"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 19, 2012

O alto preço da energia barata


Durou pouco a fantasia do governo petista de que basta boa vontade para resolver os problemas nacionais. Depois de o país ter passado, neste fim de semana, pelo seu sexto apagão em três meses, as autoridades federais passaram a admitir que o efeito imediato da energia baratinha será a incômoda convivência com apagões. 

É a típica pechincha que sai cara.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avisou ontem: ou o custo da energia é alto o bastante para manter os investimentos em níveis compatíveis com a segurança do fornecimento, ou estaremos diante da possibilidade de cortes de luz mais frequentes. Há uma lista de projetos que poderiam ser implementados para aperfeiçoar o sistema, mas eles não saem na gaveta.

"A Aneel não pode colocar todas as obras que a gente recomenda ao mesmo tempo, se não a tarifa vai lá para cima. (...) Aqui eu vou correr um pouco mais de risco, aqui não vou, para não deixar o preço subir assustadoramente", admitiu Hermes Chipp, que comanda o órgão responsável por ordenar o funcionamento do sistema elétrico brasileiro.

É uma triste rotina.

Neste fim de semana, o apagão da vez tirou do ar mais de 13% da energia do sistema, afetando 12 estados e deixando pelo menos 3,7 milhões de pessoas sem luz por até quatro horas. São problemas que se repetem: no ano passado, o país ficou, em média, 18,4 horas sem luz, numa marca que só não é pior que as 18,77 horas de escuridão verificadas em 2009.

Está evidente que o sistema elétrico nacional tem muitos de seus equipamentos demandando urgente modernização. Instalações concebidas nas décadas de 1970 e 1980 para outro tipo de atendimento de consumo já não apresentam mais configuração adequada para fazer frente aos novos tempos. "Os relatórios de planejamento do ONS recomendam que é preciso muito mais", reforçou Chipp.

Sem manutenção adequada e com investimento insuficiente na expansão de sua capacidade, a obsolescência das atuais instalações coloca em risco o fornecimento de energia e agrava as chances de acidentes - o deste fim de semana, em Itumbiara (GO), foi detonado por um raio que comprometeu o funcionamento de um equipamento que tinha nada menos que 40 anos de uso.

Ontem, O Estado de S.Paulo mostrou que relatórios da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do ONS revelam que os apagões ocorridos nos últimos dois anos no Brasil foram provocados por falta de investimentos em estrutura, ausência de equipamentos de proteção e de comunicação, além de falha humana.

Estamos falando de equipamentos antigos cujo ciclo de vida está exaurido e, portanto, demandam ser modernizados e/ou substituídos para dar conta do aumento de demanda que virá nos próximos anos. Mas de onde virá o dinheiro para estes investimentos, já que muitas destas atividades não serão adequadamente remuneradas com tarifa a partir de agora, dadas as novas regras para o setor aprovadas no Congresso?

A medida provisória n° 579, que altera as condições dos contratos de concessão de energia no país, teve a votação concluída ontem na Câmara e tramitou em tempo recorde pelo Senado, onde também foi aprovada nesta terça-feira. Mas, mais uma vez, a apreciação da matéria pelo Congresso revelou o uso político descarado que o governo Dilma Rousseff tem feito da questão.

Nas duas votações, o PT e a base governista rejeitaram emenda proposta pelo PSDB e pelo DEM para acabar com a cobrança de PIS/Cofins nas faturas de luz pagas pelos consumidores. São cerca de 9% que poderiam tornar as tarifas muito mais baixas do que o governo prevê, sem a necessidade de implodir a capacidade de investimento das concessionárias de energia.

Conclusão lógica das advertências reforçadas ontem por Hermes Chipp é que, quando o preço cai "assustadoramente", o país corre risco um tanto maior de não ter energia. Não parece a melhor opção, principalmente quando foi posto sobre a mesa um cardápio de alternativas que beneficiavam o consumidor e não sacrificavam a segurança do sistema elétrico nacional. 

Mas a todas elas - que não dependiam de nenhum chapéu alheio - o governo Dilma disse não e preferiu a escuridão.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
O alto preço da energia barata  

UMA DE SAÚDE DA QUAL CONCORDO E PRATICO EM PARTE : 'Vocês estão dez anos atrás de nós', diz médico americano


Aos 74 anos, Jeffry Life tem um corpo musculoso e — afirma — muita disposição e uma ótima vida sexual. O fisiologista americano se tornou símbolo do envelhecimento saudável e da chamada medicina antienvelhecimento — termo que ele próprio rejeita. 

