"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 18, 2010

O GURU VIRA "BLOGUEIRO" E "ANIMADOR SOCIAL", TAVA DIFICIU AGORA FICA FACIU.

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A redefinção de papéis no comando da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, articulada ao longo das últimas semanas, reflete preocupações da pré-candidata e de dirigentes petistas em adotar um tom mais jornalístico e institucional no site oficial e nas ferramentas de comunicação digital, além e separar as articulações políticas das definições de marketing.

Foram criados três núcleos com poderes e atribuições distintos na pré-campanha: Marketing Eleitoral, Político, e Comunicação/Jornalismo.

O comando político da pré-campanha teme que erros na comunicação, sobretudo na internet, possam provocar “efeitos nefastos” quando a disputa de fato esquentar

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A partir das reformulações, o petista Marcelo Branco, contratado para atuar na comunicação digital da campanha, terá um papel de “mediador” com as redes sociais. Ele não vai interferir na comunicação da pré-campanha nem no conteúdo de blogs e sites oficiais.

Para dirigentes do PT, Branco deve exercer a função de “blogueiro” e “animador social”, ficando na linha de frente para responder a ataques a Dilma na rede e munir a militância com informações.

A VERDADE DO GENTE QUE MENTE - 02 X MENTIROSOS - 0

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Joelson Costa Dias julgou na noite de ontem improcedente a representação do PT contra o PSDB pelo site gentequemente.org.

A página, que está no ar há cerca de um ano, traz críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

A decisão monocrática segue parecer do Ministério Público Eleitoral que opinou pela improcedência. Na ação, o PT afirma que os tucanos fazem propaganda negativa para Dilma Rousseff. Além de multa, o partido pede a retirada do conteúdo considerado "ofensivo" do ar.

No parecer, a vice-procuradora-geral Eleitoral Sandra Cureau cita decisão do TSE que reconheceu as criticas ao governo como parte da atividade política, não sendo considerada propaganda eleitoral.

Em defesa apresentada esta semana, o PSDB afirmou que a representação não deveria ser apresentada na Justiça Eleitoral, já que trata de um pedido de direito de resposta de candidato escolhido em convenção, "condição que Dilma não sustenta".

Os tucanos admitem que a página é do partido e argumentam que ela foi pensado como instrumento de ação partidária da oposição contra as mentiras do governo e da petista.

O 71 QUER PARTICIPAR DO GRUPO 5+1. QUER SER O ESTRANHO NO NINHO.

O Brasil considera normal e desejável que o Brasil e a Turquia, que obtiveram um acordo do Irã sobre o enriquecimento de urânio no exterior, participem nas negociações do chamado grupo "5+1" de grandes potências sobre o programa nuclear iraniano, declarou nesta terça-feira (18), em Madri, Marco Aurélio Garcia, asessor de política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Acho que seria normal que pelo menos uma boa parte das negociações se abram (para o Brasil e a Turquia). Seria normal e desejável", afirmou Garcia em Madri, onde está para reunião bilateral entre a América Latina e a União Europeia.

Garcia disse que nao se trata de formalizar um novo grupo porque, segundo ele, o grupo 5+1 é informal.

O 5+1 é formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) e também pela Alemanha.

A declaração de Garcia vem no mesmo dia em que o Conselho de Segurança deve se reunir para aprovar uma nova rodade de sanções contra o Irã.

DÍVIDA BRUTA : A HERANÇA SERÁ +/- 64%/PIB

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Tão estratégico quanto árido, o tema das contas públicas perpassará de alguma maneira o debate eleitoral.

Mas, como pontos delicados referentes aos gastos públicos previdência, assistencialismo costumam inspirar, em campanhas, apenas frases de efeito, quando não promessas demagógicas, não se espere qualquer abordagem mais séria, profunda e realista do assunto pelos candidatos.

Haja o que houver na campanha, porém, a realidade se imporá na agenda do sucessor de Lula.

Até porque, no segundo mandato de Lula, ganhou força em Palácio um modelo próprio de capitalismo de Estado, em que se misturam gastança desmesurada para atender a anseios de corporações sindicais encasteladas na máquina estatal e o resgate de uma visão de política de crescimento fortemente lastreada no Tesouro.

Devido a esses fatores, é indiscutível o peso da herança fiscal de Lula, como alertou reportagem do GLOBO: pode ser que a dívida interna bruta chegue, quando Lula passar a faixa presidencial, a 64,4% do PIB, o mais elevado patamar em dez anos.

