"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 15, 2012

Militares reagem à declaração de que investigação não tem 2 lados

O foco de trabalho da Comissão da Verdade e as declarações dadas nesta terça-feira, 15, ao Estadão pelo diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, um dos sete integrantes do grupo, desencadearam reações no meio militar.

O general da reserva Marco Antônio Felício da Silva defendeu que "nenhum militar" se apresente para prestar depoimento à Comissão da Verdade, mesmo se convocado. Felício foi o autor do manifesto assinado contra a criação da comissão que foi endossado por 1.568 militares da reserva, sendo 130 generais, além de 1.382 civis.

Segundo o general Felício, a comissão "buscará de forma unilateral e sem a devida isenção, como prioridade primeira, o que chamam de verdade".

Para ele, a comissão (que será oficialmente instalada nesta quarta-feria, 16) busca comprovar uma nova história, "colocando-os como democratas e defensores da liberdade e dos direitos humanos quando, no passado, desejavam a derrubada do governo e a instalação de uma ditadura do proletariado por meio da luta armada, usando do terrorismo, assassinatos, roubos, sequestros e justiçamentos".

Marco Felício, depois de salientar que os militares não aprovam os nomes indicados pela presidente Dilma Rousseff, afirmou ainda que os representantes das Forças Armadas não devem comparecer à comissão para "evitar que o militar seja incriminado pelo que disser, seja execrado publicamente, desmoralizado, segundo ato de revanchismo explícito".

Ele criticou ainda as declarações do diplomata Paulo Sérgio Pinheiro ao Estadão, que afirmou que "nenhuma comissão da verdade teve ou tem essa bobagem de dois lados, de representantes dos perpetradores dos crimes e das vítimas".

Outras reações.
Os ex-presidentes do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo e Luiz Gonzaga Shroeder Lessa, também reagiram às declarações dos recém-nomeados integrantes da comissão da verdade.


Lessa disse ao Estadão que, "se a comissão só tem um lado, como diz Paulo Sérgio Pinheiro, é porque ele é tendencioso e a avaliação dele será parcial, o que compromete seu trabalho, que deveria ser isento".

O general Lessa questionou ainda:
"E os que foram assassinados por eles (militantes de esquerda), não conta?"


Já o general Figueiredo disse que "se ele (Paulo Sérgio Pinheiro) acha que não existem dois lados, mas apenas um, significa que os integrantes da comissão não vão investigar os justiçamentos feitos por suspeita de traição pela esquerda".

E emendou:
"Esta declaração compromete a isenção dele para a realização dos seus trabalhos, que é um pressuposto da comissão".


Ambos defendem ainda o acompanhamento dos trabalhos da Comissão da Verdade, por uma comissão paralela conjunta dos três clubes militares (Naval, Militar e Aeronáutica).

Estadão

PETEBRAS - R$ 76,5 bi de dívida exposta ao câmbio, diz diretor Financeiro

A Petrobrás tem hoje R$ 76,5 bilhões em dívidas expostas à variação cambial. A informação foi dada há pouco pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Almir Guilherme Barbassa.

O executivo, porém, não quis comentar o impacto que a recente disparada do dólar terá no balanço financeiro da companhia no segundo trimestre. Ao longo do primeiro trimestre a Petrobrás fez uma emissão de US$ 7,2 bilhões em bônus de 30 anos, a maior já feita por uma empresa de país emergente.

Barbassa revelou que efeito total do câmbio no resultado da companhia no primeiro trimestre foi positivo em R$ 465 milhões, contra um efeito de cerca de R$ 400 milhões no quarto trimestre de 2011.

Sabrina Valle e Mônica Ciarelli, da Agência Estado

PETEBRAS - Lucro cai 16% no 1º trimestre, para R$ 9,2 bilhões

A Petrobras registrou queda de 16% em seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior:
o ganho recuou de R$ 10,9 bilhões para R$ 9,2 bilhões.

O resultado veio acima das expectativas de analistas, que projetavam o resultado entre R$ 8,2 bilhões e R$ 8,7 bilhões para o período de janeiro a março.


Na comparação ao quatro trimestre do ano passado, o lucro líquido da Petrobras representou um avanço de 82%. Nos últimos três meses do ano passado, no entanto, a estatal tinha registrado seu pior resultado desde o início de 2007, ao lucrar R$ 5,05 bilhões.

O lucro da Petrobras foi o maior da atual safra de balanços, superando os ganhos de empresa como Vale (R$ 6,7 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 3,4 bilhões) e Bradesco (R$ 2,79 bilhões).

