"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 24, 2012

BOLA MURCHA


Faltam 749 dias para o início da Copa do Mundo, mas, a julgar pelo ritmo que o governo petista tem dado às obras necessárias ao evento, parece que ainda temos uma eternidade pela frente. O mais desalentador é que a incúria em relação ao torneio de futebol não destoa do desempenho geral dos investimentos públicos federais.

Segundo balanço oficial divulgado ontem pelo governo Dilma Rousseff, apenas cinco das 101 obras previstas para o Mundial estão prontas. Na outra ponta, 41 empreendimentos ainda não saíram do papel:
estão em fase de licitação ou não passaram da etapa de elaboração de projeto, que, pelo cronograma oficial, deveria ter sido finalizada lá atrás, em 2010.

Apenas obras cosméticas em aeroportos foram concluídas - nos terminais de Cuiabá, Porto Alegre, São Paulo e Campinas. Dos R$ 27 bilhões de investimentos previstos para estádios, aeroportos, portos e obras de mobilidade urbana, somente 1%, ou R$ 200 milhões, foi executado.

Na área de mobilidade urbana - das raras que, efetivamente, podem vir a gerar algum benefício duradouro para a população - nenhuma das 51 obras previstas foi entregue até agora. O mais preocupante é que, destas, somente 28 estão em execução neste momento; o resto ainda dormita nas gavetas.

Aldo Rebelo não vê problema algum em empreendimentos que, a esta altura, já deveriam ser areia, cimento e concreto não passarem de rascunhos. Sua frase é lapidar:
"Não sei por que o preconceito com obras no papel. Não é porque está no papel que significa necessariamente um atraso".

A manifestação do ministro do Esporte faria algum sentido se já não tivesse transcorrido quatro anos e meio desde que o Brasil foi escolhido pela Fifa para sediar o Mundial de 2014. Teria alguma lógica se, daqui a um ano, o país já não fosse abrigar os jogos da Copa das Confederações e daqui a pouco mais de dois anos não tivéssemos de receber a Copa do Mundo.

Outro lado perverso da negligência da gestão petista, tanto de Lula quanto de Dilma, em lidar com os preparativos para o Mundial é o custo para os cofres públicos. Se, a princípio, dizia-se que o investimento seria eminentemente privado, ao longo do tempo ele foi se tornando preponderantemente custeado pelo governo.

Dos R$ 27 bilhões ora estimados, 84% serão bancados por fontes públicas, seja por meio de investimento direto da União (R$ 4,7 bilhões), financiamentos federais (R$ 11,1 bilhões) ou aportes de estados e municípios (R$ 7,1 bilhões). Da iniciativa privada, virão apenas R$ 4,2 bilhões.

Ressalte-se que o orçamento atual já cresceu mais de 54% em relação à primeira estimativa oficial, de R$ 17,5 bilhões, divulgada no início de 2010, como mostrou a Folha de S.Paulo há duas semanas. Quanto mais lerda a execução, mais cara a obra. E quem paga pela ineficiência somos nós, contribuintes.

O desleixo não é marca dos petistas apenas nos preparativos para a Copa. Também se espraia para a execução orçamentária como um todo, como bem manifestou o Tribunal de Contas da União (TCU) ao julgar as contas do primeiro ano da gestão Dilma.

Embora aprovadas, elas foram alvo de 25 ressalvas e 40 recomendações, entre elas uma que beira o pleonasmo, mas que, nos governos do PT, parece algo impossível: serem "efetivamente priorizadas as execuções das ações definidas como prioritárias". Para o petismo, prioridades nunca são o que é mais importante para a população.

Segundo o TCU, as obras públicas federais apresentam hoje atraso médio de 437 dias. "Por causa de projetos malfeitos e fatores que deveriam ter sido dimensionados no tempo oportuno, várias obras prioritárias para a infraestrutura do País estão atrasadas", mostra O Estado de S.Paulo.
Como se fosse possível, o desempenho executivo foi cadente no primeiro ano de Dilma.

A presidente reduziu de 652 para 92 as ações que considerava prioritárias em seu governo. Mesmo assim, somente 54% delas apresentaram o que o TCU classifica como "execução alta".
Em 2010, 63% estiveram nesta condição.

