"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 02, 2013

SEM O "MARQUETINGUE" ! SOB A "GESTÃO" DA GERENTONA 1,99/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA E A MAIS "PREPARADA" SEGUNDO O CACHACEIRO PARLAPATÃO : Deterioração da balança comercial passa a preocupar

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Um dos indicadores da economia brasileira que mais se deteriorou nos últimos meses foi o da balança comercial, embora essa tendência tenha passado quase despercebida diante do debate muito mais acalorado sobre outros dados, como a inflação e o superávit fiscal, que também pioraram ao longo de 2013.

Depois de um longo período em que o país conseguiu superávits comerciais muito expressivos - em 2011 o saldo foi de US$ 29,7 bilhões e no ano passado, de US$ 19,4 bilhões para citar os dois exemplos mais recentes -, a situação mudou radicalmente e agora a expectativa é de um resultado muito magro neste ano.

Há poucos meses, as previsões eram modestas se comparadas com os valores registrados ao longo dos últimos anos, mas mesmo assim se esperava um superávit próximo ao de 2012. Na pesquisa Focus, feita semanalmente pelo Banco Central consultando economistas de bancos e de consultorias especializadas, previa-se no final do ano passado que o Brasil conseguiria uma diferença entre exportações e importações de US$ 19,3 bilhões neste ano e de US$ 15 bilhões em 2014.


Já o levantamento divulgado ontem pelo BC indica uma projeção do mercado muito menor, de apenas US$ 6 bilhões para este ano e US$ 7,35 bilhões para o próximo ano. Se confirmada a estimativa de US$ 6 bilhões, será o pior resultado da balança comercial brasileira em mais de uma década - no já longínquo ano de 2001 o superávit ficou em pouco significativos US$ 2,7 bilhões.

Essas previsões, bastante negativas, sobre a performance da balança comercial neste ano, só se confirmarão, porém, se o país conseguir alterar a tendência observada até agora em 2013. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico, o primeiro semestre foi o pior desde 1995, com déficit de US$ 3 bilhões.


O déficit de US$ 3 bilhões no primeiro semestre é resultado de três meses de desempenho negativo:
janeiro (US$ 4 bilhões),
fevereiro (US$ 1,3 bilhões)
e abril (US$ 995 milhões).


Em março, a balança comercial foi superavitária em US$ 162 milhões. E o saldo foi positivo em US$ 758 milhões em maio e de US$ 2,394 bilhões em junho.

Um dos fatores que explica o déficit em 2013 foi o registro de importações de petróleo e derivados ocorridas no ano passado, mas que só foram contabilizadas no desempenho do comércio exterior brasileiro nos cinco primeiros meses do ano. Ao todo, foram US$ 4,6 bilhões em compras desses produtos que afetaram a balança comercial somente neste ano.

Outros fatores, porém, também tiveram impacto sobre as contas do comércio internacional do país. Conforme material publicado pelo Valor na edição de ontem, a queda de preços das commodities começa a afetar de forma expressiva o desempenho das exportações brasileiras.


Nas três primeiras semanas de junho, das 23 commodities mais importantes na exportação, relacionadas pelo Ministério do Desenvolvimento, 16 tiveram queda em relação ao preço médio do mesmo mês do ano anterior. Os itens com recuo de preço representaram 47% do valor de exportação total das três primeiras semanas de junho.

No acumulado no período de janeiro a maio, no mesmo grupo, também eram 16 itens com queda de preço em relação a iguais meses do ano passado. A exportação desses itens já era representativa, mas em fatia bem menor, de 25% do valor total exportado no período.


A elevação dessa participação para quase metade dos embarques aconteceu porque o sinal negativo de preço atingiu, no parcial de junho, produtos com mais peso nas vendas brasileiras ao exterior, como soja e minério de ferro.

Além disso, outros produtos importantes, como café e açúcar em bruto e refinado, já amargavam quedas acentuadas de preço de janeiro a maio e mantiveram o recuo em junho.


O café e o açúcar bruto, por exemplo, estavam com redução de preço de 28,8% e de 19,5%, respectivamente de janeiro a maio, contra iguais meses de 2012.


Nas três primeiras semanas de junho, o preço caiu 24,7% e 18,1%, respectivamente, contra a média de igual mês do ano passado. Reflexo do excedente no mundo, produtos semimanufaturados de ferro e aço e laminados planos também estão entre as commodities que apresentavam queda de preço há mais tempo.


O embarque de petróleo já caía em volume e preço.

Valor Econômico

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