"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 16, 2012

brasil maravilha "SEM MARQUETINGUE": Greve da Eletrobrás tem 80% de adesão, diz sindicato. Ao todo, 27 mil empregados da estatal e subsidiárias estão parados, abastecimento de energia não é afetado.



A adesão dos funcionários do Sistema Eletrobrás à greve iniciada à meia-noite desta segunda-feira está em cerca de 80%, mas sem afetar o abastecimento de energia, segundo o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobrás (Aeel) e do Sindicato dos Eletricitários do Estado do Rio de Janeiro, Emanuel Mendes.

Ao todo, são 27 mil empregados na estatal e em suas subsidiárias, como Eletronuclear, Chesf e Furnas. A paralisação é nacional e por tempo indeterminado, até a Eletrobrás oferecer nova proposta de reajuste aos funcionários.

Segundo Mendes, a última reunião dos representantes dos empregados com a direção da empresa foi em 29 de junho e a proposta de reajuste de 5,1% foi rejeitada. Os funcionários pedem 10,47%. Entre os dias 4 e 6 os trabalhadores já haviam feito uma paralisação de 72 horas. "Estamos com uma adesão de praticamente 80% dos trabalhadores", afirmou Mendes, completando que o número mínimo de empregados em serviço, para garantir o abastecimento, varia de acordo com a subsidiária.

Na holding, cujas funções são sobretudo administrativas, cerca de 250 dos 1,1 mil funcionários trabalharam nesta segunda-feira. O número é negociado com a direção de cada empresa. "Não há possibilidade nenhuma de apagão ou qualquer coisa parecida porque cada estado tem seu comando de greve trabalhando no sentido de não deixar faltar energia para a população", disse Mendes.

No plano nacional, a greve é organizada pela Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), da qual sindicatos e associações de trabalhadores de cada estado fazem parte. Caso a negociação seja reaberta, a greve será interrompida para que a nova proposta seja analisada. A Eletrobrás ainda não se posicionou sobre a greve.

Vinicius Neder, da Agência Estado

Líder do PR: O governo está dando o calote, está dando o cano


O líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), disse nesta segunda-feira que o governo está dando o calote não pagando os restos a pagar (pagamentos atrasados de anos anteriores) de emendas.

O presidente da Câmara, deputado federal Marco Maia (PT-RS), considera justas e legítimas as reivindicações por empenho de emendas parlamentares apresentadas pela oposição. Portela não poupou críticas e classificou de 'embromation' a conduta adota pelo governo de Dilma Rousseff.

- O problema é de respeito. Nós estamos respeitando o governo e ele não tem nos respeitado. O governo está dando o calote, está dando o cano. Tem obra minha de 2009 (já empenhada) não paga ainda disse o parlamentar completando :
- Uma hora,(o motivo) muda a interlocução, outra hora joga a culpa na Caixa (Econômica Federal). É o 'embromation'.

Portela disse que a promessa de pagamento feita pelo governo é inferior ao que deveria ser pago:

- O governo ofereceu pagar R$ 32 milhões de restos a pagar ao PR, mas só aqui é sete ou oito vezes mais que isso.

O líder do PR cobrou do governo mais respeito aos deputados e prefeitos do país.

- Queremos evitar o colote nas prefeituras; o governo não respeita a Câmara dos Deputados, a prefeitura, os prefeitos - afirmou.

O Globo

‘De repente, classe C’

Eu me considerava um rapaz razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C.

Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Todo mundo fala de nós e, claro, quer nos atingir de alguma forma.

Há empresas, publicações, planos de marketing e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências:
se gosto de azul ou vermelho,
batata ou tomate
e se meus filmes favoritos são do Van Damme
ou do Steven Seagal.


(Aliás, filmes dublados, por favor! Afinal, eu, como todos os membros da classe C, aparentemente tenho sérias dificuldades para ler com rapidez essas malditas legendas.)

A televisão também estudou minha nova classe e, por isso, mudou seus planos:
além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros (supostamente gosto disso), as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas, cabeleireiras como musas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu.


A diferença é que nesses bairros, os da novela, não há ônibus que demoram duas horas para passar nem buracos na rua.

Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um âncora, digamos, mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. Deve estar lá para chamar a minha atenção com mais facilidade.

