"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 28, 2012

CRISE EMPACOTADA = PASTEL DE VENTO

O governo federal lançou mais um de seus pacotes de estímulo à economia. A medida foi recebida com unânime ceticismo:
será incapaz de alterar a trajetória descendente do PIB neste ano; é fragmentada como as anteriores; e servirá, novamente, para ajudar o mesmo setor de sempre, o de veículos.

O Brasil está dançando à beira do precipício.


Importa pouco se pacote de ontem é oitavo desde a crise de 2009 ou o sétimo desde o fim do ano passado. Batizado de PAC (mais um!) Equipamentos, o que ele de fato escancara é a forma errática como tem agido a gestão Dilma Rousseff para fazer frente à crise econômica.

Passamos, rapidamente, da postura confiante de algumas semanas atrás para o semipânico atual, sem que Brasília demonstrasse qualquer sinal de que sabe o que está fazendo.


Pelo pacote, o governo Dilma prevê aumentar as compras governamentais em R$ 8,4 bilhões neste ano. Do valor, R$ 6,6 bilhões são recursos novos, que não estavam anteriormente previstos no Orçamento da União. Serão pulverizados na aquisição de itens tão díspares quanto carteiras escolares, armamentos, retroescavadeiras e medicamentos.

Que coerência há nisso?


O traço comum com os pacotes anteriores é que, mais uma vez, a indústria de transportes será a maior beneficiada pelas medidas. O carrinho de compras de Dilma inclui a aquisição de 8 mil caminhões,
3 mil patrulhas agrícolas,
3.591 retroescavadeiras,
1.330 motoniveladoras,
2.125 ambulâncias, além de ônibus e motocicletas.

É o Brasil motorizado que não para...


Na melhor das hipóteses, o efeito da antecipação das compras governamentais no PIB deste ano será de 0,2%. Na mais provável, beira a nulidade:
licitações demoram a ser feitas - a menos que o governo pretenda engolfá-las no vale-tudo do Regime Diferenciado de Contratações aprovado ontem no Senado - e o calendário eleitoral impede que novos contratos sejam firmados de julho a outubro.

Tudo considerado, o pacote é de vento.


"Iniciativas desse tipo cumprem mais a função de mostrar que o governo está fazendo alguma coisa do que de garantir eficácia para sua política", comenta Celso Ming no Estadão. "Todas [as medidas] juntas mostram que o governo não tem visão estratégica. É uma política econômica hiperativa e sem resultados", afiança Miriam Leitão n'O Globo.

Ontem também foi anunciada a redução da TJLP, praticada nos empréstimos do BNDES. Agora em 5,5% ao ano, equivale a uma taxa real próxima de zero. Parece um sonho, mas possivelmente não servirá para ressuscitar o "espírito animal" dos empresários brasileiros.

Hoje, dado o desânimo reinante, eles não investem em razão da incerteza que paira no horizonte e não por falta de crédito barato.


A gestão petista apela para tanta pirotecnia porque não consegue fazer o óbvio: bem gerir. É mais fácil lançar um monte de medidas ao vento, semana após semana, do que tornar as ações de governo um todo coerente, bem organizado e, sobretudo, eficiente. Isso não parece ser cogitado no Planalto.

Basta verificar aquele que ainda é o melhor termômetro para aferir o desempenho governamental: a execução orçamentária.
Dos R$ 80 bilhões aprovados no Orçamento para investimento em 2012, apenas R$ 16,7 bilhões foram executados até agora, segundo a Tendências Consultoria.

Ou seja, chegamos à metade do ano com somente um quinto dos recursos aplicados - no Dnit, por exemplo, os desembolsos estão 42% menores em relação ao primeiro semestre de 2011.


Pior: a imensa maioria dos investimentos refere-se a restos a pagar dos anos anteriores. Vale questionar: afinal, que rumo tem um governo que sequer consegue gastar o Orçamento a que se propôs e limita-se a executar obras herdadas de seu antecessor?

Recorde-se que, em sua avaliação sobre as contas do primeiro ano da gestão Dilma, o TCU considerou que só houve execução satisfatória de 54% das ações classificadas como prioritárias no OGU.


