"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 21, 2010

SELIC - PROJEÇÃO PARA 12% aa.para 2010.

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O mercado elevou suas projeções para a taxa básica de juro brasileira neste ano, revelando expectativa de que a posição adotada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em sua última reunião deverá ser mantida.

De acordo com dados do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central do Brasil, o mercado espera que a Selic termine o ano de 2010 em 12% ao ano, e não mais 11,75% a.a. como previsto antes.

As estimativas ainda sugerem que parte da elevação já acontecerá no mês que vem, quando a autoridade monetária elevaria o juro básico dos atuais 10,25% a.a. para 11% a.a.

Manutenções

Já incorporando possíveis reflexos das recentes elevações do juro básico, o mercado manteve em 5,61% sua estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial de inflação brasileira. Para o ano que vem, as expectativas foram mantidas em 4,80% pela décima semana consecutiva.

No que diz respeito à produção industrial brasileira, as projeções também foram mantidas em 11,32% para 2010 e 5% para o próximo ano.

Fonte: Banco Central

Entenda o relatório

O relatório Focus é um informe que relata as projeções do mercado com base em consulta a aproximadamente 100 instituições financeiras durante a semana anterior.

As projeções referem-se às principais variáveis macroeconômicas brasileiras esperadas para o mês de junho, assim como para os anos de 2010 e 2011.

Junho/201020102011
18/06Atual18/06Atual04/06Atual
IPCA0,28%0,22%5,61%5,61%4,80%4,80%
IGP-DI0,80%0,68%9,12%9,08%5,00%5,00%
IGP-M0,96%1,00%9,00%9,07%5,00%5,00%
IPC-Fipe0,28%0,25%5,34%5,30%4,50%4,50%
PIB--6,99%7,06%4,50%4,50%
Balança Comercial--US$ 15,00 biUS$ 15,10 biUS$ 6,23 biUS$ 6,00 bi
Saldo em Conta Corrente--US$ -48,20 biUS$ -47,57 biUS$ -57,40 biUS$ -57,99 bi
Investimento Estrangeiro--US$ 36,00 biUS$ 36,00 biUS$ 40,00 biUS$ 40,00 bi
Taxa de CâmbioR$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,80R$ 1,86R$ 1,89
Dívida Líquida Setor Público (% PIB)--41,20%41,00%39,85%39,70%
Produção Industrial--11,32%11,32%5,00%5,00%
Taxa Selic (% a.a)--11,75%12,00%11,75%11,75%

IGP-M APONTA INFLAÇÃO.

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O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente ao segundo decêndio de junho apontou inflação de 1,06%, após registrar variação positiva de 0,95% no mesmo período de maio.

Cabe lembrar que o mercado espera variação positiva de 0,96% no acumulado mensal, segundo dados da última edição do relatório Focus, divulgado pelo Banco Central.

De acordo com dados divulgados na manhã desta sexta-feira (18) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), dentre os três componentes do indicador, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou a maior variação (2,09%) no período, impulsionando o resultado do índice cheio.

Fonte: FGV

Polêmica

Na primeira semana de junho, a inflação de 2,21% medida pelo IGP-M foi motivo de polêmica no mercado. O Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) esclareceu que o resultado do índice incorpora variações no preço do minério de ferro, que teriam impactado notadamente os preços no atacado.

Metodologia de cálculo do IGP-M

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) é bastante utilizado pelo mercado, e mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação nacional.

Ele é composto pela ponderação entre o Índice de Preços ao Consumidor(IPC - peso de 30%),

Índice de Preços no Atacado (IPA - peso de 60%)

e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC - peso de 10%).

Grupo2° decêndio de 05/10(em %)2º decêndio de 06/10(em %)Variação(em pontos percentuais)
IPA+1,19+1,37+0,18
IPC+0,45-0,20-0,65
INCC+0,66+2,09+1,43
IGP-M+0,95+1,06+0,11


Por InfoMoney

VAI CORRER? NÃO VAI ENCARAR?

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Uma das características mais espantosas desta eleição tem sido o silêncio de dona Dilma.

Ninguém sabe ao certo a que se presta a escolhida pelo presidente mais popular da história recente do país para sucedê-lo.

(...)

Numa mal disfarçada estratégia de fugir de polêmicas, na semana passada a candidata do PT escapuliu para a Europa, dando bolo em debates e sabatinas.