As empresas viram a luz em cima da minha cabeça e decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo. Antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Quer dizer, talvez existisse, mas não tinha nome nem capital razoável.
De modo que agora elas querem me vender carros,
geladeiras de inox,
engenhocas eletrônicas,
planos de saúde e TV por assinatura.
Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI.


E as universidades privadas, então, pipocam por São Paulo.
Os cursos custam R$ 200 reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância.


Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo Ministério da Educação, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber?

E se eu não acreditar na educação privada, posso tentar uma universidade pública, evidentemente. Foi o que fiz:
passei numa federal, fiz a matrícula e agora estou em greve porque o campus cai aos pedaços. Não tenho nem sala de aula.


Não que eu não esteja feliz com meu novo status de consumidor, não deve ser isso. (Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem cem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então?)

O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar ao trabalho porque o trem quebra todos os dias, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes do bairro.

Ou seja, ao mesmo tempo em que todos querem me atingir por meu razoável poder de consumo, passo por perrengues do século passado. Eu e mais de 30 milhões de pessoas – não somos pobres, mas classe C.

Deixa eu terminar por aqui o texto, porque daqui a pouco vão me chamar de chato ou, pior, de comunista. Logo eu, que só li Marx na versão resumida em quadrinhos. Fazer o quê, se eu gosto é de autoajuda?

LEANDRO MACHADO
LEANDRO MACHADO, 23, é estudante de letras na Universidade Federal de São Paulo, mora em Ferraz de Vasconcelos (SP) e escreve no blog Mural, da Folha

POR UM BRASIL MAIS LIMPO(OU MENOS SUJO) : Eleições 2012: quase 140 milhões de brasileiros vão às urnas


No dia 7 de outubro, 138.490.950 eleitores em 5.568 municípios irão às urnas para escolher prefeitos, seus respectivos vices e vereadores, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Até hoje, o sistema do órgão registrou 464.701 candidaturas para os três cargos. No total, seriam 138.492.811 eleitores, incluindo o eleitorado de Fernando de Noronha, onde não haverá eleição.


De acordo com a legislação eleitoral, nas cidades com mais de 200 mil eleitores e onde a disputa pela prefeitura tenha mais de dois candidatos há a possibilidade de segundo turno. Nesse caso, a nova votação está marcada para o dia 28 de outubro com os dois candidatos mais votados no primeiro turno.

Detentor do maior eleitorado do país, com 31.229.307 pessoas aptas a votar, São Paulo também é o estado com maior número de candidatos inscritos para concorrer nas próximas eleições. Segundo o TSE, 79.467 políticos fizeram o pedido de candidatura, sendo 2.012 para prefeito, 2.016 para vice-prefeito e 75.439 para vereador.

Apesar de o prazo para formalizar as candidaturas já ter se encerado, o tribunal ainda está totalizando os pedidos.


Pelo calendário eleitoral, até o dia 4 de agosto poderá ser feito o pedido de impugnação de candidaturas. Isso, contudo, não impede que um candidato participe do pleito. Ele poderá concorrer sub judice até que a Justiça decida o caso.

No entanto, se ao final do processo a impugnação for confirmada e o candidato tiver sido eleito ele terá que deixar o cargo.


Além disso, conforme o calendário eleitoral, no dia 6 de agosto os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a divulgar na internet relatório discriminado dos recursos recebidos ou estimativa do financiamento da campanha eleitoral e os respectivos gastos.

A Justiça Eleitoral irá disponibilizar um portal para divulgação dessas informações.


No dia 21 de agosto começará a propaganda eleitoral gratuita na rádio e televisão. A propaganda se estende até o dia 4 de outubro três dias das eleições. Os partidos e candidatos poderão fazer campanha paga até o dia 5 de outubro.

Segundo o calendário eleitoral, a conclusão de processo de apuração deve ocorrer até o dia 12 de outubro. No entanto, desde a implementação do sistema informatizado de votação, com o uso da urna eletrônica, é possível conhecer o resultado da eleição na noite do dia da votação.

Nos municípios onde houver a necessidade de segundo turno, a partir do dia 13 de outubro começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que se estenderá até o dia 26.

O Globo

"SEM MARQUETINGUE" ! E NO país DO pib "DESTERRADO" : Brasil cai de 2º para 8º lugar em ranking de otimismo das empresas

Menos empresários brasileiros se sentem otimistas com relação à economia nacional.

