"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 03, 2009

GENTE QUE MENTE

 

 TERCEIRO MANDATO EM QUEM ACREDITAR?


MENTIRA

  • “É exatamente o contrário. [Não haverá o terceiro mandato]. (…) A Dilma no governo tem de criar a cara dela, o estilo dela, o jeito dela de governar.”


  • (Presidente Luis Inácio Lula da Silva, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, 22/10/09).

    A VERDADE:

  • A ministra-candidata Dilma Rousseff diz exatamente o contrário do que disse Lula. 

    Antes de um encontro com líderes do PR, para discutir alianças para 2010, ela disse que o assunto da reunião era “[discutir] a nossa contribuição para fazer com que o projeto do presidente Lula tenha um terceiro mandato. (…) 



  • Vamos discutir as consequências do processo que vai levar à sucessão do presidente Lula de uma ótica de como nós vamos dar continuidade ao projeto.” 
     



  • DILMA DISTORCE DE NOVO OS NÚMEROS DO PAC

    MENTIRA:

    Os investimentos do PAC entre janeiro de 2007 e agosto de 2009 somam R$ 338,4 bilhões, o equivalente a 53,6% do total previsto até 2010.
  • (Ministra Dilma Roussef, em Brasília, 08/10/09, na divulgação do balanço das obras do PAC).

A VERDADE:


A ministra Dilma Roussef  distorce números para esconder o fiasco do PAC.

Para chegar ao fantasioso número de 53% de obras realizadas, ela incluiu obras que estão sendo pagas por estados, municípios e iniciativa privada, e omitiu as que estão atrasadas ou ainda nem começaram.

Ficaram de fora obras orçadas em R$ 150 bilhões. E foram incluídos os financiamentos contraídos pelos estados e municípios. 

 A verdade é que dos R$ 21,8 bilhões autorizados no Orçamento da União de 2009, somente R$ 3 bilhões tinham sido pagos até 2 de outubro, menos de 15% do total.

A foto diz tudo
  

AZEREDO O MENSALEIRO/ A ORIGEM



Amanhã, dia 4, o STF deve ouvir o tão esperado voto do ministro Marco Aurélio de Mello, sobre a extradição ou não do abutre assassino Cesare Battisti, defendido com unhas, dentes e outras partes do corpo pelo ministro da Justiça Tarso Genro e demais membros do petismo. 

Também saberemos se o novo ministro petista, que costuma receber festas de homenagem pagas pelos cofres públicos, vai se dar por impedido ou não. 
   Alan Marques/Folha Imagem
Também amanhã o STF julga se aceita denúncia contra o tucano mensaleiro senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). 

Refere-se ao inquérito 2280, no qual o Ministério Público acusa Azeredo de ter patrocinado, em 1998, um esquema indecente, imoral de coleta de verbas eleitorais.


Os ministros, nesta fase, analisam se a denúncia apresenta indícios de autoria e materialidade dos crimes apontados pelo procurador. 

Presentes estes indícios, a denúncia é recebida e a Corte abre ação penal contra o investigado, que se torna réu.

Se os ministros considerarem ausentes esses indícios, a denúncia é rejeitada e o inquérito é arquivado. Vale à pena assistir a TV Justiça, amanhã, a partir das 9 horas.




MST ???

Há muito que desvendar a respeito do verdadeiro uso pelo MST do dinheiro público e das verbas provenientes do exterior. 

A Anca, por exemplo, é investigada desde 2005 por suas ligações com o movimento. 

A quebra do sigilo mostra que funcionários da entidade realizaram saques milionários em dinheiro em datas que coincidem com manifestações promovidas pelo MST e também com períodos eleitorais. 

Outra coincidência: tabulando os gastos das entidades, resta evidente que parte expressiva dos recursos é destinada a pessoas físicas ou jurídicas vinculadas ao MST. 

Há também transferências bancárias suspeitíssimas. 

Em agosto de 2007, 153 000 reais do Cepatec foram parar na conta de Márcia Carvalho Sales, uma vendedora de cosméticos residente na periferia de Brasília. 

"Não sei do que se trata, não sei o que é Cepatec e não movimento a conta no banco há mais de três anos", diz a comerciária. 

O Cepatec também não quis se pronunciar.
 
Para fugir a responsabilidades legais, o MST, embora seja onipresente, não existe juridicamente. 


Não tem cadastro na Receita Federal, e, portanto, não pode receber verbas oficiais.
"Por isso, eles usam essas entidades como fachada", diz o senador Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, que presidiu a CPI da Terra há quatro anos e, apesar de quebrar o sigilo das ONGs suspeitas, nunca conseguiu ter acesso aos dados bancários. 

Aliados históricos do PT, os sem-terra encontraram no governo Lula uma fonte inesgotável de recursos para subsidiar suas atividades.

Uma parcela grande dos convênios com as entidades ligadas ao MST destina-se, no papel, à qualificação de mão de obra.

Mas é quase impossível averiguar se esse é mesmo o fim da dinheirama.

"Hoje o MST só sobrevive para parasitar o estado e conseguir meios para se sustentar", diz o historiador Marco Antonio Villa.

O MST sempre utilizou o enfrentamento como peça de marketing do movimento.

No governo passado, os sem-terra chegaram a organizar uma marcha que reuniu 100 000 pessoas em um protesto em Brasília.