Segundo a estatal, o ganho menor foi influenciado pelo câmbio, os maiores gastos com fretes, em razão do maior volume vendido, e pessoal. Houve ainda despesas operacionais, devido ao aumento com perdas em processos judiciais. Além disso, houve uma menor receita financeira em razão da queda na taxa de juros do país.

Apesar da pressão do preço dos combustíveis sobre os resultados da Petrobras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que não haverá aumento nos preços da gasolina. Ele presidiu nesta terça-feira a reunião do Conselho de Administração da Petrobras, sendo que o principal tema do encontro foi a análise dos resultados da companhia no primeiro trimestre de 2012.

Não vai haver nenhum aumento disse ele ao responder a perguntas de jornalistas na porta do Ministério da Fazenda em Brasília.

Nos bastidores do governo, um aumento dos preços da gasolina é alvo de debate em função da alta dos preços do petróleo no mercado internacional. A própria presidente da Petrobras, Graça Foster, já admitiu essa possibilidade.

O Globo

Bovespa anula os ganhos do ano e dólar fecha a R$ 2

A notícia de que a Grécia vai realizar novas eleições provocou outro dia de perdas no mercado financeiro mundial. No Brasil, o dólar comercial fechou negociado a R$ 2,00 na venda e e R$ 2,00 na compra, uma valorização de 0,60%.

Na máxima do dia, a divisa atingiu o patamar de R$ 2,005 e na mínima chegou a R$ 1,983.

O dólar turismo fechou cotado a R$ 2,13 na venda e R$ 1,91 na compra. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) intensificou a queda no fim do pregão e encerrou pelo sexto pregão consecutivo com desvalorização de 2,25% a 56.237 pontos, a menor pontuação desde 19 de dezembro do ano passado, quando encerrou a 55.298 pontos.

Com isso, o Ibovespa, que chegou a se valorizar 20% no primeiro trimestre, zerou os ganhos do ano e entrou no vermelho. O Ibovespa agora se desvaloriza 0,91%.

O dólar subiu ao maior patamar desde 10 de julho de 2009. No mês, a moeda americana sobe 4,98% e em 2012 a valorização é de 7%. A realização de novas eleições na Grécia fez os investidores correrem para o dólar e para os títulos do Tesouro americano, fugindo do risco nas Bolsas.

Para o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, além dos fatores externos pressionando o dólar, no mercado local há o fator especulação.

- Todo o mercado está comprado em moeda americana. Esperava-se que o Banco Central entrasse vendendo dólares quando a cotação chegasse a R$ 2,00, mas isso não aconteceu. O ministro Guido Mantega afirmou que o dólar a R$ 2 não preocupa e ajuda a indústria brasileira a ficar mais competitiva.

Quem está comprado ficou numa situação confortável, porque quanto mais alta for a cotação, maiores serão os ganhos - explica Galhardo.

Ele diz que agora não se sabe até onde o dólar vai chegar.

- Agora é preciso obervar se a moeda americana sobe até R$ 2,10 ou R$ 2,20 e o que o BC vai fazer. O problema é que nesse patamar, o dólar começa a pressionar a inflação. Muitas empresas também se endividaram em dólar para comprar máquinas - lembra o gerente da Treviso.

Galhardo lembra que em menos de dois meses a moeda americana saltou de R$ 1,70 para R$ 2,0020.

- Não sabemos se o patamar de R$ 2,00 para o dólar vai permanecer. Mas se isso acontecer, a situação pode ficar complicada - diz o gerente.

Na Europa, as Bolsas subiram no início do dia com o crescimento do PIB alemão, mas fecharam em queda com a indefinição política na Grécia. As Bolsas americanas também passaram a operar em queda durante a tarde e o Ibovespa seguiu o ritmo. Segundo operadores, novamente os investidores deram ordens de "stop loss", ordem automática de venda para limitar perdas.

- As ordens de stop loss acentuaram a queda no Ibovespa - diz o operador de um banco de São Paulo.

Na Bovespa, as ações com maior peso no Ibovespa fecharam em queda, com exceção dos papéis do Itaú Unibanco, puxando o índice. Vale PNA caiu 0,42% a R$ 37,10;
Petrobras PN se desvalorizou 2,16% a R$ 18,48;
OGX Petróleo ON, que divulgou seu balanço trimestral, caiu 7,81% a R$ 12,00;
Itaú Unibanco PN subiu 0,28% a R$ 28,47
e PDG Realty, que também divulgou resultados trimestrais, perdeu 9,82% a R$ 3,60.