Sua transformação teve início aos 59 anos quando, acima do peso e com problemas cardíacos, decidiu participar do concurso Body For Life (algo como "Corpo para a Vida"). Em 12 semanas de dieta e exercícios físicos, ele perdeu gordura, ganhou massa muscular e venceu o concurso.

Apesar de satisfeito com os novos hábitos, Life conta que, aos 63, já não sentia o mesmo resultado de suas atividades físicas. Foi nessa época que ele conheceu a clínica Cenegenics, na qual trabalha até hoje, que pratica a reposição hormonal. "Eu não estaria aqui se não tivesse começado a terapia com testosterona dez anos atrás. Provavelmente estaria morto", afirma ele.

Para evitar problemas de interpretação, Life prefere usar o termo age management medicine (medicina de gerenciamento do envelhecimento), aos invés do anti-aging. A ideia é que essa técnica não é capaz de reverter o processo de envelhecimento, mas fazer com que ele ocorra da maneira mais saudável possível.

Life faz musculação e bicicleta ergométrica diariamente. Três vezes por semana pratica pilates — para manter a flexibilidade — e, duas vezes, artes marciais. Além disso, ele atende pacientes em Los Angeles, onde vive com sua esposa, de 55 anos, cuida de seu website e escreve livros. 

Sua primeira obra, The Life Plan (Um Plano de Vida, que faz um trocadilho com seu sobrenome), dá dicas para quem quer seguir seus conselhos de alimentação, exercícios e terapia hormonal. 

O segundo livro, Mastering the Life Plan (Dominando o Plano de Vida), será lançado em março e aborda de forma mais específica a rotina de Jeffry para manter a forma.

O médico esteve no Brasil em outubro deste ano, e promoveu um evento para médicos sobre a medicina antienvelhecimento - coincidentemente, no dia seguinte à publicação da resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proíbe a terapia hormonal em idosos

Ele falou ao site de VEJA sobre essa decisão e as críticas que costumam ser feitas sobre a medicina antienvelhecimento.

A medicina antienvelhecimento foi proibida no Brasil, de modo que hormônios não podem ser prescritos para pacientes que não tenham uma deficiência específica. Isso significa que um paciente com pouca testosterona, mas com níveis compatíveis para sua idade, não é considerado apto para receber reposição. O que o senhor pensa a respeito? 

Isso é um pensamento antiquado
Essa recomendação foi feita por pessoas que não estão familiarizadas com a literatura que tem sido produzida nos últimos dez anos. Um homem de 70 anos deveria ter um nível de testosterona de um homem de 35, 40 anos. A razão é que isso melhora sua saúde, reduz os riscos de câncer — até câncer de próstata — ataque cardíaco, derrame, diabetes e outras doenças. Nós sabemos hoje que homens que têm níveis baixos de testosterona têm baixa qualidade de vida, perdem massa muscular e força e vão custar para a sociedade mais dinheiro do que se nós cuidarmos deles e colocarmos seus níveis hormonais onde eles devem estar para pessoas mais novas e saudáveis.

Uma das hipóteses levantadas por endocrinologistas é que, à medida que você envelhece, seus níveis de hormônios diminuem porque o corpo não pode mais lidar com a mesma quantidade de hormônios, então essa redução seria benéfica.
A causa de morte número um nos EUA são ataques cardíacos. Em segundo lugar, derrames. E níveis baixos de testosterona colocam os homens em grande risco de ter ataques cardíacos, derrames e doenças cardiovasculares. Não há literatura que mostre que quando nós envelhecemos nossos níveis de hormônio devem diminuir, que isso é parte do envelhecimento saudável. É colocar as pessoas em risco para todas as doenças relacionadas com o envelhecimento, que estão matando a maior parte dos americanos e eu tenho certeza que brasileiros também.

Muitos médicos que não são a favor da terapia antienvelhecimento afirmam que é natural ter baixos níveis de hormônios quando se envelhece e a suplementação só é recomendada para aqueles que apresentam sintomas.

