"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 07, 2013

PARAFRASEANDO UM CERTO NOVO MINISTRO DO STF... "ISSO ME IMPRESSIONA" : 4 mil x 5 mil = 20 milhões. OU : A bolsa eleição

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“Não existe político honesto” — é frase que, de tão batida, está se transformando, não sem razão, em lugar-comum. 
Em matéria de honestidade política no Brasil, é verdade que precisa levantar cedo, levar uma boa lanterna, abrir bem os olhos e procurar muito. Gente fina está cada vez mais difícil de achar. 

Mas toda regra costuma ter exceções. 
Quem procura acaba encontrando.

O doutor Hélio Bicudo, jurista de formação, está entre os raros brasileiros que se encaixam no perfil estreito do homem público íntegro. Foi procurador e promotor de Justiça, secretário municipal, vice-prefeito de São Paulo.

Por breve tempo, foi até titular do Ministério da Fazenda. Hoje, aos 91 anos, conquanto guarde su


a visão aguda e lúcida sobre a sociedade, está menos envolvido na vida pública. Há um tempo para tudo.

Humanista e humanitário, doutor Bicudo sempre batalhou pela defesa dos direitos humanos. Quando alguns idealistas se reuniram, faz mais de 30 anos, para fundar um novo partido político com o intuito declarado de defender os interesses dos oprimidos e dos trabalhadores, 


Hélio Bicudo não hesitou:
 juntou-se ao grupo. 
Foi um dos membros fundadores do PT.

Os anos passaram, a Terra girou, o Brasil mudou muito.
 O partido do doutor Bicudo chegou ao poder maior, a Presidência da República. Mas a agremiação, na visão do jurista, estava desfigurada.

Havia-se arredado demais de sua vocação primeira. 
Sentindo que a confraria partia à deriva e que a generosidade e o idealismo do início se haviam perdido pela estrada, o doutor Bicudo, desencantado, apeou do bonde. Desfiliou-se do PT. 

Quem não tiver visto ainda, pode encontrar facilmente na internet o depoimento, com imagem e som, que Hélio Bicudo gravou alguns anos atrás. Discorre sobre o Bolsa Família. Revela que o programa de redenção dos miseráveis embutia um despudorado cálculo eleitoral: o esquema traria 40 milhões de votos para o partido e garantiria sua perpetuação no poder.

Visto que o antigo partido dodoutor Bicudo ainda continua empoleirado lá em cima, é de crer que tenha dado certo. Pelo menos até hoje.


Já faz tempo que se cogita, nas altas esferas, em importar médicos de Cuba. De uma só tacada, dois objetivos: 
mostrar preocupação com a saúde dos brasileiros e enviar um óbulo à dinastia reinante na ilha. No entanto, dada a resistência das associações que defendem os interesses dos médicos tupiniquins, a ideia foi deixada em banho-maria. 

As manifestações de junho desfiaram um rosário de pedidos de “mais”: mais escolas, mais segurança, mais transportes. Uma reivindicação sobressaía: mais médicos. Era o sinal pelo qual o Planalto esperava havia tempo! Na onda do clamor popular, era hora de agir rápido. A importação de médicos podia entrar na ordem do dia.

Muita crítica está sendo aventada diante dessa iniciativa do governo. Há quem perceba a introdução de uma medicina de duas velocidades: uma para o andar de cima, outra para o populacho. Muitos médicos brasileiros, por seu lado, consideram injusto terem sido obrigados a se esforçar mais que seus colegas cubanos para obter o mesmo diploma.
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Há quem veja na diferença de línguas um obstáculo intransponível. Outros temem que os estrangeiros não tenham recebido formação suficiente. Enfim, há críticas de todos os feitios, para todos os gostos. Quanto a mim, vejo, embutida nessa operação, uma jogada pra lá de astuciosa.


A graciosa leitora e o ilustre leitor certamente já estiveram alguma vez num consultório médico. Assim como católicos despejam seus pecados no confessionário, pacientes confiam ao médico segredos íntimos, daqueles que nem sempre se compartilham entre marido e mulher. 
O respeito cria uma relação de confiança. 

O paciente pouco instruído tende, com mais forte razão, a admirar o galeno e a ver nele quase um guru. Se o médico missionário, no recôndito do consultório, sugerir ao paciente que vote neste ou naquele candidato, terá boa chance de ser obedecido. 

Façamos as contas.
 São 4 mil médicos cubanos. 
Se cada um der 20 consultas por dia, serão 100 pacientes por semana. 
Em um ano, cada médico terá dado 5 mil consultas. 

Agora, ficou fácil: 
4 mil x 5 mil = 20 milhões. 
Em teoria, 20 milhões de pacientes terão uma conversinha reservada, a portas fechadas, com os missionários da ilha caribenha. 
Ano sim e outro também.

Se os missionários tiverem recebido bom treinamento como cabos eleitorais, seus discretos conselhos hão de granjear muitos milhões de votos para o embornal do partido no poder. 
Bem bolado, não?

José Horta Manzano Correio Braziliense 

PARA REGISTRO ! O brasil FICTÍCIO DA SÚCIA GOVERNAMENTAL "ENCABEÇADA" POR UMA PRESIDENTE DESPUDORADA.


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Essa foi a obra de marketing escancarada que a presidente leu como pronunciamento do 7 de setembro. Uma afronta ao povo brasileiro! Dilma vende um país que simplesmente não existe! Mente, manipula, tortura estatísticas para confessarem qualquer coisa.

