"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 03, 2014

A Hora e a Vez de Aécio Neves

A força que empurra Aécio para o 2° turno está chegando na melhor hora: 
a da decisão. Sua energia deve se propagar com ainda mais força e levá-lo à vitória em 26 de outubro 



Os eleitores brasileiros vão às urnas no próximo domingo. É o momento maior da democracia. É a hora de eleger quem vai comandar o país pelos próximos quatro anos e também de escolher nossos representantes no Legislativo. Chegou a vez de mudarmos o rumo da história.



Aécio Neves chega ao pleito de domingo empatado com Marina Silva na disputa pela presidência da República. A diferença entre os dois, que era de 20 pontos na primeira semana de setembro, é hoje de apenas três, segundo pesquisa do Datafolha publicada ontem. Ou seja, estatisticamente deixou de existir.



A distância entre os dois caiu em praticamente todas as regiões. Em alguns estratos de renda, como os acima de cinco salários mínimos, o candidato tucano já lidera a corrida presidencial. Parece claro que, à medida que foi ficando evidente que Aécio é quem tem condições de derrotar o PT, votos que em algum momento chegaram a ir para Marina voltaram para ele.



Nas simulações de segundo turno contra Dilma Rousseff, Aécio e Marina alcançam agora a mesma pontuação. No entanto, além de estar em forte ascensão, o tucano tem maior potencial de crescimento, mostra o Datafolha.



Segundo as simulações do instituto, Aécio tem 41% de intenções de voto e 27% de eleitores potenciais numa segunda rodada. No caso de Marina, o percentual potencial é menor. Nesta métrica, Aécio também supera a adversária do PT: na soma entre intenções e potencial, Aécio pode atingir 68% no segundo turno; Dilma poderia chegar a até 59%.



Esta é uma eleição cheia de reviravoltas. Uma eleição que muitos, talvez apressadamente demais, deram como resolvida muito tempo antes de o eleitor efetivamente começar a pensar em decidir seu voto - apenas 15 dias atrás, o Ibope ainda mostrava 47% dos entrevistados com "pouco" ou "nenhum" interesse nas eleições.



Aécio sempre disse acreditar que chegaria o momento da "onda da razão", numa eleição repleta de maremotos. O movimento que empurra o tucano para o segundo turno está chegando na melhor hora: a da decisão. Sua energia tende a se propagar com mais força ainda no segundo turno, levando Aécio à vitória em 26 de outubro.



O que sempre foi e continua perene é o sentimento pela mudança que orienta a vontade dos brasileiros nesta disputa. E aos poucos o eleitor foi vendo que quem tem as melhores condições para levar adiante a onda da mudança é o candidato do PSDB. No domingo, é chegada a hora e a vez de fazer valer as razões e as emoções que levam Aécio Neves a ser o futuro presidente que o Brasil quer ter.


PAU QUE NASCE TORTO NÃO ENDIREITA ! ENQUANTO ISSO NA REPÚBLICA DOS TORPES VELHACOS E VIGARISTAS... Revelações vão “chocar o país”, diz Youssef


Durante muito tempo, o doleiro Alberto Youssef e o engenheiro Paulo Roberto Costa formaram uma dupla de sucesso nos subterrâneos do governo. Enquanto Paulo Roberto usava suas poderosas ligações com os altos escalões do poder e o cargo na diretoria de Abastecimento da Petrobras para desviar milhões dos cofres da estatal, Youssef encarregava-se de gerenciar a bilionária máquina de arrecadação que era usada para abastecer uma trinca de partidos e corromper políticos importantes. Paulo Roberto era o articulador, o cérebro da organização. Youssef, o caixa, o banco. Um apontava os caminhos para assaltar a estatal.

 O outro era o encarregado dos malabarismos contábeis para fazer o dinheiro chegar aos destinatários da maneira mais segura possível, sem deixar rastros. Em março deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava-Jato, que tinha o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, a dupla caiu na rede. O que ninguém imaginava — nem mesmo os policiais — é que, a partir das informações dadas pelos dois criminosos, uma monumental engrenagem de corrupção, talvez a maior de todos os tempos, começaria a ruir.

VEJA revelou que Paulo Roberto Costa, o primeiro a assinar o acordo de delação com a Justiça, entregou às autoridades o nome de mais de trinta políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, entre eles três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais, além de Antonio Palocci, o coordenador da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, que pediu 2 milhões de reais ao esquema. 

