"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 02, 2013

O brasil maravilha DOS IMPOSTORES UM "GUVERNU" 'Padrão Taiti'




Dilma Rousseff continua em seu castelo, alheia à realidade. 
A única resposta que consegue formular ao clamor das ruas é um plebiscito que não resolve nada e, ao que tudo indica, não terá como
prosperar no Congresso.

A presidente acha que seu governo é "padrão Felipão".

Mais adequado, porém, é classificá-lo como de "padrão Taiti", a seleção que tomou 24 gols em três jogos na Copa das Confederações.


Os atos de governo da presidente são o retrato acabado da ineficiência, a exemplo da inócua reunião ministerial realizada ontem - a terceira desde que tomou posse. Dilma juntou 36 dos seus 39 ministros no Palácio do Planalto. Provavelmente, sequer o nome de todos os presentes ela sabia.

Muitos ali estavam vendo a chefe pessoalmente pela segunda ou terceira vez. Seleção que presta não joga assim.


Como era de se esperar, a sessão plenária não produziu nada de importante, além de arremedos de frases de efeito sopradas pelo marqueteiro que a presidente destilou em rara entrevista à imprensa. Ela anunciou que "não fará demagogia" e "não cortará cargos que não ocupa".

É a velha Dilma de sempre:
pensamentos sem sentido, ações desconjuntadas, palavras ao vento e nenhuma ação que valha.

A presidente poderia largar de lado o blábláblá.

Ninguém está propondo a ela que corte vento, mas simplesmente que tome as medidas certas. Um governo composto por 39 ministérios - algo só inferior ao Sri Lanka em todo o mundo - e 22 mil cargos de confiança - todos fartamente ocupados pelos apaniguados do poder - tem muita gordura para queimar.

Ao fim do governo Fernando Henrique, o país tinha 24 pastas e funcionava muitíssimo bem. Lula deu início ao inchaço, criando 11 ministérios. Dilma já espetou mais quatro órgãos na Esplanada. Tudo leva a crer que o governo funcionaria bem melhor com metade do tamanho que tem hoje.

Apenas na Presidência da República estão penduradas 14 secretarias e lotados algo como 4 mil comissionados. Para carregar esta máquina paquidérmica, o governo gasta R$ 192,8 bilhões por ano somente para pagar o salário de quase 1 milhão de servidores, mostrou O Globo
ontem.

Quando se consideram todas as despesas de custeio, o gasto anual do Executivo sobe para R$ 611 bilhões. A execução orçamentária que interessa o governo petista não consegue fazer. Na atual gestão, os dispêndios com saúde, educação, segurança e mobilidade são, sistematicamente, menores que os do governo Lula.

O caso mais gritante é o dos transportes, em que apenas 8% do orçado desde 2011 foi investido.


O Valor Econômico mostra hoje que, neste ano, foram gastos R$ 3 bilhões de um total de R$ 13 bilhões em obras pelo Dnit, frustrando a promessa feita pelo governo de que este seria "o ano" para os investimentos públicos no setor. 


Como se vê, com o PT o que era ruim pode ficar ainda pior.

Ontem, mais uma vez, Dilma sinalizou que pretende viabilizar investimentos e, para tanto, pensa em fazer "ajustes" nas contas do governo. Não disse como, mas na sua balofa e derrotada seleção parece que não será.

Seu ministro da Fazenda, contudo, já indicou quem é que vai pagar a conta: 
o meu, 
o seu, 
o nosso dinheiro de contribuinte.

Em entrevista publicada por O Globo no domingo, Guido Mantega disse que pode aumentar impostos para bancar as novas despesas que vêm sendo criadas. Isso depois de o governo petista distribuir pencas de benesses tributárias para setores eleitos e conceder empréstimos em condições camaradas a empresas amigas. 

Deve ser porque o PT não tem lá muito apreço pela classe média, como vocalizou Marilena Chauí recentemente...
Dilma Rousseff pode continuar sonhando em ver sua equipe de governo jogando o futebol-arte que a seleção de Felipão pôs em campo na Copa das Confederações. 

