"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 24, 2012

No Brasil, dívida federal vai a R$ 1,88 tri

A dívida pública federal voltou a subir em abril e fechou o mês em R$ 1,88 trilhão. O estoque aumentou R$ 24,5 bilhões, 1,32% em relação a março.

De acordo com relatório divulgado ontem pelo Tesouro Nacional, a alta resultou de uma emissão líquida de títulos no valor de R$ 6,97 bilhões e da incorporação de juros que corrigem o estoque, no total de R$ 17,54 bilhões.


Mesmo assim, técnicos do governo fizeram um balanço positivo do mês: apesar da forte volatilidade no mercado em função da crise internacional, o Tesouro tem conseguido emitir títulos com taxas menores.

O coordenador de Operações da Dívida Pública, José Franco, lembrou que as taxas de DI (que acompanham os juros da Taxa Selic) pagas no mercado futuro, caíram de 10,5% no início de abril para 9,85% no fim do mês. Em maio, a taxa está em 9,7%, próximo ao que o Tesouro paga para emitir títulos prefixados (LTN) que vencem em janeiro de 2016.

- Apesar da volatilidade, os fundamentos da economia continuam sólidos e os custos de captação do Tesouro tendem a cair - disse Franco.

Ele destacou ainda que, em abril, o Tesouro conseguiu manter a estratégia de reduzir a participação dos títulos atrelados à Selic (LFTs) na dívida - considerados mais voláteis. Essa parcela do estoque baixou de 26,34% em março para 26,12% em abril, o menor patamar desde 1997.

Desde o início do ano, o Tesouro tenta reduzir a emissão de LFTs e trocá-los por LTNs e outros papéis atrelados a índices de preços. O objetivo do governo é fechar 2012 com um estoque desses títulos entre 22% e 26% do total.

- A participação das LFTs deve fechar o ano abaixo de 24% do total - disse Franco.

O percentual do estoque corrigido por papéis prefixados também baixou, enquanto o dos títulos indexados subiu. A parcela da dívida com vencimento de curto prazo (12 meses) aumentou de 24,23% para 24,98% em abril e o prazo médio de vencimento do estoque, para 3,85 anos no mesmo período.

Martha Beck O Globo

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