"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

abril 09, 2014

O capitão do time do vale-tudo


Até aqui o PT e seus aliados se valiam de ardis e manobras regimentais para tentar impedir a apuração de malfeitos que pipocam no governo e, mais especificamente, na Petrobras. Agora a estratégia ficou mais explícita e ganhou cara: o capitão do time do vale-tudo veio a público dizer que ao petismo não interessa apurar nada. O que interessa é só preservar o poder e manter a máquina de alimentar a corrupção funcionando.

Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem extensa entrevista a jornalistas amigos do PT para passar instruções ao time do vale-tudo. Para ele, “é preciso ir para cima” e “defender com unhas e dentes” as ações do governo, os atos de sua gestão e os da presidente Dilma Rousseff. Caberia muito bem ter acrescentado: e sem nenhum escrúpulo ou preocupação com o interesse nacional. Ele não disse, mas o sentido das instruções do capitão é este.

Lula vocaliza com suas próprias palavras as mesmas diretrizes – ou melhor seria dizer “ordens”? – dadas a sua tutelada, a presidente Dilma Rousseff, em reunião no último sábado. Disciplinada discípula, a petista saiu anteontem mesmo cumprindo as orientações do tutor e acusando a oposição, durante ato que deveria ser meramente administrativo, mas foi novamente transformado em palanque, em Contagem (MG).

O ex-presidente comparou os riscos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os escândalos envolvendo a Petrobras, em especial a ruinosa compra da refinaria de Pasadena, com as consequências da investigação que resultou na descoberta do mensalão. Se são parecidos, mais necessária ainda se faz a apuração. Se são parecidos, é porque há coisa grande a descobrir.
 O que o capitão e seu time querem esconder?

O medo da luz do sol é gigantesco, a julgar pelos mundos que o PT e seus aliados estão movendo para impedir que a CPI aconteça. Manobras regimentais, nomeação de relatores amigos, ardis imorais, tudo tem sido feito para barrar a apuração pedida pela sociedade e apoiada pelo número mínimo de apoios regimentalmente exigido pelos estatutos do Congresso para funcionar.

Contra as evidências de corrupção que dia após dia vêm à tona, o governo petista trabalha para melar o jogo, insistindo numa CPI cujo pretexto é investigar tudo para não investigar nada. A oposição resiste a este rolo compressor, insiste no esclarecimento dos malfeitos e ontem foi ao Supremo Tribunal Federal com mandato de segurança e pedido de liminar para tentar garantir o direito constitucional da minoria de fiscalizar as ações de governo.

É clara a diferença de orientação entre as duas estratégias. 
Enquanto a oposição recorre às instituições, a princípios legais e a direitos constitucionais, o governo e sua base lançam mão de estratagemas de submundo, de palavras de ordem e da artilharia pesada que alimenta a máquina de destruir reputações que o PT movimenta na internet. Foram instruções como estas que Lula reforçou ontem a seu time.

Os meios empregados pelo capitão são conhecidos e Lula não se furtou a, mais uma vez, explicitá-los na entrevista que concedeu aos blogueiros amigos : 
“Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país”, instruiu o tutor de Dilma, conforme destacou a Folha de S.Paulo.  


Em palavras mais simples: 
o sonho do capitão, apoiado por seu time, é que só o que convém ao petismo venha a público. Censura, pois.
O capitão do time do vale-tudo voltou com força total. 
A dúvida que fica no ar – e à qual Lula possivelmente não gostaria de responder, nem seus jornalistas amigos perguntaram – é:
 o que ele, a presidente Dilma Rousseff e o PT tanto temem? 
Por que tanta resistência a permitir que a sociedade, por meio de uma CPI no Congresso, passe seus governos a limpo? 
O que eles querem tanto que permaneça escondido? 
Fala mais, Lula!
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Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela

NUNCA ANTES... ONDE TEM P (artido) T (orpe) TEM SUJEIRA : Suspeita de financiar esquema de lavagem de dinheiro deflagrado pela PF recebeu R$ 43,1 mi do governo


A Jaraguá Equipamentos Industriais LTDA recebeu R$ 43,1 milhões do governo federal entre 2009 e 2014, de acordo com levantamento realizado pelo Contas Abertas. A empresa é suspeita de financiar esquema operado pelo doleiro Alberto Youssef para distribuição de dinheiro a políticos e partidos da base aliada do governo. 

