"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 21, 2011

PARA O BRASIL CONTINUAR MUDANDO : INDÚSTRIA OPERA ABAIXO DA CAPACIDADE, DIZ CNI.

Em janeiro, a indústria operou muito abaixo da sua capacidade de produção, segundo pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O nível de utilização da capacidade instalada (UCI) recuou de 48,2 pontos em dezembro para 45,2, distanciando-se dos 50 pontos que, de acordo com a instituição, indica UCI ao nível usual para o mês.


A confederação diz que esse é o segundo mês consecutivo com atividade industrial aquém do usual, o que não ocorria desde a crise financeira de 2008. O indicador está em declínio desde novembro, quando atingiu 50,4 pontos.

- A queda mais acentuada do que a observada nos meses de janeiro foi provocada pela redução da demanda.
A indústria se antecipou e ajustou a sua produção ao perceber que a demanda está em declínio desde o final do ano passado – diz o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Mercado vê inflação mais alta em 2011 e 2012

Pela décima primeira semana consecutiva, o mercado elevou a projeção para a inflação deste ano, de 5,75% para 5,79%, bem longe do centro da meta (4,5%).

Para 2012, os analistas também apostam que o IPCA fechará mais alto - a expectativa subiu de 4,70% para 4,78%. Essas informações constam no boletim Focus, divulgado hoje pelo BC.

Já a previsão para a taxa de juros foi mantida em 12,50% para 2011 e em 11,25% para 2012, assim como a projeção para o crescimento do PIB, que continua em 4,50% para ambos os anos.

Valéria Maniero/GLOBO

"Se isso não é caixa, eu não sei o que é caixa". POIS É!!!

O economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, questionou o resultado para o Tesouro do processo de capitalização da Petrobrás, durante palestra do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, no seminário "Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2011", na Firjan.

Gabrielli explicava que a Petrobrás pagou R$ 74 bilhões pelo direito de produzir 5 bilhões de barris de petróleo cedidos pelo governo. Acrescentou que o Tesouro Nacional, que é acionista da Petrobrás, comprou R$ 32 bilhões a menos em ações, o que, explica, gerou uma diferença em caixa para a empresa.

"Se isso não é caixa, eu não sei o que é caixa", disse Gabrielli, ao que foi interrompido por Schwartsman.
"Caixa é o dinheiro que entra em caixa, não é promessa", disse o economista.
"Não é promessa nenhuma, é fato", respondeu Gabrielli.
"Cadê o dinheiro?", retrucou Schwartsman.
"Tá no Tesouro", disse Gabrielli.
"Ah, é?", perguntou o economista, causando risos na plateia do evento.
"Só na cabeça dos contadores do Tesouro."


Sabrina Valle, da Agência Estado

E NA POLÍTICA : BRASIL SUA PISCINA ESTÁ CHEIA DE RATOS, SUAS IDÉIAS NÃO CORRESPONDEM AOS FATOS.

Ex-presidente da Cedae condenado pela Justiça, Aluízio Meyer é diretor de três empresas vinculadas à estatal

O engenheiro Aluízio Meyer de Gouvêa Costa, ex-presidente da Cedae e afilhado político do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acumula o cargo de diretor técnico de três empresas contempladas, no governo passado, por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o setor elétrico.
Ele foi indicado aos cargos pela direção de Furnas Centrais Elétricas, que detém 49% do capital dessas empresas.

Condenado por improbidade administrativa na Cedae (2003-2005) e denunciado por envolvimento no escândalo das ONGs no governo Rosinha Garotinho, Meyer dirige hoje a área técnica da Transenergia Renovável, da Transenergia São Paulo e da Transenergia Goiás, sociedades com propósito específico (SPEs) responsáveis pela construção de linhas de transmissão e subestações em Goiás e São Paulo. Juntas, as três pleiteiam financiamentos de quase R$200 milhões junto ao BNDES.
(...)
Outro aliado de Cunha teve negócios com Furnas

Aluízio Meyer é o segundo ex-presidente da Cedae, ligado a Eduardo Cunha, a gerir empresas associadas à Furnas.
O outro é Lutero de Castro Cardoso, que foi diretor do grupo Gallway em 2008, quando uma das suas filiais, a Serra da Carioca II, participou temporariamente de uma sociedade com a estatal para a construção da usina hidrelétrica de Serra do Facão (GO).

A parceria, desfeita sete meses depois de efetivada, pode ter dado prejuízos de até R$100 milhões à Furnas. Alvo hoje de investigações do Tribunal de Contas e da Controladoria Geral da União, a sociedade foi abandonada pela Serra da Carioca II depois que o BNDES se recusou a autorizar o financiamento da obra.

Na ocasião, o banco teria apurado que a sede da Gallway ficava em paraísos fiscais e que seus diretores estavam envolvidos em fraudes no mercado financeiro. Para integralizar a sua participação na sociedade com Furnas, a Serra da Carioca II contraiu empréstimo junto ao ABN AMRO Real.
Como não pagou, Furnas foi obrigada pelos outros sócios na construção da usina de Goiás a cobrir o calote.

Desde agosto de 2007, quando o ex-prefeito Luiz Paulo Conde assumiu a presidência da empresa, Eduardo Cunha exercia influência sobre o comando de Furnas. Mas este ciclo chegou ao fim na semana passada, com a substituição do então presidente, Carlos Nadalutti, por Flávio Decat.

O aparelhamento político de Furnas, atribuído ao PMDB fluminense, motivou um dossiê elaborado por engenheiros da estatal.
O documento intitulado "Furnas - preocupação dos seus trabalhadores" atribui à "gestão Eduardo Cunha" uma série de desvios administrativos, a troca injustificada de antigos gerentes e aponta "o desrespeito às leis, estatutos e regulamentos que regem o mundo corporativo".

Depois da divulgação do dossiê, Dilma substituiu Nadalutti, também ligado ao PMDB, por Decat, nome técnico.
Irritado, Cunha acusou setores do PT de estarem por trás da denúncia e ameaçou retaliar.

Cunha continua pressionando por cargos

Desalojado de Furnas, o deputado fluminense estaria agora, concluída a votação do salário mínimo, negociando uma lista com 19 nomes para acomodação no governo.
Fontes do Palácio do Planalto contam que ele procura um nome técnico para indicar para a diretoria Internacional da Eletrobras e quer apadrinhar também a manutenção de Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Funcionário aposentado de Furnas, Aluízio Meyer é ligado a Cunha pelo menos desde 2000, quando sucedeu o padrinho político na presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab).
O engenheiro aparece na lista de doadores da campanha de Cunha para deputado federal em 2002.

Por conta do envolvimento no escândalo das ONGs, no qual empresas fantasmas foram usadas para justificar a saída de recursos do governo fluminense, simulando a contratação de serviços e venda de bens inexistentes, Meyer chegou a ter os bens bloqueados pela Justiça estadual.

O engenheiro passou pela Secretaria Executiva da Agetransp antes de ser escolhido por Furnas, em julho de 2009, para a direção técnica das três SPEs Transenergia, sociedades das quais também fazem parte as construtoras Delta e J.Malucelli.

Embora Meyer assegure que receba R$21,5 mil mensais pelos cargos acumulados, as planilhas de Furnas informam que ele ganharia o triplo deste valor.

Chico Otavio O Globo

A tua piscina está cheio de rato.
Suas idéias não correspondem aos fatos e (...)
O tempo não pára!
Eu vejo um futuro repetir o passado.

Cazuza