Acusado de envolvimento com integrantes da máfia chinesa, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., se afastou do cargo ontem sob a alegação de que está saindo de férias por 30 dias para se defender. Para o presidente Lula, é muito difícil ele se manter no posto depois da saída.
Na avaliação de Lula, não há nenhuma prova de que o secretário tenha "cometido um crime", mas suas conversas com uma pessoa acusada de contrabando tornam sua situação quase "insustentável".
Auxiliares do presidente vão além. Acreditam que ele não volta ao cargo graças às investigações que serão feitas pela Comissão de Ética da Presidência da República e pela CGU (Controladoria-Geral da União).
Outro problema que dificultaria a volta é a possibilidade de a PF abrir uma investigação para apurar as conversas.
Segundo assessores de Lula, o presidente, por gostar de Tuma Jr., quis dar a ele a possibilidade de deixar o posto como se fosse uma iniciativa sua, mas, diante da resistência, ele foi pressionado a pelo menos se afastar temporariamente.
O pedido de férias foi uma das alternativas apresentadas a ele pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, como forma de tentar encerrar a crise -a outra foi a licença do cargo. Para ministro, a exoneração seria uma medida extrema.
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