"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 26, 2012

BRASIL REAL II : Arrecadação cai 1,08% em setembro. Essa é a 4ª queda consecutiva. Receita REDUZ para 1,5% estima de alta da arrecadação este ano. É A ETERNA DEPENDÊNCIA DA EXPECTATIVA x REALIDADE.

Com a demanda interna enfraquecida e a crise internacional, a arrecadação das receitas federais caiu pelo quarto mês consecutivo, sempre na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em setembro, o recolhimento de tributos e contribuições federais ficou em R$ 78,215 bilhões, uma queda real (já descontada a inflação) de 1,08% ante setembro de 2011.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Receita Federal, no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o total chega a R$ 751,791 bilhões. Em agosto, a arrecadação havia ficado em R$ 77,074 bilhões.

Diante do fraco desempenho, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, disse que a expectativa é de que o crescimento da arrecadação federal no fechamento fique perto de 1,5%, em termos reais, descontando a evolução da inflação. No mês passado, a estimativa estava entre 1,5% e 2%.

- A previsão é em torno de 1,5% de crescimento real este ano. Vamos ter outra revisão de decreto em novembro e isso poderá variar. Dado o cenário atual, essa é a nossa expectativa - afirmou.

Desonerações da folha de pagamentos e do IPI puxaram queda

O coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal do Brasil, Raimundo Elói de Carvalho, explicou que os principais fatores que contribuíram para a queda foram as diferenças na arrecadação referentes ao Refis da Crise e as desonerações, sobretudo da folha, anunciada pelo governo nos últimos meses. 

Somente no que diz respeito ao Refis da crise, a diferença na arrecadação em setembro com relação ao mesmo mês do ano passado é de R$ 899 milhões. A desoneração da folha, por sua vez, teve um impacto negativo de R$ 600 milhões no mês. Outras desonerações, que incluem Cide e IPI-automóveis, entre outras, tiveram impacto de R$ 1,618 bilhão em setembro.

- Falamos que, a partir deste mês de setembro, já teriam reflexo na arrecadação as principais alterações que foram efetuadas na folha de salário, com tributação passando da folha para o faturamento - afirmou.

Além disso, o resultado é influenciado pela queda na lucratividade das empresas. De acordo com o relatório da receita, esse movimento fica evidenciado quando se analisa a arrecadação relativa ao Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das empresas. 

Entre janeiro e setembro, a arrecadação dos dois tributos foi de R$ 128,617 bilhões. No mesmo período do ano passado, foi de R$ 133,205 bilhões.

O Globo

BRASIL REAL : Inadimplência não cede e juros ao consumidor voltam a subir. É o terceiro mês seguido que taxa de calotes fica no maior patamar da série histórica


 
A inadimplência nas operações de crédito no país se manteve em 5,9% em setembro, o maior nível apurado desde quando o Banco Central (BC) começou a registrar os dados na série histórica que começou em 2001. 
Foi o terceiro mês de estabilidade, segundo informou o BC nesta sexta-feira. Nesse cálculo são considerados atrasos de pagamento superiores a 90 dias.

Apenas entre as pessoas físicas, a inadimplência em setembro chegou a 7,9%, também a maior do ano, e mesmo percentual registrado em julho e agosto. Entre as empresas, os não pagadores são 4,0% do total, 0,1 ponto percentual abaixo do que foi registrado no mês anterior.


Juros para famílias voltaram a subir


Apesar dos estímulos para o governo, os juros bancários cobrados para as pessoas físicas voltaram a subir no mês passado. A taxa subiu de 35,6% ao ano para 35,8% ao ano, em setembro. De acordo com o Banco Central, a culpa é da greve dos bancários. Sem acesso ao gerente, o correntista pegou créditos pré aprovados que são mais caros e podem ser contraídos pelos canais de autoatendimento.

Após vários meses de recuo teve esse aumento marginal e vale lembrar que em setembro tivemos paralisações e isso favorece o crédito imediato afirmou o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

Mesmo com a alta dos juros para as família e um aumento do spread bancário a diferença entre o custo do dinheiro para os bancos e por quanto ele repassa para seus clientes - cobrado da pessoa física, o spread geral caiu. E chegou ao menor patamar desde quando o BC começou a registrar os dados em 2001. O spread no Brasil caiu de 22,5 pontos percentuais para 22,3 pontos percentuais.

Os juros cobrados das empresas também atingiram o piso histórico: passaram de 23,1% ao ano para 22,6% ao ano.

Esse acirramento concorrencial que observamos desde o início do ano repercutiu nas nossas estatísticas constatou Maciel.

Ainda segundo a autoridade monetária, o crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil subiu 1,1% em setembro, chegando a 51,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 2,237 trilhões


O Globo

E NO brasil maravilha dos farsantes : DE APAGÃO EM APAGÃO O P artido de T orpes da GERENTONA/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA DE NADA E COISA NENHUMA, CRIA DO CACHACEIRO PARLAPATÃO, VAI ESCURECENDO O BRASIL REAL


De apagão em apagão, o país vai vivendo na escuridão. Poderia ser só uma rima paupérrima, mas se tornou rotina no Brasil: as quedas de energia têm sido cada vez mais frequentes, cada vez mais prolongadas e têm prejudicado cada vez mais pessoas.