Parte do processo de envelhecimento é que as pessoas desenvolvem doenças cardíacas, então se você seguir esse tipo de pensamento, por que fazer angioplastias e outros tratamentos, se é parte do envelhecimento? É um pensamento insano. Por que a gente deveria fazer qualquer coisa se é tudo parte do processo de envelhecimento e é natural? Ignorar os níveis de testosterona à medida que se envelhece é o mesmo que ignorar níveis de colesterol e pressão sanguínea. Nós precisamos tratá-los. Não temos que seguir os mesmos caminhos que nossos pais seguiram. A gente não deve se render a essa noção de que envelhecer é ficar doente, que é o que está acontecendo. Isso precisa parar e grande parte de impedir isso é fazer com que as pessoas não percam massa muscular, façam exercícios e comam corretamente. E corrigir suas deficiências hormonais porque isso faz muita diferença, faz toda a diferença. Eu não estaria sentado aqui te dizendo isso se eu não tivesse começado a terapia com testosterona dez anos atrás, Tenho 74 anos, eu provavelmente estaria morto, porque tinha doenças cardíacas. O meu programa, do qual eu falo no meu livro, reverteu isso. E uma grande parte disso é devido à terapia de reposição hormonal, especialmente testosterona.

Quais são os riscos? 

Não há nenhum estudo que comprove algum risco e há um número imenso de estudos que mostra que níveis saudáveis de testosterona reduzem o risco dos homens desenvolverem câncer de próstata. Mais uma vez, é um pensamento antiquado. A medicina mudou, nós estamos seguindo em frente e pensar assim é impedir o que nós podemos fazer para ajudar os pacientes.

Qual é a situação da medicina antienvelhecimento nos EUA? 

Existem duas organizações nos EUA, o grupo antienvelhecimento e o grupo de manutenção do envelhecimento, que é a Cenegenics, da qual eu faço parte. Eu acredito que o que nós fazemos é muito mais relacionado a saúde e bem estar. Agora estamos focados em doenças cardíacas, na prevenção de ataques cardíacos e derrames. O hormônio do crescimento é muito regulamentado. Nós fazemos muitos testes se temos um paciente que tem deficiência desse hormônio. Se ele não passar nos testes, a gente sabe que pode tratá-lo.

E quanto à testosterona? 

Agora nós temos empresas farmacêuticas produzindo-a em cremes e em gel, vendendo na televisão, eu estou muito preocupado porque os fisiologistas vão prescrever isso e depois não fazer um acompanhamento do paciente, não farão todos os testes que nós fazemos a cada três ou quatro meses. Quando eu comecei na Cenegenics, há dez anos, a testosterona era um dos hormônios considerados ruins, como aqui no Brasil agora. Vocês estão dez anos atrás de nós. Mas agora há muitas evidências, e pesquisas que apóiam o uso de testosterona em pessoas envelhecendo. Os benefícios são incríveis.

O senhor acha que alguns médicos estão vendendo a medicina antienvelhecimento de forma exagerada, prometendo parar o tempo e rejuvenescer pessoas, e isso contribui para a formação de uma má-reputação a respeito dessa especialidade? 

Sim, eu concordo. Sou contra usar esses hormônios para parar de envelhecer. Eu sou completamente a favor de utilizá-los para alcançar o que nós sabemos das pesquisas médicas, que eles ajudam a saúde das pessoas, melhoram a qualidade de vida e a habilidade de pensar. Não é antienvelhecimento, é envelhecimento saudável. 



Leia também: A batalha da medicina antienvelhecimento

BRASIL REAL SEM "MARQUETINGUE" : brasil maravilha dos FARSANTES "GERENCIADO" DESDE O INÍCIO PELA FRENÉTICA E EXTRAORDINÁRIA CAMINHA PARA O RACIONAMENTO DE ENERGIA.

  Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio de redução do custo de energia

A falta de chuvas e a má gestão do setor energético nacional fizeram o país chegar a uma situação limite: 
o Brasil está às portas de um racionamento ou mesmo de desabastecimento de energia elétrica e de gás. 
O alerta foi dado na última segunda-feira pela Petrobras às federações das indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp). Interlocutores da presidente da estatal, Graça Foster, procuraram as duas entidades para pedir ajuda na elaboração de um plano de racionamento tanto para a energia elétrica quanto para o gás. 
Em reação, a Firjan está pedindo ao Ministério das Minas e Energia que esclareça quais providências está tomando para evitar o pior.

As hidrelétricas brasileiras estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Os reservatórios estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas 29% do total. A previsão para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores. 
Para evitar apagões, todas as termelétricas do país foram ligadas e estão operando a plena capacidade. Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo. Dos três, o gás é o insumo mais barato e mais limpa, mas sua oferta no Brasil é finita. 
Além do produto que vem do gasoduto Brasil-Bolívia, o país ainda importa gás liquefeito, mas a Petrobras está encontrando dificuldades em importar gás para os meses de janeiro e fevereiro, o que obrigaria a estatal a tirar gás dos consumidores industriais para continuar abastecendo as térmicas.

