"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 14, 2012

Real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo hoje

O dólar comercial rompeu a barreira psicológica de R$ 2,00 nesta segunda-feira, mas recuou no fechamento e encerrou com alta de 1,73% cotado a R$ 1,9900 na venda e R$ 1,9880. É o maior valor desde 10 de julho de 2009, quando o dólar fechou a R$ 2,002. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 2,0030 e na mínima a R$ 1,9760.

O dólar turismo fechou negociado a R$ 2,13 para venda e R$ 1,91 na compra, com alta de 2,89%. De acordo com cálculos da agência Bloomberg, o real foi a moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar nesta segunda-feira, num grupo de 16 moedas acompanhadas pela agência.

O impasse político na Grécia voltou a provocar uma onda de pânico mundial, com quedas nos pregões da Europa e EUA, com os investidores fugindo do risco. As principais Bolsas fecharam em queda e a Bovespa seguiu o ritmo. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 3,20% aos 57.539 pontos e volume negociado de R$ 6,3 bilhões.

Foi a maior queda desde setembro 22 de setembro de 2011, quando a Bovespa caiu 4,83%. No mês, a Bovespa perde 6,92%, e no ano os ganhos se reduziram para 1,38%.

No mês, a moeda norte-americana já acumula valorização de 4,35% e no ano, de 6,50%.No exterior, a moeda americana também se valorizou frente a outras divisas. O euro encerrou o dia valendo US$ 1,28, uma queda de 0,71% frente à moeda americana. Em relação ao real, o euro fechou cotado a R$ 2,55.

Em Brasília, o ministro da Fazenda Guido Mantega disse que a desvalorização do real não deve ser considerada preocupante e que o governo não está tentando definir uma meta para a moeda.

O dólar alto beneficia a economia porque dá mais competitividade aos produtos brasileiros. Isso significa que a indústria brasileira pode competir melhor com os importados, que ficam mais caros, e exportar mais barato. Portanto, o dólar não preocupa afirmou o ministro.

Ao ser questionado sobre o risco de a moeda americana ficar excessivamente valorizada, Mantega disse:

O governo nunca estabeleceu nenhum parâmetro para o dólar e não vai estabelecer. O dólar é flutuante e portanto vai flutuar de acordo com o mercado.

No mercado, entretanto, a opinião é outra. Para analistas, o governo fez comprar maciças de dólar - só em abril a autoridade monetária enxugou US$ 7 bilhões no mercado - com o objetivo de elevar a cotação para algo entre R$ 1,85 e R$ 1,95. Agora, com o recrudescimento da crise europeia, a divisa ameaça subir além de R$ 2,00.

- Nossa avaliação é que se a moeda subir além dos R$ 2,00 o governo poderá ter problemas com a inflação. Nesse caso, o BC poderá entrar no mercado vendendo divisa americana - diz o operador de uma corretora de São Paulo.

Além disso, há fluxo de dinheiro estrangeiro saindo da Bolsa, o que pressionar ainda mais a cotação.

- Os estrangeiros estão vendendo ações na Bovespa, depois de ganhos no início do ano. Isso também pressiona a moeda americana - diz o economista Fausto Gouveia da Legan Asset.

A Bovespa também teve sua pior queda no ano. Somente as ações PN da Ambev fecharam em alta nesta segunda, com alta de 0,05% a R$ 77,04. Todas as demais fecharam no vermelho. As piores quedas foram apresentadas pelo setor de construção. Brookfield ON teve queda de 13,85% e fechou a R$ 4,23 após registrar redução de 94% no lucro do primeiro trimestre, para R$ 3,9 milhões. Rossi Resid ON caiu 9,09% a R$ 6,50 e PDG Realty ON, um dos papéis com maior peso no Ibovespa, caiu 10,59% a R$ 4,06.

- Balanços ruins, que mostram situação parecida como atraso na entrega das unidades residenciais, dificuldades de encontrar terrenos vêm derrubando estes papéis. Além disso, muitos estrangeiros venderam ações de construtoras, o que também pesou sobre as ações - avalia Fausto Gouveia, da Legan.

Segundo o economista, houve muitas ordens de stop loss nesta tarde , após o Ibovespa chegar ao patamar de 57 mil pontos. A expressão em inglês significa uma ordem para que as perdas cessem quando se atinge determinado patamar.