A preocupação com o bom andamento e a efetiva realização das obras com vistas à Copa do Mundo não repousa em fazer bonito para o resto do mundo. Dirige-se a aproveitar uma oportunidade única, de alta visibilidade global, para gerar benefícios duradouros para o desenvolvimento do país e para o bem-estar da população.

Mas, se depender do governo do PT, vamos chegar atrasados e bater uma bolinha murcha daqui a dois anos.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Bola murcha

CPI - Wladmir Garcez: escutas da PF foram montadas E ADVOGADO DEBOCHA DE PARLAMENTARES;


Único a falar nesta quinta-feira à CPI do Cachoeira, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia Wladmir Garcez surpreendeu ao ler um texto na abertura da sessão para se defender.

O ex-vereador disse que é amigo de diversos parlamentares, governistas e de oposição e contou que ele mesmo quis comprar a casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por R$ 1,4 milhão, e pediu dinheiro para o ex-diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, para fazer a compra.

Também com depoimentos marcados para esta quinta-feira, o sargento da reserva da Aeronáutica, Idalberto Matias, o Dadá, e o sargento da Policia Militar Jairo Martins de Souza, preferiram não se pronunciar e foram logo liberados.

Wladmir Garcez contou ainda que teria recebido três cheques de Cláudio Abreu, apontado pela Polícia Federal como braço direito de Cachoeira. Porém, disse que não conseguiu dinheiro para pagar o empréstimo e, assim, repassou a casa para o empresário Valter Paulo.

- O Cláudio me arrumou três cheques. Não sei quem são os emitentes. Repassei os cheques ao Lúcio, assessor do governador. Cheques do banco Itaú, em nome do governador. O Cláudio passou a me pressionar. Queria vender por um valor maior, mas não consegui vender (pelo) valor maior. O professor Valter me deu R$ 10 mil como comissão pela venda da casa. Dizem que o professor seria laranja do Carlinhos, mas o professor Valter poderia comprar a própria Delta - afirmou Garcez.

Ele disse ainda que a casa foi emprestada pelo professor Valter Paulo para que a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, ocupasse o imóvel, enquanto outra casa, no mesmo condomínio, estivesse em construção. E negou que tivesse entregue dinheiro no Palácio do governo de Goiás, conforme indicam interceptações telefônicas feitas pela PF.

- Pedi a casa do professor Valter para que me emprestasse até que a casa da Andressa ficasse pronta. Nunca houve a história de entrega de dinheiro no palácio do governo de Goiás. Essas gravações foram montadas. Nem sequer fui atendido nesse dia pelo governador.

Garcez diz que prestava consultoria a Delta e a Cachoeira

Garcez lembrou que é amigo do senador Paulo Paim (PT-RS), do subsecretário da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e do governador Marconi Perillo, e até do ex-governador de São Paulo, Mario Covas que já morreu. Ele disse também que era funcionário da Delta e de Carlinhos Cachoeira. Recebia R$ 5 mil do contraventor e R$ 20 mil da Delta para a prestação de serviços de consultoria.

Ele justificou que está preso há 86 dias, longe da família, sem nunca ter cometido crime algum. Segundo ele, algumas gravações são ilícitas e somente o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia conduzir o processo.

Advogado de depoente debocha de parlamentares da CPI

Depois de orientar seu cliente, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, a permanecer em silêncio e a citar nomes de autoridades de quem se disse amigo, o advogado Ney Moura Teles zombou dos parlamentares, acusando-os de não conhecerem a Constituição, disse que o processo contra Garcez irá resultar em nada no Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda lançou dúvidas de que as gravações realizadas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, estão manipuladas para beneficiar alguém - que ele não disse.

- Os senadores desta CPI não entendem nada de direito - afirmou, ao deixar a sala da CPMI de Cachoeira, lembrando que a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) chegou a falar em mandar prendê-lo por orientar seu cliente.

Teles afirmou que, para ele, Wladimir respondeu as perguntas dos parlamentares e mostrou que não integra nenhuma quadrilha. O advogado disse que o ex-vereador é funcionário da Delta e admitiu que ele faz lobby. Porém, para Teles, isso não é uma atividade criminosa.