A expansão do indicador é expressiva, pois, em 2008, ele estava em 56,4% do PIB.
Alega o governo ser este o preço pelo fato de o país ter conseguido recuperar o crescimento econômico logo após o forte baque no final de 2008, na eclosão da crise mundial.


O argumento é correto na forma, equivocado na essência.

Alega o governo que os empréstimos do Tesouro ao BNDES daí esse dinheiro não aparecer nas estatísticas da dívida líquida, pois teoricamente um dia ele voltará ao caixa público, à medida que os credores paguem os financiamentos recebidos não representam perigo, por esta mesma razão.

Trata-se de uma falácia, pois, além da possibilidade de inadimplências, há um subsídio escondido na operação: a diferença entre os juros que o Estado paga para se endividar (hoje, 9,5% ao ano) e a taxa, bem menor (6%), cobrada nesses financiamentos.


O endividamento público para impulsionar a qualquer custo a expansão do parque produtivo via BNDES foi usado à larga no período Geisel em que se inspiram os atuais desenvolvimentistas , e deu no que deu.
Naquele tempo, também havia empresário escolhido para ter acesso a certos gabinetes brasilienses.

Não é exagero comparar estas operações à famigerada conta movimento, fechada no governo Sarney, pela qual o Banco do Brasil funcionava como virtual Casa da Moeda, com acesso direto ao Tesouro.

Era uma das fornalhas da caldeira da inflação, e ainda ajudou a levar ao estrondoso calote na dívida interna, na gestão Collor.

A História é sábia.


Fonte : Agência Globo


SAIBA PORQUE "FICHA LIMPA" NÃO É PRIORIDADE.

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Autor(es): Diego Abreu/ Josie JeronimoCorreio Braziliense -

Um dos maiores opositores à Ficha Limpa, senador é acusado de cometer ilícitos tributários

Enquanto a Polícia Federal (PF) pede à Justiça a prorrogação de um inquérito contra o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o senador articula o adiamento da votação do Ficha Limpa, o que enterraria a possibilidade de o projeto valer nas eleições de outubro.

A proposta que veta a candidatura de políticos com histórico criminal deve ser apreciada amanhã, embora o líder do governo já tenha afirmado que o assunto não é prioridade.


O inquérito está em fase de coleta de provas e tramita no Supremo pelo fato de Jucá ter direito ao foro privilegiado, por exercer o cargo de senador. Caberá à Procuradoria-Geral da República oferecer denúncia contra o parlamentar, caso considere que há indícios de autoria e de materialidade dos fatos.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Jucá, mas não obteve retorno.

O número22 de março
Dia em que a Polícia Federal abriu inquérito contra o
senador pemedebista

O parlamentar também responde a outros processos no STF, mas nunca foi condenado.
Em caso de punição no futuro, a aprovação do Ficha Limpa poderia inviabilizar a continuidade de sua carreira política

A RESSACA DO "ACORDO" DO EBRIOSO.

Imagem: Georgia O'Keeffe: Ram's Head


Os três patetas

O grande pensador sobre energia nuclear no governo Lula é o vice-presidente, José Alencar. E a razão é simples: ele é claro. Há dias, defendeu que a bomba nuclear pode ser apenas dissuasória — vele dizer, ela desestimularia a ação de certos países beligerantes. Assim, Alencar cravou um conceito novo nesse debate, que é a chamada “Bomba Nuclear para Fins Pacíficos”, que substitui o ultrapassado conceito da “energia nuclear para fins pacíficos”.

.É o fundo do poço em matéria de política externa.

E como esse pensamento triunfou nas negociações que Brasil e Turquia empreenderam com o Irã, aconteceu o óbvio: hoje, o Mahmoud Ahmadinejad está um pouco mais perto da bomba do que antes. E contou com a inestimável ajuda do Brasil. Lula apostou que o mundo cairia de joelhos; em vez disso, os presidentes do Brasil e da Turquia estão a um passo de ser ridicularizados.

A reação foi de incredulidade — em muitos casos, de ironia. O próprio governo do Irã explicitou a trapaça poucas horas depois do anúncio do acordo: continuaria a enriquecer urânio, apesar da troca mediada pela Turquia. E já se sabe que as restrições à atuação da Agência Internacional de Energia Atômica continuam. Se Lula atuou para tornar mais distantes as sanções, que são instrumentos da paz, então deixou o Oriente Médio, e o mundo, mais perto da guerra. Eis o pacifista das esferas.

