"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 12, 2010

SERÁ UM PORRE ETERNO, SÓ PRA ENCHER O SACO!

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EDUARDO SCOLESE
da Sucursal de Brasília

Numa conversa reservada hoje com dirigentes da Contag (principal entidade sindical de trabalhadores rurais), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "cairá do cavalo" quem apostar em sua saída da cena política após o término do mandato, em dezembro próximo.

Segundo relato de alguns dos presentes ao encontro, na sede provisória da Presidência, em Brasília, Lula anunciou ainda que a partir de 2011 avalia reeditar as caravanas da cidadania, para, no interior do país, "constatar" as realizações de seu governo.

Diante dos diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, aliados históricos do PT, Lula prometeu não dar "pitacos" na gestão do próximo presidente. Em tom de brincadeira, usou um de seus bordões:

"Vocês vão ver que, nunca antes na história deste país, um ex-presidente não deu pitacos em seu sucessor".

A Contag deixou satisfeita o encontro, já que o governo anunciou a liberação de R$ 16 bilhões para o Plano Safra 2010/2011, ante R$ 15 bilhões da safra anterior.

MUITO BARULHO PARA MUITO JURO

O mundo econômico foi tomado, desde segunda-feira, pela crítica enfática feita por José Serra à condução da política monetária pelo Banco Central de Lula.

Muito barulho por muito pouco: não há novidade alguma no que foi expresso por ele, que nunca se furtou a apontar os exageros da mais alta taxa de juros do mundo. Os números estão aí para comprová-lo, e nem precisam ser torturados.


Que o Brasil pratica juros estratosféricos é fato.
(...)
Mas política econômica envolve, sobretudo, circunstâncias. E as atuais, com as economias nacionais ainda claudicantes, são de juros negativos ou muito próximos de zero em todo o mundo.

A consultoria UpTrend divulga periodicamente o ranking das taxas reais de juros nas 40 principais nações do mundo. Na versão mais recente, de fins de abril, na média geral eles estavam em -0,6% ao ano. São, note-se, negativos, menores do que a inflação.

Desse grupo de 40, apenas 13 têm taxas positivas, que superam a inflação projetada, e em somente quatro destes países o juro real é maior do que 2% anuais: Indonésia, China e Austrália, além de nós.
Como se vê, com seus juros reais de 4,5% ao ano o Brasil é um ponto inteiramente fora da curva.

(...)

A débâcle financeira mundial já era algo que despontava no horizonte desde o início do ano retrasado. Diante disso, os bancos centrais do mundo iniciaram cortes vigorosos nas taxas de juros. O que fez o BC brasileiro? Embicou a Selic para cima. Entre abril e outubro de 2008 (quando o Lehman Brothers já tinha, inclusive, virado pó e pulverizado de vez a crise), a taxa básica engordou nada menos que 2,5 pontos, passando de 11,25% para 13,75% ao ano.

Com tal movimento, os juros reais no Brasil saltaram de 6,6% para 8% ao ano.

(...)

Seria a inflação o motivo da nossa jabuticaba monetária?

Pauta em Ponto : Íntegra

ELA SIM, É "O/A CARA"

PBNL - BEM LARGA, PARA DEITAR E ROLAR.

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HUMBERTO MEDINA
da Sucursal de Brasília

O novo presidente da Telebrás, Rogério Santanna, informou que o governo federal poderá contratar, sem licitação, os serviços da estatal. Essa era uma preocupação das teles, uma vez que o mercado de serviços demandados pela Administração Federal é grande.

Santanna explicou que a lei 8.666/93 (Lei Geral da Licitações) não obriga o Estado a contratar com licitação empresas estatais criadas antes da sanção da lei.

Embora o governo possa contratar a Telebrás sem licitação, a estatal terá que fazer licitações para contratar bens e serviços. A mais importante delas será a da empresa (ou consórcio de empresas) que irá fornecer os equipamentos e operar a rede de fibras óticas no PBNL (Plano Nacional de Banda Larga), motivo pelo qual a Telebrás foi reativada.

Para tocar o PNBL, a Telebrás terá R$ 3,22 bilhões do Tesouro Nacional nos próximos cinco anos. A expectativa é que a empresa dê prejuízo nos próximos três anos.

Anunciado na semana passada, o PNBL, além dos recursos do Tesouro Nacional, terá benefícios fiscais, empréstimos do BNDES e uso de recursos de fundo setorial. Assim, o total de dinheiro público usado no plano pode chegar a R$ 13,25 bilhões.

O governo planeja levar acesso à internet em alta velocidade para 39,8 milhões de domicílios. Hoje esse número e de 11,9 milhões. Neste ano, segundo estimativa do governo, o plano alcançará cem cidades.

A ideia básica do governo é usar a Telebrás para ofertar sua rede de fibras óticas e oferecer transporte de dados em alta velocidade no atacado (para empresas). A expectativa é que, com a oferta da rede, surjam novas empresas para competir com as atuais ofertantes de internet em banda larga (operadoras de telefonia fixa, celulares e a Net).

A Telebrás não irá prestar o serviço diretamente, mas contratar, por meio de licitação, empresas privadas que forneçam os equipamentos e façam a manutenção e operação.

O BRASIL DE : ELE/ELA - ELA/ELE - UMA MISTUREBA.

Lula e Dilma. Amigas inseparáveis

As críticas tucanas que tentam tachar a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, de inexperiente parecem estar incomodando a ex-ministra. Pelo segundo dia consecutivo ela voltou a rebater os ataques.