A situação brasileira tende a se agravar, e não apenas porque a Europa não sai do buraco. A arrecadação tributária está diminuindo, os gastos continuam crescendo ainda mais que no passado, os superávits fiscais estão ficando mais difíceis de serem alcançados e as perspectivas de crescimento desceram ladeira abaixo.

Já é certo que o PIB per capita brasileiro cairá neste ano.
É um quadro que não apenas preocupa, como também amedronta.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Crise empacotada

"PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO" : Reservas do País caíram US$ 97 milhões na quarta-feira


As reservas internacionais caíram US$ 97 milhões na quarta-feira informou o Banco Central. Com a diminuição, o montante passou de US$ 373,113 bilhões para US$ 373,016 bilhões no conceito de liquidez internacional.

A retração reflete, entre outros aspectos, a oscilação do valor de mercado dos ativos que compõem as reservas, como os títulos da dívida dos Estados Unidos e outros países.

FERNANDO NAKAGAWA/ESTADO

O "X" DA QUESTÃO E O INFERNO ASTRAL : MESMO APÓS DISCURSO , Valor de mercado das empresas de Eike tem nova queda bilionária


Os esforços do bilionário Eike Batista para acalmar os nervos dos investidores de suas empresas parece não ter funcionado. A petroleira OGX, maior companhia do empresário, volta a registrar fortes perdas no mercado nesta quinta-feira. O papel tomba 17,28%, cotado a R$ 5,17, a poucos minutos do fechamento.

O valor de mercado das sete companhias X letra com a qual o empresário batiza seus negócios perdem R$ 4,3 bilhões de valor de mercado. Ontem, o tombo foi de R$ 8,47 bilhões, também liderado pela OGX Petróleo, no maior revés de Eike Batista no mercado financeiro.

A perda das ações torna mais distante o sonho do empresário brasileiro, nascido em Governador Valadares, em Minas Gerais, de se tornar o homem mais rico do mundo. Eike, que chegou a ser o 10º homem mais rico pelo ranking da Bloomberg News, lançado em março deste ano, ocupa agora a 21ª posição da lista, com uma fortuna de US$ 21,1 bilhões.

No ranking dos bilionários da Bloomberg, Eike foi ultrapassado por nomes como o sócio da Christian Dior Bernard Arnault (US$ 22,4 bilhões), o especulador George Soros (US$ 21,9 bilhões), a sócia da L'Oreal Liliane Bettencourt (US$ 21,7 bilhões) e o industrial de chocolates Michele Ferrero (US$ 21,3 bilhões).

Ontem, as ações ordinárias (ON, com voto) da OGX Petróleo chegaram a recuar 30%, antes de fechar num tombo de 25,32%, a R$ 6,25. A nova queda das ações contamina outras empresas do grupo nesta quinta-feira, como LLX Logística (-8,07%), CCX Carvão (-6,65%) e MMX Mineração (-10,61%).

O gatilho das perdas foi a redução das estimativas de produção da OGX Petróleo, a maior companhia do empresário, para 5 mil barris de óleo diários em cada um dos dois poços do campo de Tubarão Azul (Waimea), na Bacia de Campos. O número é um terço do originalmente previsto pela companhia, de 15 mil a 20 mil barris por dia. Os investidores manifestaram desapontamento e incertezas sobre o futuro da empresa.

No fim da tarde de ontem, Eike tentou acalmar os investidores durante uma teleconferência. Ele afirmou que o Grupo EBX, sua holding, tem US$ 9 bilhões em caixa e, portanto, capacidade para financiar os empreendimentos de suas controladas. Ele chegou a afirmar a investidores que o risco da OGX quebrar é zero.

O Globo

DESCAMUFLANDO O brasil maravilha DO PARLAPATÃO CACHACEIRO E A NADA E COISA NENHUMA ?: Petrobras sob chuva de críticas em NY


A reunião foi, em sua primeira parte, que durou 90 minutos, um road show tradicional, com Graça e os executivos se revezando na apresentação do plano de negócios.

Quando a sessão foi aberta a perguntas dos cerca de 60 investidores presentes a um salão de hotel em Manhattan, o clima saiu do torpor para uma sucessão de perguntas duras, muitas vezes com direito a réplica e tréplica, que se estendeu por mais de uma hora.