A OGX Petróleo registrou prejuízo de R$ 144,8 milhões no trimestre.
A PDG teve um lucro líquido de R$ 32,5 milhões, contra uma previsão média de R$ 140 milhões do mercado. O número representa uma queda de 86% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Rossi Residencial reportou lucro líquido de R$ 43,8 milhões no primeiro trimestre de 2012, menor do que o valor registrado ano passado.

O número representa uma queda de 44% em comparação com o mesmo período de 2011, quando o lucro chegou a R$ 78,1 milhões.

O Globo

Cadeia nacional para a mãe do PAC

Enquanto Dilma Rousseff se especializa em falar sozinha na TV, o presidente do PT avisa que o governo popular vai “peitar” a mídia. É compreensível.

A mídia é praticamente o único problema do Brasil atualmente. Se não fosse ela, não existiria corrupção no governo popular (o que os olhos não vêem, o coração não sente).

Infelizmente, a rede parasitária montada pelos companheiros em pelo menos sete ministérios foi parar nas manchetes. Não fosse essa invasão de privacidade, esquemas como o do Dnit com a Delta continuariam firmes na aceleração do crescimento.

Se não fosse a mídia para atrapalhar, o governo da presidenta falaria diretamente com o povo – sem esses assuntos azedos que só interessam à imprensa.

E já que jornalista só gosta de coisa ruim, o PT resolveu falar sozinho, em cadeia obrigatória de rádio e TV.

Dia da Mulher, Dia do Trabalhador, Dia das Mães e todas as datas simpáticas do calendário passaram a ser, também, Dia da Dilma. São os momentos em que a presidenta olha nos olhos do Brasil e diz a ele só coisas lindas, de arrepiar.

O comício contra os bancos no Primeiro de Maio foi inesquecível. Como governar é muito chato e trabalhoso, o PT resolveu voltar a ser estilingue (sem sair do palácio).

É o primeiro governo de oposição da história.

É muito melhor fazer comício contra juros altos (“peitar os bancos!”) do que organizar as finanças públicas, acabar com a farra tributária, abrir mão do fisiologismo, parar de gastar o dinheiro que não tem e controlar toda essa bagunça institucional que empurra para o alto a inflação – e os juros.

O povo está adorando esse governo de oposição, liderado por uma mulher corajosa que faz faxina em sua própria lambança e vira heroína.

No pronunciamento emocionante do Dia das Mães, que lançou o programa Brasil Carinhoso, só faltou uma palavra de carinho para a construtora Delta, que cresceu e engordou sob a guarda da Mãe do PAC.

Foi dentro do projeto de peitar a mídia que Lula insuflou a CPI do Cachoeira. A idéia era mostrar que a imprensa burguesa também estava no bolso do bicheiro e que o mensalão não existiu.

Quem sabe essas pérolas do romantismo petista não viram verdade no Dia dos Namorados, em mais um pronunciamento oficial da presidenta?

Guilherme Fiúza/ÉPOCA

Secretaria de Políticas para Mulheres - UM POUCO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DA "CARINHOSA" ENGANADORA .


Dilma Rousseff foi à televisão no Dia das Mães para dizer que está preocupada com as brasileiras. Anunciou mais uma série de benefícios sociais que, assim como as promessas nunca cumpridas da presidente, perigam não sair do papel.

A julgar pelo que o governo petista tem feito para prevenir a violência contra as mulheres, o risco é grande.


Há alguns dias, o Instituo Sangari divulgou levantamento sobre casos de criminalidade que vitimam mulheres. Os dados do Mapa da Violência são assustadores: o Brasil é, atualmente, o sétimo país do mundo onde mais se matam pessoas do sexo feminino.

Numa lista de 84 nações para as quais há dados disponíveis, a nossa situação só não é pior que as de El Salvador,
Trinidad e Tobago,
Guatemala,
Rússia,
Colômbia
e Belize.
A taxa brasileira de mortalidade feminina é de 4,4 para cada 100 mil.


A cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país e, a cada duas horas, uma é morta. Segundo a estatística mais recente, em 2010 foram registradas 48 mil agressões a mulheres brasileiras. O número de mortes chegou a 4.297.

A divulgação do Mapa da Violência abre oportunidade para avaliar as políticas públicas voltadas à população feminina do governo federal. Afinal, pela primeira vez na história, o país está sob o governo de uma mulher.

Além disso, uma secretaria especial voltada ao segmento foi criada pela gestão Lula em 2003 gozando de status de ministério. Sua principal linha de ação é, justamente, prevenção e enfrentamento de violência contra mulheres:
desde que a pasta passou a existir, metade do seu orçamento sempre foi destinado a este fim.