Qualquer aumento de demanda, portanto, pode levar a um racionamento ou desabastecimento. Para a Firjan, a situação é “muito crítica”.

“Estamos na antesala do racionamento. Por isso o pedido de providencias ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan. Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), o mau planejamento da demanda energética agravou as consequências da conjunção climática desfavorável. 
“Se não tivéssemos esperado tanto para ligar as usinas térmicas à gás, possivelmente não teríamos hoje reservatórios tão baixos. O governo ficou esperando um milagre da chuva que não aconteceu”, explica Pires.
 Para ele, o governo deixou para acionar as termicas mais tarde porque o custo da energia gerada nessas usinas é maior que o da fornecida por hidrelétricas. Seria, portanto, politicamente inconveniente aumentar o preço da energia em um momento em que o governo protagoniza um embate com as distribuidoras de energia elétrica por uma queda no preço das tarifas.

Dilma - A presidente Dilma Rousseff usou o tema do racionamento em várias oportunidades para atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela, que foi ministra de Minas e Energia na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, atacou o tucanato durante a campanha presidencial de 2010 argumentando ter sido a responsável por reestruturar o setor elétrico do país e impedir a volta do apagão. 
Em setembro deste ano, o assunto voltou à baila. No anúncio da redução das tarifas de energia elétrica, Dilma voltou a lembrar dos apagões de 2001. naquele ano, foi necessário o racionamento para evitar a falta de luz. 
"O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso", afirmou a presidente, referindo-se ao ano em que ela assumiu a pasta da Energia.

Na mesma ocasião, Dilma fez a seguinte declaração: 
“Tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento e distribuição de energia, que amargaram oito meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresas e impuseram restrições à qualidade de vida da população. Tivemos que reconstruir esse setor”, declarou.

Dois dias depois, o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil não passaria por novos apagões. O que houve no período anterior ao governo Lula foi um racionamento de energia que durou oito meses e que não voltará a acontecer no Brasil. Hoje temos um sistema interligado de Norte a Sul, de Leste a Oeste no País", afirmou.

Alvo do PT na campanha municipal, Kassab ganha elogios de Haddad

Em meio às negociações do PSD por espaço na Esplanada dos Ministérios, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, fez um discurso nesta quarta-feira repleto de elogios ao atual prefeito Gilberto Kassab, principal alvo de sua munição eleitoral durante a campanha municipal.

Em evento no qual foi diplomado, o ex-ministro petista agradeceu o atual prefeito pela postura altiva e respeitosa com a qual tem conduzido a sucessão na capital paulista. Segundo Fernando Haddad, Gilberto Kassab tem demonstrado lisura e compromisso com a democracia.

Na campanha municipal, quando PT e PSD estavam em lados opostos, os adjetivos usados eram outros. Na época, o então candidato petista chegou a dizer que falta à atual administração comando e transparência e avaliou que ela terminou antes do fim. Com a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados, o PSD tem pleiteado o controle da recém-criada pasta da Micro e Pequena Empresa.

O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, um dos principais cotados para assumir o posto, encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff no final de novembro. Segundo Fernando Haddad, após o período eleitoral, é o momento de se discutirem as convergências.

Eu quero fazer um registro sobre a maneira absolutamente republicana, altiva e respeitosa com que o prefeito Gilberto Kassab vem conduzindo essa transição. Eu dou o testemunho vivo de que o prefeito tem se conduzido da maneira mais adequada, mais comprometida com o futuro da cidade. Na democracia, o período eleitoral é um momento quando se discutem as divergências, depois das eleições, o que se discutem são as convergências afirmou.


Segundo o prefeito eleito, Gilberto Kassab tem legado os seus projetos à futura administração, para que não haja dissolução na continuidade da administração municipal. Em coletiva de imprensa, após o evento de diplomação, o ex-ministro petista disse que irá manter projetos da atual administração que, segundo ele, estão funcionando bem.

Assim como eu disse na campanha eleitoral, em uma democracia não pode se falar em descontinuidade. Tudo o que está funcionando bem será mantido e, o que eu disse que iria mudar, eu vou mudar afirmou.

IPCA -15 registrou em dezembro a maior alta em um ano e meio


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia para a inflação oficial, registrou em dezembro a maior alta em mais de um ano e meio, impulsionado pelos preços de despesas pessoais, e fechou 2012 com avanço de 5,78%.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a prévia da inflação oficial no país subiu 0,69% em dezembro, maior avanço desde maio de 2011, ante alta de 0,54% em novembro.

