo Lula. Ele é co-partícipe do processo."

O criminalista disse que já havia levantado essas questões anteriormente, tanto com Gurgel quanto com o relator do mensalão no STF, ministro Joaquim Barbosa.

"Nenhum dos dois aceitou incluir Lula no processo e deram poucas explicações para isso. Tentarei novamente", prometeu.

Desde que recebeu alta do Hospital Samaritano, em Botafogo, no domingo, 5 de agosto, após uma cirurgia de retirada de um tumor maligno no pâncreas, Roberto Jefferson tem acompanhado todos os advogados de defesa que se revezaram no púlpito do Supremo.

Elogiou os novos profissionais que não conhecia, especialmente os de escritórios de Brasília.
Em post publicado em seu blog na última sexta-feira, aproveitou mais uma vez para espicaçar seu desafeto, José Dirceu.

Provocou sobre um novo memorial apresentado pelo defensor de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, pedindo a desqualificação de provas pelo procurador-geral Roberto Gurgel, no memorial encaminhado ao Supremo às vésperas do início do julgamento. "Zé Dirceu continua tentando desqualificar o que está dito e foi redito.

Mesmo depois da sustentação oral, seu advogado, Oliveira Lima, combativo e aplicado que é, entregou memoriais aos ministros. É mais uma tentativa de mostrar que não há provas contra o Zé."

Jefferson até admite que "pode ser mesmo que não haja provas produzidas na ação penal... tirando o meu depoimento". Mas acrescenta, sarcástico :
"A insistência do Zé em desqualificar o que já foi dito por mim é mais uma das provas que sobram neste processo no sentido de que a PGR acusou também a testemunha para ao final não punir o acusado", cobrou.

Além do advogado de Jefferson, vão se revezar na tribuna os defensores do atual prefeito de Jandaia do Sul, José Borba (PP-PR), de Emerson Palmieri (ex-tesoureiro do PTB), do ex-deputado Carlos Rodrigues e do atual deputado estadual Romeu Queiroz (PSB-MG).


Próximas defesas

Confira a ordem em que os advogados subirão à tribuna para sustentar a defesa dos réus do mensalão nesta semana

Hoje

Bispo Rodrigues
Roberto Jefferson
Emerson Palmieri
Romeu Queiroz
José Borba

Amanhã

Paulo Rocha
Anita Leocádia
Professor Luizinho
João Magno
Anderson Adauto

Quarta-feira *

José Luiz Alves
Duda Mendonça
Zilmar Fernandes

* Depois do intervalo, Joaquim Barbosa começa a votar.

13 Número de defesas que faltam para concluir a primeira fase do julgamento

PAULO DE TARSO LYRA Correio Braziliense

Sobrenatural de Almeida ! "Deus sabe seus nomes", se quiserem, no mensalão, o Diabo e Sobrenatural também sabe.


Em homenagem, talvez, ao centenário do nascimento de Nelson Rodrigues, os réus do processo dos mensaleiros e alguns advogados atribuem a esse personagem, e só a ele, a responsabilidade pela prática de tal crime, julgado o maior de todos os ocorridos na história da República no Brasil.

É como se esse ectoplasma formidável e divertido, que tanto interferiu no futebol, se não em todos os clubes do país, pelo menos no Fluminense, tivesse prestado serviço nos oito anos do governo petista de Lula. Esse, aliás, é um de seus mais fervorosos crentes.

Mas Sobrenatural de Almeida, fora do plenário do Supremo Tribunal Federal, porque respeita a imagem de Ruy Barbosa, diverte-se, ao lado da estátua da Justiça, sua amiga cega, com as trapalhadas em que se enredaram seus novos crentes.

Infelizmente, para esses, o personagem de Nelson Rodrigues, brincalhão que é, nunca faria injustiça alguma à amiga cega e aos que seguem o bom caminho na vida.


Sinceramente, sem rancor, este escriba, como todos os brasileiros, espera que o Supremo puna quem merece punição e, no caso, faça os culpados devolverem ao erário tudo o que dele tiraram.

Roberto Gurgel, procurador-geral da República, fez relatório que facilitou aos brasileiros comuns o entendimento do mensalão. Todo brasileiro devia receber o resumo de seu voto, bem assim os dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Aliás, o ministro Marco Aurélio Mello disse que "o Brasil, um país de faz de conta, faz de conta que não tivemos o maior dos escândalos nacionais e os culpados nada sabiam".(Ilimar Franco, no Globo)


É verdade. Houve muitas estrepolias, mas ninguém sabe nada. Fica a impressão, depois da denúncia de Roberto Gurgel, que, como no tribunal de Nuremberg, faltou o grande chefe, salvo pela clemência da massa brasileira com os que não cumprem seus deveres éticos e políticos, mas lhes dão esmolas.

Como na inscrição do poeta Lêdo Ivo no mausoléu de brasileiros mortos na Segunda Guerra "Deus sabe seus nomes", se quiserem, no mensalão, o Diabo e Sobrenatural também sabe.

Rubem Azevedo Lima Correio Braziliense

Sobrenatural de Almeida