- Lobby não é crime. Quantos fazem lobby aqui no Congresso? Deveria-se regulamentar o lobby. O que é lobby? Apresentar pessoas, abrir portas?

Teles também desqualificou o trabalho da Polícia Federal.

- Ele mostrou que as gravações da Operação Monte Carlo, muitas delas, senão quase todas, são montagens, são fraudadas. É preciso fazer uma perícia no sistema. Muitas gravações feitas estão ocultadas (sic) e eu queria saber por que ficaram dois ou três meses sem gravar ninguém e depois voltam a gravar - questionou, para, em seguida, lançar uma acusação:

- Eles esconderam gravações que, com certeza, podem apontar ligações com pessoas que querem proteger.

Teles confirmou que Wladimir é amigo de Cachoeira e de muitos políticos.

- Isso não é crime. Isso demonstra que ele priva da intimidade - disse-

O advogado reafirmou várias vezes que o processo não dará em nada na Justiça porque o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) foi flagrado nas conversas e a investigação não foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que ele tem foro privilegiado.

- Isso tudo vai acabar em nada. Todas essas gravações vão ser anuladas pelo Supremo porque o Supremo tem coragem de anular. O Supremo não se pauta pela opinião manipulada.

Ele reclamou que seu cliente está preso há 86 dias quando, segundo ele, deveria ser no máximo 81 dias. Perguntado se as investigações acabariam em pizza, ele foi irônico:

- Não falei em pizza. Disse que não vai dar em nada. Pizza é uma coisa gostosa. Vai acabar em nada.

O Globo

CPI antecipa votação da quebra de sigilo da Delta, após nova denúncia

A CPI do Cachoeira marcou para a próxima terça-feira a votação dos requerimentos que pedem a quebra dos sigilos bancário e fiscal das contas nacionais da Delta Construções.

A comissão chegou a ameaçar votar os requerimentos na sessão desta quinta-feira, porém por força do PT, do PSDB e do PMDB a sessão ficou para a próxima semana.

Os requerimentos de quebra de sigilo da Delta inicialmente tinham votação marcada para o dia 5 de junho. Na terça-feira também devem ser votados os requerimentos que solicitam a convocação dos governadores Marconi Perillo (Goiás), Agnelo Queiroz (DF) e Sérgio Cabral (Rio de Janeiro).

A CPI investiga a relação de Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários e antecipou a sessão, que estava prevista para ocorrer apenas no começo de junho.

A decisão foi tomada após a revelação de que recursos de contas da construtora no Rio de Janeiro abasteceram empresas de fachada, que serviam à organização criminosa, segundo a Polícia Federal. O senador Pedro Taques (PDT-MT) informou no começo da sessão que também saíram da conta do CNPJ nacional da Construtora Delta R$ 12 milhões para a Alberto e Pantoja e Brava Construções, empresas de fachada usadas pelo grupo do bicheiro.

A alteração da data ocorreu a pedido de Taques com o apoio de diversos parlamentares. O senador queria que a reunião se realizasse ainda nesta quinta-feira, mas o PT e o PSDB foram contra.

- Essa CPI não pode ser a CPI chapa branca criticou Taques.

O senador também apresentou requerimento pedindo informações sobre repasse de um total de R$ 161.279,85 ao escritório Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados, feitos por Geovani Pereira da Silva, contador de Carlinhos Cachoeira.

De acordo com o senador, o laudo de Perícia Criminal Federal Contábil Financeiro 1833/2011, firmado pelos Peritos Guilherme Puech Bahia Diniz e Marden Jorge Fernandes Rosa, aponta que foram cinco transferências realizadas por Geovani Pereira da Silva para o escritório do ex-procurador geral da República, Geraldo Brindeiro.

Atualmente, Geraldo Brindeiro é subprocurador geral da República e, ao mesmo tempo, sócio do escritório de advocacia. Taques também pediu que a Procuradoria-Geral da República tome providências. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que vai analisar a informação.

"Lembremos que o objetivo constitucional da Comissão Parlamentar de Inquérito é exatamente a busca da verdade real para encaminhamento das conclusões de seus trabalhos, se for o caso, ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores", justificou o senador no requerimento.

Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Miro Teixeira (PDT-RJ) e Sílvio Costa (PTB-PE) também protestaram, pois queriam que as votações ocorressem ainda nesta quinta-feira.

