"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 06, 2011

Indicador que ajusta dívidas dos Estados com a União acumula altas de 4,30% no ano e de 7,45% em 12 meses

A inflação medida pelo IGP-DI tornou-se mais intensa e foi de 0,75% em setembro, após avançar 0,61% em agosto, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A taxa veio dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções (de 0,57% a 0,83%), mas acima da mediana das expectativas (0,65%).


Embora não seja mais usada para reajustar a tarifa de telefone, a taxa acumulada do IGP-DI ainda é usada como indexadora das dívidas dos Estados com a União. Com o resultado divulgado hoje, o indicador acumula altas de 4,30% no ano e de 7,45% em 12 meses.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-DI, o IPA-DI subiu 0,94% em setembro, após avançar 0,77% em agosto. O IPC-DI teve avanço de 0,50% no mês passado contra taxa positiva de 0,40% em agosto.

Já o INCC-DI mostrou alta de 0,14% em comparação com o aumento de 0,13% em agosto.


Os preços agropecuários no setor atacadista voltaram a subir. A inflação dos produtos agrícolas no atacado foi de 1,85% em setembro, em comparação com o avanço de 1,64% em agosto, segundo a FGV.

Ainda segundo a fundação, o setor industrial atacadista também mostrou inflação mais forte: a taxa de variação de preços no setor passou de 0,46% para 0,62% de agosto para setembro.


Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,05% em setembro contra alta de 1,14% em agosto.

Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 0,65% no mês passado em comparação com o recuo de 0,30% em agosto. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram alta de 2,44% em setembro, frente a aumento de 1,73% em agosto.


Atacado

A inflação atacadista medida pelo IPA-DI acumula altas de 3,84% no ano, e de 7,52% em 12 meses até setembro, segundo a FGV. O IPA-DI representa 60% do total do IGP-DI.

De acordo com a FGV, os preços dos produtos agropecuários no atacado acumulam aumentos de 3,73% no ano, e de 14,22% em 12 meses.
Já os preços dos produtos industriais registraram taxas positivas de 3,88% no ano e de 5,30% em 12 meses.


Entre os produtos pesquisados no atacado pela fundação, as altas mais expressivas no atacado foram apuradas em soja em grão (5,49%);
minério de ferro (3,66%);
e café em grão (9,57%).

Já as mais significativas quedas de preço foram apuradas em algodão em caroço (-5,03%);
açúcar cristal (-5,75%);
e ovos (-5,12%).


Varejo

No varejo, a inflação medida pelo IPC-DI acumula altas de 4,69% no ano e de 7,13% em 12 meses até setembro, segundo a FGV. O IPC-DI representa 30% do total do indicador.

A aceleração na taxa do IPC-DI, de agosto para setembro (de 0,40% para 0,50%) foi influenciada por aumento mais intenso nos preços de Habitação (de 0,38% para 0,65%).

Nesta classe de despesa, houve fim de queda de preços e taxas de inflação mais intensas em itens de peso no cálculo da inflação varejista, como tarifa de eletricidade residencial (de -0,25% para 0,74%),
taxa de água e esgoto residencial (de 0,80% para 2,12%)
e gás de botijão(de 0,11% para 1,26%).


Entre as sete pesquisadas, mais cinco classes de despesa mostraram aceleração de preços ou fim de deflação, de agosto para setembro.

É o caso de Vestuário (de -0,33% para 0,93%),
Despesas Diversas (de -0,04% para 0,29%),
Transportes (de 0,11% para 0,14%),
Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,46% para 0,51%)
e Educação, Leitura e Recreação (de 0,19% para 0,20%).


Construção

Na construção civil, a inflação apurada pelo INCC-DI acumula altas de 6,37% no ano e de 7,68% em 12 meses até setembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Hoje, a instituição anunciou o IGP-DI do mês passado - sendo que o indicador da construção civil representa 10% do total do IGP-DI.

A leve aceleração na taxa do INCC-DI de agosto para setembro (de 0,13% para 0,14%) foi influenciada por taxa de inflação mais forte em materiais, equipamentos e serviços (de 0,22% para 0,28%).

Entre os produtos pesquisados para cálculo da inflação da construção civil, as altas de preço mais expressivas foram registradas em projetos (0,75%); tijolo/telha cerâmica (0,74%); e refeição pronta no local de trabalho (1,18%).

Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em condutores elétricos (-1,51%); placas cerâmicas para revestimento (-0,38%); argamassa (-0,04%).


O período de coleta de preços para o IGP-DI de setembro foi do dia 1º a 30 do mês passado.

Alessandra Saraiva, da Agência Estado

"PRESIDENTA" DE NADA E COISA NENHUMA PASSEANDO, E AQUI... Indústria: 9 locais registram queda acima da média nacional

O IBGE divulgou há pouco que a produção industrial recuou em agosto em dez dos 14 locais pesquisados.



Como já havíamos publicado esta semana aqui no blog, o indicador, que representa a média nacional, desacelerou em agosto em relação a julho, ao registrar redução de 0,2%, depois de ter avançado 0,3%.


Como mostra o gráfico abaixo, nove estados tiveram queda na produção industrial acima da média nacional, com destaque para Goiás (-6,6%) e Espírito Santo (-6,4%), onde os recuos foram mais acentuados.

Mas outros locais, como Amazonas (-4,5%),

Pernambuco (-3%),

Bahia (-1,9%),
Rio Grande do Sul
(-1,5%),

Pará
(-1,2%),

Minas Gerais (-1,1%)

e região Nordeste (-0,9%) também estão nessa lista.

- São Paulo, parque industrial mais diversificado do país e de maior peso na estrutura da indústria, apontou variação negativa de 0,1% - diz a nota do IBGE.

Paraná (7%),

Rio de Janeiro (4,3%),
Santa Catarina
(1,9%)

e Ceará (1,5%) foram as localidades que registraram aumento na produção industrial entre julho e agosto.


Valéria Maniero/O Globo