Mas, com um time formado por 39 cabeças de bagre, o mais provável é que ela continue perdendo de goleada, num padrão capaz de deixar o Taiti no chinelo.

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Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica
estão disponíveis na página do
Instituto Teotônio Vilela

brasil DA MAIS "PREPARADA" : Inflação freia produção de alimentos, diz IBGE



A disparada da inflação já causa estragos na produção de alguns setores da indústria sobretudo o de alimentos.

De abril para maio, o ramo registrou queda de 4,4%, a de maior impacto no índice geral da indústria, segundo o IBGE. Para André Macedo, economista do IBGE, os preços "tiveram alta considerável" e já inibem o consumo de itens de alimentação.

O custo de vida maior também reduz a chamada renda disponível das famílias, que têm de gastar mais para comprar a mesma cesta habitual de consumo. Desse modo, sobra menos dinheiro para outros gastos. 
Um sinal claro do impacto da inflação sobre a indústria é o comportamento da categoria de bens semi e não duráveis, que inclui alimentos, bebidas, remédios e vestuário.

Esse grupo de produtos registrou queda de 1% no acumulado de janeiro a maio. Foi a única categoria na qual a indústria alimentícia é a de maior peso a apresentar uma taxa negativa nessa base de comparação.

Macedo diz ainda que o ramo de bebidas também sofreu com preços maiores. Embora tenha sido um dos poucos com expansão de abril para maio (4,8%), o setor vem de sucessivas quedas em razão do custo mais elevado de seus produtos. Na comparação com março, o recuo havia sido de 5,9%.

Com a queda dos alimentos (setor que concentra uma gama muito grande de produtos) e a perda em 20 dos 27 setores pesquisados, a fabricação de apenas 45,6% dos produtos da indústria geral pesquisados pelo IBGE tiveram expansão. Foi o pior desempenho desde dezembro de 2008.

O varejo já havia sentido a força da inflação e seu desempenho neste ano foi afetado pela retração das vendas de supermercados --que vendem principalmente produtos desses dois segmentos industriais.

Com o consumo contrário diante dos preços mais altos, o comércio encomendou menos à indústria, que já sente os reflexos da inflação em alta. Com a redução do desconto do IPI reduzido para móveis e itens da linha branca, diz Macedo, é possível que a demanda por esse bens também recue e rebata na produção industrial nos próximos meses.

INVESTIMENTOS

Apesar da inflação maior e sua contribuição para frear o consumo, dos juros em alta e da confiança dos empresários abalada, o economista do IBGE não vê na queda da fabricação de bens de capital (máquinas e equipamentos) uma desaceleração do investimento.

A categoria registrou perda de 3,5% de abril para maio, a maior dentre as quatro pesquisadas. O "saldo" do crescimento dos meses anteriores, diz, "ainda é amplamente positivo". Com o crescimento de janeiro a abril, os bens de capital acumulam crescimento de 15,3%.

Segundo Macedo, o recuo em maio foi concentrado na produção de caminhões, que caiu por uma questão de ajustes de estoques. PERSPECTIVAS Para a LCA, a queda da indústria não pode ser lida como o fim de um processo de retomada, que se mostra "gradual e irregular".
 "A produção industrial devolveu em maio o forte avanço do mês anterior, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento.
De forma geral, é possível afirmar que o quadro de recuperação irregular e gradual da produção industrial persiste, expectativa reforçada pelos recentes sinais de crescimento mais contido da economia e comércio mundial e o aumento das incertezas no cenário doméstico, com a escalada de manifestações sociais em todo o país."

A consultoria diz que os "os indicadores de expectativas apontam para uma produção industrial levemente positiva nos próximos meses." Um fator que pode ajudar, afirma, é a retomada da produção de petróleo da Petrobras no segundo semestre.

A estimativa preliminar da instituição aponta para uma alta de 2% na indústria em junho. Para o Bradesco, a queda da produção industrial em maio "reforça expectativa de crescimento de 0,9% do PIB no segundo trimestre" um pouco melhor do que o 0,6% do primeiro trimestre.

"O desempenho da produção industrial surpreendeu de forma negativa em maio, especialmente por conta da retração da produção de bens intermediários [afetados por importados] e de consumo duráveis", diz o banco. 