Entre as ações com maior peso no Ibovespa todas fecharam no negativo. Vale PNA perdeu 1,73% a R$ 37,34; Petrobras PN se desvalorizou 2,22% a R$ 18,91; OGX Petróleo ON, que divulga seu balanço nesta segunda após o fechamento do mercado, caiu 4,19% a R$ 13,02; Itaú Unibanco PN perdeu 2,44% a R$ 28,38.

O Globo

brasil maravilha : Inadimplência de veículos cresce para 5,7% em março


A inadimplência das operações de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) de veículos, ou seja, das dívidas sem pagamento por mais de 90 dias, chegou a 5,7% em março - uma alta de 0,2 ponto porcentual em comparação com fevereiro e quase o dobro da inadimplência de 3% registrada em março de 2011, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).

Segundo a entidade, as novas exigências para a concessão de crédito, com exigência de entrada maior para o financiamento de um veículo ou de um parcelamento mais curto, devem reduzir o porcentual de inadimplentes.

O crédito para o financiamento de veículos, com operações de CDC e também em leasing, fechou março em R$ 201,3 bilhões, alta de 0,2% sobre fevereiro e de 6% em comparação com março de 2011.

De acordo com a Anef, ao final do primeiro trimestre de 2012, a taxa de juros estava em 1,98% ao mês, sendo que em março de 2011 era de 2,2% ao mês.

Nos novos contratos, os planos de financiamento são, em média, de 41 meses e, no máximo, de 60 meses. Ainda de acordo com a Anef, o saldo de crédito para aquisição de veículos em março correspondia a 4,8% do PIB nacional (estimado em R$ 4,2 trilhões), frente a 4,9% no mesmo período de 2011.

Representava 9,7% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e 30,3% do total do crédito destinado às pessoas físicas.

SEM MINHOCA NO ANZOL : Comissão de Ética arquiva procedimento contra Ideli


A Comissão de Ética Pública da Presidência da República arquivou o procedimento preliminar contra a Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pela compra de lanchas quando ela estava a frente do Ministério da Pesca.

A decisão considera que ela apresentou uma defesa prévia com argumentos e porque ela sequer foi citada pelo Trtibunal de Contas da União (TCU), que está analisando as irregularidades na compra das lanchas.

Em outra decisão tomada pela comissão na reunião desta segunda-feira, os integrantes concordaram em aplicar, ainda que sem nenhum efeito prático, uma censura ética ao ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci, por ele não ter informado, quando assumiu a pasta, que havia prestado consultorias a entidades privadas.

A decisão não tem uma aplicação prática, mas indica que a Comissão conclui que ele errou em não informar seus rendimentos.

O processo contra a ministra Ideli foi aberto acatando representação do PSDB, por causa da compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. O conselheiro Américo Lacombe foi escolhido para analisar as explicações de Ideli sobre a compra das lanchas.

lém disso, em março deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidade na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca.

A empresa Intech Boating, fabricante das lanchas, contribuiu com recursos para a campanha do PT, em Santa Catarina, nas eleições de 2010, quando Ideli concorreu ao governo do estado. Ideli foi ministra da Pesca nos primeiros meses do governo Dilma.

O Globo

"CARINHO DE MÃE" NA REPÚBLICA DA ENGANAÇÃO. CRECHES 6.427/411CONSTRUÍDAS - PROINFÂNCIA 16% DO ORÇAMENTO EXEC. - REDE CEGONHA DE R$196milhões/R$8(miu) PAGOS - UPAs 500/31 CONSTRUÍDAS.

Como primeira mulher a governar o país, Dilma Rousseff tem tentado transmitir à população que dispensa atenção especial ao público feminino.

É bom que a presidente cuide das mamães, mas seria melhor ainda se o zelo se estendesse por todos os dias do ano e não apenas às datas comemorativas.

Ontem, ela ocupou cadeia de rádio e televisão para anunciar medidas destinadas a combater a miséria na faixa etária de 0 a 6 anos, no que pode ser chamado de Bolsa Mamãe. Oficialmente batizado de Brasil Carinhoso, o programa terá três eixos: acesso a creches, ampliação da cobertura de saúde para crianças e reforço da renda familiar.

