"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 07, 2013

Decisões em ziguezague. AQUI, A NADA E COISA NENHUMA NUNCA DEIXOU DE SER BIRUTA DE AEROPORTO.

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O governo federal continua não dando caminho certo a suas iniciativas. 
Duas decisões anunciadas nesta semana sugerem que falta clareza às ações oficiais:
 a manutenção da taxa de juros, definida ontem, e o aumento dos preços do óleo diesel. 
É cada vez mais difícil saber o que passa nas cabeças ziguezagueantes do pessoal de Brasília.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa básica em 7,25% ao ano. Até aí nada de surpreendente ou inesperado. A novidade está na avaliação praticamente unânime dos analistas, feita a partir do comunicado emitido ontem pelo BC, de que, logo logo, os juros voltarão a subir no país.

Desde outubro, a sinalização era de que os juros se manteriam no patamar atual por período de tempo "suficientemente prolongado" - emblemática expressão que orientou as expectativas nos últimos meses. 

Ontem, esta perspectiva desapareceu do papel e do horizonte. 
Trata-se de uma guinada nas intenções que o BC vinha explicitando nos comunicados que se seguem às reuniões do Copom.

Ontem, o Copom limitou-se a
informar que "irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária". A cautela é adequada, e até mesmo justifica-se. 
Mas o que espanta é o ir e vir da autoridade monetária num assunto tão crucial para o país.

Numa atitude correta, o governo atual conduziu os juros básicos brasileiros ao seu menor nível histórico. Desde que a Selic chegou ao seu mais baixo patamar, em outubro passado, o BC passou a indicar que esta era uma estratégia duradoura. 
Mas passaram-se apenas cinco meses para a posição mudar - apenas para cotejar: 
nos EUA, a taxa básica está em 0,25% ao ano desde dezembro de 2008. 
Com isso, há agora uma certeza: os juros brasileiros vão voltar a subir. A dúvida é quando.

"Se [o Copom] elevar a Selic será muito provavelmente para reparar um dano que o próprio governo provocou. Ao transformar a redução dos juros em um objetivo político e induzir os mercados a considerar que o BC, nesta gestão, não tem autonomia operacional para administrar os juros básicos conforme os ciclos econômicos, o governo feriu a credibilidade da instituição", sustenta o Valor Econômico em texto na sua primeira página de hoje - prática pouquíssimo usual, aliás.

Desde o início do atual governo, a estratégia do BC para enfrentar a inflação mudou várias vezes, diminuindo a previsibilidade da política monetária. Se não têm convicção sobre qual nível de preços o governo de fato persegue e qual dose de remédio (juros) usará para controlá-los, os agentes econômicos simplesmente passam a apostar para todo lado. 
Vira uma roleta, às vezes russa.

"O BC precisa voltar a coordenar expectativas dos agentes econômicos, que, desde a segunda metade de 2010, estão desancoradas. Se não fizer isso logo, corre o risco de ver a inflação se tornar cada vez mais resistente", analisou Cristiano Romero no Valor de ontem. 
Quanto menor a previsibilidade, maior a insegurança.

É mais ou menos o que está acontecendo também com os preços dos combustíveis. O aumento do óleo diesel, anunciado nesta semana, corrige parte das distorções da política adotada pela Petrobras, e que lhe custou perda de cerca R$ 23 bilhões no ano passado. 
Mas o reajuste chega novamente de surpresa, tornando o inesperado a regra deste governo.

Foi o segundo aumento em pouco mais de um mês e o quarto em um ano, depois de longuíssima temporada de virtual congelamento dos preços, como parte da política de controle da inflação posta em prática pelo governo petista. 
A decisão é boa para a Petrobras (cujas ações obtiveram ontem a maior alta diária em 14 anos), embora ainda não seja suficiente para eliminar as defasagens - estimadas em cerca de 15% - em relação às cotações no exterior e seus prejuízos para a outrora maior companhia brasileira.

Aqui, novamente, o que perturba é a incerteza, a falta de previsibilidade. Cria-se um ambiente em que os que mais ganham são os franco-atiradores. "A questão de fundo é a falta de critério que defina os preços. As atualizações saem da cartola quando e nas proporções que o governo quer. 
Trata-se, portanto, de um elemento de insegurança e de instabilidade entre outros tantos que permeiam a atual política", comenta Celso Ming n'O Estado de São Paulo.

É neste caldo de incertezas que vicejam as más expectativas, a imprevisibilidade, a instabilidade e a ameaça de descontrole inflacionário. 
Trata-se do pior ambiente para um país que necessita, urgentemente, voltar a ter horizontes desanuviados para reconquistar investimentos e acelerar o seu desenvolvimento. 
Andando em ziguezague, a gestão petista não tem nos ajudado a sair desta encruzilhada.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Decisões em ziguezague 

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Da cartola, novo reajuste



O reajuste de 5% nas tarifas do óleo diesel, quase cinco semanas depois do reajuste anterior, diz muita coisa sobre como são tomadas as decisões no governo federal.