O reajuste dos preços da gasolina (7,83%) e do diesel (3,94%), que entrou em vigor na segunda-feira, decepcionou o mercado. Os investidores se mostram preocupados não apenas com a defasagem dos preços, que é de 7,5% no caso da gasolina e de 18,6% para o diesel, mas com a regulamentação que impõe a produção de plataformas e navios no Brasil e com outros pontos que veem como intervenção do governo. E quiseram saber até o que tira sono dos diretores da Petrobras.

- O corte de custo - respondeu Graça.

Douglas Thomas, da Jet Investment Research, disse que "uma parte significativa do plano de negócios" parecia estar fora do controle da diretoria. Ele perguntou que garantias poderiam ser dadas aos minoritários. Graça respondeu que o plano foi aprovado pelo conselho, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que acredita que não haverá problema para cumpri-lo:

- Amadurecemos muito desde o primeiro plano feito após a descoberta do pré-sal, em 2006.

Conteúdo local e defasagem de preços estão entre principais questionamentos

Douglas Thomas elogiou a disposição da diretoria da empresa para fazer um mea-culpa, mas não ficou satisfeito com as respostas.

- Há muitas perguntas sem resposta também em relação ao conteúdo local, não sabemos quantos desses atrasos são causados pelas regras de conteúdo local. Os investidores perderam a confiança na capacidade da empresa de dar retorno significativo para seus acionistas - disse Thomas, em entrevista ao fim da sessão.

Pedro Medeiros, representante do Citigroup, questionou sobre a paridade de preços. Barbassa disse que a empresa não vai botar em risco o grau de investimento, obtido junto às agências de classificação de risco. Nesse momento, Graça interveio, como fez diversas vezes durante a reunião, passando orientações em português aos diretores ou complementando suas respostas.

- A paridade de preços é importante, é uma das condições básicas do plano de negócios, mas não é uma variável isolada que deve ser avaliada por si mesma - disse Graça.

O especialista em petróleo Christopher Garman, da consultoria Eurasia, de Washington, disse que há uma percepção clara do papel da Petrobras para as políticas do governo, por meio das regras de conteúdo local, que aumentaria os custos, e também de sua utilização para a política anticíclica, como em 2008 e 2009.

- A trajetória da Petrobras é preocupante, a empresa está sendo esticada de uma forma que reduz o retorno dos investimentos - disse ele.

Na Bolsa de Nova York, os American Depositary Receipts (ADRs), espécie de recibos de ações da estatal, estão caindo desde segunda-feira. Ontem, os recibos das preferenciais (PN, sem direito a voto) recuaram 2% e das ordinárias (ON, com voto), 1,67%.

As três coisas que os investidores esperavam eram uma projeção de produção de petróleo mais realista do que a apresentada no fim da gestão de José Sergio Gabrielli, o relaxamento da exigência de conteúdo local e um reajuste maior para gasolina e diesel. Das três, apenas a primeira foi concedida, e Graça usou dezenas de vezes a palavra "realista" para enfatizar este ponto.

- A nova diretoria entregou uma projeção de produção mais realista, mais crível, sem redução do volume de programação de investimentos. O governo está preocupado com a redução dos investimentos públicos e privados, então não acredito que o governo vá ceder neste ponto.

Fernanda Godoy O Globo

Inadimplência das empresas sobe 17,5% no ano

O Indicador de Inadimplência das Empresas, divulgado ontem pela Serasa Experian, registrou alta de 9,4% em maio em comparação com o mês anterior. Em relação a maio de 2011, o aumento foi de 13,2%. De janeiro a maio, o aumento acumulado já chega a 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os economistas da empresa especializada em crédito atribuem a evolução da inadimplência em maio à sazonalidade do mês, mas desta vez a alta teria sido "potencializada" por uma série de entraves econômicos, como atividade econômica fraca, o baixo nível de crédito externo, a forte inadimplência dos consumidores e a queda nas exportações provocada pela crise global.