Está virando rotina:
o Planalto aproveita a modorra de notícias em dias festivos para tentar emplacar manchetes em jornais, como já havia acontecido no 1° de maio. Infelizmente, Dilma continua pródiga em anúncios, mas muito ruim de execução.

Na área social, não tem sido diferente.

Segundo os jornais, o pronunciamento irá desdobrar-se em cerimônia no Planalto hoje para a presidente detalhar as medidas ladeada por um séquito de ministros. Se for fiel aos fatos, ela terá de explicar, por exemplo, como pretende agora garantir vagas em creches para as crianças, antiga promessa de campanha jamais cumprida.

O compromisso era inaugurar 6.427 unidades até 2014, mas até hoje só 411 foram feitas, de acordo com informações do Ministério da Educação divulgadas hoje pela Folha de S.Paulo. Isso significa que, para honrar a palavra, a presidente teria que inaugurar seis creches por dia, todos os dias, até 31 de dezembro de 2014, quando termina seu mandato.

No ano passado, o ProInfância, programa que deveria cuidar da construção de creches no Ministério da Educação, executou apenas 16% do seu orçamento. Não surpreende que menos de 4% das crianças do Bolsa Família na faixa etária de 0 a 3 anos estejam em creches e que a média nacional não ultrapasse 24%.

Nas ações voltadas à saúde de mamães e bebês, a situação não é melhor. Vistosas promessas de campanha também continuam no papel, como é o caso da Rede Cegonha, destinada a atender gestantes no pré-natal e crianças nos seus primeiros dois anos de vida.

O orçamento deste ano destina R$ 196 milhões ao programa, mas até agora vergonhosos R$ 8 mil (não é erro de digitação, é mil mesmo) foram pagos. Vale lembrar que o Rede Cegonha foi copiado das propostas do candidato tucano em 2010 e da exitosa experiência de atendimento a gestantes desenvolvida por Beto Richa na prefeitura de Curitiba - com a diferença de que lá funcionava...

Mas as mamães não querem apenas boa gestação.
Esperam também contar com atendimento de saúde digno. Todos vão se lembrar que, na campanha, Dilma também prometeu tratamento carinhoso às brasileiras por meio da construção de 500 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Dinheiro no Orçamento tem, e muito - R$ 578 milhões nestes dois anos.
Mas tratamento médico que é bom, nada:
até agora apenas 13% da dotação do ano passado foi executada e, da deste ano, nenhum centavo.

Segundo balanço oficial, no primeiro ano de governo foram construídas apenas 31 UPAs. Isso significa que, a continuar assim, para honrar o compromisso firmado, Dilma precisaria de quatro mandatos. Não vai dar para esperar.

Não se sabe ao certo como o Planalto pretende reforçar a renda das mulheres que serão beneficiadas com o Bolsa Mãe, conforme anunciado pela presidente ontem. Mas, diante da baixa execução orçamentária, esta parece ser a forma mais fácil que a gestão petista tem encontrado para aplicar o dinheiro.

Mas governar é muito mais do que distribuir bolsas.
Garantir saúde digna, gestação tranquila e atenção adequada à primeira infância são deveres básicos do Estado perante as mamães.
Também neste quesito, a primeira mulher a governar o país não fez diferença.

Continua tudo na promessa.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Bolsa Mamãe

Uma pergunta aos internautas do Brasil...

A VEJA desta semana traz uma reportagem que demonstra que milhares — potencialmente, milhões — de internautas brasileiros estão sendo enganados por grupos organizados, cujo trabalho é fraudar aquela que deveria ser — e, na origem, era! — um dado essencial da rede: a verdade do indivíduo.

No que diz respeito à circulação de informação e de opinião, a novidade trazida pela Internet é justamente a oportunidade de o homem comum se fazer ouvir. A organização das chamadas redes sociais deveria facilitar justamente o contato entre esses indivíduos.

Quando, no entanto, agentes de partidos políticos e de grupos organizados criam falsos perfis e robôs para replicar palavras de ordem, estamos diante de uma mentira.

Tais pessoas não são diferentes daquelas que emporcalham praças públicas, que sujam as praias, que jogam lixo no transporte coletivo e nas ruas, que se apropriam das calçadas, que estacionam em local proibido…

Estamos diante de um flagrante desrespeito às regras do jogo.