Para começar, não há nenhuma melhoria nos indicadores a respeito da violência contra as mulheres nos últimos nove anos. Enquanto a taxa de mortalidade não se alterou em nada, mantendo-se em torno de 4,4 para cada 100 mil brasileiras, o número de mortes cresceu 11,2% desde 2003.

Levando-se em conta o que os governos Lula e Dilma executaram em termos de ações de combate à violência contra as mulheres, dificilmente o quadro irá mudar. Desde 2005, a partir de quando há informações disponíveis da Secretaria de Políticas para Mulheres no Siafi, R$ 131 milhões foram destinados a esta finalidade.

Contudo, somente R$ 32 milhões, ou 24%, foram efetivamente executados.


A pasta, hoje comandada por Eleonora Menicucci, é mais um dos 40 ministérios da Esplanada petista que não consegue mostrar a que veio. Na média, nestes sete anos, apenas 60% da verba orçamentária foi aplicada.

Assim como a Secretaria para a Igualdade Racial e o quase folclórico Ministério da Pesca, a Secretaria de Mulheres é daquelas em que se consome muito mais dinheiro com a manutenção da burocracia do que com a efetiva execução de ações em favor da população.

Por várias razões, a população feminina merece atenção especial. O enfrentamento da violência - causada, segundo o Instituto Sangari, principalmente por conflito entre cônjuges - é uma delas.

Mas os decepcionantes resultados das ações do governo federal no combate à violência contra as mulheres indicam que não é apenas criando estruturas burocráticas que se alcançará o objetivo.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Violência contra as mulheres

Militares vão monitorar Comissão da Verdade


Sete militares da reserva que integram o Clube Naval, no Rio, vão se reunir quinta-feira para avaliar o primeiro dia da Comissão Nacional da Verdade, previsto para amanhã.

A equipe, presidida pelo almirante Tibério Ferreira, compõe a Comissão Paralela da Verdade, criada pelo clube para monitorar as informações divulgadas pelo grupo nomeado pela presidente Dilma Rousseff. Os militares pretendem fazer um contraponto em caso de ataques.

Para o presidente do Clube Naval, vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral, o trabalho da Comissão Nacional da Verdade tem forte probabilidade de respingar de modo negativo nas Forças Armadas, caso "os militares não tenham voz".

O grupo paralelo foi criado em 26 de março último e, segundo Cabral, prestará assessoria jurídica aos militares que, eventualmente, prestem depoimento na comissão.

- É preciso ouvir o outro lado também. Tudo precisa de um contraponto, por isso criamos a comissão. Quando a divulgação não for favorável e não tivermos chances de defesa, divulgaremos nosso contraponto. A comissão precisa ser de Estado e não de governo, para resultar em um levantamento histórico - disse Cabral, que analisa a composição da Comissão da Verdade.

- Não temos nada contra os membros da comissão, mas, sim, algumas ressalvas. A ex-advogada da presidente Dilma (Rosa Maria Cardoso da Cunha), por exemplo, está na comissão. Um advogado vai sempre defender a causa de seu cliente. Assim, não fica equilibrado.

Todos os militares integrantes da Comissão Paralela da Verdade são da reserva da Marinha, acompanharam o golpe de 1964 e a ditadura militar.

- Hoje, a maioria dos oficiais da ativa na Marinha não era nascida em 1964, só ouviu o que as pessoas falaram sobre o período. Precisamos acompanhar os resultados da comissão - ressalta Cabral.

Deputado federal com reduto eleitoral entre militares, Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse ontem que o grupo criado pelo Clube Naval foi a maneira encontrada pelos oficiais da reserva para contestarem os depoimentos previstos para a Comissão da Verdade.

- Não vamos admitir depoimentos secretos na Comissão da Verdade, trabalhamos para que isso não aconteça. Tem gente nomeada para essa comissão que já militava em grupos de esquerda em 1962, antes dos governos militares, a partir de 1964.
Com esse monitoramento, o Clube Naval e os militares vão romper o silêncio.
Queremos colaborar com o levantamento - afirmou.

Marcelo Remígio O Globo

E NO brasil ASSENHOREADO PELA CANALHA : DO QUE RI A "rainha risonha do bicho."?


Andressa Mendonça não vai posar para a Playboy. Pelo menos por enquanto. Ela recusou o convite da revista. “Meu papel, neste momento, não é esse”, disse a mulher de Carlinhos Cachoeira em entrevista ao jornal O Globo.