Folha/Pedro Soares Rio

Agência de classificação de risco corta nota da OGX, de Eike, para nível pré-calote

A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou nesta terça-feira (2) sua avaliação de crédito da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, de "B-" para "CCC", num nível próximo ao de empresas em situação de calote. A perspectiva para a nota é negativa.

A agência atribui a nota "CCC" quando acredita haver 50% de chance de uma empresa não honrar seus compromissos de dívida. A nota também é atribuída se é provável que o calote ocorra dentro de um prazo de 12 meses.

Segundo a S&P, o rebaixamento deve-se principalmente ao anúncio feito pela OGX na segunda de que não vai investir no aumento da produção dos poços do campo de Tubarão Azul, que podem podem cessar a produção em 2014 devido à falta de tecnologia disponível.

Além disso, a OGX cancelou encomendas para novas plataformas de petróleo, e não irá desenvolver os campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, todos na bacia de Campos.

"Esperamos que a OGX precise de financiamento externo adicional para amortecer a falta de caixa no fim de 2013 e começo de 2014", segundo a agência de risco.

A agência ainda afirmou considerar a administração e a governança da OGX como "fracas" devido à má avaliação por parte da empresa de seu posicionamento estratégico e à sua gestão de risco.

"Em nossa avaliação, a habilidade administrativa [da OGX] de converter decisões estratégicas em ações construtivas fica atrás da de seus pares, e a empresa revisou frequentemente para baixo, às vezes de maneira abrupta, seus planos de produção", disse a S&P.

Às 16h32, a ação da OGX na Bolsa paulista desabava 17,85%, a R$ 0,46, após já ter tombado quase 30% na véspera. No mesmo horário, o Ibovespa caía 4,38%. 


Folha

Brasil Nervoso

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Fica cada dia mais difícil, sinceramente, confiar na palavra “popularidade”. O dicionário não ajuda; o que está escrito lá dentro não combina com o que se vê aqui fora. Os institutos de pesquisa ajudam ainda menos ─ seus números informam o contrário do que mostram os fatos.

As teses do PT, enfim, não servem para nada.

Garantem por exemplo, que a ladroagem, as mentiras e a incompetência sem limites do governo só afetam uma pequena minoria que lê a imprensa livre ─ a “direita”, os “inconformados” etc.
Quando Dilma fica brava, como agora, fingem ignorar o que está na cara de todos:
que a ira popular vem da acumulação dos desastres noticiados por essa mesmíssima imprensa.

É simples.
A presidente da Republica, que continua sendo apresentada como a governante mais popular que o Brasil jamais teve, não pode colocar os pés num campo de futebol em Brasília. Ia fazer isso como previa o programa oficial no jogo de abertura da Copa das Confederações no dia 15 de junho.

Desistiu ao ouvir a robusta vaia que o público lhe socou em cima logo ao aparecer no estádio ─ e teve de ficar trancada no cercadinho das autoridades, seu habitat protegido de sempre. Para não receber uma vaia ainda pior, também desistiu de fazer o discurso solene escrito para a ocasião.

Pergunta:
se a presidente Dilma Rousseff não pode aparecer nem falar em público, onde foi parar aquela popularidade toda?

O problema, no caso, é que se tratava de público de verdade ─ e não desses blocos que o PT monta para fazer o papel de povo, transporta em ônibus fretados com dinheiro público e premia com lanche grátis, em troca de palmas para a presidente.

Dilma tentou chegar perto do povo brasileiro que existe na vida real:
foi um fiasco, e ela terá de lidar agora com o pânico dos magos da “comunicação” e “imagem” que fabricam diariamente a sua popularidade.

Há alguma coisa muito errada nisso tudo.
Para que servem todas as pesquisas de aprovação popular e a fortuna que o governo gasta em propaganda se a rua demonstra que não está aprovando nada, nem acreditando no que a publicidade oficial sobre o Brasil Carinhoso lhe conta?

A primeira explicação do Palácio foi uma piada:
as vaias foram dadas pela “classe média alta” que estava no estádio no dia do jogo inicial.