O resultado final no ano ficou bem acima do centro da meta do governo, de 4,5%, mas abaixo do acumulado de 2011, quando o IPCA-15 terminou com alta de 6,56%. Nos 12 meses encerrados em novembro, a alta foi de 5,64%. Analistas esperavam variação entre 0,55% e 0,72%.

Segundo o IBGE, o grupo Despesas Pessoais foi o que apresentou a maior maior alta e maior aceleração em dezembro, subindo 1,10 % após avanço de 0,30% em novembro.

Destacaram-se o aumento dos salários dos empregados domésticos (0,82%) além de excursão (12,15%) e cigarro (2,66 por cento).

Alimentos

Também colaborou para o resultado do IPCA-15 neste mês a aceleração dos preços de alimentação e bebidas para uma alta de 0,97% ante 0,83%. Este foi o grupo de maior variação no acumulado 2012, com alta de 9,84%, seguido por despesas pessoais, com 9,40%.

A inflação volta a acelerar após um ligeiro alívio desencadeado pela desaceleração dos preços dos alimentos, que pressionaram os índices durante meses por conta dos efeitos da seca em regiões produtoras de grãos nos Estados Unidos.

Os preços no atacado já vinham mostrando essa tendência, voltando a registrar alta após apresentarem deflação recentemente. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta quarta-feira que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,69% na segunda prévia de dezembro, após cair 0,16% no mesmo período de novembro.

O atual cenário de inflação reforça a expectativa de que a Selic deve permanecer por um período prolongado na atual mínima histórica de 7,25%.

No entanto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta semana que a alta dos preços vai perder força em 2013 devido, entre outros motivos, do menor reajuste do salário mínimo previsto para 2013.

Na pesquisa Focus do BC, analistas elevaram suas projeções para o IPCA e agora preveem alta de 5,60% em 2012 e de 5,42% no próximo ano.

Inadimplência continua alta. Crédito cresce em ritmo forte

O BC divulgou hoje dados importantes que devem ser acompanhados com atenção. A taxa de inadimplência de pessoa física caiu, mas muito pouco. Continua num patamar bastante elevado, acima do registrado no mesmo mês do ano passado, o que exige cuidado.

O economista José Francisco Gonçalves, do Banco Fator, que fez o gráfico abaixo, diz que esse indicador, que leva em conta atrasos superiores a 90 dias, segue apontando resultados não favoráveis.

- Em novembro, recuou de 5,9% para 5,8%, sendo reflexo da taxa de inadimplência para pessoa física, que passou de 7,9% para 7,8%. O leve recuo foi puxado por aquisição de veículos - explica.

Mais uma vez, houve redução da taxa de juros cobrada em empréstimos ao consumidor, de 35,4% para 34,8% ao ano, o que era esperado por conta da queda da Selic.

O BC também divulgou que em novembro o crédito cresceu 1,5%, um pouco mais do que o registrado no mês anterior (1,4%) e, em 12 meses, desacelerou um pouco, para 16,1%. Mesmo com essa redução, o "carro" continua correndo de forma acelerada.
 

Valéria Maniero/Globo

E NA REPÚBLICA DO NÃO "RALA MAS ENROLA"... Governo procura explicações para o "Pibinho" do 3º tri

Passado o susto com o "Pibinho" de 0,6% no terceiro trimestre, os técnicos do governo continuam à cata de explicações para um erro tão brutal de previsão. Banco Central e mercado estimavam o dobro de crescimento no período. 

A dúvida mais inquietante é em relação ao ocorrido com a educação e saúde, áreas que costumam apresentar crescimento de 1,5%, 2% ou 3% no trimestre em comparação com o trimestre anterior e dessa vez compareceram com mero 0,1%. 

Trata-se, aqui, da contabilização do aumento dos gastos públicos nesses setores nas três esferas de governo - União, Estados e municípios - e seria normal esperar um bom desempenho da educação e da saúde principalmente em ano de eleições municipais.

Algumas explicações começaram a surgir e a mais intrigante - que foi levantada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, segundo interlocutores do Palácio do Planalto - refere-se ao impacto das desonerações do IPI que o Ministério da Fazenda ofereceu à indústria automobilística e aos produtos da linha branca e à desoneração também da Cide sobre combustíveis. 

O IPI, juntamente com o Imposto de Renda, compõe a base dos Fundos de Participação dos Estados e municípios, assim como 29% da receita da Cide. 