- Acho que votar terça é só esticar o desgaste da CPI. A única forma de não ridicularizar a CPI é votar esses requerimentos hoje - protestou o deputado Sílvio Costa.

O Globo

STF E MENSALÃO - QUANDO A HORA É DA RESPONSABILIDADE, A PRIORIDADE É DAS FÉRIAS. Mensalão só após o recesso

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) fixar a ampliação de duas para três as sessões semanais reservadas para o julgamento do mensalão, o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, simulou dois cenários.

No primeiro, a ação penal seria julgada entre 4 de junho e 22 de agosto, com interrupção de um mês, em julho, durante o recesso do Judiciário. Na segunda opção — a mais aceita entre os próprios ministros —, começaria em 6 de agosto e se estenderia até 20 de setembro.

Em ambos os cenários, o julgamento teria 105 horas, com duração estimada de sete semanas.


Caso prevaleça a segunda situação, o ministro Cezar Peluso não participaria do processo até o fim, pois se aposentará até 3 de setembro, quando completará 70 anos.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, o ideal seria que o julgamento fosse contínuo. “Tecnicamente, é viável. Mas se tivermos as sustentações em junho e só retomarmos em agosto, será que manteremos em nossos computadores humanos, nossas cabeças, as sustentações verificadas? O ideal é começar com a possibilidade de se adentrar outros meses, mas em um semestre único”, opinou.

Marco Aurélio deve sugerir, em reunião prevista para a semana que vem, mudança nos dias reservados para o julgamento. Ele avalia que a previsão de sessões nas tardes das segundas, quartas e quintas-feiras representa um problema para os advogados dos réus. Por isso, considera que três dias seguidos seria melhor.

“É um problema seríssimo para a defesa, porque os advogados terão que comparecer na segunda, voltar à base na terça e retornar na quarta. Precisamos racionalizar os interesses envolvidos na espécie”, ponderou.

O magistrado ainda alerta para o risco de outras ações importantes serem preteridas durante o período do mensalão. Segundo ele, o STF não pode parar apenas para o julgamento de um processo.

Na opinião do ministro Luiz Fux, porém, o tribunal poderá convocar sessões extraordinárias pela manhã, caso haja necessidade de apreciação de alguma ação urgente no período do julgamento dos 38 réus acusados de envolvimento com o escândalo de compra de apoio de parlamentares pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Revisão

A data de início do julgamento do mensalão será marcada somente após o ministro Ricardo Lewandowski concluir o trabalho de revisão do caso. Ele tem dito que irá finalizar o voto até o mês que vem. Já o relator da ação penal, Joaquim Barbosa, afirmou ontem que já está pronto para julgar o caso.

Ele disse não enxergar nenhum problema no fato de o julgamento ser iniciado em junho e retomado após o recesso.

Ayres Britto chegou a sugerir o cancelamento das férias de julho, mas não obteve apoio de Barbosa. A possibilidade de cancelar o recesso não agradou a maioria dos ministros.
“Em julho é impensável. Seria conferir a esse processo uma excepcionalidade que ele não tem. Acabaria dando contornos impróprios ao processo. Julho é mês de férias coletivas.

Eu mesmo não teria como comparecer. Dia 1º embarco para Portugal e volto só dia 10. Vou ministrar palestras em Coimbra”, frisou Marco Aurélio.

DIEGO ABREU Correio Braziliense

brasil ASSENHOREADO - A CASA DA GASTANÇA : CÂMARA LEGISLATIVA, NOVA EM FOLHA, JÁ VAI SER REFORMADA

Inicialmente orçado em R$ 42 milhões, o prédio que abriga a Câmara Legislativa levou quase uma década para ser construído e acabou custando três vezes mais:
R$ 120 milhões.

Foi inaugurado há menos de dois anos, mas deputados distritais já planejam uma reforma. Apesar de a Casa dispor de uma equipe de arquitetos, foram contratados dois escritórios — um pelo valor de R$ 41.020,95 e outro por R$ 124.492,02 — para projetar as intervenções.