Qual seria o papel de Andressa neste momento? Aparentemente, algo um pouco mais obsceno que vender sua nudez graças à prisão do marido:
rir, Quando ela disse que “o Cachoeira é uma pessoa encantadora”, a repórter perguntou:
“Por isso encantou tanta gente?”.

Andressa concluiu seu striptease moral com uma risada:
“Acredito que sim”.

A musa dos caça-níqueis também riu ao dizer que não daria “esse gostinho” (expor sua nudez) e que deixaria “só para o Cachoeira”, com quem está há nove meses. A graça que Andressa vê nas coisas a sua volta traz a dimensão pornográfica que faltava ao caso do bicheiro.

Não pode haver nada mais obsceno que as risadas da senhora Cachoeira no centro de um dos maiores escândalos políticos brasileiros.
Ninguém precisa tirar a roupa.


Fora um eventual déficit cognitivo da moça, o que será que lhe inspira tamanha tranquilidade e senso de humor? Não se sabe.
O que se sabe é que ela diz estar confiante no doutor Márcio Thomaz Bastos, advogado de Cachoeira e também, coincidentemente, de Lula.

Depois dos indícios de que, além de privatizar o senador Demóstenes Torres, o bicheiro é dono de coisa maior - incluindo um bom pedaço do PAC os altos círculos da República parecem conspirar pela paz interior de Andressa.


Romântica, a emergente dama do Cerrado lamenta não ter podido ver o parceiro no dia de seu aniversário. Mas conta que deixou na penitenciária um cartão em que escreveu “coisas lindas de uma mulher apaixonada”

O enredo policial não a constrange, e isso lhe dá confiança para dizer ao ser amado que tudo é “apenas uma turbulência da vida”
“Quem não passa por isso?”
diz a loura de 28 anos, convencida da normalidade da situação.

E emenda o argumento definitivo:
“Quem está livre de ser preso?”

Ninguém. Qualquer pessoa de bem, que pague em dia seus deputados e senadores, pode ter o azar de acordar um dia vendo o sol nascer quadrado. São as fatalidades da vida. Nessas horas, não adianta desespero. Melhor pensar em coisas boas, como o Supremo Tribunal Federal (STF).
Certamente é um alento para a jovem Andressa Cachoeira lembrar o bando do mensalão, que também pagava regiamente seus parlamentares - e encontrou no STF um calmante para suas angústias.

Quando o ministro revisor avisa, sete anos depois, que não sabe se vai dar tempo de julgar os mensaleiros - e de evitar a extinção de seus crimes -, o que mais pode fazer a mulher do bicheiro preso, além de rir?

O Supremo é uma inspiração para todas essas pessoas que não estão livres de ser presas. Ponha-se no lugar de alguém cujas negociatas, por acidente, foram grampeadas e que foi em cana. Imagine o alívio de olhar para a mais alta corte e ver juizes batendo boca como adolescentes, a ponto de um dizer para o outro que ele é “brega” porque “nunca curtiu (a banda) The Ink Spots”

Ou assistir aos mais altos magistrados dando gritos populistas, tipo “Viva o país afrodescendente!”, para agitar a bandeira racial dos padrinhos. Um bem-sucedido empresário da contravenção não pode levar isso a sério.

Por essas e outras, assim como sua amada, Carlinhos Cachoeira também dá risadas. “Eu contei do convite (da Playboy), e ele gostou, morreu de rir.” Portanto, quem achou que o bicheiro estava chateado com a fatalidade de sua prisão agora fica sabendo que ele anda até gargalhando.
Cachoeira confia nas instituições.


Especialmente naquelas que o consideram uma pessoa encantadora, como explicou Andressa.

A missão da CPI é decidir quem vai rir por último. Cachoeira é homem bomba. Se parar de rir, explode. “Tenho certeza de que ele não quer prejudicar ninguém”, disse a primeira-dama, num simpático recado à clientela: salve sua pele salvando Carlinhos - tratar com o advogado de Lula.

Andressa Cachoeira planeja o casamento para breve, quando seu príncipe sair do xadrez. Cada povo tem o conto de fadas que merece. Ou os brasileiros saem às ruas para incendiar a CPI e explodir o homem bomba ou serão todos súditos da rainha risonha do bicho.

Guilherme Fiuza Época

SEM "MARQUETINGUE" ! "PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO". OU SEJA, DO maravilha PARA O REAL : Construtoras perderam R$ 2,5 bi em valor de mercado.

Aumento de custos, atraso na entrega de unidades, perda de valor de mercado. Essa tem sido a radiografia do setor de construção civil, que enfrenta um inferno astral na Bolsa de Valores de São Paulo.