Mas exatamente naquela mesma hora, do lado de fora, a polícia estava baixando o sarrafo numa multidão irada que protestava contra os gastos cada vez mais absurdos, a inépcia e a roubalheira frenética nas obras da Copa de 2014 ─ que o ex-presidente Lula, Dilma e o PT consideram a suprema criação de seus dez anos de governo.

A essa altura, no mundo real. a casa já tinha caído.
O Brasil Carinhoso que existe nas fantasias do governo havia cedido lugar, desde a semana anterior ao Brasil Nervoso que existe na realidade ─ nervoso,
enraivecido,
violento,
destrutivo,
irracional
e exasperado contra tudo o que acontece de ruim no seu cotidiano.

Sua revolta começou contra um aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus de São Paulo, decidido pela estrela ascendente do PT o prefeito Fernando Haddad. Abriu espaço, como sempre, para marginais ─ gente que quebra tudo, incendeia e rouba TVs de tela plana de lojas saqueadas.

Vazou rapidamente para outras trinta grandes cidades e continuou durante toda a semana passada, já envolvendo um universo de 250.000 pessoas, ou mais, e colocando à luz do sol uma revolta que ia muito além de protestos contra tarifas de transporte e atos criminais.

Seu recado foi claro:
o rei está nu.
O povo está dizendo que este rei —
o governo de farsa montado por Lula há mais de dez anos —
rouba,
mente,
desperdiça,
não trabalha,
trapaceia,
vai para a cama com empreiteiros de obras, entrega-se a escroques, cobra cada vez mais imposto e fornece serviços públicos que são um insulto ao país. Acha que pode comprar o povo com fornos de micro-ondas e outros badulaques de marquetagem.

É covarde e hipócrita:
depois de provar por A + B que o aumento das passagens era indispensável, a prefeitura paulistana, apavorada provou por A + B que não era, e cedeu a quem chamava de “baderneiros”.

Dilma por sua vez, elogiou a todos, dos manifestantes à polícia, e correu para pedir instruções a Lula — mas não admitiu que seu governo tenha a mais remota culpa por qualquer das desgraças que levaram o povo às ruas.

Espera que a revolta se desfaça sozinha como em geral acontece com movimentos que não têm objetivos claros, liderança e disciplina — e volte à sua sagrada popularidade. Pode ser mais difícil, desta vez.

J. R. Guzzo

SEM O "MARQUETINGUE" ! SOB A "GESTÃO" DA GERENTONA 1,99/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA E A MAIS "PREPARADA" SEGUNDO O CACHACEIRO PARLAPATÃO : Deterioração da balança comercial passa a preocupar

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Um dos indicadores da economia brasileira que mais se deteriorou nos últimos meses foi o da balança comercial, embora essa tendência tenha passado quase despercebida diante do debate muito mais acalorado sobre outros dados, como a inflação e o superávit fiscal, que também pioraram ao longo de 2013.

Depois de um longo período em que o país conseguiu superávits comerciais muito expressivos - em 2011 o saldo foi de US$ 29,7 bilhões e no ano passado, de US$ 19,4 bilhões para citar os dois exemplos mais recentes -, a situação mudou radicalmente e agora a expectativa é de um resultado muito magro neste ano.

Há poucos meses, as previsões eram modestas se comparadas com os valores registrados ao longo dos últimos anos, mas mesmo assim se esperava um superávit próximo ao de 2012. Na pesquisa Focus, feita semanalmente pelo Banco Central consultando economistas de bancos e de consultorias especializadas, previa-se no final do ano passado que o Brasil conseguiria uma diferença entre exportações e importações de US$ 19,3 bilhões neste ano e de US$ 15 bilhões em 2014.


Já o levantamento divulgado ontem pelo BC indica uma projeção do mercado muito menor, de apenas US$ 6 bilhões para este ano e US$ 7,35 bilhões para o próximo ano. Se confirmada a estimativa de US$ 6 bilhões, será o pior resultado da balança comercial brasileira em mais de uma década - no já longínquo ano de 2001 o superávit ficou em pouco significativos US$ 2,7 bilhões.