Uma delas prevê mudanças no plenário, que terá uma nova sala ao lado.
A outra, a construção de um restaurante e de um abrigo para ambulâncias.
Projetos dessa natureza costumam custar entre 5% e 10% do valor total das obras, que são consideradas prioridades pelos parlamentares e estão previstas para começar em julho

Menos de dois anos depois, o prédio que custou R$ 120 milhões passará por reformas a par tir de julho. Para fazer as mudanças, a Câmara contratou dois escritórios de arquitetura, embora tenha três profissionais da área em seu quadro

A Câmara Legislativa deveria estar tinindo de nova. Afinal, a obra de R$ 120 milhões foi concluída e inaugurada há pouco menos de dois anos. Mas, embora a construção seja recente, já passará por reforma.

Notas de empenho demonstram que os distritais contrataram duas empresas de arquitetura para projetar as mudanças nas instalações do prédio, que demorou quase uma década até ficar pronto e consumiu três vezes mais dinheiro do que o previsto inicialmente.

Os escritórios foram contratados apesar de a Câmara dispor de uma equipe de três arquitetos.


Em 18 de maio, a Casa lançou duas notas de empenho referentes à reforma do prédio. Uma delas, no valor de R$ 41.020,95, está comprometida com o pagamento do escritório Simmetria Arquitetura Ltda.

O serviço é assim descrito:
"Contratação de empresa para elaboração de projetos, visando à futura licitação de obras para complementação da construção do edifício da CLDF". O detalhamento informa que se trata de intervenção no "plenário e entorno" da Casa.


Um segundo empenho registra a contratação de outro escritório de arquitetura. Por meio de pregão, assim como no caso da Simmetria, a Câmara escolheu a Archtech Consultoria e Planejamento Ltda. com a intenção de comprar um projeto para a construção de um restaurante e de um "abrigo para ambulâncias".

O preço cobrado pelo trabalho dos arquitetos é de R$ 124.492,02.
O orçamento da Casa ainda prevê verba de R$ 600 mil para manutenção.


Em ambos os casos, a Câmara está contratando um serviço de arquitetura que definirá como será a obra. Em geral, os projetos dessa natureza custam, em média, entre 5 e 10% do valor final da empreitada.

Embora tenha superado em quase R$ 80 milhões o custo inicial, estimado há 11 anos em R$ 42 milhões, a Câmara considera prioridade fazer intervenções no prédio inaugurado há menos de dois anos.

Entre as mudanças previstas para começar em julho, os deputados reformarão o plenário, lugar onde realizam as sessões. Está prevista uma nova sala (leia arte).


Na sede antiga, no fim da Asa Norte, os distritais ficavam à vontade em um espaço reservado atrás do plenário. Chamado de cafezinho, lá, os parlamentares confabulavam.

As reuniões a portas fechadas antes de votações importantes eram famosas.
Em casos como os da cassação dos colegas Carlos Xavier e Eurides Brito chegaram a passar horas enfurnados no local.


Hoje, o cafezinho dos deputados é no foyer da Câmara, onde circulam visitantes, funcionários e assessores. Um dos motivos da reforma é a privacidade dos parlamentares. Eles também alegam que há inadequações do projeto com a rotina das sessões.

Uma delas diz respeito ao trabalho das taquígrafas. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, como essas profissionais passam muito tempo no local, será feita uma adaptação para tornar o espaço mais confortável, com a retirada de carpetes e a elevação do piso.

O espaço reservado para assessores, repórteres e cinegrafistas será ampliado.


Cozinha

No pátio que fica de frente para a área externa da Câmara, será construído um restaurante. O projeto inicial previa apenas uma rede do tipo fast-food e, agora, o projeto inclui cozinha para refeições. A Câmara também decidiu construir abrigos próprios para ambulâncias, já que esses carros, em função da altura, não cabem no estacionamento interno.

Por meio de sua assessoria, a Câmara alega que "a reforma se faz necessária para corrigir ou melhorar instalações incompatíveis com a rotina dos deputados e servidores". Segundo a Casa, a princípio, estavam previstas intervenções menores, que foram ampliadas para convencer o mercado a participar das licitações.


Imponente, o prédio da Câmara Legislativa já deu muito o que falar. A nova sede começou a ser projetada em 2001, mas passou anos só no esqueleto. Entre 2005 e 2008, a obra acabou interrompida e só foi retomada em 2007. Entre os motivos, estavam a falta de orçamento e os questionamentos judiciais.