Das 22 empresas de construção de capital aberto, dez tiveram perda de valor de mercado no primeiro trimestre.

Juntas essas dez companhias perderam, este ano, quase R$ 2,5 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento feito pela consultoria Economática, a pedido do GLOBO.


Só a PDG Realty, maior empresa de incorporação do país, e que está entre as cinco ações com maior peso no Ibovespa, ao lado de Vale,
Petrobras,
OGX Petróleo
e Itaú Unibanco, já perdeu R$ 1,5 bilhão em valor de mercado este ano.

O valor das ações negociadas pela companhia era de R$ 6,6 bilhões em 31 de dezembro de 2011 caiu para R$ 5,09 bilhões até a segunda-feira, dia 14. A empresa acaba de divulgar que o seu lucro líquido ficou em R$ 32,5 milhões, contra uma previsão média de R$ 140 milhões do mercado.

O número representa uma queda de 86% em relação ao mesmo período do ano passado.


A PDG informou que, a partir deste mês, implanta um centro de serviços compartilhados, em São Paulo, para ter mais eficiência. O objetivo da companhia é centralizar, padronizar e simplificar os processos e, consequentemente, aumentar a qualidade dos serviços prestados", informou em relatório sobre o desempenho no primeiro trimestre.

Agora, as ações estão com queda 4,91%, cotadas a R$ 3,87.


Na véspera, o mercado se surpreendera com o balanço trimestral de outra empresa, a Brookfield Incorporações, que indicara a necessidade de uma revisão de custos nos projetos, resultando em queda abrupta do lucro.

A companhia teve lucro líquido de R$ 4 milhões, 94% abaixo dos R$ 65,8 milhões no mesmo período do ano anterior. A previsão dos analistas ouvidos pela agência Reuters era de R$ 60,3 milhões.

Os papéis da Brookfield, que chegaram a cair 10% na véspera, estão em baixa de 3,11%, a R$ 4,07.


Nicholas Reade, presidente-executivo da Brookfield, garantiu em teleconferência com investidores que a operação "continua forte, apesar de os indicadores financeiros registrados virem bem abaixo do ano passado".

Os papéis do setor vêm sofrendo com balanços trimestrais abaixo do esperado.

Em geral, os resultados das construtoras estão vindo muito ruins, com lucros abaixo do esperado. Os balanços mostram problemas parecidos, como atraso na entrega de unidades, dificuldade de encontrar novos terrenos para construir, aumento dos custos operacionais.

Em geral, as construtoras são beneficiadas pelo cenário de queda de juro, que estimula o consumo, mas com resultados ruins as ações têm sido prejudicadas até agora analisa Fausto Gouveia, economista da Legan Asset.

Ele afirma ainda que há muita saída de dinheiro estrangeiro desses papéis na Bolsa, o que ajuda na desvalorização.


Para o analista do setor de construção da corretora SLW, Erick Scott, o crescimento da inadimplência no varejo também atinge as construtoras, mas em menor grau.

Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) a inadimplência no varejo, em abril, teve crescimento de 4,5%.


- A inadimplência também acaba chegando às construtoras, e o que acontece é que a pessoa acaba perdendo o imóvel. Mas este não é o principal problema dessas empresas. As construtoras hoje têm muitas unidades em estoque, muitas estão com os cronogramas de entrega atrasados, gerando ações judiciais.

O país tem demanda para o setor, mas a velocidade de lançamentos está caindo com esses problemas. As ações dessas empresas estão sendo penalizadas pelos balanços mais fracos e também pelo desempenho ruim da Bolsa, que praticamente zerou os ganhos do ano - diz Erick Scott.


No caso específico da PDG, pesou também sobre os papéis a renúncia do diretor vice-presidente de relações com investidores, Michel Wurman, e do diretor de investimentos e planejamento gerencial, Frederico Marinho Carneiro da Cunha, na noite de sexta-feira.

O conselho de administração já elegeu para o cargo de diretor de relações com investidores João Miguel Mallet Racy Ferreira, que acumulará com a função já ocupada de diretor financeiro.


A empresa também reafirmou que o diretor presidente, José Antonio Tornaghi Grabowsky, permaneceu no posto, "à frente da companhia e de suas atividades, bem como da equipe de diretores da companhia e principais executivos de suas subsidiárias".
O Globo

E NOS "PROGRAMAS SOCIAIS" DA REPÚBLICA DA ENGANAÇÃO : Falta uma Fifa para as creches


falta um detalhe para os brasileiros poderem festejar a construção de 6 mil creches até o fim de 2014, uma promessa de campanha repetida várias vezes pela presidente Dilma Rousseff e reafirmada em seu discurso do Dia das Mães.