Nesta madrugada, mais uma vez, um apagão atingiu todo o Nordeste e parte das regiões Norte e Centro-Oeste do país. Ficaram no escuro Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além de porções de Pará, Tocantins e Distrito Federal.

A população destas regiões ficou cerca de quatro horas na escuridão. Mais de 50 milhões de pessoas podem ter sido atingidas, já que o apagão não se limitou a áreas isoladas: foi uma escuridão completa, maciça, disseminada. Nos estados de Pernambuco, Bahia e Paraíba, por exemplo, todos os municípios ficaram às escuras.

Este foi o quarto apagão ocorrido no país desde setembro, numa triste rotina que se acentuou no governo Dilma. Em 22 de setembro, oito dos nove estados nordestinos já haviam ficado sem luz. No início do mês, a falta de energia afetara Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre e Rondônia, além de parte da região Centro-Oeste. É escuridão de norte a sul.

A situação é bem distinta do que a presidente Dilma Rousseff e seus assessores gostariam que fossem simples ("apaguinhos"), como um deles se referiu à ocorrência de 3 de outubro. A gestão petista pode até ser boa para fabricar eufemismos, mas é bastante ruim para solucionar problemas.

Na realidade, as condições do parque elétrico nacional vêm se deteriorando há alguns anos. É consenso entre especialistas que falta manutenção no sistema, que é gigantesco e muito sujeito a riscos. Mas faltam também investimentos em modernização e expansão.

Desde setembro, ocorreu em média um corte de energia a cada dois dias no país. Ao longo de 2012, até o último dia 15, haviam sido registradas 63 ocorrências. No ano passado, foram 97 cortes, com alta de quase 30% em relação a 2007, informou (O Estado de S.Paulo) há uma semana.

Em cada um dos últimos três anos, o país ficou mais de 18 horas sem energia. É bem mais que o limite estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, que é de 16,23 horas, revelou 
(O Globo.)

O problema é generalizado. 
De acordo com a Aneel, pelo menos 15 das 33 distribuidoras de grande porte extrapolaram as metas contratuais de cortes no ano passado. "O pior caso é o da Celpa, no Pará, que registrou 99,5 horas de cortes no fornecimento", segundo o Valor Econômico.

Nesta manhã, diante de mais um apagão cujas explicações não convencem - desta vez, a razão da queda generalizada de energia em 12 estados teria sido um incêndio em um equipamento localizado entre duas subestações - o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (admitiu):
"Dizer que não vai ter [novo apagão] é impossível".

É justamente o contrário do que Dilma Rousseff vem (afirmando) em diferentes ocasiões - para ser mais preciso, a cada vez que um novo apagão a desmente. 

Com a autoridade de quem esteve à frente do Ministério de Minas e Energia e acompanhou com mão de ferro as ações da pasta desde então, seja na Casa Civil, seja já como presidente da República, ela parece não ter ideia do que está falando ou fazendo.

O país está encurralado pelos apagões e também refém da geração de energia por termelétricas, mais caras e poluentes. 

Sem conseguir gerar energia suficiente em suas hidrelétricas por causa da estiagem, a partir deste sábado todas as usinas movidas a óleo combustível e a diesel disponíveis no sistema elétrico nacional entrarão em operação ao mesmo tempo, a fim de tentar recuperar o volume de água dos reservatórios, destaca hoje o (Estadão).

Mais preocupante é que, com toda esta fragilidade evidenciada, a presidente Dilma lançou-se agora numa cruzada que está desorganizando o setor elétrico e pondo em risco bilhões de reais em investimentos que, efetivamente, poderiam livrar o país da escuridão. 

Num setor em que as ações se planejam com décadas de antecedência, com a insegurança que se abateu sobre as concessões de energia ninguém sabe ao certo se haverá luz amanhã.

Lula disse recentemente que "de poste em poste o PT está iluminando o Brasil", numa referência a candidatos inexperientes e incapazes que, com sua lábia, ele tem ajudado a eleger por aí afora. 

Quando se observa o que está acontecendo de verdade no país, mais adequado é dizer que, de apagão em apagão, o PT está escurecendo o país.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
De apagão em apagão, o PT vai escurecendo o Brasil

Veja divulga, pela 1ª vez, que tem gravações de entrevista com Marcos Valério. Segundo diretor de redação, é o publicitário que decidirá se divulga o conteúdo ou não

Em entrevista na noite de quinta-feira ao portal de notícias Comunique-se, a direção da revista Veja divulgou, pela primeira vez, que tem as gravações da entrevista com Marcos Valério, publicada na edição do dia 15 de setembro.

A reportagem revelava que Marcos Valério - operador do mensalão, condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - em conversas "com pessoas próximas", afirmava que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o "chefe" da quadrilha responsável por um dos maiores esquemas de corrupção do país.

Segundo Eurípedes Alcântara, diretor de redação, o publicitário é quem vai decidir se o conteúdo será divulgado ou não. Para o executivo da Editora Abril, a exposição do material é "uma prova desnecessária" para comprovar que o encontro realmente aconteceu.

Logo após a publicação da reportagem, o advogado de Valério, o criminalista Marcelo Leonardo, disse que seu cliente não deu a entrevista e negou as declarações atribuídas a ele. O fato levou o colunista do GLOBO Ricardo Noblat a aventar a possibilidade de a revista publicar o conteúdo das conversas - o que não aconteceu.

O Globo