Na semana passada, oito pessoas foram condenadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal por irregularidades na construção da nova sede da Câmara (leia Memória).


O curto período de existência da Casa, no entanto, não livra o edifício de cinco andares dos problemas recorrentes de manutenção, como infiltração nos tetos, vazamento de canos e até desnivelamento dos pisos.

A Câmara tem uma lista de oito pendências sobre as quais negocia reparo com a Via Engenharia, responsável pelas obras. O Correio tentou ouvir a empresa, mas até o fechamento da edição não obteve retorno da assessoria de comunicação.


Memória

Irregularidades na construção

O então procurador-geral da Câmara Legislativa, Geraldo Martins Ferreira, não está entre os condenados pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF) por causa de irregularidades nas obras de construção da sede.

Na tarde de ontem, o órgão de fiscalização divulgou uma errata informando que, em 2009, Ferreira teve as suas justificativas consideradas procedentes pelo TCDF e pelo Ministério Público do DF e Territórios.


Em sessão realizada no último dia 17, os conselheiros concluíram que houve falta de dotação orçamentária para cobrir as despesas referentes a 2001, 2002 e 2003.

Também não havia orçamento detalhado e planilha de todos os custos da construção, o que é um desrespeito à Constituição Federal, à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Licitações.

Com isso, oito pessoas acabaram condenadas ao pagamento de R$ 10 mil cada uma, totalizando R$ 80 mil.

LILIAN TAHAN Correio Braziliense

No Brasil, dívida federal vai a R$ 1,88 tri

A dívida pública federal voltou a subir em abril e fechou o mês em R$ 1,88 trilhão. O estoque aumentou R$ 24,5 bilhões, 1,32% em relação a março.

De acordo com relatório divulgado ontem pelo Tesouro Nacional, a alta resultou de uma emissão líquida de títulos no valor de R$ 6,97 bilhões e da incorporação de juros que corrigem o estoque, no total de R$ 17,54 bilhões.


Mesmo assim, técnicos do governo fizeram um balanço positivo do mês: apesar da forte volatilidade no mercado em função da crise internacional, o Tesouro tem conseguido emitir títulos com taxas menores.

O coordenador de Operações da Dívida Pública, José Franco, lembrou que as taxas de DI (que acompanham os juros da Taxa Selic) pagas no mercado futuro, caíram de 10,5% no início de abril para 9,85% no fim do mês. Em maio, a taxa está em 9,7%, próximo ao que o Tesouro paga para emitir títulos prefixados (LTN) que vencem em janeiro de 2016.

- Apesar da volatilidade, os fundamentos da economia continuam sólidos e os custos de captação do Tesouro tendem a cair - disse Franco.

Ele destacou ainda que, em abril, o Tesouro conseguiu manter a estratégia de reduzir a participação dos títulos atrelados à Selic (LFTs) na dívida - considerados mais voláteis. Essa parcela do estoque baixou de 26,34% em março para 26,12% em abril, o menor patamar desde 1997.

Desde o início do ano, o Tesouro tenta reduzir a emissão de LFTs e trocá-los por LTNs e outros papéis atrelados a índices de preços. O objetivo do governo é fechar 2012 com um estoque desses títulos entre 22% e 26% do total.

- A participação das LFTs deve fechar o ano abaixo de 24% do total - disse Franco.

O percentual do estoque corrigido por papéis prefixados também baixou, enquanto o dos títulos indexados subiu. A parcela da dívida com vencimento de curto prazo (12 meses) aumentou de 24,23% para 24,98% em abril e o prazo médio de vencimento do estoque, para 3,85 anos no mesmo período.

Martha Beck O Globo

A EDUCAÇÃO NO brasil DO "DOTÔ ONORIZ CAUZA" , O PARLAPATÃO CACHACEIRO, O ASQUEROSO E ABJETO APRENDIZ DE DÉSPOTA QUE NÃO DEU CERTO, O FILHO...DO brasil.

Quando Luiz Inácio ApeDELTA da Silva recebeu uma baciada de títulos de Doutor Honoris Causa — de todas as universidades públicas do Rio —, fez um discurso escandalosamente mentiroso. Apontei aqui as suas falácias.