O indicador é nacional e considera as variações no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições bancárias e não bancárias. Para a Serasa Experian, a forte expansão mensal dos protestos de títulos (19,4%) antecipa um provável aumento do número de requerimentos de falências.

Em relação a abril, a inadimplência das empresas subiu 0,5% nas dívidas não bancárias, 2,5% nas dívidas com bancos e 20,2% nos cheques.

Nos cinco primeiros meses de 2012, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) tiveram um valor médio de R$ 775,74, o que representou um crescimento de 4% em comparação a igual período de 2011.

O valor médio das dívidas com bancos subiu 4,3% e chegou a R$ 5.269,13 em média. Em relação aos títulos protestados, o valor médio ficou em R$ 1.914,33 (alta de 11,1%). Já os cheques sem fundos ficaram com o valor médio de R$ 2.191,88, o que significou aumento de 6,5% na comparação o acumulado de janeiro a maio de 2011.

Informações do O Estado de S. Paulo

TOP SECRET " CUMPANHÊRUS" ?

Dois bancos se recusam a responder questionamento feito pelo Ministério Público Federal – que quer saber por que estão demorando a quebrar os sigilos bancário e fiscal de investigados em operações de combate à corrupção.

O STJ abriu inquérito, que corre em segredo de Justiça.

Alô, CVM

Conhecido banco "vendeu quilos" de ações da OGX, de Eike Batista, no mercado futuro, no último mês. Sabia ele algo que o mercado desconhecia?

As ações da holding do empresário derreteram ontem.

Sonia Racy O Estado de S. Paulo

O FILHO... do brasil/MALUF/INTERPOL

Todo o mundo sabe que o Paulo Maluf é procurado pela Interpol. O que pouca gente sabe é que o codinome dele na Interpol é Sombra, devido à dificuldade da organização em sequer localizá-lo.

O escritório da Interpol no Brasil tem agentes dedicados exclusivamente a procurar o Maluf, cujos atos de corrupção internacional são notórios e comprovados. Ainda não conseguiram achá-lo, mas, recentemente, chegaram perto.

Esta coluna teve acesso a memorandos internos na Interpol que descrevem o episódio.


Um relatório de um dos agentes encarregados de procurar o Sombra revela a existência de rumores nos meios políticos segundo os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá se encontrar com o Maluf, em lugar não especificado, para tratar de assuntos também desconhecidos.

Em resposta ao relatório, o chefe da Interpol pede cautela, em memorando que publicamos na íntegra, só omitindo o nome do agente e do seu chefe para proteger nossas fontes.

"De XXX para X. Confidencial.
Assunto: "Encontro com Sombra."
Recomendo extrema cautela. Os rumores de um encontro de Lula com Sombra são obviamente destinados a desmoralizar o ex-presidente e seu partido, o PT. Como já lembrei em outras ocasiões, não devemos nos envolver na política do país. Desconsidere os rumores."

O agente responde em outro memorando:

"De X para XXX. Confidencial.
Assunto: Lula e Sombra.
Os rumores parecem estar confirmados. Haverá sim um encontro do Sombra com o ex-presidente, que, sabe-se agora, irá pedir seu apoio para o candidato do PT nas próximas eleições municipais. Peço autorização para iniciar uma operação."

A resposta do chefe:

"De XXX para X. Confidencial.
Assunto: sua insistência.
A possibilidade de um encontro de Lula e Sombra é tão inverossímil, levando-se em conta o histórico do PT e as opiniões do Lula sobre o Sombra, que não merece consideração, quanto mais uma operação. Desista, X."

Volta o agente:

"De X para XXX. Confidencial.
Assunto: chance única.
Chefe, desculpe a insistência. Mas descobrimos que o encontro Lula/Sombra será na casa do Sombra. Se seguirmos o Lula até o local, não só encontraremos o Sombra como descobriremos onde ele mora. Posso colocar agentes disfarçados de arbustos para flagrar o encontro. É uma chance que não se repetirá!"

Como resposta, XXX ordena que o agente X abandone seu plano, informe-se melhor sobre a história política do Brasil e da próxima vez use o bom-senso, em vez de acreditar em boatos delirantes.
E a Interpol continua procurando o Maluf
.