O ex-diretor forneceu o nome dos corruptos que se locupletavam do dinheiro desviado e das empreiteiras que contribuíam com a arrecadação da propina — um golpe já considerado letal na estrutura da organização criminosa. Se as revelações do ex-diretor — muitas ainda desconhecidas — já provocaram um cataclismo, o que está por vir promete um efeito ainda mais devastador. Alberto Youssef, o caixa, decidiu seguir o parceiro e contar o que sabe. E, nas palavras do próprio doleiro, o que ele sabe “vai chocar o país”.

Além de confirmar que o dinheiro desviado da Petrobras era usado para sustentar três dos principais partidos da base aliada — PT, PMDB e PP —, Youssef se colocou à disposição para fechar o elo da cadeia de corrupção, fornecendo as contas no exterior, as datas de remessa e os valores repassados a políticos e autoridades que ele tinha como clientes. Youssef disse às autoridades que, durante o tempo em que operou o banco da quadrilha, por quase uma década, tomou o cuidado de esconder em um local seguro documentos que mostram a origem e o destino das cifras bilionárias que movimentou.

É o que ele garante ser a verdadeira contabilidade do crime — um inventário que está escondido em um cofre ainda longe do alcance das autoridades brasileiras. O acervo é tão completo que incluiria até os bilhetes das viagens que demonstrariam o que os investigadores já apelidaram de “money delivery”, o dinheiro entregue em domicílio.

Robson Bonin
VEJA.com

A HORA É AGORA ! PRECISAMOS RESGATAR O BRASIL REAL E DECENTE. NO brasil maravilha DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA : Aparelhos atuam nas eleições e na corrupção


Usam-se fundos de pensão de estatais em altas negociatas, mas não se ouvem reclamações das vítimas, talvez por uma estranha solidariedade ideológica

Prestes a completar 12 anos de Planalto, o PT, ou facções dele, vê-se envolvido em alguns casos emblemáticos de uma característica relevante desse longo período no poder, a montagem de aparelhos do partido na máquina pública.



A invejável disciplina e empenho petistas na defesa da visão de mundo do partido se reflete no exercício do perigoso princípio de que “os fins justificam os meios”. Com este pano de fundo é que foi engendrado o mensalão, abastecido com dinheiro público desviado sem pudores para comprar apoio político-parlamentar ao primeiro governo Lula.



Os últimos meses têm sido férteis em casos nada abonadores derivados da atuação de aparelhos petistas. O que operou desde o primeiro governo Lula na Petrobras, num conluio entre sindicalistas, políticos e empreiteiros, apenas começa a ser conhecido com vazamentos de partes de longos depoimentos prestados sob acordo de delação premiada pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa.

O doleiro desse e outros esquemas, Alberto Youssef, fez o mesmo acordo com a Justiça e deve contribuir com informações também esclarecedoras deste que talvez seja o maior escândalo, em cifras, dos últimos tempos.

Soube-se há pouco da atuação enviesada dos Correios, em Minas, para privilegiar as candidaturas de Dilma e de Fernando Pimentel, esta ao governo do estado, na distribuição de peças de propaganda eleitoral.

Desvendada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, a história também é exemplar da atuação de aparelhos petistas, cujo resultado é a “privatização” dessas estatais por interesses partidários. E como a eleição presidencial tem sido a mais dura enfrentada pelo PT desde a vitória de Lula em 2002, todo este aparato de militantes instalados dentro da máquina do Estado — funcionários concursados ou não — trabalha nestes dias com empenho extra. Há muita coisa em jogo nas urnas — além do poder em si, empregos e dinheiro.

Na mesma linha dos golpes dados na Petrobras, há o uso criminoso de fundos de pensão de funcionários de empresas públicas, em altas negociatas, diante do silêncio do braço sindical petista e, por tabela, dos funcionários.

O próprio Youssef e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, são citados em investigações sobre malfeitos com dinheiro da Petros, fundo dos empregados da Petrobras, e Postalis, não por acaso o fundo dos Correios. Há várias operações de que resultam prejuízos para os fundos e, claro, lucros para os operadores.