O PT chegou até a criar um grupo — chamado de MAV (Militantes em Ambientes Virtuais) — para monitorar a rede e criar palavras de ordem. Já escrevi um post a respeito. O objetivo é entrar nas redes sociais para “defender o partido” quando ele estiver sendo “injustamente atacado”.

Ora, quando não estaria? Vocês imaginam algum petista a considerar justa uma crítica à legenda?

Os internautas comuns passam, então, a ser molestados, a ser moralmente assediados, a ser desqualificados por tropas organizadas.

Como estão trabalhando a serviço do partido, como pertencem a um aparelho, como não pensam segundo o próprio juízo, não concebem que você, leitor, possa ser diferente; não concebem que os demais navegantes da rede não sejam mulheres e homens-causa, com uma missão e um propósito definidos.

Resultado: o leitor que não tem partido, que luta para ganhar a vida honestamente, que não entra na área de comentários para “cumprir uma tarefa”, acaba caindo fora, desistindo.

E os “mavistas” do PT, então, tomam conta do debate, fingem ser centenas, milhares… Por isso, já expliquei, eu expulso do meu blog os que chamo “petralhas”. No dia em que o PT quiser responder a algum post como, digamos, pessoa jurídica, que o faça. Molestar leitores reais é que não vai.

No Twitter, como deixa claro a reportagem da VEJA, a realidade não é diferente. Também ali, tuitaços são organizados por gente que participa do jogo político, e robôs se encarregam de multiplicá-los por intermédio de perfis praticamente sem seguidores.

São “pessoas” que não existem.

Nas respectivas áreas de comentários dos sites noticiosos, você pensa estar debatendo com um outro homem ou mulher-célula (como você), com um indivíduo (como você), e, na verdade, está a enfrentar um militante ou um militonto partidário que representa uma legião.

É absolutamente legítimo que as pessoas tenham partido e até mesmo que o defendam na rede. Mas não é legítimo que o tuiteiro esteja a cumprir uma tarefa da máquina partidária — a menos que se identifique como tal. Você pensa estar, no Twitter, aderindo a uma causa surgida na rede e, na verdade, é apenas peça passiva de manipuladores.

(...)

A mentira como método

Mentir não faz parte das regras! Seja o analista “conservador” ou “progressista”, tenha a ideologia que for, a verdade há de ser um fundamento. E estamos, nesse particular, vivendo dias de um impressionante vale-tudo.

Aquele subjornalismo financiado com dinheiro público, que tem garantido o leite de pata desde que cumpra a tarefa de difamar, sob encomenda, os desafetos que pagam as contas — não tem escrúpulos.

Ora, cada um tenha sobre um determinado fato a opinião que quiser. Assim é na democracia. Uma das conquistas da Internet, repito, foi criar as condições para que indivíduos tornem pública sua visão de mundo.

Mas e a mentira? Esta senhora é a grande sabotadora da liberdade de expressão no país.

Fiquemos com um dos casos muito comentados nesses dias passados, os supostos 200 telefonemas entre um jornalista da VEJA e Carlinhos Cachoeira. Não! Há 46 menções a seu nome nas sei lá quantas centenas de conversas e apenas DUAS ligações.

E os que sustentavam o outro número? Qual a fonte? Quem disse? Por que disse? Pretendia com aquilo o quê?

Virão agora a público para confessar o seu “erro”? EIS A QUESTÃO! Nunca se pretendeu nem acertar nem errar. A pretensão era puramente difamar. E, nesse particular sentido, devem estar bastante satisfeitos, julgando que seu trabalho foi bem feito! Afinal, conseguiram espalhar a mentira na rede, e essa era a tarefa.

Eu lhes pergunto: ISSO É JORNALISMO? ISSO É EXPRESSÃO DE DECÊNCIA? Nota à margem: ainda que houvesse 300 ligações, o número, por si, seria irrelevante.

Mesmo em questões que dizem respeito à vida profissional de desafetos, a ausência de limites é absoluta. Na sexta, “informavam” alguns blogs que o jornalista Mario Sabino teria sido contratado pela equipe de pré-campanha do tucano José Serra, que vai disputar a Prefeitura de São Paulo.