Segundo cálculos da Confederação Nacional dos Municípios, só aí subtraiu-se cerca de R$ 2 bilhões das receitas dos prefeitos que, sem verbas, reduziram os gastos, afetando essas áreas que sempre contribuem positivamente com o Produto Interno Bruto (PIB).

Outro caso curioso foi o do sistema financeiro, cuja contribuição ao PIB foi negativa em 1,02%. Em artigo publicado no Valor, o economista Francisco Lopes questionou a metodologia do IBGE para apurar esse dado. Os técnicos do governo, porém, consideraram esse comportamento normal, já que os bancos tiveram que reduzir suas margens, os "spreads", ao longo do ano. A queda dos juros e dos spreads fizeram o PIB encolher.

As desonerações e seus possíveis impactos no crescimento, se confirmados, reforçam a ideia de que em economia há sempre um "trade off", mesmo que ele não seja percebido ou avaliado previamente. Ao tentar animar o consumo de automóveis para reativar o crescimento da indústria, o Ministério da Fazenda acabou por colher um resultado contrário ao que desejava. 

E os prefeitos estão com imensas dificuldades para fechar as contas, dentro das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal, nesse fim de mandato.

Valor Economico

ENQUANTO ISSO NO brasil maravilha dos FARSANTES DA GERENTONA/EXTRAORDINÁRIA : É pagar caro ou correr o risco de apagão. OU : Paga ou apaga


Enquanto a presidente Dilma promete baratear a conta de luz, o dirigente do ONS — órgão que coordena o setor elétrico no país —,Hermes Fonseca, faz um alerta. Segundo ele, se não houver aumento nas tarifas de energia, o Brasil terá de conviver com novos apagões. 
E por muito tempo.
Dirigente do órgão que coordena o sistema elétrico diz que, para evitar apagões, seria preciso aumentar as contas de luz

Os brasileiros terão que conviver por um longo tempo com o risco de novos apagões no fornecimento de energia, de acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. Segundo ele, a solução para os constantes blecautes que têm afetado grandes áreas do país passa pela construção de um conjunto de novas linhas de transmissão.
 Porém, o governo não tem como autorizar as obras no ritmo necessário porque a conta de luz subiria "assustadoramente".

"É preciso haver equilíbrio entre a segurança do sistema e os custos dos investimentos. Os projetos não podem ser feitos todos ao mesmo tempo porque a tarifa iria lá para cima. Por isso, temos de correr risco em alguns lugares", disse Chipp, ao chegar, ontem, ao Ministério de Minas e Energia para participar de reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).


O alerta do diretor do ONS, que é órgão responsável por coordenar e controlar as operações do setor, não é novidade para os especialistas. De acordo com Luiz Vicente Gentil, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), as sucessivas falhas nos últimos anos evidenciam a fragilidade da malha nacional de transmissão de energia.
 "Temos uma rede de 103 mil quilômetros que, em muitos pontos, é vulnerável a ocorrências como raios e queimadas", disse ele ao Correio.

Além disso, segundo Gentil, o crescimento da demanda não tem sido acompanhado pelos investimentos necessários na expansão e na melhoria do sistema. Se nada for feito, advertiu, o país pode repetir a crise de 2001, quando o governo se viu obrigado a impor um racionamento para evitar que o segmento entrasse em colapso.

Apenas nos últimos três meses, o ONS registrou seis grandes apagões. Em 25 de outubro, 50 milhões de pessoas ficaram sem luz por várias horas em 11 estados do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste. O mais recente aconteceu no último sábado, quando uma falha num subestação de Furnas em Itumbiara (GO) retirou 8,8 mil megawatts (MW) do sistema e deixou no escuro, por quase uma hora, parte da população de 12 estados, entre eles Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

A causa do problema ainda não foi identificada, mas Chipp negou que tenha havido falta de manutenção de equipamentos da rede elétrica. Ele admitiu, no entanto, que "algumas subestações não têm a configuração mais adequada" para a atual realidade da demanda por energia. E lembrou que o governo já determinou uma varredura em todo o sistema nacional de transmissão para identificar os pontos mais críticos.
Investimentos
Além de colocar o consumidor diante do dilema de pagar mais pela energia ou conviver com os blecautes, as declarações de Hermes Chipp lançaram dúvidas sobre o acerto da estratégia colocada em marcha pelo governo para obter uma redução média de 20% nas contas de luz, a partir de fevereiro.
Para conseguir esse objetivo, a presidente Dilma Rousseff baixou em setembro a Medida Provisória 579, que ofereceu às empresas de energia com concessões a vencer entre 2015 e 2017 a possibilidade de antecipar a renovação dos contratos por um prazo de 30 anos.