Pouco ou nada se sabe de reclamações contra esses virtuais assaltos aos fundos. Talvez o silêncio se explique por alguma estranha solidariedade ideológica. Na Petrobras, há quem não critique a gestão no mínimo temerária de José Sérgio Gabrielli, em cuja administração Paulo Roberto fez a festa, por considerá-lo um “nacionalista”. Mais uma vez, fins justificam meios.


VIGARICE/CANALHICE/PATIFARIA ! QUESTÃO DE ÍNDOLE : Aparelhamento sem pudor

Os Correios já foram uma das estatais mais admiradas, pela qualidade e capilaridade dos seus serviços. Era um símbolo inequívoco da unidade do País, aproximando a sua população, do Oiapoque ao Chuí. Mas o aparelhamento promovido pelo PT na última década desfez esse símbolo e a cada dia reescreve a história da estatal, transformando-a num mero cabo eleitoral. 

O episódio mais recente dessa triste história é um vídeo obtido com exclusividade pelo Estado, no qual o deputado estadual mineiro Durval Ângelo (PT) expressa satisfação e orgulho pelos bons serviços prestados pelos Correios à campanha petista em Minas Gerais, pelo apoio tanto à candidata à reeleição Dilma Rousseff como ao candidato a governador Fernando Pimentel.

O conhecido aparelhamento da administração pública promovido pelo PT recebeu nova prova - histórica -, agora em vídeo. Uma prova que não pode ser negada nem contestada. O vídeo em questão é similar aos vídeos - infelizmente, bastante conhecidos dos brasileiros - que flagram um corrupto recebendo, por exemplo, uma mala de dinheiro. No caso dos Correios, é a prova incontestável do uso de uma empresa estatal - que deveria servir ao público - em benefício de um partido.

Na reunião gravada, tudo é dito abertamente, sem qualquer escrúpulo, sem qualquer pudor. Diz o deputado petista: 
"Se hoje nós temos a capilaridade da campanha do (Fernando) Pimentel e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios".

Para que não pairasse dúvida do grau de importância da reunião, o próprio presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, está lá presente, como testemunha do aparelhamento. Da mesma forma que um presidente de uma empresa privada ouve dos seus gerentes os bons resultados operacionais da empresa, Wagner Pinheiro ouve de Durval Ângelo os bons resultados da ação dos Correios em prol das campanhas de Dilma e de Fernando Pimentel no Estado de Minas Gerais. 

"Se hoje nós estamos com 40% em Minas Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios", diz Durval, acintosamente.

Diante da revelação feita pelo Estado, o presidente dos Correios emitiu uma nota na qual afirma que "os Correios não estão contribuindo com a campanha de qualquer candidato". Justifica-se dizendo que "a reunião não ocorreu durante o expediente e a empresa não custeou despesas relacionadas a ela". É como dizer que um deputado não recebeu propina como deputado porque não era no seu horário de trabalho.

No vídeo, o deputado pede a Pinheiro que faça a direção nacional do PT saber dos bons serviços prestados pela estatal. "Queremos que você leve à direção nacional do PT, que eu também faço parte do diretório, mas também à direção nacional da campanha da Dilma a grande contribuição que os Correios estão fazendo". O vídeo explicita assim não apenas o aparelhamento, mas como é feita a coordenação do aparelhamento e como o PT não brinca no poder.

Instala-se e cobra resultados - e os camaradas têm grande zelo em mostrar os resultados obtidos. Que não fique nas sombras o empenho deles no aparelhamento.

Durval não podia ser mais explícito: 
"No dia da reunião que tivemos no hotel (da qual participou Pimentel), o Helvécio Magalhães (coordenador da campanha do petista) falou: vou me reunir com a equipe ainda esta semana e liberar a infraestrutura. E se hoje nós temos a capilaridade da campanha do Pimentel e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios". Diante da repercussão do caso, Durval explicou que "liberar a infraestrutura" era uma referência a funcionários petistas dos Correios que pediam férias para fazer campanha. 

O vídeo mostra o contrário: 
o uso da máquina pública, e não do tempo livre privado, para fazer campanha.

O que se vê no vídeo é uma espécie de sentimento do dever cumprido. 
Mas o parlamentar petista alerta: aquilo ainda não era uma prestação de contas completa. Esta virá após a eleição de Dilma e Pimentel, na qual - pelas suas palavras - a estatal está fortemente empenhada. 
É o aparelhamento sem pudor e sem escrúpulos.

O Estado de São Paulo