Os repasses são referentes à reconstrução da plataforma de lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), em Alcântara, no Maranhão. Coincidentemente, a empresa doou R$ 3 milhões ao diretório nacional dos Partido dos Trabalhadores (PT) durante a campanha eleitoral de 2010, ano em que a Jaraguá recebeu mais da metade (R$ 23,2 milhões) dos recursos previstos no contrato. Em 2011 e 2012, a empresa doou mais R$ 2 milhões ao partido, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Veja tabela

A empresa, líder do consórcio que venceu a licitação, recebeu cerca de R$ 5,3 milhões em 2009, 
R$ 6 milhões em 2011, 
R$ 1,2 milhões em 2012, 
R$ 1,3 milhões em 2013 e R$ 4,4 milhões até o dia 8 de abril deste ano. 
Há suspeita de que os recursos viriam de contratos superfaturados ou aditivos e eram lavados na forma de doações legais. Os valores não incluem repasses feitos por estatais, estados e municípios.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), responsável pelo repasse dos recursos à Jaraguá, afirmou ao Correio Braziliense que o contrato para reconstrução da plataforma seguiu todos os trâmites legais de uma licitação pública.

A Jaraguá foi contratada pela Petrobras para a obra da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, no valor de R$ 1,2 bilhão. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, ela é uma das nove empresas fornecedoras da estatal e depositou R$ 34,7 milhões na conta da MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef. 
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Youssef foi preso na operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal.

Segundo a PF, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos. 

A Finep afirmou ao Correio Braziliense que o contrato do governo federal com a Jaraguá não tem relação alguma com as denúncias de corrupção na Petrobras. A empresa tem matriz em Sorocaba (SP) e quatro filiais pelo país.

Confira as ordens bancárias emitidas para a empresa

Marina Dutra  
Contas Abertas 

"PADRÃO POVO" ! ! PARA "elevar o padrão construtivo atual para se adaptar ao degrau MAIS BAIXO das exigências" empresas pedem reajuste no 'Minha Casa'. Construtoras querem aumento de 7% a 10% nos repasses do governo

As construtoras pedem ao governo um aumento de 7,0% a 10% nos repasses do Minha Casa, Minha Vida para cumprir as exigências de níveis mínimos de qualidade em quesitos como revestimentos acústico e térmico e iluminação nas moradias do programa habitacional.

O Estado apurou, porém, que a equipe responsável pela principal vitrine da gestão Dilma Rousseff não aceita discutir reajuste agora. O aumento só ocorrerá na terceira etapa do programa, segundo ouviu a reportagem.

A questão é um dos itens que precisam ser resolvidos entre governo e indústria da construção civil para garantir a continuidade do programa. 
Ao entregar 2.508 moradias em São José do Rio Preto (SP), na semana passada, Dilma afirmou: 
"O povo não deixa um programa como esse parar".
Cada unidade do Minha Casa para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil custa aos cofres públicos entre R$ 54 mil e R$ 76 mil, de acordo com a região ou tipo de imóvel - se casa ou apartamento -, como determina uma portaria do Ministério das Cidades.
A norma de desempenho de edificações NBR 15.575, que obriga as construtoras a erguerem empreendimentos com maior durabilidade, segurança e conforto, vale para todos os imóveis cujos projetos tenham sido submetidos aos órgãos de controle e fiscalização das prefeituras após 19 de julho de 2013. 
A norma estabelece três níveis de desempenho:
 mínimo (obrigatório),
 intermediário e superior, ambos facultativos.
Especialistas afirmam que as moradias populares, como as do Minha Casa, precisam elevar o padrão construtivo atual para se adaptar ao degrau mais baixo das exigências. A Caixa Econômica Federal informou que cerca de 85 mil unidades do programa foram contratadas de acordo com o "sistema construtivo inovador", que atende a essa norma técnica de desempenho.