Em troca da prorrogação, as empresas tiveram que aceitar uma redução de até 70% nas receitas, o que, para muitos especialistas, pode comprometer a capacidade de investimento de geradoras e transmissoras exatamente no momento em que eles são mais necessários, diante da insegurança apresentada pelo sistema elétrico.

Ontem, a MP foi aprovada pelo Senado, depois de ter passado pela Câmara dos Deputados, praticamente sem alterações. O texto vai agora para a sanção da presidente, que tem o caminho aberto para reduzir as tarifas.

Chipp, no entanto, avaliou que a MP não prejudicará os investimentos. Todas as transmissoras afetadas aceitaram a proposta do governo, depois que o Planalto se comprometeu a pagar a elas uma indenização de cerca de R$ 23 bilhões pelos ativos ainda não amortizados.

O problema, de acordo com o diretor-geral do ONS, é que os leilões feitos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratar a construção de novas linhas de transmissão não estão atendendo as necessidades do setor. "Você vê leilão para oito, nove linhas. Mas os relatórios de planejamento do ONS recomendam que é preciso muito mais", disse Chipp. "Porém, não é possível fazer tudo de uma vez só, senão a tarifa vai lá para cima", reiterou.

Se o país tivesse uma rede mais extensa de linhas de transmissão, o risco de apagões diminuiria porque haveria mais canais por onde a energia poderia escoar, explicou o executivo. Desse modo, em caso de falha em uma determinada linha, outras poderiam garantir a continuidade do fornecimento. Ele observou ainda que, embora o país esteja construindo usinas que produzirão energia mais barata, como a de Belo Monte, no Pará, os projetos ficam muito distantes dos grandes centros consumidores, exigindo linhas de transmissão muito longas, que, consequentemente, têm maior risco.


» 4,5 mil km em leilão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) habilitou 15 proponentes, sendo seis consórcios, para o leilão de transmissão de energia que ocorre nesta quarta-feira. Serão licitadas linhas do denominado "Pré-Belo Monte", sistemas que darão suporte ao escoamento da energia da usina localizada no Pará. 
O leilão contará com oito lotes, no total de 4.445km, e 1.940 megavolt-amperes (MVA) de potência em subestações — instalações localizadas em 11 estados, que vão demandar investimentos de cerca de R$ 4,3 bilhões. Entre as empresas habilitadas para participar individualmente, estão Copel, CPFL, Abengoa, Alupar, Cobra Instalaciones, Cimy Holding, Elecnor, Sistema de Transmissão Nordeste e Taesa, essa última do grupo Cemig. 
As empresas da Eletrobras também estão presentes entre as habilitadas, mas formando consórcios com outras companhias.
Correio Braziliense 

"MISSÃO" CUMPRIDA ? Lewandowski afirma ter contribuído para absolver 12 réus. E NOS ACÓRDÃOS UM VOTO DE MAIS DE DUAS MIL PÁGINAS.


"Acho que cumpri meu dever de revisor", diz ele, lembrando que também ajudou a atenuar penas

No dia seguinte ao fim do julgamento do mensalão, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, disse ontem que guarda a sensação de dever cumprido. O ministro considerou positivo ter contribuído para a absolvição de 12 dos 37 réus do processo, além de ter convencido colegas a diminuir o tamanho das penas impostas a condenados. 
O ministro também lembrou que defendeu a transferência do processo em relação ao 38º réu, Carlos Alberto Quaglia, para a primeira instância do Judiciário, decisão que foi tomada pela maioria do plenário. Durante o julgamento, Lewandowski votou mais pela absolvição do que pela condenação dos investigados.

- A intervenção do revisor, cujo papel foi subestimado por muitos inicialmente, contribuiu para que 12 réus fossem absolvidos, um 13º fosse remetido para primeira instância por uma falha processual, e que muitas penas fossem atenuadas. Acho que cumpri meu dever de revisor - declarou Lewandowski.

Terminado o julgamento, os ministros têm prazo de dois meses para publicar o acórdão, que é uma espécie de resumo das decisões tomadas ao longo dos últimos quatro meses e meio. O prazo é interrompido no recesso da Corte. Só depois do documento publicado é que os réus e o Ministério Público poderão entrar com recursos ao próprio STF. Lewandowski não deu previsão de quando o acórdão sairá. Mas disse que o trabalho será intenso.