O International Business Report (IBR) 2012, da Grant Thornton International, mostra que 61% dos empresários locais estão otimistas com os próximos 12 meses, número 25 pontos porcentuais menor do que os 86% registrados no primeiro trimestre do ano.


Com a variação, o País caiu da segunda para a oitava posição no ranking mundial de otimismo.

Ainda de acordo com o estudo, o otimismo global medido no segundo trimestre deste ano foi de 23%, quatro pontos porcentuais acima do trimestre anterior, quando o índice era de 19%. O IBR é feito com 11.500 empresas em 40 países.

"Com a continuidade da crise internacional, o empresário brasileiro começa a sentir os efeitos de cortes de investimentos, por exemplo, e volta o foco para a economia local, onde as perspectivas não são mais tão animadoras, com confirmação de um crescimento modesto do PIB e políticas de incentivo focadas no consumo e não no crescimento", disse em nota distribuída à imprensa Fábio Luis de Souza, da Grant Thornton Brasil.

Marcada pela crise e por um forte desemprego, a Espanha segue como o país mais pessimista, com o índice de otimismo marcando -66%, mas está em situação melhor do que a verificada no trimestre anterior (-71%).
Na sequência vêm Grécia (-58%),

Holanda (-46%)
e Japão (-41%).

Os empresários argentinos diminuíram o grau de otimismo. No primeiro trimestre do ano, 24% estavam otimistas, enquanto na leitura mais recente o índice caiu para -30%.

Entre os empresários mais otimistas estão os do Peru, onde 96% se sentem confiantes com a economia local. Em seguida, vêm Chile e Filipinas (90%),
Geórgia (83%),
Canadá (70%),
Índia (67%)
e África do Sul (63%).

A Bélgica saiu de um nível negativo de otimismo registrado no primeiro trimestre (-26%) e aumentou 64 pontos percentuais. Hoje, 28% dos empresários belgas se consideram otimistas com a economia local. A Suíça também saiu do negativo, passando de -22% de empresários otimistas para 16%.

Na União Europeia, o otimismo subiu 2 pontos porcentuais e chegou a -2% no segundo trimestre do ano. Na América do Norte, o grau de otimismo também subiu, de 47% para 52%.

Na América Latina, houve redução de 20 pontos porcentuais do otimismo, que passou de 73% para 53%. Nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o otimismo ficou estável em 41%.

Beatriz Bulla, da Agência Estado

" SEM RUMO " . SÓ TE COMPRA QUEM NÃO TE CONHECE ! Jogo do contente

Eis o que disse a presidente Dilma:
"Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes. Não pelo seu PIB".

Ela falou isso na quinta-feira, durante a 9.ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, justamente no dia em que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) reforçou a percepção de que o sistema produtivo brasileiro está estagnado.

Quem toma a frase isoladamente tem dificuldade para divergir. Mais importante do que o PIB, e todo o materialismo que possa carregar, é a Felicidade Nacional Bruta.

O problema está no jogo de palavras que tenta justificar o fiasco.

A presidente Dilma passou todos esses meses apostando em que o crescimento da atividade econômica deste ano apresentaria desempenho de 4% a 5% ao ano, invejável numa paisagem internacional desolada. Não é o que está acontecendo. E o pibinho vai se impondo nas estatísticas.

A presidente Dilma vem agora à plateia para fazer o jogo do contente. O importante, despista ela, não é o tamanho do PIB, mas a pujança dos indicadores sociais, disse. No entanto, o Brasil está longe de ser campeão nesse quesito.

Basta um giro pelo centro das principais metrópoles brasileiras para ter uma ideia do abandono em que se encontram crianças e jovens, ainda mais nitidamente no segmento que a presidente Dilma pretendeu focar.

O desempenho da educação no Brasil é lastimável.
O País ocupa hoje o 88.º posto entre os 127 países que compõem o ranking da Unesco, atrás de Equador, Bolívia e Venezuela. Na última avaliação de estudantes feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a participação do Brasil foi um desastre.

Entre 65 concorrentes, não passou do 53.º lugar tanto em compreensão de leitura como em ciências e do 57.º, em matemática.

Alguns imaginam que basta abrir torneiras de dinheiro na educação para que tudo se resolva. O Congresso acaba de aprovar investimento de 10% do PIB para a educação até 2020. Mas todos sabemos que, nesse campo, o problema mais relevante não é a insuficiência de verbas públicas, mas a baixa qualidade do gerenciamento das disponíveis.