Terça-feira, em visita ao Rio Grande do Sul, Dilma destacou que participou de cada programa do governo Lula, e foi além:

Eu fiz esse governo, eu participei dele 24 horas por dia, nos últimos sete anos e meio, e me afastei há um mês. Mas eu quero dizer que cada programa deste governo tem a minha participação afirmou a petista.

A resposta veio após a ex-ministra ser indagada sobre as declarações do pré-candidato à sucessão presidencial José Serra, do PSDB, de dar continuidade a programas do governo, como o Bolsa Família.

O " TOCA O PAU " E O ME ENGANA QUE EU GOSTO.

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Autor(es): Agencia O Globo/Roberto Maltchik

Cercado por assessores, ao fim de rápido almoço digerido na mesa de seu gabinete, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., estava desconfortável e ansioso. No início da tarde, Tuma Jr. ainda não sabia o destino que os desdobramentos da crise lhe reservariam.
Ele recebeu O GLOBO por cerca de 30 minutos, antes de pedir férias ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e negou que tenha sido pressionado para deixar o cargo. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

O GLOBO:

O que senhor acharia se o governo pedisse para o senhor sair (do cargo)?

ROMEU TUMA JÚNIOR:

Depende de como pedir, de quando pedir e por que pedir.

Em algum momento o senhor pediu para deixar o governo, depois que as conversas com Paulo Li foram reveladas?

TUMA JR:

De jeito nenhum. Fiz isso antes, quando o Paulo Li foi preso. Desses fatos, todo mundo sabia.

Meu chefe à época (o ex-ministro Tarso Genro) também.

O que tem de novo?

A publicação no jornal do que já estava arquivado. Eu me apresentei para ser ouvido quando uma pessoa da minha relação tinha sido presa. Até aquela data, para mim, era uma pessoa em quem eu confiava.

Perguntei a ele (Tarso): Você quer que eu me afaste?

Ele respondeu: toca o pau.

E o conjunto de denúncias? As conversas? O senhor era secretário Nacional de Justiça e tinha intimidade com o Paulo Li?

TUMA JR:

Estão querendo fazer com que a opinião pública perceba que eu era amigo de um grande criminoso.

Nunca tive amigo criminoso, não teria e não andaria com criminosos. Eu tinha intimidade com alguém que eu entendia ser de bem. As pessoas que andam comigo sabem disso. Não adianta ser mulher de César, tem que parecer. Ele não tinha nenhum sinal exterior de que pudesse estar cometendo crime.

E o senhor nunca percebeu nada de errado com Paulo Li?

TUMA JR:

Nada. E eu sou polícia há 22 anos! Teria percebido.

Ele engana bem, então?

TUMA JR:

Não é isso. O cara pode ter começado a cometer (crimes) há menos tempo. Não sei. Não posso prejulgar o cara. O que posso dizer é seguinte: é um cara que gozava da minha amizade e não tinha nenhum sinal... até porque eu não vivo com ele o dia inteiro.

Até porque eu vivo aqui, e ele, em São Paulo. Eu não sei nem o que as minhas filhas estão fazendo. Eu não posso controlar a vida das pessoas.

O senhor não considera que errou?

TUMA JR:

Não. Eu tenho que partir do princípio que o cara é meu amigo. Eu não cometi nenhum crime, nenhum desvio funcional, nenhuma ilegalidade. Não tem nada do que eu fale com ele que não seja pinçado de um contexto. Não dá para fazer dedução do que as pessoas acham. Não dá para condenar ninguém por dedução. Onde está o princípio da legalidade?

Seus amigos têm acesso privilegiado à Secretaria?

TUMA JR:

Se você bater na minha porta, eu tenho que atender. Eu faço isso todo dia. Eu sou um servidor público. Eu sou obrigado a te ouvir. Eu não sou obrigado a te atender. Mas sou obrigado a ouvir.

Realmente, o ebrioso fez escola...

É RUIM DO EBRIOSO CAIR NESSA! DIGNIDADE?

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Acusado de envolvimento com integrantes da máfia chinesa, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., se afastou do cargo ontem sob a alegação de que está saindo de férias por 30 dias para se defender.
Para o presidente Lula, é muito difícil ele se manter no posto depois da saída.

Na avaliação de Lula, não há nenhuma prova de que o secretário tenha "cometido um crime", mas suas conversas com uma pessoa acusada de contrabando tornam sua situação quase "insustentável".

Auxiliares do presidente vão além. Acreditam que ele não volta ao cargo graças às investigações que serão feitas pela Comissão de Ética da Presidência da República e pela CGU (Controladoria-Geral da União).

Outro problema que dificultaria a volta é a possibilidade de a PF abrir uma investigação para apurar as conversas.

Segundo assessores de Lula, o presidente, por gostar de Tuma Jr., quis dar a ele a possibilidade de deixar o posto como se fosse uma iniciativa sua, mas, diante da resistência, ele foi pressionado a pelo menos se afastar temporariamente.

O pedido de férias foi uma das alternativas apresentadas a ele pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, como forma de tentar encerrar a crise -a outra foi a licença do cargo. Para ministro, a exoneração seria uma medida extrema.

Em reunião de mais de três horas anteontem, que entrou pela madrugada, Tuma Jr. disse ser inocente e se recusou a deixar o cargo, o que, segundo ele, "feriria" sua "dignidade".