Essas previsões, bastante negativas, sobre a performance da balança comercial neste ano, só se confirmarão, porém, se o país conseguir alterar a tendência observada até agora em 2013. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico, o primeiro semestre foi o pior desde 1995, com déficit de US$ 3 bilhões.


O déficit de US$ 3 bilhões no primeiro semestre é resultado de três meses de desempenho negativo:
janeiro (US$ 4 bilhões),
fevereiro (US$ 1,3 bilhões)
e abril (US$ 995 milhões).


Em março, a balança comercial foi superavitária em US$ 162 milhões. E o saldo foi positivo em US$ 758 milhões em maio e de US$ 2,394 bilhões em junho.

Um dos fatores que explica o déficit em 2013 foi o registro de importações de petróleo e derivados ocorridas no ano passado, mas que só foram contabilizadas no desempenho do comércio exterior brasileiro nos cinco primeiros meses do ano. Ao todo, foram US$ 4,6 bilhões em compras desses produtos que afetaram a balança comercial somente neste ano.

Outros fatores, porém, também tiveram impacto sobre as contas do comércio internacional do país. Conforme material publicado pelo Valor na edição de ontem, a queda de preços das commodities começa a afetar de forma expressiva o desempenho das exportações brasileiras.


Nas três primeiras semanas de junho, das 23 commodities mais importantes na exportação, relacionadas pelo Ministério do Desenvolvimento, 16 tiveram queda em relação ao preço médio do mesmo mês do ano anterior. Os itens com recuo de preço representaram 47% do valor de exportação total das três primeiras semanas de junho.

No acumulado no período de janeiro a maio, no mesmo grupo, também eram 16 itens com queda de preço em relação a iguais meses do ano passado. A exportação desses itens já era representativa, mas em fatia bem menor, de 25% do valor total exportado no período.


A elevação dessa participação para quase metade dos embarques aconteceu porque o sinal negativo de preço atingiu, no parcial de junho, produtos com mais peso nas vendas brasileiras ao exterior, como soja e minério de ferro.

Além disso, outros produtos importantes, como café e açúcar em bruto e refinado, já amargavam quedas acentuadas de preço de janeiro a maio e mantiveram o recuo em junho.


O café e o açúcar bruto, por exemplo, estavam com redução de preço de 28,8% e de 19,5%, respectivamente de janeiro a maio, contra iguais meses de 2012.


Nas três primeiras semanas de junho, o preço caiu 24,7% e 18,1%, respectivamente, contra a média de igual mês do ano passado. Reflexo do excedente no mundo, produtos semimanufaturados de ferro e aço e laminados planos também estão entre as commodities que apresentavam queda de preço há mais tempo.


O embarque de petróleo já caía em volume e preço.

Valor Econômico

POBRE BRASIL REAL ! CAIXA DE PANDORA E MÉTODO RUINOSO : Por decreto, BNDES ajuda no superávit. BNDES transfere R$ 1,2 bi para o Tesouro

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O BNDES foi autorizado a transferir para o Tesouro Nacional, sob a forma de dividendos, cerca de R$ 1,2 bilhão das suas reservas destinadas a aumentar o capital. 

Esses recursos serão compensados por instrumento - provavelmente emissão de títulos públicos - que possa ser utilizado como capital da instituição estatal para fins de apuração das normas bancárias.

A autorização para essa operação foi dada pelo decreto 8.034, assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado na noite de sexta-feira da semana passada, em edição extra do "Diário Oficial da União".

 O decreto alterou o estatuto do BNDES. Fontes do governo informaram que os recursos transferidos ao Tesouro pelo BNDES ajudaram a acertar as contas do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) em junho deste ano.

Em nota oficial divulgada ontem, o Tesouro Nacional explicou que a distribuição de saldo de reservas já constituídas com base em demonstração contábil levantada em outros exercícios "é faculdade adotada inclusive pelas principais instituições financeiras privadas, estando em linha com as melhores práticas de governança corporativa do mercado bancário".