Entre outras indelicadezas com a verdade, multiplicou por dois o número de universitários do país. Há alguns anos, tenho escrito que em poucas áreas se mente com tanta desenvoltura como no ensino superior — justamente o setor que, em tese, concentra a elite intelectual do país.
Como isso é possível?

Ora, as nossas universidades, especialmente nos cursos de humanidades, reúnem mais comunistas do que Pequim, Pyongyang e Havana juntas… Dominam o aparelho universitário e ajudam a levar a farsa adiante.

As mentiras da era Lula-Haddad começam a chegar ao grande público. Aos poucos, estamos vendo como se fez a propalada expansão do ensino superior federal. Uma aluna de veterinária da Universidade Federal do Tocantins me manda a seguinte mensagem:
“O problema de infraestrutura é grave. No meu curso de Medicina Veterinária, a gente tem muitos problemas com aula prática. Como pode um estudante de veterinária sem aula prática de anatomia, radiologia, citologia e por aí vai?

O governo abre cursos e não dá condição nenhuma de o professor ensinar e de o aluno aprender. E a gente é obrigado a ouvir essa ladainha desses políticos! É revoltante!!!!”

Henrique, um professor, escreve:

“Sou professor de um curso criado pelo REUNI e sou testemunha da falta de planejamento e do descaso na criação de cursos. A Universidade criou o curso sem ter a infraestrutura e os professores necessários.

Temos mais professores contratados do que efetivos (concursados), e não há perspectiva de novas vagas. Não temos laboratórios, e a primeira turma irá se formar sem nunca ter feito práticas básicas da área.

A seleção exclusivamente feita pelo ENEM não seleciona. Nossos alunos entram sem saber resolver uma mísera equação de 1º grau, e a taxa de reprovação é alta, levando ao abandono. Mas, na propaganda do governo, tudo parece perfeito. Só olhando de perto para ver o quanto se festeja uma mentira.”

A leitora Vera L. informa:

O retrato do Hospital do Fundão, ligado à UFRJ, é o retrato do governo do PT. Os médicos residentes andam à cata de pacientes para poderem ESTUDAR! A UFRJ abriu uma faculdade de medicina em Macaé SEM hospital de referência para os alunos que serão futuros médicos!

Agora, eles vêm de Macaé para o Hospital do Fundão, onde há falta de TUDO, principalmente de pacientes, por falta de infraestrutura. As universidades federais do governo do PT só existem funcionando nas PROPAGANDAS do MEC a PREÇO DE OURO, PAGAS com NOSSO DINHEIRO.

Lá TUDO funciona.

Os Hospitais Federais do RJ NUNCA antes tão precários. Há uns 10 anos, todos eram referência de bom atendimento. (…)

Enquanto a USP se torna uma das melhores universidades do MUNDO, as federais nas mãos do PT estão em petição de miséria. Esse é o JEITO PT de governar que ELES querem para São Paulo, com Haddad de candidato. Que Deus livre SP dessa tragédia”

Pior:
voltem lá ao vídeo do campus da Universidade Federal de Viçosa: a infraestrutura que serve à universidade entrou no radar do clientelismo, das emendas parlamentares, dos arranjos políticos…

Se vocês tivessem estômago, valeria frequentar algumas salas de debate dos professores sindicaleiros do ensino superior… Sabem onde está localizado, para eles, o centro do mal do ensino superior do país?

Acertou quem respondeu “São Paulo”, muito particularmente a USP, onde radicaloides e boçalides repetem o mantra: “Fora Rodas”. Fernando Haddad, com a competência demonstrada até aqui, é um dos que gostam de falar do suposto “autoritarismo” vigente nas universidades estaduais paulistas.

Essa gente tem mesmo é um pacto contra a competência e contra a verdade.

Os números

No discurso dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37 milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade “ensino à distância”, que tem virado, no Brasil, uma “picaretância”.

Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são
campi avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do que em… 2004!

As universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade. As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases distribuídos por assessorias de comunicação.

É chegada a hora de visitar os campi dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e sua qualificação intelectual e técnica.

Já conhecemos os milagres de Lula.
Agora só falta conhecermos a verdade.

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