Esse detalhe é muito simples:
o governo precisa apenas tomar as providências necessárias para a realização das obras. Mas deve fazê-lo com rapidez, porque a presidente já cumpriu quase um ano e meio de mandato e esse programa, como tantos outros anunciados pela administração federal, continua emperrado.

Sem mudanças muito sérias na gestão de programas e projetos, a construção de creches e pré-escolas será um fracasso tão grande quanto as obras da Copa, outro compromisso reiterado nos últimos dias.

O quadro já seria bem melhor se o Proinfância, lançado em 2007, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tivesse avançado um pouco mais rapidamente. Foram aprovadas a partir daquele ano 4.035 obras para atendimento a crianças em idade pré-escolar. Em março de 2012 o Ministério da Educação anunciou já terem sido entregues 221 inteiramente concluídas.

Esse número equivale a 5% das aprovadas para inclusão no programa de financiamentos. O total subiria para 258, se fossem contadas 37 unidades com obras muito próximas da conclusão, mas isso ainda representaria só 6,4% dos projetos aprovados.

Em 2007, ano de lançamento do Proinfância, o presidente Lula comprometeu o Brasil com a realização da Copa do Mundo e, portanto, com grandes investimentos em estádios, aeroportos, hotéis e sistemas de mobilidade urbana.

Os resultados são muito parecidos nos dois casos, mas os pronunciamentos a favor das criancinhas foram mais raros e mais suaves.

Faltou um Jerôme Valcke, da Fifa, para receitar um chute no traseiro das autoridades educacionais.

Para cumprir sua promessa de campanha, a presidente Dilma Rousseff deveria ter dado maior impulso ao Proinfância ou passado a limpo todo o programa para garantir uma execução mais eficaz.

A única novidade, no entanto, foi o compromisso de construção de 6 mil creches em quatro anos. Na prática, nenhum efeito sensível.

Em 2011, primeiro ano de governo, R$ 891 milhões foram autorizados no orçamento e R$ 308,3 milhões foram pagos. Mas o ano terminou sem a conclusão de uma única obra. Todo o valor foi empenhado, isto é, formalmente comprometido com a execução de projetos, e R$ 582,3 milhões sobraram para 2012 como restos a pagar.

Mas também o desembolso desse dinheiro, assim como o das verbas incluídas no orçamento deste ano, dependerá do ritmo das obras. Como no caso dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o cenário é de muita ineficiência, quando se trata de creches e unidades de pré-escola.

O assunto foi discutido, no começo deste ano, num encontro da Associação Contas Abertas com secretários de Educação de municípios goianos e representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

Foram apontados problemas burocráticos e também problemas causados por irregularidades nas licitações e na execução das obras. É necessário melhorar todo o sistema de administração dos recursos, desde a liberação do financiamento federal até a entrega das instalações.

Os controles são obviamente defeituosos. O Ministério da Educação levou algum tempo, em 2012, para identificar uma irregularidade na ação de uma prefeitura comprometida com a construção de duas creches. Um técnico notou a presença de um cão em todas as fotos enviadas pelo governo municipal. As fotos eram da mesma creche.

Segundo a presidente Dilma Rousseff, é preciso investir em educação e saúde para "atacar a desigualdade na raiz do problema". Ela está certa, mas para isso é preciso, igualmente, melhorar muito a gestão de programas e projetos, outra promessa de campanha.

Também nesse caso os resultados são imperceptíveis. É muito mais fácil conceber e executar programas de transferência direta de renda que combater a pobreza por meio da capacitação de pessoas.

Este continua sendo o maior e mais importante desafio dos chamados programas sociais.

O Estado de S. Paulo

E NA CASA DA OCIOSIDADE... ENCRUADO ! Fim de regalia nas mãos da Câmara

O projeto de decreto legislativo que acaba com o pagamento do 14º e do 15º salários a parlamentares, aprovado na última quarta-feira no Senado, chega hoje à Câmara dos Deputados, após revisão.

Um grupo de técnicos deve avaliar para quais comissões o texto será encaminhado na Casa. O mais provável é que passe pelos colegiados de Constituição e Justiça (CCJ) e Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), levando em média dois meses para tramitar em ambas.

No entanto, se houver vontade política, o projeto pode ser encaminhado diretamente para o plenário e ser votado em menos de 15 dias.

A ideia de encurtar o caminho da proposta na Câmara deve ser definida pela Mesa Diretora. A pressão pode partir também dos próprios partidos, que afirmam ainda não ter discutido o tema. O deputado Bruno Araújo (PE), líder do PSDB, prometeu levar o assunto à bancada em reunião hoje. “É um assunto importante que precisa ser discutido”, destaca.