O truque foi malsucedido

Aquela retórica típica do lulismo, que trata verdades como mentiras e mentiras como verdades, que funciona tão bem no mercado interno das idéias, esfarelou-se no mercado externo. Até mesmo a Rússia, não exatamente interessada em endossar a liderança dos EUA no sistema de segurança global, reagiu com menoscabo, desprezo quase, ao anunciou pateticamente tonitruante dos “negociadores”, com a sua coreografia de periféricos orgulhosos, com as mãos unidas e para o alto, anunciando a vitória do perigo.

(...)

No mundo, os críticos mais acerbos da atuação de Lula erram apenas num particular: ele não é o “inocente” útil da jogada iraniana. Ao contrário até: é o “culpado” útil. Sabe muito bem o nome do que pratica.

(...)

Não! Lula não conseguiu enganar ninguém, e a saudação no Brasil se restringiu àquele circulo de petista e de subjornalistas que tocam tuba para o governo Lula — alguns o fazem a peso de ouro, naquele encontro sempre muito festivo entre a grana e a subserviência.

(...)

Não deixa de ser útil que o mundo perceba com quem está, de fato, lidando. O governo Obama vai acabar percebendo que, no que respeita à questão política, o lulo-petismo pode ser um adversário muito mais incômodo do que o chavismo — aquele é explícito na sua delinqüência, e a clareza de sua identidade também não alimenta esperanças vãs.

Lula foi ao Irã também em busca de palanque. Nos comícios pró-Dilma, no horário eleitoral gratuito da TV e na rua petista, será saudado como o homem que livrou o mundo de uma guerra, como se ela estivesse aí, a bater à porta da história.

E, no entanto, o que se tem é rigorosamente o contrário: sem que o Irã abra mão do enriquecimento de urânio a 20% e sem o amplo acesso da AIEA às instalações nucleares, não se faz um acordo de paz, mas um compromisso de guerra.

ANTES TARDE DO NUNCA.

Brasil
Com a temporada eleitoral prestes a começar, avizinha-se uma civilizada transição de governo. Sinais neste sentido surgiram na semana passada com o anúncio de corajosas medidas impopulares por parte da gestão Lula.

Significa que a luta renhida pelos votos não resultará no sangramento da saúde que exibe o país. É bom que seja assim.

Após inúmeros sinais amarelos, o governo tirou o pé do acelerador do aumento descontrolado dos gastos públicos. Para garantir uma expansão equilibrada do crescimento econômico, foi anunciado um corte adicional de R$ 10 bilhões nas verbas do Orçamento.

A intenção é evitar uma explosão inflacionária que poderia ameaçar boa parte das conquistas econômicas e sociais dos últimos anos.

Como o governo já havia contingenciado outros R$ 21,8 bilhões anteriormente, serão mais de R$ 30 bilhões bloqueados. Isso significa retirar cerca de 1% do PIB de circulação.

A ideia é diminuir, preferencialmente, os chamados gastos de custeio, como passagens, luz elétrica, material de escritório, diárias etc.
Esta é a boa economia, que não prejudica a prestação de serviços aos cidadãos.
(...)
A medida é necessária porque o freio na liberação de verbas do Orçamento diminui a quantidade de recursos na economia.
O excesso de moeda, ao invés de trazer desenvolvimento a uma nação, pode levá-la a desequilíbrios incontroláveis: a curva do consumo (demanda) descasa da da produção (oferta), e, com isso, desloca o nível de preços para o alto. A isso se dá nome de inflação.
O Brasil já sofreu por décadas com o drama e não deve correr riscos novamente.

De acordo com os economistas do governo, o máximo que o país consegue crescer sem uma alta de preços é 6%. Sem o corte, a previsão de aumento do PIB este ano era superior a 7%.

Há quem diga que o PIB potencial não ultrapasse 4,5% de crescimento anuais.
Em qualquer das hipóteses, é bom evitar riscos.
(...)
É bem-vinda a responsabilidade no trato com o dinheiro do cidadão que o atual governo agora exibe.

É de se esperar que já não tenhamos atravessado o sinal amarelo da prudência para termos que frear bruscamente diante do sinal vermelho do alarme.

É o interesse de todos que o país continue a avançar.

Íntegra: Pauta em Ponto