Outras 180 mil unidades foram ou estão sendo construídas com paredes de concreto que são moldadas in loco, procedimento que obedece a outra norma da ABNT. Ao todo, portanto, o banco tem certeza de que 265 mil moradias foram contratadas de acordo com as exigências mínimas de qualidade.

A primeira fase do programa, anunciada ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve 1 milhão de moradias contratadas. 
A etapa atual, com meta de 2 milhões de unidades até este ano, foi ampliada por Dilma para 2,75 milhões. Até agora, já foram contratadas mais de 3 milhões.

O governo constituiu um grupo de trabalho com representantes do Ministério das Cidades, dos bancos oficiais - Caixa e Banco do Brasil - e das construtoras para reunir um conjunto de ensaios com as especificações técnicas dos materiais e da forma como os empreendimentos devem ser construídos para atingir um nível mínimo de qualidade. A norma da ABNT não impõe quais materiais devem ser utilizados, mas exige que as construtoras façam testes que comprovem um desempenho mínimo para as edificações.

O Ministério das Cidades vai divulgar um conjunto de "especificações mínimas" que devem ser seguidas pelas construtoras para atender às exigências. 
Assim, não será preciso que todas as empresas apresentem ensaios para comprovar a qualidade das obras, já que isso acabaria afetando ainda mais o custo dos empreendimentos.

Murilo Rodrigues Alves - O Estado de S.Paulo 

SEM O MARQUETINGUE DOS CANALHAS ! EIS O "brasil" DA GERENTONA/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA DESAVERGONHADA DO CACHACEIRO/PARLAPATÃO/ABJETO O FILHO...do brasil - IPCA : Seis entre nove grupos pesquisados pelo IBGE acumulam alta de preços acima do teto da meta do "GUVERNU", de 6,5%

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O aumento da inflação em 12 meses até março já estourou o teto da meta do governo em seis das nove atividades que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), em março, a taxa de variação ficou acima de 6,5% nos grupos Alimentação e Bebidas (7,14%), Habitação (7,35%), 
Artigos de residência (7,29%), 
Saúde e cuidados pessoais (6,90%), 
Despesas pessoais (8,98%) e Educação (8,72%).

No mesmo período, o IPCA acumulou uma alta de 6,15% em 12 meses, informou o IBGE. A última vez que o IPCA esteve acima de 6% foi em agosto do ano passado, quando atingiu 6,09%. Acima da meta do governo de 6,5%, o IPCA esteve em junho, quando fechou em 6,7%.

O grupo Alimentos também exerce pressão na inflação. O salto nos preços dos alimentos foi responsável por mais da metade da taxa do IPCA em março. A estiagem prejudicou as lavouras, impulsionando o preço de produtos importantes na cesta básica do consumidor. Itens como batata e tomate subiram mais de 30% no mês.
"As inflações setoriais mostram que a maioria delas está acima de 6%, e o que está contendo a inflação (pelo IPCA em 12 meses) é justamente transportes", apontou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

O grupo Transportes - que tem o segundo maior peso sobre o orçamento das famílias, atrás apenas de alimentação e bebidas - registra uma taxa acumulada em 12 meses de 3,10%. "Esse aumento de 3,10% se deve principalmente ao reajuste da gasolina, que puxou parte dessa alta. Mas é o (grupo) transporte que se destaca com resultado relativamente baixo perto dos outros", disse Eulina.

Os demais grupos que contribuem para frear a taxa do IPCA em 12 meses são Vestuário (com alta de 4,94% nos 12 meses encerrados em março) e Comunicação (0,25%).

Daniela Amorim, da Agência Estado