Notem bem: não é que isso seja uma mentira que quase aconteceu porque se chegou a cogitar num dado momento etc. e tal… Não!

Nem a sombra da verdade, que serve, muitas vezes, de pretexto aos mentirosos compulsivos, se manifestou. A suposta notícia era só um pretexto para atacar Sabino e Serra — PORQUE ERA ESSA A TAREFA DAQUELE TEXTO.

Isso é jornalismo? Isso é expressão de decência? Haverá a correção e a admissão do erro? Não! A mentira passou a ser matéria-prima desse tipo de trabalho.

Estamos falando de uma outra atividade, que se confunde, sem ser, com jornalismo. Assim como o joio se mistura ao trigo, embora sejam ao observador minimamente atento escandalosamente diferentes.

Era petista

Essa mentira organizada, deliberada, financiada, é, sim, característica típica desses nove anos de poder petista, especialmente depois que estourou o caso do mensalão, e Franklin Martins, que VEJA classificou certa feita de “ministro da Supressão da Verdade”, foi o seu artífice.

Decidiram armar uma “guerra contra a mídia” porque esta, supostamente, era negligente ao noticiar as conquistas do governo, o que é uma deslavada mentira.

Ao contrário: o noticiário colaborou, e muito — nem sempre com muita atenção aos fatos, a meu ver —, para construir a reputação positiva das gestões petistas. E isso continua verdade com Dilma Rousseff. Nota à margem: há setores do petismo que até acham que a imprensa elogia a presidente em excesso.

Lula já sugeriu que os veículos de comunicação agem assim só para tentar indispô-la com ele… Sabem como é este senhor, com o seu umbigo sempre maior do que o cérebro.

Ora, fico no ambiente da própria VEJA. A revista apontou diversas vezes a prudência, a responsabilidade e a competência de Antônio Palocci quando à frente da economia. E estendeu esse reconhecimento ao próprio Lula por ter — essas palavras agora são minhas — jogado no lixo o programa econômico do PT e governado o país segundo o princípio da realidade.

Mas nem por isso — e foi aí que o petismo ficou enfurecido — deixou de apontar as safadezas do mensalão.

E noticiou o que tinha de ser noticiado sobre Palocci — fatos que impediram a sua permanência no ministério (nas duas vezes) — sem jamais deixar de reconhecer o que havia de virtuoso na sua atuação.

Agora concluindo mesmo!

Os tempos são um tanto bárbaros, cumpre-nos ser claros, mas sem perder a serenidade. Essa súcia que anda por aí, acreditem, começa a viver o seu ocaso. Tem malogrado sistematicamente no esforço de destruir a imprensa livre. À medida que vai acumulando insucessos, vai se tornando mais rombuda, mais agressiva, mais grotesca.

Basta ver o festival de baixarias que permitem em suas respectivas áreas de comentários. Os que abrigam os palavrões, as maldições, as acusações mais ensandecidas, as agressões pessoais mais torpes, esses dizem fazê-lo em nome da “pluralidade”, que jamais deve se confundir com a prostituta da liberdade de expressão ou como a dama de companhia da ambiguidade.

No que me diz respeito, considero até positivo que enveredem por esse caminho. Este blog, felizmente, tem, a cada dia, mais leitores fazendo o contrário. Jamais sou ambíguo sobre qualquer assunto. Opino, sim, sobre muita coisa — o que deixa alguns irritados… Mas sempre de posse dos fatos.

Considero positivo que aqueles caras se dediquem à abjeção e ao estímulo ao linchamento porque revelam quem são, expõem a sua real natureza e, progressivamente, deixam claro a quem servem e por quê. É possível que haja quem goste daquilo. Mas até eles próprios sabem que joio não é trigo. Secretam aquele ódio irracional contra nós não porque não admirem secretamente quem somos, mas porque sabem que não podem ser um de nós.

Transformam-nos em sua pauta permanente num esforço patético de exorcizar os próprios recalques, sempre gritando: “Olhem pra nós!”.

São funcionários do seu ressentimento. E, claro!, precisam ganhar a vida. Que tenha de ser assim é um destino que não desejo, por óbvio, ao pior inimigo…

Original/Íntegra :

Uma pergunta aos inernautas do Brasil...
Texto publicado originalmente às 5h10
Por Reinaldo Azevedo