O deputado Reguffe (PDT-DF), primeiro parlamentar a abrir mão da mordomia, subiu à tribuna do plenário ontem para elogiar a série de reportagens do Correio sobre o assunto. “Quero aqui fazer um registro e parabenizar o jornal Correio Braziliense, um jornal aqui do Distrito Federal, que está travando uma cruzada importante para moralizar a vida pública deste país, que é a luta pelo fim dos 14º e 15º salários”, comentou.

“Considero essa uma luta importante. (...) O projeto aprovado no Senado ainda não atinge o objetivo correto, porque ele ainda concede um salário extra no início da Legislatura e um no fim, quando, na minha opinião, um parlamentar deveria receber apenas 13 salários, como qualquer trabalhador.”

Em março, o Correio revelou que não havia desconto de Imposto de Renda sobre os dois salários extras pagos aos senadores. O custo com a mordomia para o Senado, nos oito anos de mandato dos parlamentares, é de R$ 34,6 milhões.

A Câmara dos Deputados gasta, em quatro anos, R$ 109,6 milhões.

ADRIANA CAITANO Correio Braziliense

Para ex-chefe da Oban, militar não torturou


O tenente-coronel Maurício Lopes Lima
Alvo de manifestação, tenente-coronel Maurício Lima diz que "cadeira do dragão" era apenas instrumento de imobilização

O tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima, o mesmo acusado pela presidente Dilma Rousseff e por dezenas de presos políticos de torturas, mortes e abusos durante o regime militar, negou ontem que tenha cometido os crimes e fez críticas à presidente e à Comissão Nacional da Verdade.

Ele desqualificou os depoimentos dos presos políticos e chegou a dizer que a cadeira do dragão (na qual o preso era amarrado nu e recebia choques) servia apenas para prender os braços do detento.

- Ela (a cadeira) tem por exemplo o intuito de deixar a pessoa... Uma das defesas da pessoa são os gestos. Estou me defendendo aqui, estou fazendo os gestos. Quando você prende mãos, a pessoa fica sem (defesa).

Lima recebeu O GLOBO em sua casa logo após manifestação promovida pelo Levante Popular da Juventude em frente ao seu apartamento, no Guarujá.
Aos 76 anos e se dizendo "quase gagá", ele foi um dos chefes da Operação Bandeirantes (Oban) entre 1969 e 1971.

Ontem, ficou trancado em seu apartamento de manhã, esperando o fim da manifestação que tem como objetivo "esculachar" acusados de tortura durante o regime militar.

- Achei isso um "besteiroide".

Ele confirma que conheceu Dilma, diz que ela é "durona", mas que "não é flor que se cheire". Segundo ele, "a tortura era uma prática normal nas delegacias de polícia, mas não no setor militar".

Ela conta que esteve com Dilma em três ocasiões e que ela era "durona", mas não pegava em armas. Segundo Lima, a então guerrilheira da VAR-Palmares não denunciou nenhum nome importante da organização.

- Ninguém galga uma certa posição numa organização sem ter coragem. Vocês estão vendo a Dilma aí, o que ela faz. O Lula, com todo o endeusamento, nem pensou em fazer e ela está fazendo. Então, calma que ela não é, como eu digo, flor que se cheire. Ela é durona - disse o militar.

Ainda sobre a presidente, Lima afirma que ela mentiu em seu depoimento à Auditoria Militar nos anos 70, quando rejeitou o nome do então capitão Maurício como testemunha de acusação por tê-lo identificado como torturador.

A declaração da presidente é um dos 39 documentos usados pelo MPF para acusar Lima de crimes contra 20 pessoas, entre eles três assassinatos, e participação na tortura a Dilma, em 1970.

- Ela exerceu um direito. É diferente de chamar de mentirosa. Como agora no julgamento, se for necessário, posso exercer esse direito também - disse ele.

Sobre a polêmica de Dilma, como guerrilheira, ter ou não pegado em armas, o militar insiste:

- Acho que foi uma boa guerrilheira. Agora, dizer que era boazinha, não, não. Mas não pegou em arma. Isso eu garanto. Para mim, seria ótimo dizer que ela era terrorista. Não é. Ela pertencia a uma organização subversiva e acabou.

Lima ainda desdenhou da Comissão da Verdade:

- Que verdade? Tem um livro chamado "Direito à memória e à verdade" feito pela Presidência. Ali só contam mentira.

Tatiana Farah O Globo