De quebra, foi produzir imagens arquitetadas para apresentá-la no horário eleitoral como celebridade política internacional que não é.

Mas Dilma é Dilma em qualquer lugar do mundo: em seu tour pelo Velho Mundo, conseguiu superar-se e produziu uma montanha de insignificâncias e grosserias.

Em Paris, onde avistou-se com um constrangido Nicholas Sarkozy, a candidata do PT desdenhou os repórteres que a seguiam (a seguiam não porque estivessem gostando daquilo, mas simplesmente pelo dever de ofício de acompanhar a agenda de uma candidata à presidência da República, fosse ela quem fosse):

"Vou fingir que não os conheço, que são todos um bando de argentinos". Espirituosa, essa Dilma; entrou no clima de arquibancada de estádio de futebol...

Minutos antes, exibira toda a sua noção de cidadania e finesse ao pular no meio de carros para atravessar uma avenida parisiense:
"Eu não tenho medo nenhum", disse ela. Santo Deus! Medo? Será que esta senhora não sabe o que é boa educação?

(...)

Ao ausentar-se do país, Dilma fugiu, por exemplo, da sabatina promovida pela Folha de S. Paulo, à qual José Serra deve comparecer hoje.

(...)

Fica claro que ideias e propostas estão em terceiro ou quarto planos para a candidata, como, aliás, reza a cartilha do comando de campanha do PT.

Não espanta que a petista não vá comparecer ao debate promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no próximo dia 1º, como já adiantou.

Não quer estar em nenhum lugar em que possa ser devidamente escrutinada.

Alega que participará apenas de debates exibidos pelas TVs abertas. Pura tentativa de esconder suas deficiências, já que as regras dos eventos televisivos, pelo menos no primeiro turno, tendem a impedir discussões mais francas - ou dá para esperar coisa diferente de algo com sete candidatos, a maioria ilustríssimas nulidades, em volta da mesa?

Na prática, o que se pretende é não deixar o prezado eleitor saber quem é a candidata na qual querem que ele vote daqui a pouco mais de 100 dias.

Tudo parte da "estratégia" petista de reduzir ao máximo a sua exposição. Dilma de verdade? Só depois de 3 ou 31 de outubro. Quem vai pagar pra ver?

Mas o que dona Dilma e sua turma tanto temem, para tentar escapar assim, de fininho, das discussões?

(...)

A resposta para tanto receio pode estar, veja só, caro leitor, dentro do próprio governo, mais precisamente no Ministério do Planejamento.

Na semana passada, a pasta pôs na internet sua página de debates, com textos para discussão produzidos por técnicos do órgão. Qual o quê! Foi o suficiente para deixar-nos, à oposição, para trás, a comer poeira.

Os burocratas do Planejamento escreveram, sem medo, que a infraestrutura, área supostamente "bem gerida" por dona Dilma quando ministra, não anda lá muito bem das pernas - coisa que a gente já cansou de dizer aqui.

Mais:

o sistema tributário brasileiro é ruim; a burocracia é um bicho-papão enorme e o governo Lula não tem se preocupado em resolver a contento o gargalo logístico. Tu-di-nho de acordo com o ministério chefiado pelo petista Paulo Bernardo, conforme relatou o Valor Econômico em sua edição de sexta-feira.

Para o Planejamento, o país tem muitos problemas, entre outras razões, porque os ministérios de Minas e Energia, Transportes e Meio Ambiente simplesmente não se entendem.

Além disso, a política de reforma agrária é um fracasso, projetos como o do biodiesel não têm futuro e a educação não avançou na atual gestão (50% dos jovens em idade apropriada não estão no segundo grau).

Cadê a toda poderosa e eficiente gerentona, a mãe do PAC?

No entanto, assim como dona Dilma, o governo do PT tem horror à crítica: na sexta-feira mesmo, logo depois que a reportagem do jornal foi publicada, mandou tirar do ar o portal do Planejamento.

Varreu tudo para debaixo do tapete, para longe dos olhos do cidadão. Está chegando a hora em que não vai dar mais para essa gente esconder o que se passa no reino da Dinamarca.

Alguma coisa parece estar podre e vai desmoronar bem antes de 3 de outubro.

ÍNTEGRA : ITV/PAUTA EM PONTO