O aumento de recursos nas instituições que estão aí seria o mesmo que armazenar vinho bom em tonéis deteriorados. O próprio ministro Guido Mantega avisou que, se for adiante, essa decisão "vai quebrar o Estado brasileiro".

A economia brasileira não enfrenta só consequências da crise global. Está diante do esgotamento do atual modelo de avanço econômico, excessivamente centrado na expansão da demanda, enquanto o lado da oferta foi deixado para trás.

Nas últimas semanas aumentaram as recomendações de que o governo desista de fazer um superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) de 3,1% do PIB, originalmente calculado em R$ 140 bilhões. Propõem que mais recursos sejam direcionados ao investimento. Mas essa também tem tudo para ser uma má ideia.

Primeiramente, porque não é por falta de recursos que os investimentos públicos estão empacados. Isso ocorre por grave deficiência gerencial, o governo não consegue gastar nem as verbas já liberadas. Em segundo lugar, se for para usar parte desse superávit, é alto o risco de que os recursos sejam, outra vez, usados para despesas correntes.

Por reações como a manifestada pela presidente, vai sendo reforçada a percepção de que o governo está sem rumo.

Celso Ming O Estado de S. Paulo

E NA PU..LÍTICA ! Cada um com seu telhado


Quem não tem nenhum pecado que atire a primeira pedra. Nas três cidades onde a disputa pela prefeitura está nacionalizada e tem rendido brigas, candidatos usarão fragilidades alheias para atacar adversários.

Em Belo Horizonte, no Recife e em São Paulo, a troca de acusações passa falta de habilidade e problemas na Justiça.

Na campanha de Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o ex-ministro Patrus Ananias (PT), ao partirem para o confronto, terão de explicar pontos que podem acabar os atrapalhando.

No Recife, a campanha do petista Humberto Costa se valerá da crise com o PSB para acusar o candidato do partido de traição.

A princípio coligado do PT, a legenda de Eduardo Campos (PSB) desistiu de indicar um vice e lançou Geraldo Júlio. Um carro de som já está circulando pelas ruas tocando a música que diz "você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão", numa referência à relação política entre Campos e Luiz Inácio Lula da Silva.

O PSB também se aproveitará da mesma crise para tentar atacar Humberto. Geraldo Júlio usará a desorganização do PT que — depois de anular prévias realizadas na cidade entre o atual prefeito, João da Costa, e o deputado federal Maurício Rands — optou por Humberto Costa.

Em São Paulo, as brigas também já começaram.

Enquanto o petista Fernando Haddad ainda precisa explicar a foto com Paulo Maluf, José Serra (PSDB) e Celso Russomano (PRB) enfrentam processos na Justiça pedindo a impugnação das candidaturas por problemas com documentação e suposto não pagamento de multa eleitoral.

Juliana Cipriani Correio Braziliense
Colaboraram Juliana Braga e Leandro Kleber

É A HORA DE COMEÇAR DE BAIXO ! Mais de 400 mil concorrem às vagas de vereador


Cerca de 430 mil candidatos vão concorrer às 57 mil vagas de vereador em 2012.

É como se todos os moradores de Santos, no litoral paulista, resolvessem entrar em campanha em busca de um lugar nas Câmaras municipais do Brasil.
O número representa um salto em relação às últimas eleições municipais, em 2008.

Este ano, são 85 mil candidatos adicionais. Mais pessoas concorrendo também significa mais gastos de campanha. Na cidade de São Paulo, por exemplo, as legendas preveem gastar em média até R$ 2,7 milhões por cabeça em disputa.

O PMDB, partido com mais candidatos a prefeito, tem também o maior número de nomes para vereador:
41,5 mil.
Em seguida, vem o PT, com 39,6 mil pessoas.

Em relação a 2008, os petistas foram os que mais cresceram em número de candidatos a vereador, com um acréscimo de 24%.

Em seguida, aparece o PSB, com 24,6 mil candidatos, aumento de 23%.
A quantidade de nomes para vereador aumentou em quase todos os partidos, exceto no DEM, que perdeu 4,3 mil.