No governo Lula, a relação começou tensa, mas foi se acalmando à medida que aumentavam os repasses de dinheiro e pessoas ligadas ao movimento eram nomeadas para chefiar os escritórios regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O MST passou, então, a concentrar os ataques à iniciativa privada, especialmente ao agronegócio.

Os escritórios do Incra se tornaram suporte para ações contra produtores rurais, muitos deles personagens influentes na base aliada do governo.

Além disso, os assentamentos contribuíram para aumentar a taxa de desmatamento e as ONGs ligadas à reforma agrária se tornaram um ralo pelo qual o dinheiro público é desviado.

Esse estado de coisas levou à instalação de uma CPI no Senado e, ato contínuo, a um recuo do Planalto nos afagos aos sem-terra.

A pretexto da crise econômica mundial, o governo cortou mais de 40% da verba prevista para os programas de reforma agrária.

Cedendo à pressão de ruralistas, tirou das mãos do MST o comando de escritórios estratégicos do Incra, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, e colocou no lugar pessoas indicadas por ruralistas.

Por fim, o golpe mais dolorido: fechou a milionária torneira dos convênios.

As ONGs ligadas ao MST chegaram a receber quase 40 milhões de reais em um único ano.

No início do governo Lula, em 2003, esses repasses não alcançavam 15 milhões de reais.

No ano seguinte, cresceram substancialmente, ultrapassando os 23 milhões de reais.

Em 2005, o valor aumentou novamente, atingindo 38 milhões de reais. No segundo mandato, as denúncias de irregularidades envolvendo entidades ligadas aos sem-terra ganharam força.

E o dinheiro federal para elas foi minguando. Em 2007, ano de abertura da CPI, os repasses às ONGs ficaram em 28 milhões de reais.

No ano passado, as entidades receberam 13 milhões. E, nos oito primeiros meses deste ano, os cofres das ONGs do MST acolheram menos de 7 milhões de reais em convênios com o governo federal.

Como reação, a trégua com o governo também minguou.

No início de agosto, 3 000 militantes invadiram a sede do Ministério da Fazenda.

A ação em Brasília foi comandada pela nova coordenadora nacional do MST, Marina dos Santos, vinculada a setores mais radicais do movimento.


No protesto, o MST exigiu o assentamento imediato de famílias que estão acampadas.

Nos bastidores, negocia a retomada dos repasses para as ONGs e a recuperação do comando das unidades do Incra.

Em conversas reservadas, existem até ameaças de criar problemas para a candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff.

O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios.

Com reportagem de Otávio Cabral








FROTA DE AVIÕES DO LULA

Claudio Dantas Sequeira




FOTOS: DIVULGAÇÃO/EMBRAER; AG. BRASIL. ARTE: FERNANDO BRUM
Fonte: Gabinete de Segurança Institucional da Presidência


CONFORTO O Emb-190 pode ser adaptado para se criar diversos tipos de ambientes.

A partir de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá exercer sua diplomacia presidencial pelo mundo afora a bordo de um novo avião.

Trata-se de um jato Embraer 190, da família E-Jet, mesmo modelo encomendado pelo ex-piloto austríaco Niki Lauda para a frota da sua companhia comercial, a Lauda Air.

No caso brasileiro, o EMB-190 será usado especialmente para as viagens pela América Latina.

Também servirá para transportar equipes de apoio, convidados e como aeronave reserva para casos de eventual manutenção ou pane do Aerolula, como a que ocorreu em março no retorno de uma viagem aos Estados Unidos.


Desde que trocou o velho Boeing 707, o "Sucatão", pelo moderno Airbus A319, em 2005, a Presidência estudava adquirir aviões que substituíssem os dois Boeing 737-200, chamados de "sucatinhas".

Mas a repercussão negativa da compra do avião presidencial, por US$ 56,7 milhões, adiou os planos.

A decisão de compra veio depois que, em 2007, uma das aeronaves apresentou problema técnico e interrompeu uma viagem da comitiva presidencial à África.

O avião levava 25 empresários e 25 jornalistas.
O presidente, então, comentou com assessores que o episódio havia definitivamente convencido a imprensa, que criticara a compra do Aerolula, da necessidade de renovação de toda a


Com 36,7 metros de comprimento e 28 metros de envergadura, o EMB-190 voa a 850 km/h. "Como se trata de um avião presidencial, muitas modificações foram feitas, a fim de comportar as atividades do presidente", afirma o major-brigadeiro Joseli Parente Camelo, da Segurança Institucional.

O interior foi reconfigurado para abrigar um gabinete de trabalho, com banheiro, além de 36 assentos do tipo classe executiva e mais 11 poltronas.

Todas as comunicações são criptografadas para evitar interceptações.

A primeira unidade presidencial do EMB-190 foi batizada de Bartolomeu de Gusmão (o padre luso-brasileiro, inventor e primeiro a voar em um balão operacional) e ganhou duas faixas diagonais com as cores verde e amarela.

Já está voando, mas problemas de homologação da anac obrigaram a embraer a refazer a cabine, o que adiou a entrega oficial da aeronave, prevista para junho.

O segundo EMB-190 deverá ser entregue até dezembro e será uma espécie de espelho do "Bartolomeu de Gusmão", com a mesma configuração interna e de desempenho.

Os dois aviões já sairão de fábrica com as modificações nas portas do compartimento de bagagem e nos sliders, os escorregadores para evacuação de emergência, conforme orientação feita pelas agências reguladoras da aviação dos Estados Unidos.