O Brasil que cresce mais que todos os outros existe apenas na cabeça do governo. É mitomania. O Brasil cresce menos que quase todos os emergentes em janelas de 12 meses, com muito mais inflação. A desvalorização da moeda não é fenômeno apenas internacional fruto da política do Fed, e sim um sinal de nossas fraquezas particulares.

Dilma tem a cara-de-pau de celebrar que a inflação ficou todos os anos dentro da meta! A inflação dos últimos 36 meses foi de 6% ao ano. O centro da meta é 4,5%, e pode ir até 6,5% temporariamente em casos de crise. Três anos em 6% não é respeitar a meta. Isso sem falar dos preços administrados pelo governo e artificialmente reduzidos…

Uma peça ridícula de propaganda eleitoreira. Nada mais. E, dado que o próprio PT antecipou as eleições, trata-se, na verdade, de crime eleitoral até!

Minha resposta vai em artigo escrito em 7 de setembro de 2010, no GLOBO:
Reflexões patrióticas

“O nacionalismo é uma doença infantil; é o sarampo da humanidade.” (Albert Einstein)

No dia de hoje, nada melhor do que fazer algumas reflexões acerca dos rumos do nosso país. O amor à Pátria é um sentimento de união de indivíduos que compartilham uma história, uma cultura e valores comuns. Ele difere bastante do nacionalismo vulgar, uma forma de coletivismo xenófobo que transforma os indivíduos em simples meios sacrificáveis. Foi o patriotismo que alimentou a Revolução Americana; foi o nacionalismo exacerbado que levou ao nazismo.

Não podemos falar de patriotismo sem citar nosso Patriarca da Independência. Sob a influência iluminista, José Bonifácio de Andrada e Silva abraçou os principais pilares da filosofia liberal, compreendendo que a riqueza das nações é produzida pela concorrência e liberdade de empreender, e não pela tutela estatal. O comércio, livre da opressão de minuciosos regulamentos, seria o responsável pela prosperidade da nação.

Ele foi uma das vozes mais importantes contra os abusos de poder da Coroa portuguesa e a escravidão. O Brasil era cada vez mais explorado como colônia. A independência era crucial. Andrada compreendia o que estava em jogo: “Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações”.

O Brasil deveria ser um país de cidadãos livres, não de escravos. Infelizmente, deixamos de ser súditos de Portugal, mas nos tornamos súditos de Brasília. O governo central foi concentrando cada vez mais poder à custa da liberdade individual, e o dirigismo estatal poucas vezes esteve tão forte.

Neste contexto, o presidente da Fiesp chegou a afirmar que gostaria de “fechar o país”. Isto remete ao que há de mais retrógrado no pensamento econômico. O mercantilismo beneficia poucos empresários próximos ao governo, enquanto prejudica todos os consumidores e pagadores de impostos. Fala-se em “interesse nacional” para ocultar a simples busca por privilégios e monopólios. Na nefasta aliança entre governo e grandes empresários, o povo acaba pagando a conta. Basta lembrar a absurda Lei da Informática para ter idéia do pesado custo imposto aos brasileiros por estas teorias ultrapassadas.

O patriotismo pode ser uma arma poderosa contra a tirania. Unidos por um ideal comum de liberdade, os cidadãos representam uma constante barreira às ameaças despóticas. Se mal calibrado, porém, ele pode dar vida ao nacionalismo coletivista, que serve justamente aos interesses dos oportunistas de plantão sedentos por poder. O “orgulho nacional” deve se sustentar em conquistas legítimas, não em fantasias tolas. O verdadeiro patriota não foge da realidade. Sob a luz da razão, devemos perguntar: qual o motivo para sentir orgulho de nossa trajetória enquanto nação?

Somos recordistas mundiais em homicídios. Nossas estradas federais são assassinas. O transporte público é caótico. A saúde e a educação públicas são vergonhosas. A impunidade e a morosidade são as marcas registradas de nossa Justiça. A corrupção se alastra feito um câncer. A cultura do “jeitinho” tomou conta do país e a ética foi parar no lixo. Nossas instituições republicanas estão ameaçadas. Nossa democracia é vítima do descaso e do escancarado uso da máquina estatal para a compra de votos. O Estado, capturado por um partido, pratica crimes contra o cidadão, como a quebra de sigilo fiscal da Receita. E ainda somos obrigados a trabalhar cinco meses do ano somente para pagar impostos!

Regado a crédito facilitado e com o auxílio dos ventos externos favoráveis, o consumo crescente atua como um poderoso anestésico contra esta dura realidade. O velho “pão & circo” também faz sua parte. Será que devemos celebrar um time de futebol temido mundo afora, enquanto a miséria domina o país? Será que devemos ter orgulho do “nosso” petróleo, quando pagamos um dos combustíveis mais caros do mundo e vemos a Petrobrás ser
estuprada pelos donos do poder?

A transformação do patriotismo em nacionalismo está em seu auge quando o povo adere ao infantilismo e passa a encarar seu governante como uma figura paterna. Não se trata do respeito por um estadista, mas de uma forma de idolatria ao “pai do povo”, que não pretende governar, mas sim “cuidar” de sua prole ao lado da “mãe do povo”. É a demagogia em máximo grau. Quando se chega a este estágio decadente, a Pátria já não tem muito de que se orgulhar. É chegada a hora de uma nova independência. Desta vez de Brasília.


Via original :  
Rodrigo Constantino