Segundo o Tesouro, a alteração do estatuto social do BNDES, para autorizar o pagamento de dividendos com base no saldo da reserva de lucro para futuro aumento de capital, "visou simplificar o processo de pagamento de dividendos e padronizá-lo aos estatutos sociais dos demais bancos federais, em consonância com o disposto nos artigos 201 e 204 da lei 6.404/1976, que tratam da distribuição de dividendos com base nas reservas de lucros".

O objetivo do decreto, de acordo com a nota do Tesouro, é "o aprimoramento operacional do processo de distribuição de dividendos ao controlador preservando a solidez patrimonial do BNDES, ao assegurar que este contará com nível de capital adequado para atender aos limites prudenciais externos e internos, como ocorrido no passado, de forma a preservar o balanço, o patrimônio de referência, a capacidade operacional e a saúde financeira da instituição".

Há duas novidades principais no decreto 8.034, em comparação com as práticas relacionadas com a apropriação de dividendos do BNDES pela União nos últimos anos, segundo explicaram fontes da área econômica. 

Até agora, o BNDES podia realizar, mediante decisão do ministro da Fazenda, pagamentos de dividendos complementares apenas com base na reserva destinada a garantir margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações do banco, antes que ela atingisse o limite previsto no estatuto. 

Com o decreto de sexta feira, o banco foi autorizado, também, a usar a reserva feita para futuro aumento de capital, antes que ela atinja o limite definido no estatuto.

A segunda novidade é que o Tesouro passou a "compensar" o BNDES pela apropriação de suas reservas sob a forma de dividendos. Com isso, como alegou a nota do Tesouro, o governo pretende "preservar a solidez patrimonial do BNDES". 

Críticos da operação, ouvidos pelo Valor, no entanto, explicaram que, na prática, uma capitalização do BNDES que seria feita com o uso das reservas sobre o lucro foi substituída pela capitalização por emissão de títulos públicos.

Segundo essa visão, as reservas foram transformadas em dividendos - receita primária que pode ser usada para pagar despesas primárias e ajudar a fazer o superávit do governo central do mês passado. Por meio de uma operação financeira - a emissão de títulos, que não impacta o superávit primário - o Tesouro capitalizou o BNDES.

"O que foi feito foi a transformação de uma dívida pública em receita primária", explicou a fonte. "Houve, na verdade, emissão de moeda".

A nova mudança no estatuto do BNDES ocorreu poucos dias após o governo ter prometido que não usaria mais truques contábeis para atingir a meta fiscal estabelecida para este ano.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem repetido que perseguirá um superávit primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público.

Ribamar Oliveira | De Brasília Valor Econômico

Mais : 

- O Tesouro raspou o tacho.

Margarida Gutierrez, professora da UFRJ, lembrou que manobras como esta reduzem ainda mais a confiança no governo e em suas metas econômicas:

- Hoje muitos economistas já não olham a dívida líquida, porque há uma maquiagem. O correto é analisar a dívida bruta, que só cresce - afirmou a professora, que prevê novo aumento da dívida bruta com esta triangulação. Luciano Coutinho, presidente do BNDES, disse ontem pela manhã, ao sair de um evento em São Paulo, que a medida foi positiva:

- De um lado essa medida desburocratiza o repasse de dividendos. Por outro lado, garante uma salvaguarda importante, pois estabelece que os dividendos poderão ser distribuídos, desde que sejam compensados por instrumentos que possam ser utilizados como capital. A regra é boa para o banco - afirmou, segundo sua assessoria.

Neste ano o impacto das capitalizações do Tesouro sobre a dívida bruta - que está em 58,69% do PIB - já chega a R$ 53 bilhões: R$ 15 bilhões do BNDES, R$ 15 bilhões da Valec, R$ 15 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e R$ 8 bilhões da Caixa.

- É um artifício que reduz ainda mais a credibilidade do governo - afirmou o economista Alcides Leite, da Trevisan.

Ontem, Mantega também liberou a concessão de crédito de R$ 8 bilhões para o programa Minha Casa Melhor - que prevê linhas subsidiadas para que os beneficiários do Minha Casa Minha Vida comprem eletrodomésticos e móveis.