Verissimo O Estado de S. Paulo
Lula e Sombra

PÃO&CIRCO R$1,99 DA GERENTONA/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA E O "ISTIMULU" À ECONOMIA : "Nenhum impacto este ano"


As medidas de estímulo à economia anunciadas ontem pelo governo se resumem a políticas de curto prazo, incapazes de produzir impacto na economia este ano.

A avaliação é de Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, que deve revisar de novo para baixo a sua projeção para expansão do PIB em 2012, atualmente de 2%.


O GLOBO:
Como o senhor avalia o pacote de compras governamentais anunciado ontem?


SÉRGIO VALE:
Ajuda o setor automobilístico, como tem ocorrido na maior parte das vezes. O governo deve acreditar que este setor tem impacto gigantesco na economia brasileira. Mas não é verdade. Como consequência, não deve trazer praticamente nenhum impacto no crescimento deste ano.


Isso muda as projeções de crescimento para 2012?

VALE:
Nossa projeção, na MB, é de 2%, mas devemos revisar para baixo.


Em que medida os R$ 8,5 bilhões de gastos em setores específicos vão ter impacto na economia?

VALE:
Esse valor é de 0,2% do PIB.
Se fosse integralmente gasto e tivesse um efeito multiplicador de 2, poderíamos ter um impacto de 0,4% no crescimento. Mas, como estamos falando de um PIB entre 1% e 1,5%, continua sendo verdade que o PIB vai crescer abaixo de 2%. Mais ainda, compras feitas neste ano não se repetem em 2013, então vamos ver números baixos nesses setores ano que vem. Ou seja, política de curto prazo não funciona.


Que medidas poderiam pôr o país de novo na trajetória de crescimento?

VALE:
Tudo o que não está sendo feito hoje e que Colômbia, Chile e Peru estão fazendo. Enquanto seguirmos a linha keynesiana fajuta de Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia vamos ter crescimento medíocre como esses países.

Paulo Justus sérgio vale O Globo

Moody's rebaixa nota de oito bancos brasileiros

A agência de classificação Moody's rebaixou nesta quarta-feira a nota de crédito de longo prazo de oito instituições financeiras brasileiras em até três níveis.

Em uma ação de revisão global de notas,
os bancos Bradesco,
Itaú Unibanco
e o banco de investimentos do Banco Itaú BBA foram rebaixados em um grau acima do rating soberano1, caindo três posições (da nota A1 para o rating Baa1), mas continuam em perspectiva positiva.


Já as instituições Banco do Brasil (BB),
Safra,
Santander
e HSBC Bank Brasil -
Banco Múltiplo foram realocadas ao nível do rating de crédito soberano do Brasil, ou seja, o grau de investimento Baa2, refletindo a opinião da agência de que a capacidade de crédito dessas instituições, em última análise, não pode ser completamente desvinculada da força de crédito do governo.


Os bancos Santander e HSBC
foram da nota A3 para Baa2, registrando uma queda de dois níveis, mas em perspectiva positiva.
O BB, que era classificado em A2, caiu três classificações,
e o Safra, de rating Baa1, foi rebaixado em apenas um nível, ficando também previsão positiva.


O caso mais grave foi o do Banco Votorantim, que foi rebaixado em um grau abaixo do nível do rating da dívida soberana brasileira, de Baa2 para Baa3. Segundo a agência, a reclassificação refletiu o mau desempenho financeiro da instituição, incluindo a fraca qualidade e rentabilidade dos ativos e as perspectivas negativas para a sua solidez financeira. Apesar da reclassificação, as previsões são estáveis para o banco.

A agência justificou a decisão de revisão das notas com o argumento principal de que as instituições brasileiras estariam suscetíveis a uma possível crise da dívida do governo, já que estão ligados diretamente a oscilações de títulos da dívida soberana brasileira.

"Nossa revisão indica que há poucas razões para acreditar que esses bancos estariam desvinculados de uma crise da dívida do governo", afirma a Moody's. "Mais precisamente, notamos uma exposição direta significativa desses bancos aos títulos do governo brasileiro, equivalente a 167% do capital de nível 1, em média, com base nos últimos dados consolidados disponíveis", diz o comunicado da agência.

O Globo