O discurso continuava sendo o de que não havia o que reajustar, uma vez que a política de preços da Petrobrás está focada no longo prazo, não no curto. 
Mas nunca ficou claro o que são curto e longo prazos nessa relação.

Apesar do seu impacto sobre a inflação, numa situação em que os preços da economia galopam, o governo havia decidido no final de janeiro reajustar a gasolina em 6,6% e o óleo diesel em 5,4%. Agora, optou por mais essa recomposição, desta vez somente do diesel. 
Por que também esse mal não foi feito de uma vez, como recomendou Maquiavel, é coisa que não se fica sabendo.
Dá para intuir que sejam três as razões pelas quais o governo se viu forçado a dar mais esse passo. 
A primeira delas é a ameaça de rebaixamento da Petrobrás na escala das agências de classificação de risco, especialmente Moody"s, Standard & Poor"s e Fitch. Se a empresa perder o grau de investimento, em decorrência da deterioração das condições financeiras, apenas fundos que admitem ativos especulativos em suas carteiras poderiam adquirir seus títulos de dívida. 
O efeito disso seria redução do mercado comprador desses títulos e, portanto, a alta dos juros – que a Petrobrás seria obrigada a pagar nas operações de refinanciamento do seu passivo. 
Não se sabe ainda até que ponto esse reajuste será suficiente para conseguir afastar a ameaça.

O segundo motivo que deve ter levado ao novo reajuste foi o estrago que o achatamento dos preços dos derivados de petróleo vinha provocando na capacidade da Petrobrás de enfrentar sua carteira de investimentos, de US$ 236,5 bilhões até 2016. E isso acontece num momento em que o governo Dilma está especialmente empenhado em reforçar a capacidade de alavancagem da economia.

A terceira razão é a tentativa do governo de desmentir a fama de hostil aos negócios (business unfriendly) – como vinha sendo sugerido por observadores estrangeiros e que gerava visível afastamento por parte dos empresários locais.

Esse reajuste é, de longe, insuficiente. 
Para alinhá-los aos níveis internacionais hoje vigentes, os preços do óleo diesel deveriam ser corrigidos pela Petrobrás em mais 15%, e os da gasolina, em 16% – apontam cálculos do Deutsche Bank. 
Ou seja, para garantir a política de controle de preços do governo federal, persiste a hemorragia do caixa da Petrobrás.

A questão de fundo é a falta de critério que defina os preços. As atualizações saem da cartola quando e nas proporções que o governo quer. Assim como este e os reajustes anteriores foram negados e depois concedidos, os futuros, hoje negados, também podem. 
Trata-se, portanto, de um elemento de insegurança e de instabilidade entre outros tantos que permeiam a atual política.

O fator incerteza prejudica mais os investimentos do que as eventuais consequências inflacionárias, desde que, de alguma maneira, possam ser previstas.
 
Celso Ming O Estado de S. Paulo

PARA REGISTRO ! PÁGINA ANEXA/AVULSA DO DE(s)CÊNIO DOS FARSANTES E FALSÁRIOS : Para a Dilma(A QUEBRA 1,99), não adianta só falar. Tem que desenhar

 
Primeiro, Dilma disse que não havia cadastro para os beneficiários dos programas sociais criados pelo PSDB. Não só havia, como havia um decreto-lei detalhando até os formulários. 
Veja abaixo:
O decreto que instituia o cadastramento único para os programas sociais do Governo Federal foi promulgado em 24 de julho de 2001. E, abaixo, como anexo ao decreto,  foram divulgados os formulários, que comprovam que o cadastro era completíssimo e totalmente informatizado, associado ao banco de dados do SUS. Até hoje a Caixa utiliza o CADÚnico criado pelos tucanos.
Até hoje, o partido da quadrilha do Mensalão afirma que criou a Bolsa Família, assim, do nada! Uma mentira histórica. Vejam, abaixo, o texto do decreto que criou a Bolsa Família. Olhem bem de onde surgiu o programa cover do PT. Efetivamente, a jóia da coroa ptista é apenas a unificação dos programas tucanos. Isso está escrito na lei abaixo, assinada por Lula, o maior estelionatário eleitoral da história deste país.
Hoje, no Senado, Aécio Neves disse o óbvio, conforme comprovado acima:

"Vi na declaração da presidente uma insistência em dizer que o Bolsa Família não foi feito em uma canetada. Certamente não foi em uma canetada. Foi um decreto presidencial, e não custa aqui refrescar a memória dos brasileiros, decreto assinado pelo presidente Lula, que, na verdade, incorporava os programas criados pelo presidente Fernando Henrique. Basta olhar o site da Presidência da República, o decreto está lá, ele fez, na verdade, a unificação desses e de outros programas criados no governo anterior."

POST PUBLICADO ORIGINALMENTE ONTEM, ÀS 22:23

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