- Eu estou trabalhando com bastante afinco para liberar o meu acórdão o mais rapidamente possível, mas todos nós reformulamos pontos de vista. Tive que reformular os acórdãos. Já estou com quase 1.500 páginas só de notas taquigráficas. Fora o meu voto, que tem mais de duas mil páginas - disse.

Abertura de investigação sobre O CACHACEIRO FILHO...do brasil não cabe à PGR, diz Gurgel

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira que ainda vai analisar o depoimento prestado por Marcos Valério em setembro, no qual ele acusa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter conhecimento do mensalão e de ter sido beneficiado pelo esquema criminoso. Gurgel disse que, só depois, tomará alguma decisão a respeito.

Mas adiantou que qualquer investigação contra Lula será tomada pela primeira instância do Ministério Público Federal, uma vez que ele, não sendo mais presidente, não tem prerrogativa de foro para ser investigado pela Procuradoria-Geral da República. Gurgel também voltou a dizer que é preciso ter cuidado com as declarações dadas por Valério.

- Concluído o julgamento, agora eu vou sim analisar o depoimento e serão tomadas as providências, enfim, que são cabíveis para completa investigação de tudo que demande apuração - disse Gurgel, que, por outro lado, não deu prazo de quando fará isso.

Questionado se as denúncias de Valério são graves, Gurgel respondeu:

- Nós temos que examinar, e isso ainda não foi feito, em profundidade o depoimento. Com muita frequência, Marcos Valério faz referência a declarações que ele considera bombásticas, etc, e quando nós vamos examinar em profundidade não é bem isso. Mas vamos ver o que existe no depoimento que possa motivar futuras investigações. Como sempre, nada deixará de ser investigado.

Quanto especificamente ao presidente Lula, eventual investigação já não compete ao procurador-geral da República, já que o ex-presidente já não detém prerrogativa de foro. Então se estiver algo relacionado ao ex-presidente isso será encaminhado à Procuradoria da República de primeiro grau.

Gurgel negou que Valério tenha prestado outro depoimento além daquele feito em setembro. Afirmou ainda que Valério entregou alguns documentos, como comprovantes de depósitos, que ainda serão avaliados.

- A postura é sempre de examinar e verificar a autenticidade desses documentos. Ele entregou alguns documentos, muito poucos, e esses documentos agora serão avaliados para que se possa tomar as providências necessárias à apuração.

Gurgel criticou o momento escolhido por Valério para colaborar, quando ele já havia sido condenado pelo STF. Gurgel disse que o Ministério Público não pode ser instrumento de ações que não sejam adequadas.

- Na verdade, o interesse de Marcos Valério de colaborar deveria, seria mais oportuno se manifestado antes do julgamento da ação penal 470 (mensalão). Claro que o Ministério Público está aberto a qualquer momento a ouvi-lo se tiver informações realmente valiosas, digamos assim. Porque muitas vezes se afirma o interesse de colaborar, e as informações que são trazidas ao Ministério Público já foram inclusive publicadas pela imprensa. Então evidentemente aí não há sinceridade nesse interesse de colaboração. Desde o início da ação penal 470, a conduta de Marcos Valério foi de afirmar esse interesse, mas não concretizar esse interesse com declarações efetivamente importantes para o Ministério Público - disse Gurgel.

No depoimento, Valério afirmou que foi ameaçado de morte por Paulo Okamoto, assessor do ex-presidente Lula. Questionado se Valério precisa de proteção, o procurador afirmou que fez essa pergunta ao advogado de Valério. Segundo Gurgel, ele respondeu que isso não era necessário.

- A resposta peremptória dele foi: "por enquanto, não". E me coloquei inteiramente à disposição para, tão logo haja uma sensação de Marcos Valério estar em perigo, isso seja comunicado ao Ministério Público para que sejam adotadas as providências necessárias para resguardar a sua segurança. Claro que esse é um aspecto que nós não podemos descuidar e temos que assegurar que ele tenha toda a proteção que seja necessária.

Gurgel também foi questionado se o Ministério Público se sente pressionado para tomar alguma medida em relação a Lula. Ele respondeu:

- As pressões, eu diria, fazem parte do cotidiano do Ministério Público. Mas isso aí, de certa forma, é um desdobramento da ação penal 470. E nós vamos continuar trabalhando com a mesma firmeza de sempre e a mesma serenidade de sempre.