O Estado de S. Paulo

BRASIL REAL !CHOQUE DE REALIDADE NO PETRÓLEO DO brasil maravilha : "O governo e os empresários prometeram fazer e acontecer, mas o petróleo brasileiro não é tão fantástico como se vendeu lá atrás"


"A euforia sucumbiu à realidade", sentenciou o artigo do Wall Street Journal, na semana passada, sobre a crise de confiança que assombra as petroleiras brasileiras. Não há tanto exagero na afirmação.

Um levantamento da consultoria Economática com dados de 59 companhias de capital aberto da indústria do petróleo na América Latina e nos Estados Unidos mostra que as verde-amarelas OGX, HRT e Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) estão entre as que mais perderam valor nos últimos 12 meses - uma punição do mercado às promessas não cumpridas.

"É como se a bolha que começou a se encher em 2007 com a propaganda em torno do pré-sal e da Petrobrás estivesse murchando agora", diz o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. A crise de imagem, segundo ele, é muito mais um reflexo do que se prometeu lá atrás do que dos resultados em si, já que tradicionalmente essa é uma indústria de risco altíssimo.

"Portanto, é natural que haja frustrações no período exploratório", afirma Pires. De acordo com estimativa do Conselho Mundial do Petróleo, para cada três poços explorados no mundo, dois são secos.

A dimensão das dificuldades que seriam encontradas, no entanto, não ganharam tanto destaque por aqui e o reflexo disso o setor está colhendo agora. O petroleiro mais popular do País, Eike Batista, perdeu mais de R$ 13,2 bilhões em dois dias na Bolsa depois de revisar para baixo a produção de seu primeiro campo de petróleo.

No fim do mês passado, a empresa divulgou uma vazão de 5 mil barris de óleo por dia em cada poço do campo Tubarão Azul - quando a previsão inicial, tornada pública no início do ano, era de que a produção chegaria a 20 mil barris.

"Se os dados atuais sofreram esse nível de ajuste, que confiança o investidor terá em relação às informações futuras", diz o analista do banco de investimento Geração Futuro, Lucas Brendler.

Em 2012, os papéis da OGX caíram 56,6%. O desempenho só não é pior do que o da empresa norte americana Dynegy, que há dez dias entrou com um pedido de concordata no Tribunal de Falências dos Estados Unidos e vem acumulando perdas na bolsa de quase 80% no ano.

Quem vem sofrendo há mais tempo no Brasil é a petroleira criada pelo ex-geólogo da Petrobrás, Marcio Mello. A empresa foi criada em 2010 com um projeto ousado de exploração de petróleo na região amazônica da Bacia do Rio Solimões. Antes da abertura de capital da empresa, Mello prometeu aos investidores que encontraria óleo abaixo da camada de gás existente na região, perfurando os poços numa profundidade maior.

Mas sua previsão não se confirmou e até agora ele não achou nada além de gás. Na semana passada, a empresa concluiu a perfuração de mais um poço que se mostrou sem capacidade de produção. "Há uma série de perguntas sem respostas", afirma um analista. "Como a HRT vai tornar viável a comercialização do gás numa região cheia de entraves logísticos é uma delas."

Em nota, a empresa afirma que "o desempenho de sua campanha vem apresentando resultados em conformidade com o padrão da indústria".

Perfil baixo. Mais "low profile" do que suas concorrentes, a QGEP, da Queiroz Galvão, não foi poupada pelos investidores. A empresa, que abriu capital em 2011, já perdeu 49% de seu valor desde o início do ano. No mês passado, a companhia anunciou que não encontrou petróleo em um de seus blocos na Bacia de Santos. "Tínhamos muita expectativa em relação a esse poço mas faz parte do risco do negócio", diz Paula Vasconcelos da Costa, diretora de relações com investidores da QGEP.

A empresa ainda sofre com a manutenção feita ao longo de 2011 no Campo de Manati, onde ela já produz gás natural em parceria com a Petrobrás. Como alguns poços tiveram de ficar fechados, a produção teve uma queda e a geração de caixa também.

O clima de incertezas não paira só sobre as petroleiras privadas.
A própria Petrobrás não tem cumprido suas metas.


"O governo e os empresários prometeram fazer e acontecer, mas o petróleo brasileiro não é tão fantástico como se vendeu lá atrás", diz Adriano Pires.
"É uma indústria de riscos e incertezas e isso não pode ser ignorado."
NAIANA OSCAR O Estado de S. Paulo