Outro despacho publicado ontem no "Diário Oficial" autoriza o BNDES a conceder empréstimo de R$ 2,5 bilhões à Eletrobras para capital de giro. A estatal foi prejudicada na redução das tarifas de energia no início do ano, que reduziu suas receitas em 20% e diminuiu seu patrimônio
.

O Globo

2013 ! A DURA REALIDADE DO "QUERIDINHO" DO brasil maravilha DOS FARSANTES, AQUELE QUE "VIVE EM 2015" II : Empresa de Eike desiste de poços de petróleo e mercado vê risco de calote


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A agonia da OGX, petroleira que funciona como empresa-âncora do grupo de Eike Batista, teve ontem um capítulo surpreendente: em fato relevante divulgado ao mercado, a empresa informa que sua principal aposta de receita, o campo Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que iniciou produção em 2012, pode parar de produzir em 2014.

A notícia derrubou as ações de todas as empresas de Eike e alimentou boatos de que a empresa está perto de renegociar suas dívidas.

O papel da OGX terminou o pregão cotado a R$ 0,56, com queda de 29,11%. Girando em negócios do dia R$ 200 milhões, a petroleira arrastou as demais empresas X, contaminou outras companhias, como a Petrobrás, e o próprio Ibovespa, que fechou o dia em queda de 0,48%.

Os títulos da dívida da OGX foram negociados ontem a 20% do valor de face, o que significa, na prática, que os investidores avaliam que há um risco alto de calote (leia mais na pág. B6).

"Pela manhã, as ações chegaram a cair 40%. A coisa está preta", disse Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), depois que negociações com ações da OGX foram suspensas sucessivas vezes.

Em relatório, assinado pelos analista Luiz Francisco Caetano, a corretora Planner questiona se esse é o fim da história da OGX. Ele destaca que os ativos que todos esperavam que fossem produtivos, na verdade, são inviáveis.

"A OGX tem outros ativos que podem ser interessantes, porém precisam de recursos para ser desenvolvidos, que neste momento não existem", afirma o analista da Planner.

Projetos.

Além de Tubarão Azul - que até o início da crise, em junho do ano passado, era considerada a estrela da OGX, com estimativa de 110 milhões de barris de petróleo que a empresa poderia retirar do reservatório -, também foram revistos os projetos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, na mesma Bacia de Campos.

Na esteira das más notícias, a OSX teve revelado que cinco contratos de plataformas foram sustados. Sem a expectativa de produção inicialmente informada ao mercado, não haveria necessidade de tantos equipamentos encomendados ao estaleiro. Resultado:
as ações da OSX caíram 5%.

Também se destacaram entre as maiores quedas a
CCX (-16,48%),
LLX (-10,10%),
MMX (-9,42%)
e MPX (-4,64%).

A OGX disse ter concluído "análise detalhada" do comportamento dos três poços do campo de Tubarão Azul desde o início da produção e concluiu que não existe, no momento, "tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse campo visando a aumentar o seu perfil de produção".

A mesma explicação foi usada para os outros campos. A justificativa foi questionada por geólogos.

Com dificuldade de caixa, já que a receita que gera com a venda do volume de óleo e gás produzido está muito abaixo do que necessita para manter seus investimentos, a OGX ainda terá de arcar imediatamente com o pagamento de US$ 449 milhões à OSX.

Pelo acordo, aproximadamente 70% desse montante será empregado no pagamento de custos de construção de duas plataformas FPSO OSX-3 e WHP-2, que não tiveram contrato suspenso. A empresa também arcará com o aluguel da FPSO OSX-2, que seria utilizada em Tubarão Azul, a partir de janeiro de 2014.

A dificuldade de caixa torna imprescindível a injeção de US$ 1 bilhão prometida por Eike (opção de "put"), mas o mercado considera cada vez mais improvável que o compromisso seja honrado.

Procurada, a OGX não respondeu a questionamentos. Limitou-se a informar que a opção "continua viável" e sob análise.

Mariana Durão, Mônica Ciarelli, Sabrina Valle, Vanessa Stecanella, Wellington Bahnemann, Fatima Laranjeira, Beth Moreira - O Estado de S.Paulo